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5 de maio de 2012

Sedução E Confusão/ Amor por Acaso


Inglaterra, 1810 

Um encontro e tudo mudaria... Charity Standing é loira... Linda... 
E a mulher mais desejável de Devonshire. 
O único problema é que ela é desastrada. 

Não só desastrada, ela é capaz de fazer colidir as estrelas, de deixar o mundo de pernas para o ar. 
Como um talismã do azar, os problemas a seguem para onde quer que ela vá... 
Rane Austen é um homem de gosto impecável, mas de criação menos que satisfatória na ilha de Barbados. 
Ele não consegue arranjar uma esposa entre as refinadas damas da alta sociedade de Londres. 
Rude, atrevido e escandaloso além da conta, ele perdeu três mulheres para homens mais respeitáveis. 
Seu destino, porém, está prestes a mudar... 
Num piscar de olhos, Charity cruza seu caminho... 
E a vida de ambos vira do avesso! 
Para Rane, perigo nunca foi um empecilho e ele fará tudo para provar a Charity que foram feitos um para o outro... 

Capítulo Um 

Devonshire, Inglaterra, 1810 
Chuva. Era a última coisa de que Charity Standing precisava. E verdade o que dizem, ela pensou. 
Não importa o quanto as coisas pareçam ruins... 
Podem sempre ficar piores. 
Enxugou as lágrimas e correu o olhar pela pequena igreja em busca de conforto nas cinzentas paredes familiares. Seus antepassados tinham ajudado a construir aquela sólida capela, séculos antes. 
Agora, as grossas paredes de pedra emanavam uma úmida friagem e os bancos de carvalho carregavam o desolado bolor da idade e do desuso. A
bandono, Charity se deu conta; cheiravam a abandono. 
O pensamento provocou outro par de lágrimas. 
Não havia conforto para ela ali... Talvez em parte alguma. Um frêmito de inquietação dominou os outros enlutados sentados nos bancos, nos fundos da capela. Uma tempestade num enterro era um mau sinal, acreditava o povo do interior. 
Entreolharam-se com desassossego e viraram-se para observar Charity, velada de negro, alguns com simpatia e outros, com evidente curiosidade. 
Os ritos fúnebres para o fidalgo Upton Standing tinham sido modestos, porém adequados tanto ao seu status quanto ao seu caráter. 
A maioria dos ali presentes foram seus vizinhos durante toda a vida. 
Alguns eram de um nível social inferior com pequenas propriedades na área, outros eram fazendeiros arrendatários que moravam nas modestas cabanas que pontilhavam as terras do fidalgo. 
De maneira geral, todos tinham conhecido e respeitado o Sr. Standing. 
Contudo, o comparecimento ao funeral era a chance de ver a bela filha do fidalgo e sua excêntrica sogra, lady Margaret Villiers. 
Durante os últimos dez anos, o amável homem afastara mais e mais sua família do convívio público e despertara especulações sobre as razões pelas quais assim agira. 
O padre limpou a garganta, olhou para o aguaceiro, e voltou ao púlpito. 
— Continuaremos em... Prece e reflexão silenciosas. 
Uma palpável onda de alívio percorreu o grupo ao fundo; o reverendo os salvava a todos de ficarem encharcados. O atraso, porém, apenas vinha somar-se à tristeza de Charity, prolongando a agonia. 
Em breve depositariam seu amado pai sob o solo frio de Devonshire e o sepultariam para esperar pela eternidade. Ela sufocou um soluço no lenço e voltou-se para o caixão de carvalho. 
Uma nova onda de tristeza resultou em mais lágrimas. Quando conseguiu erguer a cabeça, seu olhar percorreu a nave da igreja, a fileira de bancos do outro lado, e seu espírito afundou em nova prostração. 
Lá estava Sullivan Pinnow, barão Pinnow, da vizinha cidade de Mortehoe. Charity podia sentir seu olhar contrito, procurando por ela. 
Sim, pensou aflita, as coisas poderiam sempre ficar piores. 
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2 de maio de 2012

Uma Mulher Especial

Uma bela mulher, de caráter firme, muito falante e que sempre preferiu... 


Um encontro que resultaria em luta ou paixão? 


Estados Unidos, 1794 a independência ao casamento... Whitney Daniels é uma em um milhão. Finalmente a Guerra da Independência chegara ao fim, mas outra batalha acabava de se iniciar para ela. 
O major Garner orgulha-se de ser imune aos encantos femininos, mas Whitney é, na verdade, um problema selvagem, de um tipo que pode fazer com que qualquer homem se renda a um desejo incontrolável. 
E para complicar ainda mais, a moça em questão está disposta a uma boa briga, e o major parece aceitar o desafio... 


Capítulo Um 


Outubro de 1794 Condado de Westmoreland, Pensilvânia — Vamos, Whit, você sabe do que estou falando, sim! 
Mas Whitney Daniels não alterou seus passos naquela trilha bem disfarçada por árvores e arbustos. 
Levava o ma¬chado e continuou carregando-o, sem dar ouvidos a Charlie Dunbar. 
Cuidava para não fazer barulho nas folhas secas que cobriam o chão e também para não quebrar pequenos galhos com sua passagem, para não deixar vestígio algum de que estivera ali. 
Continuava descendo o caminho, e lançou um olhar rá¬pido por baixo da aba de seu velho chapéu de feltro para o rapaz musculoso que seguia a seu lado. 
Aprendera com o pai a discernir quando um homem falava sério sobre uma barganha. 
E Charlie não estava mostrando sinal algum de que era assim... 
— Então, o que me diz Whit? — ele insistia, observando suas pernas, que se moviam com agilidade dentro da calça masculina de pele de animal. 
Começava a sentir um calor quase sufocante na mata, mas percebia que Whitney não se mostrava cansada ou abatida com a caminhada forçada. 
— Posso cortar um pouco de lenha de excelente qualidade, madeira bem dura, para alimentar o fogo por bastante tempo. Você não vai conseguir cerrar uma árvore dura assim. Não deixa de ser uma boa troca... 
— Não, Charlie. — Whitney começou a olhar com atenção para o chão, à procura de ervas. — Ande, ajude-me a encontrar um pouco de hortelã. Sei que vi alguns pezinhos por aqui há dois dias. 
— Que tal um tecido bonito, florido, para fazer um vestido? Eu trouxe alguns comigo, para minha mãe e para as garotas, quando voltei do forte. 
Mas ela continuava a não ouvi-lo direito, envolvida na busca pela erva, cujas folhas fortes ela gostava de mastigar. — Não está me escutando, não é, Whit? — Charlie tentou fitá-la de frente, o que conseguiu apenas por breves instan¬tes, porque a concentração de Whitney estava, de fato, na hortelã. 
— Estou lhe oferecendo coisas... Tecidos, agora. O que me diz? Para fazer belas roupas... 
— Detesto vestidos.
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9 de novembro de 2010

Prisioneira do Amor

Betina Krahn

Era impossível negar aquela paixão!

Brenda Woolrich, com seus cabelos brilhantes e seu temperamento forte, administra como ninguém a loja Comercial Woolrich.
Ela adoraria viajar pelo mundo, porém sabe que o dever vem em"'primeiro lugar.
Mas a inquieta beldade está prestes a ter seu sonho realizado... embora não exatamente como ela pensava!
O pirata Raider Prescott é um homem determinado a fazer dinheiro rápido. E raptar uma dama parece-lhe perfeito.
Agora ele se vê no mar com a teimosa Brenda, uma mulher tão irritante quanto adorável. Mas quando ela tenta transformar Raider num cavalheiro, ele decide dar um basta na situação, mostrando que um pirata sempre consegue o que deseja, mesmo que isso seja mais do que algum dia sonhou possuir...

Inglaterra,  
Março, 1768
Era uma noite terrível na costa de Sussex, Inglaterra.
O vento frio soprava forte e, com o passar do tempo, o mar começou a ficar furioso também.
Um navio com a bandeira do rei lutava por conservar-se na superfície. Seu nome era Harriere trazia prisioneiro o navio de contrabandistas Angel, porém mal conseguia mantê-lo preso sem que as duas embarcações se chocassem.
Seis contrabandistas estavam postos a ferro no convés do Harrier, feridos, recebendo os golpes da tempestade em seus corpos alquebrados.
Mas os homens do Harrier também es¬tavam feridos devido à luta que haviam travado com os contrabandistas antes de prendê-los, e agora lutavam por manter seu navio no rumo certo.
Um dos contrabandistas ergueu os olhos para a lua e em seu rosto aristocrático se formou uma expressão de raiva. A luz que ela fornecia fora sua derrota. E uma imprecação saiu de sua garganta cansada.
O capitão do Harrier, que estava próximo, chutou-o com violência nas costelas.
— Cale a boca, seu imundo!—protestou ele. — Vai poder dizer suas imprecações quando estiver a ponto de ser enforcado! E eu vou estar lá, rindo. Passei meses atrás de você! — E se afastou, deixando o capitão dos contrabandistas dobrado em dois no convés.
Preocupados em levar seu próprio barco e o que puxavam em segurança para o porto, sem estragar a mercadoria dentro dele, os marinheiros não perceberam a aproximação de outro navio.
Quando, por fim, um dos homens o notou, o capitão pegou sua luneta, buscando identificar a embarcação. Viu que era inglesa, forte, bem construída.
E que se mantinha a boa distância. Mandou que se levantassem mais velas e que se seguisse com maior determinação para o porto de Plymouth.
Sentia, com um frio no estômago, que seu navio era agora a presa!
Três horas mais tarde, com o tempo mais tranqüilo, o navio perseguidor aumentou a velocidade e, pouco depois, disparou balas de canhão contra o navio do rei.
Não demorou para que se colocasse ao lado do navio e seus marinheiros passassem a invadi-lo como verdadeiros piratas.
A luta começou violenta, mas não foi longa.
Não houve sequer mortes. E, logo em seguida, a tripulação invasora estava pilhando os dois navios.
Um homem alto, musculoso, aproximou-se da tripulação de contrabandistas, exclamando:
— Mas o que temos aqui?! —- Ele vestia o casaco do capitão do Harrier e tinha um tampão preto sobre o olho esquerdo. Sorria de forma desagradável.
— Sujeitos sem sorte! Perderam sua carga duas vezes, hein! Mas têm um belo barco, sem dúvida. Qual de vocês é o capitão dele?
— Sou eu — declarou o homem que havia sido golpeado pelo capitão do Harrier pouco antes.O pirata olhou-o com atenção.
Notou suas feições refinadas, bonitas até para um contrabandista. Viu que era alto, forte, esguio.
— O que estava fazendo navegando na costa francesa numa noite de lua cheia? Não tem juízo? — indagou.
— Não havia lua quando zarpamos. A noite estava perfeita. Mas o vento acabou ajudando nossos inimigos. Tiveram sorte.


14 de outubro de 2010

O Encantamento










Um coração feminino.
Forte, atraente e determinada, Aaren Serricksdotter é a filha mais velha de um guerreiro viking e de uma bela Valquíria.

Mas pelo poder de um antigo encantamento, ninguém pode desvendar os verdadeiros segredos de seu coração, talvez nem ela própria...

Um homem encantado.
Herdeiro do trono nórdico, Jorund Borgerson está dividido entre o legado violento do seu clã e o juramento secreto de trazer a paz para o seu povo.

Até ele conhecer a filha de um clã distante, uma guerreira linda, que desperta em Jorund um desejo como nenhuma outra mulher o fez até então...
O encantamento.


Unidos por uma força tão misteriosa quanto poderosa, Jorund e Aaren precisam descobrir o segredo de sua incomum união.
Pois em tempos de violência e caos, um guerreiro e uma guerreira precisam se preparar para a batalha final, uma jornada que vai além do derramamento de sangue, até o verdadeiro encantamento que, por direito, todo homem e mulher que já amou merece ter.

Capítulo Um

— Será que haverá muita luta? — indagou uma voz feminina.
— Muita. — Foi a resposta áspera do ancião.
— Ela terá de matar muitos homens? — perguntou uma segunda voz igualmente suave.
— Somente o Pai Todo-Poderoso sabe disso.
Era uma noite de lua cheia, fria como as profundezas das cavernas da montanha conhecida como Gigante de Gelo.
Quatro figuras envoltas em casacos pesados avançaram lentamente pelo caminho sinuoso e pararam à beira de um penhasco para vislumbrar a floresta escura e silenciosa.
Lá embaixo, além da floresta, havia uma enorme extensão de água, o grande lago Vánern.
— A casa de jarl Borger é grande e boa? — perguntou a primeira.
— É mesmo cheia de esculturas de madeira e as paredes são cobertas de bandeiras de seda? — a segunda completou a pergunta.
— Foi o que eu disse.
— E no salão principal é mesmo servido o mais fino hidromel?
— Onde brindam e bebem os mais bravos guerreiros de toda a Vármland?
As perguntas cansaram o velho senhor. Elas não queriam informação, e sim garantias. Ele parou, ergueu a mão e apontou os pequenos pontos de luz na linha onde a floresta e o lago pareciam se encontrar.
— Lá está. A vila. Exatamente como eu me lembrava. — Ele olhou para os rostos pálidos de suas três filhas. 

— Quando eu entrar no salão principal, esperem por mim junto à porta... Eu me aproximarei sozinho do trono.
As duas mais jovens assentiram, e ele se voltou para a terceira, que era a mais alta de todas.
Ela permanecia imóvel, olhando para as luzes distantes, que pareciam se mover e mudar a cada piscar de olhos... luzes que significavam um fim... e um começo.
— Você está pronta, filha? — ele indagou, pousando a mão sobre o braço da moça.
Pronta? Para aceitar sua tarefa e se entregar ao seu destino?
Aaren Serricksdotter fitou os rostos ansiosos de suas duas irmãs mais novas e de seu pai.
Por um turbulento instante, desejou retornar para as montanhas de onde eles tinham vindo... voltar para a cabana de madeira que ficava na campina... voltar para o estilo de vida simples ao qual estavam acostumados.

Assim que se deu conta de seus anseios, ela os conteve, classificando-os como fraqueza.
Concentrando-se no pouco que podia ver do rosto do ancião encoberto pelo chapéu de aba larga, ela simplesmente assentiu, sem nada dizer.
Quando retomaram o passo, descendo em meio às sombras das árvores que se mexiam e sussurravam inquietas ao vento, a pergunta de seu pai começou a martelar em seu coração: Você está pronta?
Sua mente foi invadida por recordações poderosas.

de repente, ela estava de volta ao seu lar nas montanhas, brincando e rindo com as suas irmãs mais novas ao redor da fogueira do fim de tarde... deitando-se de costas sobre a grama para buscar entre as nuvens o rosto dos deuses que viviam em Asgard...
Ela cerrou os dentes.
Sua mão roçou o metal frio do cabo da espada, e os dedos se fecharam ao redor da bainha feita de chifre.
Isso era tudo que importava agora, ela disse para si mesma, espantando a dor profunda que dilacerava seu coração.
Uma por uma, ela trancou no fundo da alma as dolorosas lembranças.
Não haveria mais lugar em seu novo estilo de vida para memórias e anseios ou sentimentos ternos de piedade.
Seu pai tinha lhe ensinado sobre o mundo dos homens. Um mundo cruel e impiedoso.
Era assim que as coisas funcionavam nas terras dos nórdicos.
A maior glória para esses homens era vencer as grandes batalhas e, se fosse o desejo do destino, morrer com uma espada na mão.

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