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18 de dezembro de 2023

Era uma vez um Tartan

Série Os Macgregors
Honra ou felicidade… Ele não pode ter ambos

Tiberius Flynn pode ser em cada centímetro um lorde inglês, mas a bela e teimosa Hester Daniels não tem uso para seus modos arrogantes, não importa o quão bonito, charmoso ou cativante ele seja. Eles só concordam quando se preocupam com a garotinha mal-humorada que está sob proteção deles.
A arrogante insistência de Tiberius de que sua rica propriedade na Inglaterra é um lugar melhor para a criança do que sua amada e decadente casa na Escócia desperta a feroz proteção de Hester, e as linhas de batalha são traçadas…

Capítulo Um

Quando Tiberius Lamartine Flynn ouviu a árvore cantando, seu primeiro pensamento foi que ele havia se separado de sua razão. Em seguida, duas botas empoeiradas balançaram acima dos olhos repentinamente nervosos de seu cavalo, e o assunto tornou-se muito mais simples.
— Saia da árvore, criança, para que você não assuste a montaria de algum viajante desavisado.
Um par de panturrilhas finas e brancas brilhou entre os galhos, o movimento provocando o maldito cavalo a dançar e se empinar.
— Qual o nome dele?
A pergunta era quase ininteligível, de tão espessa era a folhagem.
— O nome dele é Flying Rowan — disse Tye, acariciando a crista do cavalo. — E é melhor ele se acalmar neste instante se ele sabe o que é bom para ele. Seus esforços nesse sentido seriam muito facilitados se você descesse dessa maldita árvore.
— Você não deve xingar ela. Ela é uma árvore maravilhosa.
O cavalo se acomodou, tendo se divertido tanto quanto Tye estava disposto a permitir.
— Em primeiro lugar, árvore não tem gênero, em segundo, seu sotaque pagão torna seu discurso quase incompreensível, e em terceiro, por favor, dê o fora dessa árvore.
— Apresente-se. Não devo falar com estranhos.
Uma criança pagã com boas maneiras. O que mais ele esperava da selva de Aberdeenshire?
— Tiberius Lamartine Flynn, conde de Spathfoy, ao seu serviço. Se tivéssemos quaisquer conhecidos em comum, eu os faria cuidar das civilidades.
Silêncio vindo da árvore, enquanto Tye sentia o cavalo idiota ficar tenso para outra demonstração de tolice.
— Você está errado… nós temos um conhecido mútuo. Este é um carvalho tratado. Ele é amigo de todo mundo. Eu sou Fee.
Exceto pelo seu anglicismo, Tye primeiro pensou que a pequena patife havia dito, — Eu sou fada, — o que parecia apropriado.
— Prazer em conhecê-la, Fee. Agora mostre-se como um cavalheiro, ou eu pensarei que é sua intenção cair sobre viajantes infelizes e roubá-los.
— Você acha que eu poderia?
Querido Deus, a criança parecia fascinada.
— Desça. Agora. — Esse tom de voz funcionou no irmão mais novo de Tye até Gordie ter quase 12 anos. O mesmo tom sempre era uma fonte de diversão para suas irmãs mais novas. Os galhos se moveram e Rowan ficou tenso novamente, as ancas se amontoando como se ele fosse fugir.
Uma forma pequena e ágil despencou pelo menos 2,5 metros no chão e pousou com um alto “Ai”, atiçando Rowan a empinar mais que antes.
Do chão, o cavalo parecia enorme e o homem montado um gigante. Fee teve a impressão de escuridão… cavalo negro, roupas de montaria escuras e uma carranca sombria enquanto o homem tentava controlar seu cavalo.
— Fique quieto! — A voz do homem estava tão severa que Fee suspeitou que o cavalo entendeu as palavras, pois dois grandes cascos ferrados pararam a menos de um pé de sua cabeça.
— Criança, você vai se levantar devagar e se afastar do cavalo. Não posso garantir sua segurança de outra forma.
Ainda severo… talvez esse sujeito sempre tenha sido severo, e nesse caso ele merecia pena. Fee sentou-se e tentou se apoiar nas mãos, nas costas e nos pés, mas a dor atingiu seu tornozelo esquerdo e subiu pela panturrilha antes que ela mudasse metade do peso.
— Eu me machuquei.
O cavalo recuou uns bons três metros, embora Fee não conseguisse ver como o cavaleiro pedira que ele fizesse isso.
— Onde você está ferida?