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5 de janeiro de 2014

O Escorpião e o Sedutor

Série Guerreiros do Vento 

Jasmine Tristan não era uma estranha para a classe superior da sociedade inglesa. 

E, embora, adotada por um visconde, a chamavam de —Escorpião Marrom— e conhecia bem o ferrão cruel do isolamento. 
Sua mãe manifesta seus temores quando a ira da Jasmine explode. 
Acaso Jasmine alberga tanta maldade em seu coração, como seu pai, o sultão de quem estava fugindo? 
Como podia ser assim, quando com Lord Thomas Claradon a havia conhecido em um momento de pura beleza? 
Seus beijos eram ardentes como o sol do deserto. 
Mas como uma tempestade de areia, sua direção não era a correta; o desprezo da mãe de Thomas e a lealdade deste para com sua família e o dever fazem com seja inalcançável. 
Apenas voltando a seu lugar de nascimento, em busca de suas raízes, conseguirá Jasmine a resposta... e pode que o verdadeiro amor triunfe sobre a ignorância e a paixão sobre o preconceito.

Capítulo Um

Londres, 1894 

Sua boca estava sangrando. Um longo arranhão escorria por seu rosto, como se um gato tivesse lhe arranhado. Partículas de grama marcavam suas roupas.
Tudo isso era possível de esconder, se Nigel não contasse e Thomas rogava para que seu irmão não o fizesse. Por favor, Deus, ele implorou silenciosamente, por uma vez, deixe que seu irmão permaneça quieto. Por favor. Ele não sabia se poderia suportar outra surra.
A casa estava em silêncio quando ele entrou, a escada brilhante cheirava a cera de abelha, o piso estava limpo e brilhante. Seu pai não tolerava bagunça. Thomas olhou para suas roupas rasgadas. Ele estava uma bagunça. Talvez, a empregada pudesse poli-lo também.
Mal tinha começado a subir as escadas, com uma ponta de esperança, quando uma voz severa o chamou por trás.
Onde você pensa que está indo?
O medo percorreu sua coluna. Thomas mordeu o lábio e tentou segurar o seu terror.
Eu, hum, Pai.
Venha aqui.
Lentamente, ele se virou. Virou-se e o viu: o conde de Claradon encarando-o com o rosto vermelho como uma beterraba, o colarinho engomado branco em sua garganta carnuda, como se fosse estrangulálo. Ao lado do conde, Nigel sorriu. Um sorriso demoníaco, conhecedor.
Thomas engoliu em seco. Eu devo ser corajoso. Mas ele não podia deixar de tremer à medida que descia a escada. Nigel, o filho precioso, o filho bom. Nigel não fazia nada errado. Nigel era perfeito. Perfeito, como Thomas não era.
Seu pai assobiou com desgosto quando Thomas chegou ao fim da escada. Uma garota. Uma maldita garota, e não apenas uma garota qualquer. Aquela pagã morena pertence à mulher egípcia. Onde está seu suporte, para permita que uma inferior seja melhor que você? Você tem doze anos. Você é mole, garoto. Seja como seu irmão. Você é um Wallenford.
A voz do conde era baixa, o que indicava sua fúria. Coragem brotou dentro de Thomas. Ele olhou diretamente para seu pai.
Eu nunca poderei ser como Nigel, pai. Não importa o quão duro você tente nos tornar iguais.
O sangue subiu pelo rosto do conde.  Cuidado com a língua, menino.
Eu acho que Thomas deveria convidar Jasmine à festa na próxima semana apenas para que todos possam ver exatamente quem o massacrou, Nigel falou.
Thomas ousou levantar o olhar hostil a seu irmão. Eu o faria, somente para evitar olhar para sua cara feia. Jasmine é uma visão muito mais bonita.
Minha cara feia? Olhe-se no espelho. Nigel zombou, em seguida, começou a cantar: Thomas gosta de Jasmine, Thomas gosta de Jasmine. Ele está apaixonado pelo pequeno escorpião marrom.
A dor atingiu Thomas. Por que seu irmão não gostava mais dele? Uma vez eles riram juntos, brincaram juntos, caçaram rãs e se envolveram em problemas. Eles apoiavam um ao outro como melhores amigos. Então, quatro invernos atrás, Nigel ficou gravemente doente. Thomas foi com sua tia e tio para visitar o quente e ensolarado Egito. Quando ele chegou em casa, com medo de que Nigel tivesse morrido, encontrou seu irmão vivo.
Mas Nigel tinha mudado. Ele não era mais um amigo, mas um inimigo. Thomas discretamente forçou-se a aceitar o fato de que Nigel sempre iria detestá-lo, e que seu pai sempre iria suspirar e balançar a cabeça, comparando-os desfavoravelmente.
Nigel detestava tanto Thomas quanto Amanda, de oito anos de idade. Uma e outra vez ele declarou-lhes em particular como desejava que fosse filho único. Na semana anterior, ele jogou Mandy no monte de feno, dizendo-lhe que estava cansado de sua tagarelice incessante.

Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída

26 de dezembro de 2013

A Espada e a Bainha

Série Guerreiros do Vento
Uma guerreira em seu coração e alma, Fatima sonha em ser um guerreiro Khamsin 

Com o dom da visão, ela deverá usar este dom/maldição para proteger seu amigo, que é o próximo na linha para liderar sua tribo. 
Mas ela deverá escolher entre a honra, o dever e o amor verdadeiro 
Tarik, um guerreiro khamsin feroz, igual ao seu totem 
Deseja e fará de tudo para conquistar uma certa guerreira que tem a alma como o vento do deserto.

Comentário revisora Serenah: Sei que gosto é gosto... Normalmente não gosto de históricos, quando tenho que revisar um, sofro muitoo... Mas gente... A-DO-REI esta estória. Leve, sensual e com partes que considerei engraçadas. Sem contar que tem alguns ingredientes que realmente chamam a atenção: -Sheik -Espadas -Mocinho sensual e teimoso -Mocinhas virgens teimosas -Mamão - a parte do mamão... Nem falo. -Armas de tiro -Ciúmes -Gente aprontando Boa leitura e espero que gostem!!!! Serenah

Capítulo Um


Deserto Oriental, Egito, 1903

Ele não podia fazê-la chorar. Não ela. Fátima se recusava a chorar perante o herdeiro do trono dos poderosos Khamsin do deserto. Não por suas provocações ou sua arrogância.
— Você não pode ser um sheik e ponto final. — Tarik afirmou.
— Eu posso também ser sheik. — Fátima de 10 anos desabafou. Ela olhou para seu irmão gêmeo, pedindo ajuda.
Os grandes e expressivos olhos verdes de Asad, da mesma cor dos dela, piscaram.
Ele encolheu os ombros. 
— Deixe-a, Tarik.
— Nunca. Uma menina não pode ser sheik. Essa é a minha palavra final.
Aos onze anos, o único filho de Jabari Bin Tarik Hassid irradiava confiança. Sua mãe, Elizabeth, dizia que poderia “encantar a lã de uma ovelha”. Corajoso e destemido, Tarik sempre achava os melhores lugares para se esconder, tinha as mais ousadas aventuras. Ao contrário da tímida Fátima, a gêmea mais tímida, ele nunca hesitou em escalar os penhascos rochosos que rodeavam a sua casa e saltava, fingindo ser um falcão. Ou, o que mais gostava Fátima, se escondia espionava os guerreiros treinando para a batalha. Fátima adorava a ousadia de Tarik. Ela odiava sua teimosia.
— Deixe-me ser sheik. É a minha vez. — Ela disse.
Tarik balançou os cabelos loiros na altura dos ombros. 
— Garotas nunca podem ser guerreiros e sheik, nem mesmo Khamsin guerreiros do vento. 
— Eu posso também ser um guerreiro. 
Tarik soltou um adulto ruído de escárnio.
— Mulheres cozinham, tecem e tem filhos. Não lutam. 
Os gêmeos e Tarik brincavam na areia plana e cinzenta do imponente Deserto Árabe do Egito. O acampamento Khamsin estendia-se através de um platô de areia, fileira após fileira de barracas de pele de cabra. Palmeiras altaneiras e acácias alastravam-se desde uma sombra remota; imponentes montanhas de rocha abrigavam o vale em ambos os lados.
Fátima não podia imaginar um lugar melhor para viver. Nem mesmo a mansão de seu avô na Inglaterra comparava-se a este imenso deserto que ela adorava. Quem queria a proteção abafada de uma casa grande, quando poderia ter fogueiras crepitantes à noite, e as histórias de seu pai para compartilhar com eles? Muitas vezes ela montava sua égua, se virava em direção ao ardente sol amarelo e apenas olhava. Para um pássaro voando no penetrante céu azul. Para o pôr do sol lançando sua luz sobre os penhascos altos em tons brilhantes de marrom-avermelhado. Para toda a beleza do deserto.
Fátima amava explorar esconderijos nas rochas com seu irmão Asad e seu melhor amigo, Tarik, e o primo mais próximo de Tarik, Muhammad. Mas em seu décimo primeiro aniversário, Tarik começou a fugir dela. Ele disse para Asad que ela era muito lenta. Destinado a tornar-se o Guardião de Tarik, seu guarda-costas, Asad havia se aliado a seu amigo e não a Fátima.

Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída



13 de abril de 2013

A Pantera E A Pirâmide

Série Guerreiros do Vento

Graham Tristan foi um homem atormentado durante muito tempo.

Durante anos viveu sob o medo. Ele era psicologicamente forte.
Durante seu exílio na infância, ele cavalgou com os Khamsin – Os guerreiros Egípcios do Vento.
Aprendera seu código.
Ele era chamado de 
"A Pantera".
Agora retornara ao seu lugar de origem como o Duque de Caldwell.
Mas ele ainda vive com medo.
E um novo rosto assombrava seus sonhos.
Um rosto feminino. Cabelos ruivos, da cor do sangue.
Seus olhos verdes, esmeraldas.
E aquela face, e aquele corpo, aquela lembrança o consumia.
Realmente, ele era um homem perigoso, fora aceito pela sociedade com distinção apesar da sua criação; mas existiam aqueles que se opuseram a ele, e certamente ele não aceitaria aquilo.
Em seus sonhos, aquela mulher ameaçava tudo que ele deveria proteger; tudo que pensava em esconder. Ela era mais perigosa do que o antigo tesouro que podia convencê–lo a voltar ao Egito, voltar ao deserto onde ele tinha sido criado.
Essa mulher poderia desvendar seu coração.

Comentário da leitora final Manuela Souza: Gostaria de comentar que este livro é muito intenso. O sofrimento do mocinho, o amor que ele tem pela mocinha e o sacrifício que faz em nome deste amor me fizeram refletir sobre a doação plena que só o amor verdadeiro pode proporcionar. Realmente é muito bonito o livro. A autora toca fundo e tenho que contar que chorei com a morte do camelo... Beijos, Manú.

Capítulo Um

Londres, 1896
O Duque de Caldwell tinha escolhido uma maneira incomum para perder a virgindade.
Graham Tristan ficou quieto, na sala privada cor de vinho da recepção de Madame Lafontant. O suor escorria pelas costas, parando na cintura de suas elegantes calças brilhante. Convocando toda a sua coragem, ele enfrentou a dona do bordel e disse num calmo tom de comando:
― Ela deve ser inexperiente. E não uma ruiva. Meu irmão me recomendou o seu estabelecimento por ser o mais discreto em Londres. 
A  atrevida senhora de cabelo castanho deu–lhe uma lenta e minuciosa avaliação.
― Claro, sua graça. Eu me orgulho da discrição e em cumprir os desejos mais profundos de muitos da sua classe. O seu pedido não é incomum. ― Ela fez uma pausa e bateu uma unha pensativamente sobre as costas do sofá de crina. ― É por isso que eu mandei um bilhete. O tipo de mulher que você deseja acabou de chegar. Não é bastante jovem. Ela tem 22 anos. Louro dourado. Fala Deus. Muito linda. Será que é aceitável? 
Um pequeno sopro de ar escapou de seus pulmões. Graham forçou seu rosto em uma máscara inexpressiva.
― Será que ela é virgem?
― Com certeza. Claro que, por tal joia eu vou ter que cobrar o dobro. 
― É claro. ― ele murmurou, o coração batendo rápido com uma mistura de excitação e medo.
O corselete de Madame Lafontant estalou enquanto ela levantava–se  da espreguiçadeira.
― Fique aqui e eu vou preparar tudo. Por favor, fique à vontade. Há brandy no aparador.

Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída

11 de novembro de 2012

A Dama E O Libertino

Série Guerreiros do Vento

Um bonito conde inglês deseja seduzir uma beleza virginal, a fim de roubar o vasto tesouro que ela guarda no Egito. 

Anne Mitchell que nasceu como filha ilegítima e cresceu num abrigo de pobres, vendida por sua mãe e enviada pelo seu pai para o Oriente, tinha todos os motivos para perder a fé. Mas no Egito ela achou sua identidade com os Khamsin, uma tribo de guerreiros beduínos. 
Quando um grande segredo lhe foi confiado, sua honra lhe foi devolvida e para mantê-la faria qualquer coisa. 
Nigel Wallenford era um conde. E também um ladrão, mentiroso e libertino. 
Recuperar seu direito de primogenitura em relação à Claradon tinha sido o começo. 
Em seguida, ele queria riqueza, e sabia sobre a lenda de um tesouro... e sua guardiã era um figo maduro que aguardava ser colhido. 
Ele nunca teve escrúpulos para enganar, roubar ou até mesmo assassinar. 
Uma inglesa despatriada, não importa o quão atraente fosse nunca iria conseguir detê-lo.

Capítulo Um

Acampamento Khamsin – Deserto Oriental do Egito – 1908

Ele não seria o noivo viril que ternamente a defloraria na noite de núpcias.
Ele nunca soltaria um suspiro de paixão ao tocar sua garganta esguia enquanto acariciava seus seios virgens, agora escondidos sob o kaftan branco e modesto.
O rubi brilhante pendurado entre eles destacava-se como uma gota de sangue contra a neve. Suas mãos, acostumadas a acariciar a pele de prostitutas, não eram dignas de tocá-la.
Elas eram, no entanto, capazes de roubar o rubi, como havia feito com outras antiguidades egípcias de valor inestimável. 
Agachado sob a sombra de uma árvore em forma de charuto, Nigel Wallenford, legítimo Conde de Claradon, observava sua presa enquanto segurava um rifle nas mãos suadas. A mulher em silêncio colhia sementes espalhadas pelo chão. Karida era o nome dela. Ela guardava o rubi que ele precisava para completar a chave e localizar o tesouro do sonho das múmias. Durante toda a semana, em sua visita ali, sob o pretexto de comprar éguas árabes, ele ouviu seus parentes louvar sua virtude e honra como se ela não fosse um ser humano, uma mulher, mas uma estátua de pedra calcária. Nigel não se importava se ela era tão corrupta quanto ele, ele só se preocupava com o rubi.
Sob as árvores de acácia, as plantas amarelas e verdes eram salpicadas pela fonte de água perto do acampamento Khamsin. O sol queimava e lançava seus raios no topo das montanhas irregulares e nas pedras de arenito, deixando-as da cor do pêssego. A brisa refrescante afugentava o calor sensual da tarde que brilhava sobre as areias escuras. Montanhas negras e deserto sem fim rodeavam esta parte do deserto do Egito oriental.
Jabari bin Tarik Hassid, era o sheik Khamsin, mas Nigel apenas pensava na fonte de água para matar a sede do deserto, mas também havia escolhido o lugar para perseguir Karida. Todas as tardes desde sua chegada, ela aparecia ali para recolher sementes. Como um bom caçador, ele observou seus hábitos, decorou seus movimentos. Como uma lebre atingida por uma bala, Karida jamais saberia o que a teria derrubado. O rubi em breve seria seu.
Karida continuava olhando em sua direção. Seu rosto, escondido por um véu, que era cortesia aos visitantes da tribo al Assayra, era inexpressivo.
Um bom caçador sabia como desarmar sua presa, fazê-los sentir uma falsa segurança. Nigel deixou o rifle e ofereceu seu sorriso mais encantador. Ele fez um gesto para as sementes, e deixou-as cair em sua bolsa de pele de cabra, mas manteve o olhar centrado no rubi. Seus dedos coçavam para roubar a pedra. Em breve. 
— São sementes para comer?
Karida piscou, como se tivesse levado um susto ao ouvir uma voz humana.
— Samna. Óleo para cozinhar. — Como seu tio Ramses e o resto de sua família, ela falava o inglês perfeitamente. No entanto, seu sotaque era estranho, como se ela tivesse vivido em outro lugar do Egito. — Eu vou me casar esta noite. Esta será a última vez que reunirei as sementes. — Ela soltou um pequeno suspiro, como se ponderando seu destino.

Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída

23 de agosto de 2010

O Falcão E A Pomba

Série Guerreiros do Vento

Em 1892 a americana Elizabeth Summers, acompanha seu tio em escavações arqueológicas pelo Egito em busca de uma peça muito especial, o Almah.

Embora Elizabeth trabalhe fazendo pequenas valas nas escavações, o fato de ser mulher, faz com que seu tio a deixe na catalogação das peças.
Como seus antepassados, o Sheik Jabari e seus guerreiros do vento, têm a missão de velar e proteger o Almah dos infiéis, em nome de sua rainha Kiya.
Quando Elizabeth descobre onde está enterrado o prezado tesouro, Jabari a rapta para evitar que os de seu clã a puna por profanar suas terras e a leva para seu harém. Mesmo que pese em todos, entre Elizabeth e Jabari surge uma intensa atração.
A mancha em forma de pomba sobre o corpo da jovem, confirma a Jabari que está ante a reencarnação da rainha Kiya, que, como anunciava a profecia, retornou para entregar seu amor ao chefe dos guardiões e o fazer feliz.

A lenda
As areias de Ajenatón guardam um segredo.
Nas profundidades da escura terra da antiga cidade, se acha um disco de ouro chamado o Almha. Fora construído na décima oitava dinastia egípcia, por ordem de uma das esposas do faraó, com o propósito de venerar ao deus do Sol Atón, e se converteu em um símbolo de poder e destruição.
Quando a rainha Kiya o mostrou a seu marido, o faraó Ajenatón ficou fascinado por sua beleza.
Este o utilizou para atrair o povo aos templos de Atón.
Ajenatón recompensou Kiya, construindo um templo para que pudesse render culto aos deuses com privacidade, seus sacerdotes e os guerreiros do vento Khamsin.
Mas a primeira esposa de Ajenatón, Nefertiti, invejava o poder de Kiya.
Convenceu o faraó, de que ele também era um deus e este utilizou o Almha para que rendesse culto a ele em lugar do deus Atón.
Furiosa pelo sacrilégio de seu marido, Kiya roubou o Almha e o enterrou na areia. Encomendou aos Khamsin a tarefa de guardá-lo num lugar oculto durante toda a eternidade, consciente de que não sobreviveria muito tempo mais, à fúria de seu marido e o ciúmes de Nefertiti.
Aquela noite, Kiya se retirou para seus aposentos com seu amante, o líder dos Khamsin, com a intenção de que seus fortes braços a estreitassem uma vez mais.
Com seus suaves lábios, Kiya silenciou as palavras de Ranefer que assegurava poder proteger-la da ira de Ajenatón.
Ela sentiu em seu beijo uma doce tortura, que recordou a sua própria aflição.
Nefertiti não desperdiçou a oportunidade para eliminar sua rival, e convenceu Ajenatón a executar Kiya pelo roubo.
Enquanto o faraó e seus guardas se aproximavam de seus aposentos, Kiya sussurrou um apaixonado adeus ao ouvido de seu amante.
Observou-o desaparecer na noite, enquanto fazia a promessa de que seu espírito o esperaria ao longo dos anos, para voltar a reunir-se com ela.
O faraó ameaçou-a, tentou engana-la, mas ela permaneceu em silêncio.
Quando o brilho da espada em forma de foice abateu sobre sua cabeça, inclinou-se ante sua folha rezando para que não faltasse coragem ao amante, e entregou sua vida em troca do segredo do Almha.
Os Khamsin se vingaram de Nefertiti assassinando-a, e pulverizando suas cinzas de tal modo, que sua alma não pudesse voltar para a vida depois da morte.
Eles choraram a morte de sua bem amada rainha Kiya, que apesar de saber que nem sequer o ferrão da morte, a poderia separar de seu verdadeiro amor.
A lenda diz que três sinais da pomba branca que tanto Kiya apreciava, anunciaria seu encontro com o Ranefer.
O líder Khamsin a desposaria e a paz e a prosperidade voltariam a reinar na tribo.

Capítulo Um

1892
Os descendentes dos Khamsin guardavam Ajenatón como sempre fizeram, ao lombo de seus cavalos.
Durante gerações, ninguém se atrevera a perturbar a calma da cidade.
Então chegaram os ingleses. Armados com picos afiados, pás e arrogância, e os infiéis surgiram com suas teorias.
Jabari bin Tarik Hassid, Sheik dos guerreiros do vento Khamsin, estremeceu de ira e dor ao contemplar a violação da terra sagrada.
Ante semelhante profanação, uma mistura de sentimentos se revolvia em seu estômago. Com cada golpe do pico, seu coração doía, como se a ponta de aço o tivesse perfurando em lugar das areias sagradas.
Ao lombo das mais formosas éguas árabes, seus guerreiros controlavam suas agitadas montarias.
As diminutas borlas p
rateadas que decoravam a guarnição no peito dos cavalos, repicavam levemente.
Seu segundo comandante fez um gesto e apontou a escavação. Jabari fechou a luneta repentinamente e fez um gesto a seus homens para que não se impacientassem.
-Não. Ainda não. Não se apressem. Esperem um pouco mais.
Respirava lentamente, esperando com isso, acalmar suas emoções. Sua mão segurava com força o cabo de marfim de sua espada.
O Sheik desembainhou sua espada e levou a mão ao coração e logo aos lábios, num ritual Khamsin de honra, antes da batalha.
Jabari sorriu e soltou um grito sonoro e ondulante. Agora. Chegara o momento de atacar.
O fato de percorrer os cinco quilômetros que separavam a aldeia do Haggi Quandil da escavação, ao lombo de um asno, Elizabeth Summers, demonstrava seu amor à arqueologia. Esfregou seu dolorido traseiro e soltou um gemido.
Aquele animal não podia ir um pouco mais rápido?
Soltou as rédeas do asno. Não serve para nada.
Aquele animal era mais obstinado que o tio Nahid.
E cheirava mal. E não prestava.
Seus sentidos já se acostumaram com as assustadoras paisagens, os aromas e os sons do Egito. O forte odor dos corpos sem lavar.
Perfumadas especiarias, o delicioso aroma de cordeiro dourando nos assadores.
As vozes em árabe, o céu assombrosamente rosa ao por do sol e um calor ardente que envolvia seu corpo como se fosse uma manta.
Embora nada se comparasse com o prazer de andar por areias que ocultavam mistérios de milhares de anos de Antigüidade.
Elizabeth fixou seu olhar no deserto e se perguntou! O que a aguardaria naquela escavação?


Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída

A Cobra E A Concubina

Série Guerreiros do Vento

Badra se refugiou no deserto do Saara, mas não há como escapar do xeque que roubou sua infância.

O vilão acendeu uma paixão nos homens que significou apenas dor e nem sua morte ou a proteção de seus salvadores, os Khamsin, mudou isso.
Badra não pôde esquecer como os olhos de safira de um Khamsin queimam.
Kenneth Tristan, herdeiro do Duque de Caldwell, andava com os Khamsin desde o massacre de sua família inglesa.
Conhecido como Khepri, a Cobra, foi criado no Egito.
Ele amava esta terra, toda a areia ao vento, mas nada era completo, pois não podia tocar a mulher que ama, não pode salvá-la do passado.
Mas vai sacrificar tudo por ela. E até que chegue esse momento seriam apenas... A Cobra e a concubina.

Capítulo Um

Deserto Oriental do Egito, 1889
‘Alguém, por favor, me ajude.’
A súplica silenciosa varreu a mente de Badra em um cântico frenético. Tremia atrás da grande rocha de pedra calcária, fora das calorosas tendas negras de pêlo de cabra.
Os sons da batalha rugiam: os gritos de homens agonizantes, os gritos triunfantes de guerra de seus inimigos que ganhavam a fortaleza.
As duas tribos mais violentas do deserto, o Al-Hajid do Egito e os Guerreiros do Vento Khamsin, lutando uns contra outros em uma feroz batalha.
Aparecendo ao redor da pedra, Farah, a amiga de Badra, olhou.
O sol caía sem piedade sobre ambas.
O vento ia à deriva através da areia escura, agitando o comprido cabelo negro de Farah. Tinha vinte anos, era mais velha que Badra cinco anos, tanto em experiência como em sabedoria.
Era ela quem tinha impulsionado esta fuga.
Farah virou-se, seu rosto ruborizado pela urgência.
— Os Khamsin partem de nosso acampamento! Agora é o momento.
Os pés de Badra permaneceram congelados na areia.
Tinham escapado da tenda do harém em meio a confusão e tinham saído do acampamento. Elas ainda corriam, o Sheik Fareeq as encontraria.
— Você é minha escrava, Badra — tinha grunhido ele. — Embora você escape até o Sinai, a encontrarei. Não deixo os escravos livres. Jamais.A voz de Farah devolveu Badra ao presente.
— Por favor, fujamos — suplicou.
Em algum lugar, profundamente dentro dela, Badra encontrou uma diminuta parte de força e a utilizou. Farah e ela saíram correndo das rochas que as protegiam.
O caos se instalou, um impreciso movimento de rápidos e lustrosos cavalos árabes.
Os Khamsin tinham recuperado seu amado garanhão reprodutor.
O formoso cavalo branco foi amarrado aos arreios do Sheik dos Khamsin que agora cavalgava voltando para o seu lar.
Farah não vacilou. Imediatamente se lançou atrás dele, agarrando a mão de Badra e gritando para que ele se detivesse.
O Sheik dos Khamsin freou seus arreios com um movimento de perito, as fossas nasais da égua flamejaram.
Ele tinha uma figura magnífica. Um véu de cor anil cobria a parte inferior de seu rosto, protegendo seus traços.
Se inclinou para frente e seus olhos escuros brilharam com fúria, até que Farah pôs uma mão sobre sua coxa coberta por uma calça.
— Por favor — rogou ela, com voz frenética, — pertencemos ao Sheik Fareeq.
Por favor, rogo-lhe senhor, nos leve com você como suas concubinas. Sei que você é Jabari bin Tarik Hassid, o Sheik dos Khamsin.
Ouvi que é um líder justo e honrado.
Badra levantou seus olhos com esperança, suplicando silenciosamente ao homem.
As palavras fugiram. Não podia falar.
Os olhos do líder se enrugaram, fazendo uma careta, dois guerreiros, um baixo, mas com uma poderosa constituição, e outro mais alto e mais Três caras veladas olharam fixamente para baixo com uma ameaça oculta.
Badra começou a tremer violentamente, se perguntando se tinha escapado de um horror familiar para um ainda desconhecido.
— Senhor, por que tarda? — Perguntou o guerreiro mais musculoso.
— Estas mulheres, Nazim. Pedem proteção como minhas concubinas.
Nazim se inclinou sobre sua égua e deu uma olhada superficial às mulheres.
— Então ofereça, vaiou. — Mas nos apressemos!


Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída

O Tigre e a Tumba

Série Guerreiros do Vento

A única opção que Lady Katherine tem para evitar que seu pai seja injustamente acusado de ladrão é roubar ela mesma o mapa de uma tumba perdida e encontrar o tesouro que se esconde clandestinamente.

O que Catherine desconhece é que Ramsés, seu adversário, é um dos homens mais perigosos do deserto; um autêntico sedutor que derrete a qualquer mulher com seu olhar cor âmbar, as carícias de seus lábios e a delicadeza de seus braços.
Assim, e apesar de todas suas precauções, a jovem dama sucumbe ao encanto daquele ao que chamam o tigre e se entrega a ele nas areias do deserto.
Só depois, ambos descobrirão que suas vidas estavam já predestinadas desde o tempo de seus ancestrais para compartilhar o amor que se professam na mais selvagem das aventuras que possam imaginar.

Capítulo Um
Akenaton. Egito 1893
—Ladrões de tumbas!

Aquelas palavras retumbaram na imensa cova de pedra.
As paredes se agitaram com uma força estremecedora. O pó milenário parecia tremer ante sua furiosa presença.
Nazim Ramsés bin Seti Sharif dirigiu o olhar aos homens que acabava de surpreender. Quatro homens egípcios com thobes largos como saias e um inglês pálido apartaram a vista do antigo papiro que acabavam de desenterrar.
O mapa da mina de ouro, a chave para achar a tumba de Rastau.
Durante milênios, a tumba de seu antepassado, que guardava incalculáveis tesouros, tinha sido um segredo sepultado pelo tempo.
Ele era um Guardião dos Séculos, um guerreiro que tinha feito o juramento solene de proteger seus antepassados os reis. Estava acostumado a tomar no café da manhã ladrões de tumbas.
E aquela manhã estava morto de fome.
Retirou a cimitarra de sua capa e a brandiu no ar.
A luz da tocha refletiu o brilho do aço mortal.
Agarrou o extremo de seu turbante azul anil e cobriu o rosto ante seus inimigos. Continuando, levou-se a mão ao coração e logo aos lábios, um ritual Khamsin de honra antes da batalha.
— Sou Nazim Ramsés bin Seti Sharif, Guardião dos Séculos. Soltem as relíquias sagradas imediatamente!
— O que é que está acontecendo aqui?
A autoritária voz de seu xeique, Jabari bin Tarik Hassid, ressonou na tumba.
Ramsés percebeu que o ladrão inglês tirava uma pistola e o resto de seus homens desembaiavam suas espadas.
Ouviu-se um disparo. O Guardião se lançou habilmente ao chão com uma cambalhota e ordenou a Jabari que se agachasse.
Levantou-se de um salto, deu uma rasteira no homem armado e lhe atirou uma faca.
O homem caiu no chão entre gemidos, sujeitando o peito. Ramsés lhe retirou a pistola. Jabari se apoiou na parede, com o rosto crispado pela impressão.
— Atreve-se a agredir a pessoa que jurei proteger!
Depois de lançar um grito uivante, ao que se seguiu o de Jabari, Ramsés foi para cima deles.
O inglês se desmaiou, desabando no chão, sendo habilmente esquivado por Ramsés, enquanto seu companheiro se ocupava do restante.
Bramando pelo poder que lhe outorgava a justiça, Ramsés sentia que o espírito de seus antepassados fluía em seu interior.
— Que nossos antepassados castiguem aqueles que perturbam seus lugares de descanso sagrados!


Série Guerreiros do Vento
1 - O Falcão e a Pomba
2 - O Tigre e a Tumba
3 - A Cobra e a Concubina
4 - A Pantera e a Pirâmide
5 - A Espada e a Bainha
6 - O Escorpião e o Sedutor
7 - A Dama e o Libertino
Série Concluída