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24 de novembro de 2013

Coração Leal

Série Gilvrys of Dunross


Mantenha os amigos por perto... E os inimigos mais ainda. 

Ian Gilvry, laird de Dunross, é rude e selvagem como os espinheiros das Terras Altas. 
Mas o retorno de Selina e sua família reivindicando suas posses despertam nele ódio e paixão em iguais medidas. 
Lady Selina está dividida entre a lealdade a sua linhagem e o desejo luxuriante que nutre por Ian. 
Levada a se casar, ela descobre o quanto a virilidade dele satisfaz sua volúpia. 
Mas para Ian o dever vem em primeiro lugar. 
Como Selina terá certeza de que o coração daquele laird pertence não somente a seu clã... mas a ela também? 

Capítulo Um

Escócia - 1818
Como ela pôde achar que voltar à Escócia seria uma boa ideia? Olhando o candelabro de ferro fundido suspenso nas antigas vigas de carvalho e as paredes de pedra cinzenta cobertas de tapeçarias esfarrapadas, espadas imensas e lanças enferrujadas, lady Selina Albright reprimiu a vontade de fugir.
Depois de largar dois pretendentes muitíssimo aceitáveis, fugir de mais um seria o mesmo que ficar além dos limites do aceitável. Nem mesmo a considerável influência de seu pai impediu que ela fosse declarada uma coquéte.
E, além do mais, essa era uma escolha sua. Finalmente.
Ao redor dela, cavalheiros trajando casaca escura e mulheres com vestidos suntuosos, suas joias faiscando a cada movimento, enchiam o medieval salão de banquete do castelo de Carrick.
— Não esperava que estivesse tão cheio — observou Chrissie, a nova lady Albright, esposa de seu pai há apenas um ano e quem encorajou Selina a concordar com a viagem.
Mas ela nunca seria indelicada a ponto de dizer a verdade para Chrissie.
— Ele deve ter convidado cada membro da nobreza escocesa — disse Selina. — Acho que a qualquer momento verei o fantasma de Banquo ou três bruxas curvadas sobre um caldeirão. — Um calafrio percorreu sua espinha. — Eu devia ter aguardado pelo fim do serviço militar de Algernon em Londres.
Ela olhou de relance para o outro lado do salão, onde o Muito Honorável Tenente Algernon Dunstan conversava com outro oficial diante da enorme lareira decorada com galhadas de veado. De cabelo claro e esguio, ficava atraente em seu uniforme militar vermelho. Não exatamente o bom partido que seu pai esperava, mas era um rapaz de boa família e gentil. O tipo de homem que seria um marido distinto.
Dunstan percebeu que estava sendo observado e se curvou num cumprimento.
Ela inclinou a cabeça e sorriu. Dunstan era o motivo de sua presença ali: precisava induzi-lo ao desejado pedido e sair da casa do pai, onde se sentia decididamente oprimida.
— Acho tudo isso muito romântico — disse Chrissie, apreciando seu entorno com olhos arregalados. — É como se eu tivesse sido transportada para as páginas de Waverley. A fortaleza de Dunross é tão encantadora assim?
— Dunross é tão romântica quanto um barco no mar do Norte no inverno. — Era difícil imaginar que Selina tivesse se apaixonado pela fortaleza quando a viu, dez anos atrás. Tinha sido uma criança bastante impressionável, era de se supor. — Não é tão grandiosa quanto esta, mas é tão fria e úmida no verão que, sem dúvida, se torna um gelo no inverno. Papai lhe contou que o povo do local nos odeia porque somos ingleses? Eles nos consideram usurpadores, sabia? — Por alguma razão obscura, seu pai, o senhor daquelas terras, queria visitar a fortaleza logo em seguida — algo que não havia mencionado antes de deixarem Londres. Esse era o verdadeiro motivo para Selina lamentar acompanhá-lo naquela viagem. Dunross era o último lugar no mundo que ela queria visitar.
— Ah, minha nossa! — ofegou Chrissie. — Quem é aquele?
Selina acompanhou a direção do olhar dela.
Sentiu uma batida forte do coração quando reconheceu o homem alto trajando a vestimenta das Terras Altas, emoldurado pela entrada arqueada de pedra. Ian Gilvry. O auto proclamado laird de Dunross.
Seu motivo para odiar a Escócia. Enquanto seu olhar o assimilava, um nó se formou em seu estômago e dificultou sua respiração.
Ele não era o jovem magro do qual se recordava, embora fosse reconhecê-lo em qualquer lugar. Era viril e musculoso e, apesar do saiote verde e vermelho, extremamente másculo.
Suas feições eram rudes e sombrias demais para que fosse considerado bonito nas salas de estar de Londres, e o rufo de renda branca nos punhos e na garganta em nada suavizava a aura de perigo. A crua vitalidade que ele exalava atraiu e capturou o olhar de cada mulher no salão. Inclusive o dela.
Ele era o último homem que esperava ou queria ver na festa de lorde Carrick. Felizmente, Ian não estava ali para criar problemas.
O olhar dele varreu o salão e, para a mortificação de Selina, seu coração disparou enquanto esperava algum reconhecimento de sua presença naqueles olhos azul-celeste. Quando o olhar de Ian a alcançou e se deteve, Selina não conseguiu respirar. Seu coração deu uma cambalhota.
Uma expressão de horror adejou o rosto de Ian, depois o olhar seguiu adiante. A pontada da rejeição a atingiu de novo. Ridículo! Ela não dava a mínima para a opinião de Gilvry. Ele podia ter sido o primeiro homem, ou melhor, garoto, a beijá-la, mas tinha sido uma tentativa desajeitada na qual não valia a pena pensar. Especialmente quando suas famílias estavam em pé de guerra.
— Quem é ele? — sussurrou Chrissie.
— Ian Gilvry de Dunross


Série Gilvrys of Dunross
1 - Coração Leal 
2 - Não Publicado no Brasil
3 - Não Publicado no Brasil
4 - Não Publicado no Brasil
Interligado 
Coração Feroz

16 de junho de 2010

Coração Leal

Trilogia Coração

Krista Hart, editora de um jornal para damas londrinas, 
ganhou inimigos por escrever sem fazer rodeios.
Quando se encontra com um guerreiro viking preso em uma jaula como se fosse uma atração de feira, exige sua imediata liberação.
Embora diga a si mesma que liberar Leif Draugr é simplesmente o correto, não pode negar a atração que sente por ele, especialmente depois de que seu pai o transforme em um "perfeito" cavalheiro inglês...

Capítulo Um


Inglaterra, 1842
Leif tremia sob a fina manta, quão único possuía para proteger seu corpo quase nu contra o frio. Ainda não era primavera, os caminhos estavam cheios de lodo e inclusive congelados em alguns lugares.
Os débeis raios de sol apareciam esporadicamente entre as nuvens, brilhando durante breves momentos, antes de desaparecer de novo.
O frio vento agitou a manta e Leif a rodeou ainda mais ao corpo.
Não tinha nem ideia de onde estava, só sabia que estava atravessando uma campina salpicada ocasionalmente por pequenas aldeias com atalhos irregulares delimitados por muretas de pedra.
Devia levar nessas terras mais de quatro luas, mas o mais provável era que a essas alturas tivesse perdido a noção do tempo.
A única coisa que sabia com certeza era que seu pequeno navio fora jogado contra as rochas em alguma parte da costa ao norte de onde se encontrava, levando consigo nove de seus companheiros ao fundo do mar e deixando seu corpo maltratado.
Um pastor o resgatara do mar gelado acolhendo-o em sua casa e cuidando-o durante a febre que sofreu. Leif mal se recuperou quando chegaram ao mercado, pagaram ao pastor e o levaram junto.
Queriam-no porque parecia distinto, porque era "diferente" de qualquer um dos homens que povoavam essa terra estranha.
Não falava sua língua, nem compreendia uma palavra do que diziam, o qual parecia diverti-los e aumentar seu valor de algum jeito. Eram pelo menos quinze centímetros mais alto que a maioria deles, e seu corpo era muito mais musculoso.
Embora houvesse alguns homens loiros, como ele, poucos tinham barba e nenhuma era tão longa e povoada como a sua. Levavam o cabelo curto, enquanto que o seu chegava aos ombros.
Leif estava muito fraco e fora incapaz de defender-se quando o colocaram à parte traseira de uma carreta para transladá-lo da cabana do pastor.
Quando sua força começou a ressurgir, os homens que o mantinham cativo começaram a temer, e imobilizaram seus braços e as pernas com pesados grilhões de aço.
Colocaram-no à força em uma jaula que não era o suficientemente grande para um homem de seu tamanho, por isso se via forçado a permanecer agachado sobre a palha do chão como se fosse um animal.
Era prisioneiro em uma terra hostil, consideravam-no uma raridade digna de ser exibida para as pessoas do campo, uma maneira cruel de entretê-los.
Foram vê-lo, sabia.
Um homem gordo com uma cicatriz na cara levava comida para ele e arrecadava moedas das pessoas que se reuniam ao redor de sua jaula.
O homem - que se chamava Snively - o feria e perseguia, tentando tirar para fora um temperamento violento, o que parecia agradar ao povo que pagara para lhe ver.
Leif odiava a esse homem. Odiava a todos.


Trilogia Coração
1 - Coração Leal
2 - Coração Ardente
3 - Coração Audaz
Trilogia Concluída