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18 de dezembro de 2021

Apaixonada



Embora a viúva lady Rebecca tenha desprezado o casamento, já os homens, isso era outra história. 

As frias noites de inverno em Londres a fazem sonhar com coisas como encontrar um amante que satisfaça seu ansioso coração. Alguém bonito, discreto e, o mais importante, que esteja tão desinteressado em casamentos, como ela. Alguém como Jack Fulton. Jack, um conhecido mulherengo e aventureiro, parece ser a escolha perfeita. Só que tem um problema, Jack não está interessado em uma aventura. O que ele precisa é que a formosa e enigmática Rebecca seja sua esposa. E não dispõe de muito tempo para persuadi-la. Um segredo de seu passado está a ponto de vir à tona, e no dia de Natal tem que estar casado com Rebecca ou estará morto.



Série Familia tristan
01- Apaixonada



20 de março de 2019

Uma Dama em tentação

Série Irmãs Donovan
O Capitão William Langley conhecia bem o oceano, mas nada poderia prepará-lo para o que descobriu à deriva no frio Mar da Irlanda. 

O pequeno barco transportava dois passageiros: uma criança e Meg Donovan – o amor há muito perdido de Will. O desaparecimento de Meg no mar, oito anos atrás, foi um golpe devastador. Agora ela está de volta, tão bonita como sempre, e com segredos tão profundos como os de Will.
Depois de anos mantida em cativeiro por um pirata de sangue frio, Meg finalmente escapou com o pequeno Jake, o garoto que ela passou a amar como se fosse dela. Porém, o pirata quer vingança – e Meg deve fazer o que for preciso para proteger Jake da loucura daquele homem. Determinado a não perder Meg novamente, Will promete protegê-los, mas Meg não quer arriscar-se a colocar o único homem que ela já amou em perigo. Com a ameaça a sua segurança crescendo e sua paixão por Will ficando mais forte a cada dia, render-se pode ser um prazer tentador demais para resistir.

Capítulo Um

William Langley olhou por cima da proa de seu navio, o Liberdade, para a superfície cinzenta ondulante do oceano. Embora as águas finalmente tivessem se acalmado, uma mancha de espuma cobria tudo e metade de sua tripulação ainda estava roncando em seus beliches, exaustos do esforço de manter o navio flutuando durante a tempestade da noite anterior.
Will correu os dedos pelas gotas frias de água ao longo da borda superior da amurada. Provavelmente levaria um mês antes de secarem, mas não havia sinais de desgaste. Agora poderia voltar para a tarefa que tinha em mãos – procurar contrabandistas ao longo das Western Approaches.
Na manhã quase sem vento, o Liberdade deslocava-se na direção leste. Estavam a meio caminho entre Penzance e a costa irlandesa, embora a tempestade certamente os tivesse desviado do curso, e não conseguiriam uma leitura precisa de sua posição até que o céu clareasse. Só Deus sabia quando isto seria. Nesse ínterim, ele os manteria em direção ao leste, em direção à Inglaterra, para que pudessem patrulhar as águas mais perto da costa.
― Ele portou-se bem, não é?
Will olhou por cima do ombro para ver seu primeiro imediato, David Briggs, aproximando-se do convés de estibordo, recém-barbeado e calmo, muito longe de seu comportamento atormentado da noite anterior.
Will sorriu.
― Sim, de fato.
O Liberdade era uma escuna americana recém-construída, equipada com velas triangulares no estilo das Bermudas, uma visão raramente vista entre os veleiros, e cortadores de plataformas quadradas[2], comuns neste lado do Atlântico. Mas era uma escuna rápida e elegante – perfeita para o trabalho para o qual tinha sido designada a executar. E resistente, como provara por sua resposta corajosa à tempestade da noite passada.
Era, acima de tudo, dele. Will era dono de uma frota de navios capitaneada por vários homens envolvidos em seu negócio de importação, mas, antes mesmo que as primeiras tábuas fossem unidas, o Liberdade era dele. 
Três anos atrás, ele enviou seus projetos cuidadosamente elaborados para Massachusetts, com instruções detalhadas sobre como deveria ser construído. E, agora, a cada passo ao longo das tábuas brilhantes de seu convés, sentia-se duplamente orgulhoso: por sua criação e por sua propriedade.
A única área em que Will havia abandonado o controle do Liberdade estava no batismo do navio. O nome que ele queria era óbvio demais. Isso levantaria muitas sobrancelhas sorridentes na sociedade londrina. Até mesmo seus melhores amigos no mundo – o Conde de Stratford e sua esposa, Meg – franziriam a testa e questionariam sua sanidade, se tivesse dado ao navio o nome que seu coração e sua alma pediam.
Então, ao invés de Lady Meg, concordou com o nome sugerido pelo estaleiro americano – provavelmente como uma piada, já que sabiam perfeitamente que ele era um inglês consumado. Liberdade. Parecia que tudo o que os americanos criavam envolvia suas noções de liberdade ou orgulho nacional. No entanto, surpreendendo-se, Will descobrira que não se opunha ao nome. Para ele, esse navio representava a liberdade.
Estar aqui de novo, em mar aberto, nesta beleza de navio e cercado por sua tripulação resistente – tudo isso era libertador. Os laços que havia em torno de seu coração nos últimos dois anos, cada vez mais apertados, sufocando-o até ter certeza de que ele estouraria, estavam lentamente se desfazendo.
Aqui fora, pelo menos, podia respirar.
Olhou para Briggs, que estava esfregando a mão sobre os olhos.
― Dormiu bem?
― Como os mortos.
― Você deveria ter dormido mais.
Briggs ergueu uma sobrancelha para ele, fazendo com que a irritada cicatriz vermelha, que atravessava sua testa, se franzisse.
― Eu poderia dizer o mesmo a você, Capitão.
Will riu.
― Touché.








Série Irmãs Donovan
1 - Confissões de uma Noiva Inadequada
1.5 - Uma Noite Perversa
2 - Segredos Acidentais de uma Duquesa
3 - Uma Dama em tentação
Série concluída





25 de agosto de 2018

Tentação das Terras Altas

Série Cavaleiros das Highlands
Quando Lady Emilia Featherston descobre que seu despresível pai tem tramado contra a coroa, ela se vira para os Cavaleiros das Highlands por proteção ─ e retribuição. 

Escapando para uma casa segura nos arredores de Londres, Emilia fica surpresa de se encontrar dividindo quartos próximos com um musculoso Highlander de fala mansa. 
Logo, a curiosidade abre passo a uma alarmante atração. Emilia aprendeu de primeira mão com seu pai que não se deve confiar em homens. Ela simplesmente nunca conheceu um tão honrado e leal, tão poderoso e, sim, tentador. Desde Waterloo, Colin Stirling tem lutado com memórias que o assombram dia e noite. À beira da loucura, ele não mais confia em si mesmo com relações significativas de qualquer tipo. 
Ao menos nesse santuário temporário, Colin pode se retirar do mundo ─ isto é, até que sua responsabilidade incrivelmente linda descubra a profundidade de sua dor. Em Emilia, Colin vê um espírito similar com suas próprias cicatrizes de batalha. Ele também sente uma chance para se curar... e encontrar o amor.

Capítulo Um

A maioria dos habitantes de Londres estava na cama a esta hora da noite, mas uma única luz brilhava da janela no andar de baixo da casa dos Cavaleiros das Highlands. No interior, três cavaleiros se reuníram na sala de estar, algo que já fizeram muitas vezes tarde da noite, segurando copos de uísque e conversando facilmente como apenas amigos íntimos podiam.
Sir Colin Stirling sentou no sofá de veludo azul, o cotovelo apoiado no braço quando rodava o líquido âmbar em seu copo. Seus lábios torceram enquanto ouvia Camden McLeod exaltar as virtudes do casamento.
─ Eu não sei por que tantos homens o evitam. Os olhos azuis de McLeod eram brilhantes sob o seu cabelo negro como carvão. Não há nada melhor do que deitar ao lado de um corpo quente e disposto a cada noite. Ele pontuou este pronunciamento com um gole de uísque.
─ Você costumava não gostar de qualquer menção à instituição do casamento, se bem me lembro ─ Sir Ewan Ross disse secamente. Veementemente.
─ E por muitos anos ─ Colin acrescentou, balançando a cabeça.
─ Bem, eu era um idiota e um tolo ─ disse McLeod ─ Vocês dois sabem muito bem.
─ Sim, é claro. Na época, eu sabia que você estava podre ─ disse Ross.
─ Você vê? ─ McLeod lhes deu um olhar presunçoso.
─ Mas o problema é ─ Ross disse, sorrindo sob sua palha selvagem de cabelo vermelho encaracolado ─ Você ainda está podre, cara. Apenas de uma forma diferente.
─Não ─ McLeod disse gravemente ─ Eu sou o mais são de todos nós. Graças a Esme ─ Esme era a esposa de McLeod e Colin estava contente que ela parecia tão feliz por estar casada com McLeod como estava ele por se casar com ela e ambos estavam orgulhosos e animados que Esme estava grávida e eles seriam pais em breve.
Colin sorriu para McLeod, mais feliz pelo homem do que ele poderia dizer. Ele amava essas noites, sentado no conforto com os outros cavaleiros, os quais ele considerava seus irmãos, discutindo suas vidas e seus dias.
Esses eram os últimos momentos de paz para ele todos os dias. Havia sete Highland Knights e Colin foi o único que ficou até tarde todas as noites, evitando ir ao seu quarto até que todos os outros tinham ido para a cama e não havia nenhuma escolha no assunto.
Era então que os demônios vinham. Eles não o assombravam todas as noites. Não, eles lhe davam um indulto de vez em quando, apenas o tempo suficiente para ele baixar a guarda antes que eles voltassem com uma vingança. Será que eles viriam hoje à noite? Ele estremeceu com o pensamento e tomou outro gole de sua bebida.
─ Então, por isso, cheguei à conclusão que vocês dois e Laurent precisam se casar o mais rápido possível ─ disse McLeod.
Ross riu. Mesmo os lábios de Colin desenharam um sorriso. Ele, Ross e Laurent, o mais novo homem das suas fileiras, eram os únicos solteiros remanescentes dos Highland Knights.
─ Oh, bem, isso não é inteiramente justo ─ disse Ross ─ Laurent é um mero filhote. Dê ao rapaz alguns anos de liberdade, pelo menos.
─ Tudo bem ─ Os olhos de McLeod brilhavam em desafio. Vocês dois, então. Vocês dois são velhos demais para serem algemados. Especialmente você, Stirling. O que você tem agora? Quarenta e um?
Colin fez uma careta para ele ─ Não é bem assim. Você está uma década errado. Você esqueceu como contar, homem?
─ Cinquenta e um então? ─ McLeod exclamou sobrancelhas levantadas.
─ Você é um idiota ─ Colin resmungou com bom humor, sabendo que ele estava sendo alvo de brincadeira.
─ Trinta e um, seu idiota ─ disse Ross.
─ Não ─ McLeod fingiu choque ─ Você não pode ter trinta e um. Ora, essa é a minha idade. Você parece pelo menos uma década mais velho com todas essas linhas vincando seu rosto.
Colin balançou a cabeça e revirou os olhos. Sem dúvida, ele parecia mais velho do que McLeod. Ele tinha inveja da capacidade de resistência dos outros cavaleiros depois de Waterloo. Se ao menos ele tivesse esse tipo de força. Erguendo o copo, ele engoliu o último gole de seu uísque.
─ Ainda assim, você deveria se casar. Trinta e um. Inferno, você está praticamente na prateleira.
─ Isso é um termo para as mulheres de certa idade, não para os homens ─ disse Ross McLeod.
─ Mulheres inglesas ─ acrescentou Colin. Ele passou a primeira metade de sua vida na Escócia e ele nunca tinha ouvido uma mulher escocesa ser referida como “na prateleira”.
─ Verdade. Deus, você já imaginou como seria ser uma inglesa, com todos os seus julgamentos e regras? ─ McLeod estremeceu.
─Não, eu nunca ─ disse Ross. E jamais pretendo.
Colin sorriu ─ Você faria uma excelente inglesa, porém, com todo esse bonito cabelo vermelho brilhante.
Ross bufou.
McLeod pousou o copo.─ Bem, toda essa conversa de casamento me fez desejar a minha esposa. Esme está esperando. Eu vou para a cama.
─ Sim, eu também ─ disse Ross. Não há esposa para desejar, mas é tarde.
Engolindo o pânico instantâneo que o alcançou, Colin levantou-se junto com os outros dois homens, cerrando os punhos em seus lados. Em sua cama, ele não iria encontrar uma esposa. Ele iria encontrar nada além de frieza e escuridão e seus demônios.
Os outros cavaleiros tinham sido forçados a expulsar demônios de Colin algumas vezes, que foi algumas vezes mais do que Colin gostaria. Era humilhante, o que os demônios fizeram com ele. Como eles o reduziram a algo menor do que um homem.
Pegando a lanterna, McLeod abriu a porta e os três entraram no corredor e se viraram para a escada que levava ao primeiro andar e os seus aposentos. Mas então, um som os forçou a fazer uma parada súbita. Uma batida na porta da frente.
McLeod olhou por cima do ombro para Colin e Ross, suas sobrancelhas levantadas. Que diabos?
Não era certo que Colin deveria estar aliviado por isso, a esta hora, esse tipo de batida na porta não poderia significar nada de bom. Mas iria atrasá-lo para sua cama por mais algum tempo e portanto, ele estava grato por isso.
Os homens giraram e caminharam rapidamente para a porta da frente. A batida estava mais alta agora; era como se alguém estivesse batendo com as duas mãos espalmadas sobre a superfície de madeira suave. Colin chegou à porta em primeiro lugar. Ele agarrou a maçaneta e puxou a porta.
Era uma mulher – o que foi evidente imediatamente por causa de suas vestes fluindo. Levou um momento para os olhos de Colin se ajustar à escuridão, mas depois a lanterna que McLeod segurava espirrou um feixe de luz amarela sobre ela.
Colin reparou em cachos loiros selvagens, um rosto arredondado, olhos grandes cinza-azulados. E sangue riscado através do tecido de seu vestido branco. Manchado em sua bochecha.
Ele conhecia essa moça. Seu coração começou a bater dolorosamente contra seu esterno. Lady Emília?
A mulher lançou um grande soluço e se jogou contra ele. Ele tropeçou para trás um pé antes de recuperar o equilíbrio, as mãos movendo-se para os braços para segurá-la firme.
─ Oh, Sir Colin, graças a Deus ─ ela chorou em seu peito, os dedos enrolando firmemente em sua camisa ─ Por favor, me ajude. Por favor!



Série Cavaleiros das Highlands
0.5 - Um Coração Escocês
1 - Calor Escocês
2 - O Despertar do Highlander
2.5 - Seu Malvado Escocês
3 - Tentação das Terras Altas
Série Concluída

3 de junho de 2018

Seu Malvado Escocês

Série Cavaleiros das Highlands
Um Cavaleiro Highland confronta-se com uma moça Highland. 

A Escócia nunca mais será a mesma.
Aila MacKerrick viveu uma vida tranquila e solitária desde que seus pais morreram há dois anos. Isto é, até que um estranho sombrio a rouba de sua cama uma noite, joga-a em seu cavalo, e a leva para um antigo castelo abandonado, no meio da floresta das Terras altas.
Maxwell White foi designado para levar a MacKerrick a uma localização segura. Na experiência de Max, as mulheres são criaturas dóceis e obedientes, mas ele nunca conheceu ninguém como Aila. Ela o surpreende a cada passo, com sua luta voraz contra ele, com sua vontade de sujar as mãos, com a alegria na cama.
Max promete proteger Aila, mas um líder de guerra ambicioso está determinado a possuir o punhal lendário que pertenceu à sua família há gerações; e ele vai fazer qualquer coisa para obtê-lo ― inclusive mantendo Aila longe de Max para sempre.

Capítulo Um

As Terras Altas, 1817
O inverno chegou em pleno vigor, e Aila MacKerrick estava gelada até os ossos, apesar de ter colocado um tijolo quente debaixo da roupa de cama. Agasalhando-se mais forte em um casulo de tecidos pesados, ela se virou para o lado e se perguntou se deveria colocar outra meia.
Não, ela não tinha mais meias limpas.
Dormir, Aila, dormir. Ela precisava de uma boa noite de descanso. Havia muito trabalho a ser feito amanhã, e os dias ficaram curtos. Sua pilha de roupa tinha crescido até uma altura embaraçosa. O telhado de palha da casa de campo, tinha um vazamento na mesa da cozinha na semana passada; e ela precisava repará-lo. Ela tinha que levar um lote de ovos para a aldeia. Se esse tempo frio continuasse, ela ficaria isolada até fevereiro; então, ela também deveria caminhar até os Grants e ver se eles trocariam ovos, por outro fio de lenha.
De repente, insuportavelmente sozinha, Aila estremeceu. De vez em quando, a saudade batia assim, como uma paulada sólida no peito. Com menos freqüência agora, quase dois anos após a morte de seus pais, mas cada vez a sentia mais forte. Esta foi tão forte que levou o sono para longe.
Ela sentia muita falta deles.
Ela fechou os olhos mais apertados, seu corpo agitado com mil tremores, sua intensidade multiplicada pelo frio e tristeza, até que ela se sentiu como uma folha de outono tremendo em um vendaval, segurando apenas os mais fracos galhos, pronto para se libertar em uma rajada forte.
De repente, uma mão grande e calosa apertou sua boca.
A mente de Aila ficou em branco. Então, a descrença a atravessou ― ninguém mais estava em sua casa. Certamente ela o teria ouvido!
A raiva precipitou-se nos calcanhares da descrença. Como alguém se atreve a intrometer-se em sua casa? Ela mordeu a parte carnuda da mão e gritou o mais alto que podia.
― Jesus! ― a voz era um barítono baixo. A voz de um estranho. A mão vacilou por um momento, mas depois apertou ainda mais a boca. ― Agora, nada disso, moça.
A fúria chegou a ferver dentro dela. Sua mão era como o ferro: forte, pesada e imóvel. Ela não podia morder novamente. Em vez disso, se debateu com as mãos e as pernas, tentando socar e chutar, com pouco efeito. Seus membros malditos não fizeram nada, além de enrolar na meia dúzia de cobertores em que ela estava deitada.
Ele ergueu-a, cobertor e tudo, e a colocou sobre o ombro como um saco de estopa, os cobertores embrulhando-a efetivamente e prendendo-a no lugar.
O pânico cresceu quando ele caminhou até o outro extremo da sala, abafando sua fúria. O que esse homem queria dela? Ele pretendia matá-la? Violá-la? Sua cabeça bateu ridiculamente contra a inclinação superior de sua parte traseira ― sua parte traseira muito musculosa ― com cada passo de suas longas pernas. Claramente, ela não era rival para um homem dessa força. Seu rifle estava escondido nas vigas da cozinha, e o punhal do seu pai estava apoiado na parede perto da porta da frente. Absolutamente inútil.
Ela considerou gritar ― por cerca de dois segundos. Não seria útil. Sua faz tudo, Gin, a única serva de Aila, foi para Inverness visitar sua tia doente. Seus vizinhos mais próximos, os Grants, estavam a mais de uma milha de distância, do outro lado do rio, e mesmo o grito de Aila, que a mãe costumava dizer, ― acordava os anjos no céu ―, não podia ser ouvido tão longe. Sua mãe sempre foi propensa ao exagero.
Ela lutou contra os cobertores, mas não adiantou. Ela estava completamente presa.
Ele abriu o guarda-roupa dela ― de ponta cabeça, ela podia ver a porta aberta ao seu lado ― e pegou um braço cheio de roupas de sua pilha suja, juntamente com um par de sapatos da prateleira adjacente. ― Moça desorganizada ―, ele murmurou e Aila se viu corando.
Rubor. Ela estava corando enquanto pendia do ombro de um homem estranho. Um homem que poderia estar planejando fazer coisas abomináveis ​​e impensáveis com ela. E ela estava corando porque estava com vergonha dele ter visto a confusão desordenada em seu guarda-roupa.
Não havia explicação para a natureza ilógica da humanidade.
Ela se contorceu e tentou se afastar dos cobertores, mas ele a deteve com um firme golpe no traseiro.
― Nada disso, eu disse. ― Sua voz era suave, não particularmente ameaçadora, em profundo contraste com suas ações.
Ela quis discutir com ele, dizer que ele tinha dito isso quando ela o mordeu; e ela não o tinha mordido desde então. Nem uma vez ele ordenou que ela parasse de mexer. Em vez disso, ela gritou:
― Quem é você? O que você quer de mim?
― Silêncio, agora ―, disse ele. ― Apenas venha comigo e você não vai ter nenhum dano.
Ela desconfiou profundamente dessa afirmação. E ela estava começando a ficar tonta de estar de cabeça para baixo.
― Me ponha no chão! ―, ela exigiu.
― Não.
― Eu ordeno que você me solte!
― Não.
― Solte-me neste instante!
― Não.
Sua voz era irritante e calma, e o medo e a raiva se juntaram em uma poderosa combinação de energia dentro de Aila.
― Agora! ―, ela gritou. ― Ou eu vou ver você enforcado!
Ele riu com isso.
Riu.
Aila viu tudo vermelho. Ela lutou com todas as forças, de alguma maneira conseguindo separar as pernas o suficiente para abalar seu equilíbrio. Ele se inclinou para se firmar, mas não a tempo de pegá-la. Ela caiu pesadamente no chão de madeira ao seu lado, e todo o ar, imediatamente, deixou seu corpo.
Por um momento, ela estava certa de que tinha perdido toda a capacidade de respirar. Mover-se parecia fora de questão. Então seus pulmões retomaram sua função, e ela sugou respirações profundas e irregulares. Após a segunda respiração, ela descobriu que poderia se mover novamente e, de alguma forma, se afastou da faixa apertada de cobertores que a prendiam.
Ela saltou para uma posição de pé e correu para a porta. Mas ele era pelo menos um pé mais alto do que ela, suas pernas sanguinárias provavelmente duas vezes mais e, em dois passos, ele a pegou, seu braço envolvendo seu estômago. O calor de sua pele irradiava pela camada de tecido de sua camisola de musseline
―Agora, agora ―, disse ele, sua voz ainda estava completamente calma.
Ela tentou se libertar, mas era como tentar atravessar uma sólida porta de ferro.
― Deixe-me ir!
― Escute-me… 
― Não! Saia da minha casa!



Série Cavaleiros das Highlands
0.5 - Um Coração Escocês
1 - Calor Escocês
2 - O Despertar do Highlander
2.5 - Seu Malvado Escocês
3 - Tentação das Terras Altas
Série Concluída



3 de fevereiro de 2018

O Despertar do Highlander

Série Cavaleiros das Highlands
Como autora secreta de romances picantes, Lady Esme Hawkins vai a grandes distâncias para proteger a honra de sua família. 

E é por isso que ela se disfarça cuidadosamente antes de entrar em um bordel conhecido para fazer pesquisas. Mas quando Esme se vê cara a cara com um pensativo guarda-costas Highlands, ela não pode recusar facilmente um beijo inofensivo. . . 
Um beijo que inflama desejos arrancados das páginas de suas novelas. Agir sobre eles, no entanto, arriscaria revelar a identidade de Esme ― e o fato de que ela está noiva de outro homem. Como um Highland Knight que jurou proteger a coroa, Camden McLeod nunca esperara seguir seu cliente em um bordel ― nem poderia antecipar o encontro com uma garota brilhante e inocente com lábios e olhos exuberantes da cor do...

Capítulo Um

Camden McLeod estava de pé,atento, sua posição rígida com os braços retos nas laterais do corpo. Todos os seus sentidos estavam em alerta: seus olhos em foco, suas mãos estavam preparadas para recuperar sua pistola ou seu punhal em uma fração de segundo. 
Ele ouvia qualquer ruído suspeito e, ao mesmo tempo, tentava ignorar os sons de gemidos e calças emanando por trás da porta fechada às suas costas.
Seu olhar se moveu pela pequena antessala. Era coberta com uma decoração suntuosa, desdea porta pintada de branco e dourado que abria para o corredor, ao luxuoso tapete Aubusson que dominava o chão e o canapé coberto de veludo vermelho que atravessava o comprimento de uma parede.
Claro, Pinfield escolhia apenas o melhor. 
Os melhores cavalos, o melhor brandy, o melhor maldito bordel de toda Londres. Para não mencionar os homens mais habilidosos da Inglaterra para protegê-lo do perigo.
E era por isso que Cam estava nesse lugar, armado até os dentes e guardando a porta fechada de um dos muitos quartos elegantes no bordel de primeira classe da Sra. Trickelbank. 
Os Highland Knights, o grupo mercenário de elite do qual Cam era membro, guardavam o visconde Pinfield, que recebera tantas ameaças de morte que lhe foi concedida a proteção dos Knights 24 horas por dia.
Infelizmente, era a semana atribuída a Cam para serviço noturno.
― Oh, sim, meu senhor. Sim! Lá! ― O grito agudo da moça foi seguido pela queixa gemida do colchão o qual seus ocupantes batiam.
Cam colou um olhar insensível no rosto e cruzou os braços sobre o peito. Ele tentava ignorar os sons da cama, mas não era fácil. Concentrou-se na porta fechada em sua frente, em vez daquela atrás dele, e surgiram outros ruídos: sons silenciosos de passos rápidos no corredor e vozes femininas baixas, mas urgentes.
Cam enrijeceu quando os passos pararam, e as vozes ficaram mais altas.
― Mas quem...? ― uma das mulheres começou a dizer. A maçaneta girou. A mão de Cam foi para a pistola quando a porta se abriu. Duas mulheres ficaram no limiar. Ele conhecia uma delas ― Sra. Trickelbank, a senhora deste lugar. A outra usava um manto encapuzado e parou na sombra com a cabeça baixa, as mãos cruzadas firmemente em torno de um pequeno livro que ela segurava em sua cintura. Cam podia ver apenas o suficiente da forma do corpo para saber que ela era do sexo feminino, e da inclinação de sua bochecha para concluir que era jovem.
Provavelmente uma das raparigas da Sra. Trickelbank que sairia para atender a um cliente na noite. Talvez o livro fosse algum tipo de meios de manter os registros de suas conquistas.
Ele soltou sua arma e cravou os olhos na Sra. Trickelbank, que sabia muito bem que Lord Pinfield precisava de privacidade enquanto conduzia seu "negócio".
― Desculpe rapaz, ― disse a mulher mais velha rapidamente, ignorando seu olhar penetrante. Ela agarrou os ombros da mulher coberta e a empurrou para a antecâmara. A mulher tropeçou dentro, e teria caído de cabeça sobre Cam se ele não a pegasse agarrando-lhe os braços. Ela emitiu um som baixo, enquanto ele a segurava ao longo do braço, e olhou por cima do ombro para levantar uma sobrancelha para a Sra. Trickelbank.
Ela deu-lhe um sorriso de lábio franzido e puxou uma porção de seu cabelo grisalho de volta, colocando-o eficientemente em seu chignon enquanto dizia: ― Seja um doce e fique de olho na menina por um minuto, sim, Sr. McLeod? Eu tenho um problema com uma das meninas mais novas e Mountebank. Você sabe como ele é.
Cam deu um suspiro interno. Ai sim. Ele conhecia bem o Mountebank. A responsabilidade de Cam, Lord Pinfield, era insignificantemente despreocupado. Comum. Mountebank, por outro lado, era um bastardo perverso.
Ele deu um pequeno aceno de acordo. ― Continue, então, ― ele disse, sua voz rascante.
― É isso, meu caroçinho de ameixa, ― disse Pinfield alegremente de além da porta nas costas de Cam. ― Pule sobre mim. Pule! Pule!



Série Cavaleiros das Highlands
0.5 - Um Coração Escocês
1 - Calor Escocês
2 - O Despertar do Highlander
2.5 - Seu Malvado Escocês
3 - Tentação das Terras Altas
Série Concluída



3 de setembro de 2017

Calor Escocês

Série Cavaleiros das Highlands
Com sangue ainda secando nas linhas de frente em Waterloo, Lady Grace Carrington ajuda um soldado ferido em uma tenda médica britânica. 

Embora ela acredite que o puxou para a segurança, na verdade, ela colocou os dois em grave perigo: porque quando seus brilhantes olhos azuis se encontram com os dela, o apaixonado sargento escocês a beija de uma maneira que a deixa sem fôlego e tremendo. 
Como a filha obediente de um Conde, Grace não deveria ser tentada por alguém tão abaixo de sua posição. Mas como uma mulher de sangue vermelho, ela anseia por muito mais. No que diz respeito a Duncan Mackenzie, ser apunhalado no braço foi a melhor coisa que já aconteceu. Quando acorda no campo de batalha, a visão do rosto adorável de Grace acende sua alma. Como um homem alistado e filho de um fazendeiro...

Capítulo Um

19 de junho de 1815, Campo de Batalha de Waterloo
O peito de Lady Grace Carrington se apertou enquanto olhava para a destruição brutal apresentada diante dela. Em seus sonhos mais loucos, nunca imaginara que tais horrores fossem possíveis. Nunca.
Ela precisava fazer alguma coisa. Seus dedos formigavam com a necessidade de ajudar. Ela não podia ficar ociosa enquanto tantos homens sofriam.
Ela caminhou cuidadosamente através do campo de batalha pisoteado. Não se incomodou em levantar as saias, não haveria sentido. Ela logo ficaria enlameada da cabeça, aos pés.
Havia corpos em todos os lugares, embora não tantos como no início da manhã, quando mal se podia andar sem pisar em algum membro dos cadáveres. Os homens dirigiam-se de um lado para o outro, e os carrinhos moviam-se pelas laterais, cheios até a borda de homens sem vida. Resoluta, de cabeça erguida, Grace dirigiu-se para o meio do campo, onde a carnificina encontrava-se no auge.
Ela ajoelhou-se próximo a inúmeros corpos, baixando a cabeça para ver se uma respiração poderia sossobrar sobre sua orelha. Não havia nada além de uma implacável quietude. Grace encontrou-se olhando para o céu cinzento uma e outra vez, tentando reunir suas forças. Testemunhar isso não era nada comparado com o que esses pobres homens passaram. Se eles podiam sofrer através de um pesadelo, então, ela podia sofrer com as consequências.
Ajoelhou-se ao lado de um homem, este de um dos regimentos das Highlands, a julgar pelo uniforme que usava: boné humilde, kilt, cintos cruzados e meias. Não havia uma partícula de sangue visível nele. Se não fosse por toda a sujeira cobrindo seu uniforme e pele, ela teria pensado que ele deitara na grama em um repouso pacífico.
Inclinando-se, colocou a orelha em seus lábios. Nada. Ela ficou mais tempo do que o normal para ouvir qualquer som de respiração. Finalmente, levantou-se, olhando para o homem. Não, ele era um menino, muito mais jovem do que os seus vinte e três anos.
Talvez, estivesse ferido nas costas. Ela não conseguiu virá-lo para descobrir. Mas, não havia dúvida de que este pobre soldado morrera, juntamente, com tantos outros. Sua respiração ficou presa, curvou a cabeça e apertou os olhos fechando-os, lutando o mais forte que podia contra as lágrimas que empurravam atrás das pálpebras.
― Madame?
Ela saltou para trás, surpresa, com a cabeça erguida. Seu calcanhar virou sobre um terreno desigual, ou alguma coisa caída no chão, seus braços tremendo enquanto lutava para ficar em pé.
Não adiantou. Ela caiu, dura, de costas.
Em alguém. Um fato tornado imediatamente óbvio pelo vigor highlander da respiração liberada pelo pobre homem em que ela tropeçara.
Ela afastou-se de seu corpo, corando furiosamente, pois suas nádegas caíram diretamente sobre a pélvis, dele.― Oh, eu sinto muito, senhor… eu sou tão desajeitada… Perdoe-me por favor…




29 de maio de 2017

Um Coração Escocês

Série Cavaleiros das Highlands 
A última vez que Lady Claire Campbell vira seu marido disse-lhe que o odiava, e não gostaria de colocar os olhos nele, novamente. 

Mas agora, ele fora embora para lutar contra Napoleão e, portanto, pode ser tarde demais para lhe dizer que sente muito.
Major Sir Robert Campbell não esperava ver sua linda esposa inglesa, outra vez. 
Então, quando ela aparece no campo de batalha, após um conflito sangrento em Waterloo, ele está certo de ter avistado um anjo. Após a batalha, ordenam que Rob retorne a Londres a serviço da Coroa. Claire o segue, desesperada, para encontrar uma maneira de consertar seu casamento desfeito. Mas, algumas feridas são mais profundas do que as contusões que Rob sofreu no campo de batalha. E, algumas, feridas nunca podem ser curadas.

Capítulo Um

19 de junho de 1815, Campo de Batalha de Waterloo
A luz do sol atravessava as pálpebras de Robert Campbell. Ele abriu os olhos e lutou para focalizar através do cascalho. O ar espesso e enevoado cheirava a sangue e fumaça, pólvora e carne. De morte.
Reinava o silêncio, ao contrário do barulhento quartel ou da jovial atmosfera do baile da Duquesa de Richmond, algumas noites atrás. Os únicos sons eram suave farfalhar e arrastos de pés, como ratos em um porão.
Seu corpo doía, cada polegada gritava de dor com o menor movimento, suas pernas pareciam como se um cavalo as tivesse espezinhado, parecia ter amarrado um nó em suas entranhas, seu peito estava tão apertado que não conseguia respirar fundo, seus braços pareciam ter sido injetados com uma tonelada de chumbo e o conteúdo de sua cabeça parecia muito grande para seu crânio, a pressão quase insuportável.
Algo pesava em suas pernas. Ele se esforçou em seus cotovelos para ver o que era.
Um homem, um homem, morto, encontrava-se envolto em suas coxas. Um francês morto, a julgar pelo azul do casaco.
A respiração de Rob ficou presa em sua garganta enquanto encarava o corpo. Pairava de bruços, na terra, o peito sobre as coxas de Rob. Havia tanto sangue… e uma rigidez total, que fez o sangue de Rob correr frio.
Ele piscou, olhando em volta. Parecia ser, só de manhã, cedo. A névoa molhou seu rosto e misturou-se com a fumaça de pólvora e canhão criando um ar espesso que 0 pressionava por todos os lados. Ele só podia enxergar alguns metros ao redor.
Oh Deus…
Um mar de corpos, tanto de homens, como de cavalos, o rodeava até onde seus olhos podiam ver. Estavam tão imóveis… tão rígidos, envoltos uns sobre os outros em ondulantes casacos, vermelho brilhante, e casacos franceses, azuis… misturados a profunda cor vinho, de sangue seco, pincelados de lama marrom. Figuras erguidas salpicavam a cena, pessoas de roupas escuras escolhendo seu caminho através da destruição, com os ombros encurvados. Um cavalo levantava aturdido, não muito longe.
Ele ofegou, sentindo sua garganta se fechando. Levou vários minutos para recuperar o controle e, durante esse tempo, as memórias voltaram a inundar sua mente.
A Batalha… Espadas balançando, o barulho do canhão, a rajada de tiros, e o grito que rasgou de sua garganta:
— Noventa segundos, agora é seu tempo! Carregar!
Os gritos: — Escócia para sempre! — estourando ao redor dele. Andando para a frente a lama o cuspia como dardos e sugava os cascos de seu cavalo, como se estivesse cavalgando por um espesso xarope.
E a luta…



Série Cavaleiros das Highlands
0.5 - Um Coração Escocês
1 - Calor Escocês
2 - O Despertar do Highlander
2.5 - Seu Malvado Escocês
3 - Tentação das Terras Altas
Série Concluída

9 de janeiro de 2016

Segredos Acidentais de uma Duquesa

Série Irmãs Donovan


Ela era um anjo.

Maxwell Buchanan, o marquês de Hasley, tinha observado muitas mulheres bonitas nos seus trinta anos de vida.
Ele tinha conversado com elas, dançado com elas e deitado com elas. No entanto, nenhuma mulher já havia congelando-o no lugar antes desta noite.
Ele estava extasiado, ignorando as pessoas que passavam por ele, ele olhava para ela, incapaz de afastar seu olhar. 
A figura esbelta, leve, com feições delicadas, cabelos loiros densos, como uma coroa, ela era linda, mas não excepcional, pelo menos para os outros homens que enchiam o salão de baile. 
Tanto quanto Max sabia, a única cabeça que tinha virado quando ela tinha entrado havia sido ele próprio.

Capítulo Um

Sussex,
Sussex no outono era linda. Tendo passado a maior parte de sua vida em uma pequena ilha nas Antilhas, Olivia Donovan nunca havia visto antes estações marcadas com formas tão drásticas. As samambaias que rodeavam a propriedade, que pertencia a seu cunhado, mostravam agora tons intensos de castanho avermelhado. 
As moitas na fronteira da floresta abundavam com bagas vermelhas brilhantes das roseiras silvestres e espinheiros, as árvores exibiam uma riqueza de marrons, vermelhos e amarelos, cores profundas, acolhedoras que devam à Olivia uma sensação de paz e segurança. Antígua nunca tinha mostrado tantas cores diferentes em tal exibição brilhante.
Olivia se virou na janela da sala de desenho para sorrir para suas irmãs. Era tão bom estar juntas novamente, e nunca falhado para enviar a felicidade que surgia através dela quando ela via as outras três amontoadas.
Serena, que tinha mudado seu nome para Margaret, ou Meg, tinha se casado, e Phoebe, ela estava com vinte anos, um ano a menos que Olivia. Serena e Phoebe tinham chegado na Inglaterra no ano anterior.
Jessica e Olivia, vieram despois, tinha chegado no final de julho deste ano. Elas tinham ido direto para Londres e mergulhado no frenesi que era a estação.
Jessica tinha encontrado muitos pretendentes em potencial. Olivia não tinha conhecido ninguém, mas se você perguntasse à suas três irmãs, todas elas iriam dizer que era inteiramente culpa dela.
Ela era muito meticulosa, diriam. Ela era muito tranquila. Ela era muito tímida.
O que ela tinha tentado dizer para elas, repetidamente, era que talvez ela fosse exigente, tranquila e tímida, mas nada disso realmente importava. 
O que mais importava era o simples fato que suas irmãs pareciam serem incapazes de compreender: Nenhum cavalheiro iria querer ela, não uma vez ele soubessem de sua doença. Senhores queria mulheres resistentes, mulheres que eram capazes de terem filhos robustos e fortes. Eles não iriam querer mulheres que poderiam cair doente de uma recaída da malária e morrerem num piscar de olhos. Não mulheres pálidas, magras, propensas à desmaios e febres.
Ela tinha conhecimento desde da mais tenra idade que ela estava destinada a ficar sozinha. Não importava. Sabendo que isso não estavam destinado para ela, tinha desistido de suspirar por casamento e filhos há muito tempo.
Ela estava realmente feliz, totalmente realizada, enquanto estivesse cercada por suas irmãs.
- Droga, Phoebe murmurou, olhando para o relógio na cornija da lareira. Tenho de ir. Margie logo estará com fome, e eu simplesmente não suporto quando a enfermeira tem que alimenta-la.

Série Irmãs Donovan
1 - Confissões de uma Noiva inadequada
1.5 - Uma Noite Perversa
2 - Segredos Acidentais de uma Duquesa
3 - Uma Dama em tentação
Série concluída

30 de março de 2013

Confissões de uma Noiva Inadequada

Série Irmãs Donovan

Serena Donovan abandonou Londres fazia seis anos, com o coração partido e sua reputação em frangalhos pelo diabólico e belo Jonathan Dane.

Agora, com o futuro de sua família em perigo, aceita retornar a Inglaterra e assumir a identidade de sua falecida irmã gêmea.
O preço? Casar-se com um homem ao qual não ama e passar o resto de seus dias vivendo uma mentira. Jonathan Dane, Conde de Stratford, converteu-se em um incorrigível libertino, um bêbado e um jogador, enquanto tenta esquecer Serena Donovan.
Mas assim que lhe apresentam à recatada e decente «Meg», reconhece a sensual mulher que capturou seu coração.
Atormentado por seus enganos do passado nega-se a perder de novo a Serena.
Embora convencê-la de que confie nele não vai ser uma tarefa fácil.
Reclamar seu amor perdido significa revelar a verdade e destruir a vida que com tantos sacrifícios Serena reconstruiu.
Com o futuro de todos os Donovan em perigo e sua imperecível paixão capaz de provocar outro escândalo, quanto arriscarão Jonathan e Serena para ter a oportunidade de viver o amor verdadeiro?

Comentário revisora Ana Catarina: Um florzinha bacana. Vale a pena ler. Em minha humilde opinião, o que o mocinho fez, foi algo imperdoável. Porém temos as mocinhas “sados” que perdoam tudo.
Resumão: os dois se conhecem antecipam a lua de mel, a mocinha leva um pé e dança sozinha, o mocinho passa os próximos anos na esbórnia pegando todas, anos depois ela encontra o mequetrefe arrependido e logo vem a perdoá-lo.

Capítulo Um

Portsmouth, Inglaterra 1822

Serena não tinha subido em um navio em seis anos.
Não tinha nenhum desejo de aproximar-se de um navio. Mas levava várias semanas miseráveis em Islington velando por sua irmã mais nova, Phoebe, com olhos de falcão, assegurando que se mantinha fora de perigo afastada da coberta.
Phoebe gostava de sua liberdade e estava a ponto de retorcer o pescoço de Serena de frustração, mas a Serena não importava.
Era muito melhor ter uma irmã zangada a que o impensável voltasse a ocorrer. Estas semanas no mar lhe trouxeram tantas lembranças de Meg. Cada dia era um doloroso aviso do buraco deixado em sua vida.
Serena estava na amurada, dando as costas ao seu destino, um destino que não tinha pedido e nunca quis.
Atrás dela, os homens corriam ao redor e os oficiais ladravam ordens.
O forte aroma acre de pescado do porto de Portsmouth se apoderava da coberta do Islington, entre as ordens designadas e a cadeia baixando raspando a madeira. Os marinheiros jogavam a âncora nas sujas águas do porto.
Serena olhava fixamente por volta de alta mar.
Um navio solitário passava a torre redonda que marcava a entrada portuária, fazendo sua saída mar dentro com suas velas inchadas pelo vento.
Uma parte dela lamentava não estar nesse navio, afastando-se da Inglaterra.
Cedar era um refúgio seguro, um asilo, um lugar onde podia ser ela mesma. Inglaterra não seria nenhuma dessas coisas. Aqui, seria somente uma falsificação.
Uma má cópia de um original inestimável.
Uma vez que desembarcasse em Islington, começaria a tecer uma teia de mentiras que assegurariam o futuro de suas três irmãs vivas.
Uma pessoa que admirava a honestidade sobretudo, não obstante, tinha a intenção de viver uma vida de engano.
Como o dirigiria? Sobretudo em Londres, um lugar infestado de perigo, com sua sociedade, festas e damas com olhos agudos procurando a oportunidade de propagar qualquer intriga mordaz.
Se fosse apanhada, a sociedade a rasgaria em pedaços.
Serena e Phoebe se alojariam com sua tia Geraldine em São James.
A tia Geraldine era uma viscondessa, viúva de Lorde Alcott, um dos membros mais respeitados do parlamento em seus dias.
Serena sabia desde sua última visita a Londres que sua tia estava governada pelas expectativas da sociedade, e se inclinava a seus caprichos.
Quando as irmãs partiram em desgraça fazia seis anos, tia Geraldine desprezava a Serena e Meg por associação. Inclusive pior, vivia a duas casas do Conde de Stratford, o pai de Jonathan Dane.
Esta vez, rogou a sua mãe que organizasse seu alojamento em qualquer outra parte, mas não podiam permitir-se hospedagens adequadas em Londres. Tia Geraldine era a única opção razoável.
Serena fechou os olhos. Jonathan Dane provavelmente não viveria em Londres. Fazia seis anos, seu pai tinha ambições para que tomasse ordens sagradas e se isso tivesse acontecido, residiria em sua casa em Sussex, ou em algum outro presbitério longe da cidade.
Esperava fervorosamente que Jonathan não estivesse em Londres.
Se não estava, só seria um aviso de toda a dor e pena do passado, e de seu engano deliberado no presente.


Série Irmãs Donovan
1 - Confissões de uma Noiva Inadequada
1.5 - Uma Noite Perversa
2 - Segredos Acidentais de uma Duquesa
3 - Uma Dama em tentação
Série concluída

23 de setembro de 2012

Uma Noite Perversa

Série Irmãs Donovan

Toda a sociedade de Londres aguarda o baile anual da duquesa viúva de Clayworth.

Pois não importa o quanto à matrona se esforce para sediar um evento elegante, os escândalos sempre acontecem...
Sete anos atrás, Serena Donovan e Jonathan chocaram a sociedade quando foram descobertos em uma posição mais que comprometedora.
Hoje à noite eles retornam pela primeira vez como o conde e a condessa de Stratford.
E enquanto Serena espera por uma noite tranquila para apresentar sua irmã Olivia à sociedade, o desejo de seu marido é continuar de onde pararam há tanto tempo atrás...
Embora a inocente Olivia secretamente anseie pelo tipo de paixão que sentem sua irmã e o marido, nenhum dos homens que ela conheceu acendeu o fogo dentro de seu coração, pelo menos, não o famoso Marquês de Fenwicke.
Quando o seu pedido de uma valsa se transforma em algo sinistro, Olivia deve usar sua inteligência e astúcia para escapar de um homem poderoso que promete que se não puder tê-la, nenhum outro homem a terá...

Comentário revisora Ana Paula G.: Este livro é uma espécie de final do primeiro volume, "Uma Noiva Inadequada" e um prólogo para o segundo, a história da Olivia.
Como já li o primeiro fiquei curiosa por saber como estariam o Jonathan e a Serena depois de casados.
A história é curtinha e nos apresenta os próximos personagens e as coisas que Olivia vai ter que superar no segundo volume.
Vale a pena para se conhecer um pouco do que vai passar no próximo.

Capítulo Um

À medida que a orquestra tocava as primeiras notas da próxima dança, Olivia Donovan olhava o jovem de pé diante dela, sem saber por que parecia tão nervoso. Serena lhe deu uma cotovelada nas costelas.
—Estenda sua mão —sussurrou no ouvido de Olivia. Olivia o fez, e o Senhor Elward deixou escapar um suspiro, pelo visto de alívio.
Tomou a mão e se inclinou tanto que seu cabelo loiro roçou seu antebraço.
Pressionou os lábios na parte superior de sua luva. —Foi um prazer, senhorita Donovan.
Com um olhar furtivo a Serena, que assentiu com a cabeça, satisfeita, Olivia sorriu.
—O prazer foi meu. Obrigado. O baile foi agradável, muito mais do que ela tinha previsto.
Em sua primeira incursão em uma pista de baile de um brilhante salão de Londres, tinha mantido uma conversação apropriada e cortês com seu par, enquanto tentava não pisar os dedos dos pés deste.
Foi um grande êxito, na verdade. Depois de inclinar-se diante de Serena murmurando,
—Lady Stratford. — o Senhor Elward desapareceu entre a multidão, deixando Olívia com sua irmã. Voltou-se para confrontar Serena e suspirou profundamente.
Serena sorriu, obviamente, lendo corretamente sua expressão:
Graças a Deus tudo terminou e graças a Deus consegui não fazer nada estúpido!
—Esteve muito bem. —Falou com voz suficiente alta para que Olivia a ouvisse acima do barulho da orquestra.
— Viu? Não foi tão mau.
—Tem razão —admitiu Olivia—. Não foi nada mal. —Surpreendente, considerando que estava convencida que faria o ridículo diante de toda a alta sociedade de Londres
—. Tenho a sensação de que quanto mais faço isto, mais eu gosto.
Ergueu a mão para tocar seu cabelo, o qual foi arrumado em cachos, depois recolhido por uma cinta adornada com plumas brancas.
O vestido de Olivia foi encomendado por Serena e veio de Paris, e era a coisa mais bonita que a jovem já tinha visto, cetim branco adornado com azul claro abrindo-se em uma ampla saia, o corpete ajustado, e as mangas tão bufantes que Olivia mal podia baixar os braços.
Vendo o gesto nervoso de Olivia, Serena sorriu.
—Seu cabelo está perfeito — assegurou—. Perfeitamente penteado, juro.

Irmãs Donovan
1 - Confissões de uma Noiva Inadequada
1.5 - Uma Noite Perversa
2 - Segredos Acidentais de uma Duquesa
3 - Uma Dama em tentação
Série concluída

18 de junho de 2012

Infiel

Trilogia Família Tristan 

Presa entre o dever e o desejo… 

Sophie, duquesa de Calton, por fim, virou a página. 
Depois de sete anos chorando a perda de seu marido Garrett em Waterloo, casou-se com o primo e herdeiro deste, Tristan. 
Sophie se entrega a ele de corpo e alma… até o dia em que 
Garrett retorna do continente exigindo seu título, suas terras… e a sua esposa. 
Dividida entre dois maridos… Agora Sophie deve escolher entre seu primeiro amor e seu novo amor, sabendo que faça o que fizer, sua decisão destruirá um dos homens que adora. 
Será Garrett, seu amor de infância, cuja perda esteve a ponto de destruí-la? 
Ou será Tristan, seu querido amigo transformado em seu amante, que a apoiou durante os últimos tristes anos e que lhe mostrou uma paixão que jamais conheceu? Enquanto seus dois maridos lutam por seu coração, Sophie se vê imersa em um perigoso jogo… onde o que está em jogo não é somente o amor… mas a vida e a morte. 
Comentário revisora Kelly: O livro tem uma história um pouco complicada e bem, bem hot, que gira em torno de um triângulo amoroso, mas a autora consegue desenrolá-la de uma forma cativante. Leia e confira.

Capítulo Um 

Londres, abril de 1823. 
Oito anos depois. Sophie reduziu o passo de sua égua alazã, até pô-la ao passo. 
A seu lado, alto e bonito sobre seu tordo cinza, Tristan a imitou e seus cavalos acompanharam seu avanço. Sujeitando as rédeas, ela acariciou o pescoço morno de sua montaria com a mão enluvada e respirou fundo, sentindo o refrescante ar da manhã. 
O caminho, flanqueado de árvores, via-se silencioso e tranquilo naquela hora, provavelmente devido à atmosfera pesada que anunciava uma tormenta. 
O dia era frio e plúmbeo, e ameaçava chuva, assim que ela e Tristan saíram de casa cedo, com a esperança de poder dar um rápido passeio antes que começasse a chover. 
Uma pesada geada brilhava nos ramos das árvores e algumas gotas se acumulavam sob as folhas novas, cintilando como minúsculos diamantes, ao cair ao chão. Sophie deu uma olhada em Tristan, sorrindo pelo modo com que a umidade lhe frisava o negro e brilhante cabelo sob o chapéu. 
 —Está preparado para esta noite? Ia ser o primeiro jantar social a que assistiriam desde sua chegada a Londres, em fevereiro, para a abertura do Parlamento. 
O primeiro jantar social a que assistiriam como marido e mulher. 
Casaram-se em julho, mas passaram os escassos nove meses que levavam juntos na relativa tranquilidade da mansão Calton, em Yorkshire. 
Aquela noite ia ser a primeira de muitas festas futuras: ao cabo de poucas semanas, a jovem irmã de Garrett se reuniria com eles para sua primeira Temporada em Londres. 
 Tristan lhe devolveu o sorriso com um ar alegre, quase infantil, que se refletiu em seus brilhantes olhos cor chocolate. 
 —Estou mais que preparado para esta noite. Que tal você? Ela esporeou a sua égua, pondo-a a galope, e, sorrindo-lhe por cima do ombro, respondeu: 
—É óbvio que estou. Tristan entrecerrou os olhos e agitou as rédeas. 
Animada pela ideia de uma pequena competição, Sophie se voltou, segurou-se bem à sela de montar e se aproximou do lustroso pescoço de sua montaria, lhe sussurrando palavras de ânimo, para incrementar a velocidade. 
 Os cascos levantaram torrões de barro, ao avançar. 
O frio vento lhe penetrava entre o cabelo, enquanto Sophie se inclinava para frente, com o ritmo do galope lhe percorrendo o corpo. 
A saia do traje de montar golpeava contra os flancos da égua, e ela gritou regozijada. Estava ganhando. 
Viu o atoleiro gelado muito tarde. 
O animal deslizou sobre a branca superfície, tentando manter-se em pé, enquanto Sophie lutava para não perder o equilíbrio. 
Puxou das rédeas para trás, para manter a cabeça erguida, mas o corpo do pobre animal se sacudia, desesperadamente, debaixo dela. 
Estavam caindo, e a égua ia cair em cima dela. 
 Sophie conseguiu levantar a perna direita da parte superior da sela e liberou o pé esquerdo do estribo de uma patada. 
Lançou-se fora da montaria, justo quando as patas do animal se dobravam. 
Sophie foi contra o chão no atoleiro de água gelada. Notou como o impacto se estendia do quadril ao resto do corpo. 
Com um ruído surdo que pareceu fazer tremer a terra, a égua caiu também, com os quartos traseiros a poucos centímetros das pernas dela. 
Embargou-a uma sensação de alívio, mas, imediatamente, experimentou um renovado pânico. 
Em seu agitado esforço por ficar em pé, o animal se deslocou sobre o barro, e Sophie ficou entre suas patas, que se sacudiam com desespero. 
« OH, não! OH, Deus!»

Trilogia Família Tristan
1 - Infiel
2 - A Touch of Scandal
3 - A Season of Seduction