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16 de novembro de 2021

O Resgate do libertino

A excêntrica Jocelyn quer que o libertino Lorde Claiborne, não apenas se case, mas se apaixone por ela, e em sua busca de conquistar sua afeição, ela o envolve em uma série de incidentes, sequestros, incêndio e o desprezo de um feroz e temperamental canino!


Um romance apimentado e divertido


Capítulo Um

—Por tudo o que é sagrado, Trevaine, você precisa fazer algo a respeito dessa sua filha. — Se a cútis “epiderme” era uma indicação de sentimentos, o fazendeiro George Bottwick estava como um vendaval furioso de humor. Com o rosto redondo e vermelho como a jaqueta escarlate que usava, entrou na biblioteca de Treverly Hall e bateu na mesa de seu amigo. 
—É ilegal, vulgar e anti-inglês— Ele gaguejou, o último sendo o pior, na sua opinião. Lorde Trevaine colocou cuidadosamente um marcador no livro que estava lendo, colocou-o gentilmente no lado da mesa mais distante do fazendeiro e, olhando para cima, colocou os óculos no nariz. 
—Bom dia, George. Eu não ouvi você entrar. 
—Não me ouviu, como não me ouviu?—Rugiu o convidado.—E suponho que você não ouviu o tumulto e comoção do lado de fora da sua porta da frente, não faz uma hora. 
—Por que não, eu estava estudando essa passagem aqui. — Ele acenou com a mão fina na direção geral do livro. —Muito interessante. Entende... 
—Não, que droga, Elliot, é sua filha que você deveria ver, não um livro maldito. Sei que não sou estudioso, mas qualquer um pode dizer que a garota não pode continuar andando pelo campo, cavalgando como um menino... —Ela tem apenas dezessete anos e é mais seguro assim. 
—Foi o que você disse aos quinze e dezesseis. Homem, ela não é mais uma criança, para estar fora sem ter um noivo.
 —Vamos, George, nada acontecerá em nossa vizinhança, e ela tem o cachorro como companheiro.
 —Não é com a segurança dela que me preocupo. E você chama esse monstro de cachorro. Está mais para cão de caça do inferno. Filhote enganado de um… 
—Cão lobo irlandês, na verdade, na maior parte. 
—Sim, parte da vingança irlandesa sobre os ingleses e parte do diabo. É um belo par que você soltou sobre nós, Trevaine, uma garota sapeca desorganizada e uma escova de cerdas do tamanho de um celeiro com presas. Você sabe o que eles fizeram agora? Você ao menos se importa? Olhe para mim, Trevaine, apenas olhe!!



6 de junho de 2021

A Dívida de Délia


No calor da batalha contra Napoleão, o Major Lorde Tyverne está ferido e preso atrás das linhas inimigas. 

Um companheiro casaca vermelha vem para ajudar Ty e insiste que não é possível ambos cavalgarem juntos rumo à segurança. Mais tarde, ao descobrir sobre a morte de seu salvador, Ty jura viver impetuosamente em nome do jovem soldado, ajudando a salvar a vida de outra pessoa. Para pagar a dívida de honra, Ty oferece sua mão em casamento para a irmã de seu salvador morto. Delia Croft certamente precisa de ajuda. A pensão que seu primo lhe manda mal dá para manter ela e sua acompanhante vestidas e alimentadas. Mas Delia busca uma união de amor, não arranjada - uma união que um lindo oficial talvez não acredite ser possível…

Capítulo Um

Ele era um homem morto, ou quase morto, não fazia mais diferença. Seu cavalo já tinha ido há muito tempo, tirado de sua miséria após o último tiro de misericórdia da pistola do major. O oficial poderia sem dúvidas encontrar novas balas nesse campo empoçado com o sangue de seus colegas, mas seu braço direito estava tremendo tanto que não seria possível recarregar. Ele ainda tinha sua espada, mas se a usasse com o corte que havia em seu braço esquerdo era mais provável que sangrasse até a morte.
Infelizmente ele estava a pé, sem cavalo, praticamente desarmado e deixando sua vida em um campo estranho que ninguém se importava além dos que ali residiam. O pior de tudo é que seu uniforme ainda estava limpo, exceto pela mancha de sangue que continuava crescendo, um reluzente farol vermelho para qualquer francês que estivesse por perto espiando através da poeira. Pior ainda, o major Lord Tyverne - Ty, para os amigos, que tinha aos montes e família, que tinha aos poucos - se enfiou e se feriu como um idiota atrás das linhas inimigas. Ele decidiu começar a rezar.
Balançando sobre seus pés, ele primeiro precisava decidir sobre o que rezar: uma morte rápida, perdão pelos seus pecados, ou a última chance de pegar um maldito francês ele em uma vingança por esta carnificina sangrenta. Depois disso, ele tinha que saber se o Todo-Poderoso estava disposto a ouvir orações neste dia infernal. Ao olhar em volta, ele duvidou disto. Ele observou uma grande nuvem de poeira se aproximando pela sua esquerda, e uma menor, mas um pouco mais rápida, chegando à sua direita. Cavalaria. Então é isto, Ty tentou se convencer de que estava com sorte. Um monte de soldados que nem haviam feito seu vigésimo nono aniversário. Metade dos soldados sob seu comando foram apenas garotos, mal começando a se barbear antes de serem atingidos por canhões franceses. Em nenhum momento o major considerou deitar-se ao
lado de seu cavalo morto, fingindo estar morto.
De que adiantaria? De toda forma ele não demoraria a morrer
sem a ajuda de um cirurgião. Se render? Nunca. Melhor cair lutando agora do que ser definhar como um prisioneiro dos franceses, na esperança de um resgate que seu pai nunca pagaria. Ele jurou a si mesmo que não iria encontrar o criador pensando sobre aquele desgraçado. Ao invés disso, ele tentou lembrar-se de sua querida mãe antes de falecer, seus irmãozinhos e sua irmã, no campo verde e nas flores, no seu primeiro pônei.
Certamente não havia nenhum pônei se aproximando pela direita. Era um enorme espumante cavalo de batalha, ensopado de suor com um soldado carregando uma espada em suas costas… um soldado britânico de cabelos ruivos e casaco vermelho. O homem parou seu cavalo empinando sobre suas patas traseiras, e em seguida desceu da sela, a menos de um pé de distância do major.
— Um pouco incômodo, não?



  

3 de maio de 2019

Cartas de uma Moribunda

Se devia morrer, primeiro ia culpar a  alguém... Preterivelmente a um atraente rompe corações!

Delirando com febre, Rosellen Lockharte reúne todas as suas forças para escrever várias cartas em seu leito de morte. Logo todos aqueles que a prejudicaram se inteirarão que em seu momento final foram perdoados por ela. Todos, exceto ele. Mas, por que esperar o dia do julgamento para dizer ao Visconde Stanford que pensa que ele é o mais atroz dos humanos?
A doce vingança da morte...própria Rosellen escreverá cartas de despedida e de vingança ao seu tio, à sua odiosa prima, à sua miserável patroa e ao perverso irmão de sua patroa. E ao homem que danificou sua única esperança de levar uma vida digna em Londres. Que melhor vingança que deixar que outros carreguem o peso de sua morte em suas consciências pelo resto de suas vidas? Zombou da morte e a vida zomba dela.
Mas o destino brincará com ela, pois Rosellen não só vencerá a morte como também agora o próprio homem que arruinou sua vida será quem a contragosto virá em seu resgate. Nem os anjos do céu poderiam haver predito o caos que se desatará a seguir, nem a magia do amor inesperado. . .

Capítulo Um

A senhorita Rosellen Lockharte estava morrendo. Ela podia aceitar isso, por assim dizê-lo, se não fosse pelo ruído e as luzes. Por que não podia chegar às suas últimas horas de vida em paz? Embora pensando-o bem, quando tinha tido um pouco de paz em sua vida?
Certamente não desde que tinha chegado à Seleta Academia para Jovens Distintas de Miss Merrihew.
Jovens distinguidas pela enfermidade e o contágio mais exatamente, Rosellen considerou enquanto se curvava miseravelmente na cama. Estava morrendo pela epidemia de gripe que tinha açoitado as garotas da escola. Inclusive essa nem sequer era a sua cama. Porque é óbvio, não havia ninguém com a piedade suficiente para atender à instrutora mais jovem e menos favorecida de miss Merrihew em seu diminuto quarto do apartamento de cobertura.
Rosellen e seus pertences tinham sido transportados por três lances de escadas semi destruídos a um dormitório que tinha sido convertido em uma enfermaria, onde ela podia ser igualmente ignorada e esquecida. 
Agora estava separada das outras mulheres doentes e seus gemidos, prantos e náuseas por um biombo raquítico. Mas nada separava seus olhos doloridos das lâmpadas que deixavam constantemente acesas. Quão único aliviava o calor era uma toalha empapada sobre sua testa quando uma das criadas conseguia lembrar-se de lhe trazer a toalha ou um tigela com água.
Uma taça de chá ou um caldo pareciam coisas que estavam além dos recursos do pessoal esgotado e das possibilidades de miss Merrihew.
Felizmente, como o estômago da senhorita Lockharte se rebelava ante a visão de comida de qualquer maneira, não havia nada que pudesse comer-se perto de sua cama. Por que desperdiçar um pedaço de pão com uma professora de caligrafia mau paga e pouco apreciada? Rosellen suspirou, ela mesma seria alimento de vermes dentro de pouco, isso é o que seria sem dúvida. Um soluço escapou de seus lábios secos.
— Aqui está, senhorita! — Ela escutou uma voz próxima, junto com o estrépito de uma bandeja, o qual queria dizer que era a hora de tomar o remédio. E a voz seria a da exausta criada Fanny, pois ninguém do pessoal docente se aproximava da enfermaria por temor ao contágio. — Não há necessidade de ficar tão mal. O doutor diz que deverá estar muito mais aliviada amanhã.
Cartas de uma Moribunda – Barbara Metzger
— Sei. — Rosellen choramingou. — Ouvi-o. — O médico local tinha estado parado justo do outro lado do velho biombo, ela o tinha ouvido arrastando seus pés e suas pernas instáveis e dizendo. — Sinto muito dizê-lo, mas não há esperança para esta, senhorita Merrihew. Irá para o outro lado amanhã, temo-me. — Ele nem sequer se incomodou em sussurrar, pensando que ela já estava inconsciente, Rosellen supunha.
Conteve outro soluço.
— Não é justo.
— Concordo completamente, senhorita. Lucy se foi com sua mãe e Aggie diz que se contagiou com a peste, então só ficou eu para fazer tudo. Qualquer um pensaria que a ama contrataria pessoal adicional para todo este trabalho extra, mas nada disso. Ajuda extra? Não vou viver para ver isso.
Tampouco Rosellen, mas ela não se referiu a essa injustiça. A vida em geral era injusta. É obvio que o era, todo mundo sabia isso. Exceto que este drama de morrer antes de fazer vinte e um anos parecia-lhe um truque particularmente sujo do destino. Rosellen Lockharte ia morrer antes de ter começado a viver. Nunca tinha dançado uma valsa, nunca tinha visto foguetes, nunca tinha tido um cão próprio. E agora nunca teria um filho próprio, uma horta, um amante.
Ela não tinha nada que chamasse a atenção.
Aos seus vinte anos não tinha nada destacável que mostrar, salvo as floridas caligrafias das letras p e q que ensinava às mimadas filhas da classe alta .
O céu sabia, e certamente São Pedro também, que essas moças caprichosas não podiam soletrar nem a palavra mamãe.