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3 de setembro de 2017

Calor Escocês

Série Cavaleiros das Highlands
Com sangue ainda secando nas linhas de frente em Waterloo, Lady Grace Carrington ajuda um soldado ferido em uma tenda médica britânica. 

Embora ela acredite que o puxou para a segurança, na verdade, ela colocou os dois em grave perigo: porque quando seus brilhantes olhos azuis se encontram com os dela, o apaixonado sargento escocês a beija de uma maneira que a deixa sem fôlego e tremendo. 
Como a filha obediente de um Conde, Grace não deveria ser tentada por alguém tão abaixo de sua posição. Mas como uma mulher de sangue vermelho, ela anseia por muito mais. No que diz respeito a Duncan Mackenzie, ser apunhalado no braço foi a melhor coisa que já aconteceu. Quando acorda no campo de batalha, a visão do rosto adorável de Grace acende sua alma. Como um homem alistado e filho de um fazendeiro...

Capítulo Um

19 de junho de 1815, Campo de Batalha de Waterloo
O peito de Lady Grace Carrington se apertou enquanto olhava para a destruição brutal apresentada diante dela. Em seus sonhos mais loucos, nunca imaginara que tais horrores fossem possíveis. Nunca.
Ela precisava fazer alguma coisa. Seus dedos formigavam com a necessidade de ajudar. Ela não podia ficar ociosa enquanto tantos homens sofriam.
Ela caminhou cuidadosamente através do campo de batalha pisoteado. Não se incomodou em levantar as saias, não haveria sentido. Ela logo ficaria enlameada da cabeça, aos pés.
Havia corpos em todos os lugares, embora não tantos como no início da manhã, quando mal se podia andar sem pisar em algum membro dos cadáveres. Os homens dirigiam-se de um lado para o outro, e os carrinhos moviam-se pelas laterais, cheios até a borda de homens sem vida. Resoluta, de cabeça erguida, Grace dirigiu-se para o meio do campo, onde a carnificina encontrava-se no auge.
Ela ajoelhou-se próximo a inúmeros corpos, baixando a cabeça para ver se uma respiração poderia sossobrar sobre sua orelha. Não havia nada além de uma implacável quietude. Grace encontrou-se olhando para o céu cinzento uma e outra vez, tentando reunir suas forças. Testemunhar isso não era nada comparado com o que esses pobres homens passaram. Se eles podiam sofrer através de um pesadelo, então, ela podia sofrer com as consequências.
Ajoelhou-se ao lado de um homem, este de um dos regimentos das Highlands, a julgar pelo uniforme que usava: boné humilde, kilt, cintos cruzados e meias. Não havia uma partícula de sangue visível nele. Se não fosse por toda a sujeira cobrindo seu uniforme e pele, ela teria pensado que ele deitara na grama em um repouso pacífico.
Inclinando-se, colocou a orelha em seus lábios. Nada. Ela ficou mais tempo do que o normal para ouvir qualquer som de respiração. Finalmente, levantou-se, olhando para o homem. Não, ele era um menino, muito mais jovem do que os seus vinte e três anos.
Talvez, estivesse ferido nas costas. Ela não conseguiu virá-lo para descobrir. Mas, não havia dúvida de que este pobre soldado morrera, juntamente, com tantos outros. Sua respiração ficou presa, curvou a cabeça e apertou os olhos fechando-os, lutando o mais forte que podia contra as lágrimas que empurravam atrás das pálpebras.
― Madame?
Ela saltou para trás, surpresa, com a cabeça erguida. Seu calcanhar virou sobre um terreno desigual, ou alguma coisa caída no chão, seus braços tremendo enquanto lutava para ficar em pé.
Não adiantou. Ela caiu, dura, de costas.
Em alguém. Um fato tornado imediatamente óbvio pelo vigor highlander da respiração liberada pelo pobre homem em que ela tropeçara.
Ela afastou-se de seu corpo, corando furiosamente, pois suas nádegas caíram diretamente sobre a pélvis, dele.― Oh, eu sinto muito, senhor… eu sou tão desajeitada… Perdoe-me por favor…