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18 de dezembro de 2023

O que uma Lady precisa para o Natal

Série Os Macgregors

Os melhores presentes são os inesperados…

Para escapar de um escândalo, Lady Joan Flynn foge para a propriedade de sua família nas Highlands da Escócia. Ela precisa de um marido até o Natal, ou as festas de fim de ano soarão em ruína.
Dante Hartwell, proprietário de uma fábrica ambiciosa e prática, se oferece para se casar com Joan, porque uma esposa bem-nascida é sua melhor chance de obter acesso a investidores aristocráticos. À medida que o Natal, e os problemas, se aproximam, o casamento de conveniência de Dante e Joan desabrocha em uma intimidade inesperada, pois o amor verdadeiro muitas vezes se esconde sob a embalagem de um feriado mais despretensioso…

Capítulo Um

— Mas, papai, devemos ajudar a senhora!
O soprano infantil dominava o zumbido e a agitação de uma estação de trem lotada, cutucando a compostura de Lady Joan Flynn como um alfinete perdido se revelando em seu corpete enquanto ela dançava a primeira curva de uma valsa.
Joan, no entanto, abriu um sorriso inabalável para a bilheteira.
— Certamente você pode encontrar um assento no trem para o oeste? Tenho pouca bagagem e só preciso de passagem até Ballater.
Sua bagagem consistia em uma bolsa de viagem apertada em seu punho direito. O fato de ela ter fugido de Edimburgo sem sequer empacotar um único baú de roupas falava da primeira experiência de Joan com verdadeiro desespero.
— Papai, vamos para Ballater. Devemos ajudá-la. — A voz da garota, de alguma coisa, ficou mais alta.
— Como eu disse. Não sobrou um único assento, senhora. Você terá que se afastar agora. — O velho gnomo fez seu pronunciamento com a malévola alegria de um escriturário exercendo seu mesquinho… mas absoluto… poder.
Joan certamente não se afastou.
— O Natal está chegando. Devemos ser gentis, papai.
As intenções da criança eram boas, embora Joan quisesse se virar e enrolar o lenço no rosto da querida. Um suave e retumbante carrapicho gaélico respondeu à garota, enquanto Joan deixava seu sorriso vacilar enquanto ela pegava um lenço de sua bolsa… a seda branca com a guarnição de azevinho e hera nas bordas.
— Eu vou com o gado — disse Joan, tocando o lenço no canto do olho esquerdo, onde as lágrimas, de fato, logo se acumulariam. — Devo me juntar à minha família, e eles ficarão tão preocupados, e…
Sobrancelhas brancas subiram na testa rosada do bilheteiro, depois caíram quando a inspiração veio.
— Você não pode andar com as feras. É contra os regulamentos. — Ele floresceu o r dos regulamentos, então mergulhou no g, um escocês oficioso apreciando a entrega de más notícias… rrrrregras. — Você pode comprar uma passagem para o trem de segunda-feira.
Não, ela não podia. — Mas não tenho onde ficar até segunda-feira. Eu tenho a tarifa se…
— Sua Senhoria irá conosco — disse o mesmo barítono retumbante logo atrás de Joan.
— Porque vamos para Ballater — acrescentou a criança prestativa.
Joan virou-se sem abrir mão de seu lugar no balcão. — Senhor, é muito gentil da sua parte, mas se não fomos apresentados…
Exceto, graças a todos os anjos, Joan foi apresentada ao homem, menos de três semanas atrás.
— Lady Joan. — Sr. Dante Hartwell fez uma reverência, tanto quanto um homem pode fazer quando tem uma criança pequena empoleirada em seu quadril. — Você está convidada a viajar conosco. Charlie me lembra que nós mesmos vamos até Ballater, e temos muito espaço.
Charlie era da persuasão feminina, embora tivesse o cabelo negro do pai e uma versão mais clara de seus olhos verdes. Ele sussurrou algo no ouvido da garota, então deu um beijo rápido em sua bochecha, o que fez Charlie sorrir para Joan.
A expressão do Sr. Hartwell não era tão cordial.
Na experiência de Joan, o Sr. Hartwell e a genialidade não eram bem conhecidos, embora se Joan tivesse falado fora de hora na idade de Charlie, seu nobre pai não teria sussurrado sua repreensão ou seguido com um beijo.
— Sua oferta é generosa, Sr. Hartwell, mas não posso viajar com você desacompanhada. — Ou ela poderia?
— Você estava disposta a viajar com as feras — retrucou ele. — Cheiro um pouco melhor do que elas e posso lhe oferecer mais do que palha e uma caixa solta fria para a duração da viagem.
— Papai cheira bem, — Charlie forneceu, — mas não tão bem quanto a tia Margs. Ela levou Phillip de volta.
— Madame, — interrompeu o bilheteiro. — Você está segurando a fila, e você viaja com o cavalheiro e sua família ou fica aqui até o trem de segunda-feira. Próximo!
Joan havia dançado com Dante Hartwell e achava que ele carecia de muitos dos atributos que ela associava a um cavalheiro adequado. Não fofocava, nem bajulava, nem tomava liberdades sub-reptícias na métrica tripla.
Em suma, apesar de seus muitos detratores… alguns o chamavam de Hartwell Coração Duro… ela gostava dele. A pequena Charlie também estava certa: seu pai cheirava bem, de lã e urze, ao contrário dos sujeitos que usavam suas fragrâncias enjoativas de Paris em salões de baile já impregnados de esforço viril. O Sr. Hartwell saboreava sabores simples, ar fresco e Escócia. Além disso, o cabelo dele estava preso de um lado, como se Charlie tivesse se soltado com o penteado de seu pai.
— Sua irmã está viajando com você, Sr. Hartwell?
4- O que uma Lady precisa para o Natal
Série concluída

A Lady dos MacGregor

Série Os Macgregors
Asher MacGregor voltou de anos vagando pelo deserto canadense para assumir um condado que evitou e para procurar uma noiva que não deseja. 

Ele está sobrecarregado com uma obrigação familiar adicional na forma da herdeira de Boston, Hannah Cooper, a quem ele deve acompanhar nos salões de baile de Londres para que ela possa encontrar um marido inglês. Hannah não está mais interessada em se estabelecer na Grã-Bretanha do que Asher em retornar ao Novo Mundo, mas a simpatia de um pelo outro logo se transforma em paixão. Com Hannah ansiosa para voltar para a família que ela está tentando proteger em Boston, e Asher ligado ao seu condado nas Highlands. Eles devem confiar no amor para atravessar um oceano de diferenças e dificuldades.

Capítulo Um

Asher MacGregor, nono conde de Balfour, cruzou o Atlântico cinco vezes em seus trinta e poucos anos na terra, cada passagem pior que a anterior, cada uma deixando-o um pouco mais simbolicamente no mar. E ainda assim, ele aprendeu algumas coisas em suas andanças. Embora o Harrow tivesse aportado ontem à tarde, seu capitão esperaria até de manhã para chegar ao porto de Edimburgo, para que ele pudesse obter um dia de trabalho de sua tripulação antes de desembarcarem para beber e devorar seu pagamento.Dando a Asher mais uma noite para evitar seu destino.
Asher também sabia que depois de uma travessia do Atlântico no inverno, a Srta. Hannah Cooper e sua tia, a Srta. Enid Cooper, seriam viajantes cansadas. Elas não tinham noção de que o velho Barão Fenimore as estava usando para punir seu sobrinho por ser… o quê? Estar vivo, muito provavelmente.
Asher desceu da carruagem de viagem nas docas, o veículo pesado sendo o único em seus estábulos de Edimburgo adequado para lidar com ruas lamacentas e esburacadas e cargas pesadas de bagagem.
— Fique com os cavalos — Asher advertiu o cocheiro e os dois lacaios. As docas eram seguras o suficiente à luz do dia… para docas, e particularmente para um homem com alguma altura, músculos e habilidades de combate na fronteira. Asher sabia qual cais descarregaria as cargas do Harrow e desembarcaria seus passageiros, mas toda a situação trouxe de volta memórias.
Memórias de ter onze anos, em uma manhã tão fria e tempestuosa, apenas nestas docas, e apenas criados para buscá-lo para a família que ele nunca conheceu.
Memórias de aterrissar de volta na costa canadense aos 20 anos, esperando por algum senso de volta ao lar, de boas-vindas, apenas para perceber que ele nem mesmo seria recebido por criados.
E mais dois retornos à Escócia, ambos solitários, um aos vinte e dois anos, e o mais recente… o mais difícil… menos de seis meses atrás, ambos com uma sensação decepcionante de se curvarem a um destino vazio.
Um destino solitário.
Do lado do cais, um bote guardou remos e baixou uma prancha de desembarque enquanto os passageiros e uma pequena multidão aplaudiam no cais. As famílias foram reunidas, os viajantes tentaram se ajustar a andar na terra, e um velho cavalheiro ficou de joelhos e beijou a terra firme na face de madeira fria e desgastada do cais.
Um total de seis mulheres desceram. Duas eram claramente de classes inferiores, a mais jovem exibindo sintomas suficientes de escoliose para garantir uma velhice irritante. Elas se afastaram apressadas na direção de uma carroça de mulas, um robusto fazendeiro com as rédeas nas mãos que esperava.
Duas eram claramente bem-nascidas, ou pelo menos bem de vida, embora a mais jovem padecesse de estrabismo agudo. Elas subiram em uma carruagem laqueada de preto com quatro cavalos, dois lacaios de libré atrás.
Partindo…
Suas convidadas. Simples, mas não muito simples em seus trajes, a mais velha sentou-se em um banco enquanto a mais jovem ficou parada como um cão protetor, esquadrinhando o cais em busca de perigo ou boas-vindas. A jovem não tinha as costas arqueadas nem estrabismo, embora tivesse cabelos ruivos.
Quase o mesmo tom de cabelo vermelho da irmã de Asher, Mary Frances. A mulher mais velha deu um tapinha no banco; a mais jovem balançou a cabeça. As fitas do gorro não estavam amarradas em um laço atraente e descentrado, um sinal de que ela não estava buscando a aprovação da sociedade da moda ou não era nativa da Grã-Bretanha.
A jovem Srta. Cooper parecia fria, cautelosa e sozinha, e embora ela fosse um fardo que Asher não tinha feito nada para merecer, ela também não merecia ficar de guarda na brisa amarga da costa, cortejando uma inflamação nos pulmões.
— Senhoras, hesito em ser tão ousado, mas se vocês são a Srta. Hannah Cooper e a Srta. Enid Cooper, sou Balfour, sua escolta. — Sr. Balfour.

Era uma vez um Tartan

Série Os Macgregors
Honra ou felicidade… Ele não pode ter ambos

Tiberius Flynn pode ser em cada centímetro um lorde inglês, mas a bela e teimosa Hester Daniels não tem uso para seus modos arrogantes, não importa o quão bonito, charmoso ou cativante ele seja. Eles só concordam quando se preocupam com a garotinha mal-humorada que está sob proteção deles.
A arrogante insistência de Tiberius de que sua rica propriedade na Inglaterra é um lugar melhor para a criança do que sua amada e decadente casa na Escócia desperta a feroz proteção de Hester, e as linhas de batalha são traçadas…

Capítulo Um

Quando Tiberius Lamartine Flynn ouviu a árvore cantando, seu primeiro pensamento foi que ele havia se separado de sua razão. Em seguida, duas botas empoeiradas balançaram acima dos olhos repentinamente nervosos de seu cavalo, e o assunto tornou-se muito mais simples.
— Saia da árvore, criança, para que você não assuste a montaria de algum viajante desavisado.
Um par de panturrilhas finas e brancas brilhou entre os galhos, o movimento provocando o maldito cavalo a dançar e se empinar.
— Qual o nome dele?
A pergunta era quase ininteligível, de tão espessa era a folhagem.
— O nome dele é Flying Rowan — disse Tye, acariciando a crista do cavalo. — E é melhor ele se acalmar neste instante se ele sabe o que é bom para ele. Seus esforços nesse sentido seriam muito facilitados se você descesse dessa maldita árvore.
— Você não deve xingar ela. Ela é uma árvore maravilhosa.
O cavalo se acomodou, tendo se divertido tanto quanto Tye estava disposto a permitir.
— Em primeiro lugar, árvore não tem gênero, em segundo, seu sotaque pagão torna seu discurso quase incompreensível, e em terceiro, por favor, dê o fora dessa árvore.
— Apresente-se. Não devo falar com estranhos.
Uma criança pagã com boas maneiras. O que mais ele esperava da selva de Aberdeenshire?
— Tiberius Lamartine Flynn, conde de Spathfoy, ao seu serviço. Se tivéssemos quaisquer conhecidos em comum, eu os faria cuidar das civilidades.
Silêncio vindo da árvore, enquanto Tye sentia o cavalo idiota ficar tenso para outra demonstração de tolice.
— Você está errado… nós temos um conhecido mútuo. Este é um carvalho tratado. Ele é amigo de todo mundo. Eu sou Fee.
Exceto pelo seu anglicismo, Tye primeiro pensou que a pequena patife havia dito, — Eu sou fada, — o que parecia apropriado.
— Prazer em conhecê-la, Fee. Agora mostre-se como um cavalheiro, ou eu pensarei que é sua intenção cair sobre viajantes infelizes e roubá-los.
— Você acha que eu poderia?
Querido Deus, a criança parecia fascinada.
— Desça. Agora. — Esse tom de voz funcionou no irmão mais novo de Tye até Gordie ter quase 12 anos. O mesmo tom sempre era uma fonte de diversão para suas irmãs mais novas. Os galhos se moveram e Rowan ficou tenso novamente, as ancas se amontoando como se ele fosse fugir.
Uma forma pequena e ágil despencou pelo menos 2,5 metros no chão e pousou com um alto “Ai”, atiçando Rowan a empinar mais que antes.
Do chão, o cavalo parecia enorme e o homem montado um gigante. Fee teve a impressão de escuridão… cavalo negro, roupas de montaria escuras e uma carranca sombria enquanto o homem tentava controlar seu cavalo.
— Fique quieto! — A voz do homem estava tão severa que Fee suspeitou que o cavalo entendeu as palavras, pois dois grandes cascos ferrados pararam a menos de um pé de sua cabeça.
— Criança, você vai se levantar devagar e se afastar do cavalo. Não posso garantir sua segurança de outra forma.
Ainda severo… talvez esse sujeito sempre tenha sido severo, e nesse caso ele merecia pena. Fee sentou-se e tentou se apoiar nas mãos, nas costas e nos pés, mas a dor atingiu seu tornozelo esquerdo e subiu pela panturrilha antes que ela mudasse metade do peso.
— Eu me machuquei.
O cavalo recuou uns bons três metros, embora Fee não conseguisse ver como o cavaleiro pedira que ele fizesse isso.
— Onde você está ferida?

19 de novembro de 2023

Mary Fran e Matthew

Série Os Macgregors

Matthew Daniels é um coronel inglês que foi mandado para casa da Crimeia em desgraça. 

A viúva Mary Frances MacGregor jurou que nunca sucumbirá à manipulação de outro inglês bonito, mas se apaixona pelo solitário e rejeitado Matthew Daniels. Tanto Mary Fran quanto Matthew sabem mais do que desejam sobre estar sozinhos e isolados, mesmo em meio à família. Eles anseiam por se entender também, mas velhos segredos e lealdades familiares divididas ameaçam custar-lhes a chance de felicidade compartilhada.

Capítulo Um

Um vislumbre de Lady Mary Frances MacGregor, e Matthew Daniels esqueceu tudo sobre a paisagem de tirar o fôlego das Highlands e o propósito errôneo de sua visita a Aberdeenshire.
— Durante a sua estadia, nossa casa será sua — disse Lady Mary Frances. Ela caminhava ao longo do corredor da casa de campo de seu irmão com propósito, não com o andar afetado e espartilhado de uma senhora de Londres, e ela tinha música em sua voz. Sua caminhada também continha música, no ritmo e na oscilação de seus quadris, no farfalhar de suas anáguas e na passada nítida de suas botas no piso de madeira polida.
Embora o que a música tinha a ver com algo, Matthew não conseguia entender. — Os espanhóis têm um ditado semelhante milady: mi casa es su casa.
— Minha casa é sua casa. — Ela adivinhou ou fez a tradução facilmente. — Você já foi para a Espanha, então?
— No Exército de Sua Majestade, pode-se viajar muito.
Uma sombra vincou sua sobrancelha, rapidamente banida e substituída por um sorriso. — E agora você viajou até a nossa porta. Este é o seu quarto, Sr. Daniels, embora tenhamos outros se você preferir uma vista diferente.
Ela entrou na sala antes dele, deixando Matthew vagamente desconcertado. Uma jovem adequada não estaria sozinha com um cavalheiro em seus aposentos privados, e Mary Frances MacGregor, sendo filha de um conde, era uma dama, mesmo no sentido de ter um título de cortesia… embora Matthew nunca tivesse conhecido uma dama com cabelos daquele tom brilhante de vermelho escuro, ou uma figura tão perfeitamente desenhada para frustrar o autocontrole cavalheiresco de um homem.
— A vista é bastante aceitável.
A vista era magnífica, incluindo as costas de Lady Mary Frances quando ela se curvou para lutar com o caixilho da janela. Ela era uma mulher robusta, alta e bem formada, e Matthew suspeitava que seus braços seriam musculosos, não os apêndices lisos e claros que um cavalheiro poderia ver em uma festa no jardim em Londres.
— Permita-me. — Ele foi para o lado dela e balançou a faixa nas corrediças, içando a coisa facilmente para permitir a entrada de um pouco de ar fresco.
— As criadas vão fechar na hora do chá — disse Lady Mary Frances. — As noites podem ser agitadas, mesmo no alto verão. Você vai precisar de um banho antes do jantar?
Ela fez a pergunta casualmente… apenas uma anfitriã perguntando sobre o bem-estar de um convidado… mas seu olhar se deslizou sobre ele, um rápido e avaliador movimento de olhos verdes com um toque de especulação. Ele poderia não caber em uma banheira antiquada, era o que o olhar dizia, nada mais.
Mesmo assim, ele queria muito ficar limpo após longos dias de viagem. — Se não for um problema?
— Sem problemas. A câmara de banho fica no final do corredor à esquerda, a cisterna está cheia e as caldeiras funcionam desde o meio-dia.
Ela olhou para o guarda-roupa vazio, passando perto o suficiente de Matthew para que ele sentisse o cheiro de algo feminino… Flores. Não rosas, que provavelmente eram as únicas flores que ele conhecia pelo cheiro, mas… mais frescas do que rosas, menos enjoativas.
— Se precisar de alguma coisa para tornar sua visita mais agradável, Sr. Daniels, basta pedir, e nós cuidaremos. A hospitalidade das Highlands não é apenas matéria de lendas.
— Meus agradecimentos.

O Noivo usava Kilt

Série Os Macgregors
Sua família ou seu coração, um deles será traído…

Ian MacGregor está cortejando uma mulher que é errada para ele em todos os sentidos. Como o novo conde de Balfour, porém, ele deve se casar com uma herdeira inglesa para recuperar a fortuna da família. Mas na acompanhante sem um tostão de sua noiva, Augusta, Ian está encontrando tudo o que sempre quis em uma esposa.

Capítulo Um

“É uma verdade universalmente reconhecida que um único conde razoavelmente bonito que não possua uma fortuna deve estar precisando de uma esposa rica”
Ian MacGregor repetiu o raciocínio de tia Eulalie baixinho. As palavras soavam como um senso comum antiquado e, no entanto, também zombavam de tal conde.
Possivelmente da esposa também. Enquanto Ian examinava a dupla de mulheres loiras risonhas e sorridentes que desembarcavam do trem no braço de sua carrancuda escolta, ele fez uma prece silenciosa para que sua condessa não relutasse nem administrasse, mas fora isso, ele não poderia pagar… no sentido mais literal… para ser específico.
A esposa dele podia ser feia ou honesta. Ela podia ser uma recém-saída da sala de aula ou uma senhora que já passou da juventude. Ela podia ser tímida ou turbulenta, linda ou simples. Nada disso importava...Desde que ela fosse inequívoca, absoluta e certamente rica.
E se a noiva de Ian MacGregor queria ser bem e verdadeiramente rica, ela também seria inglesa, Deus o ajudasse e todos aqueles que dependiam dele.
Para o bem de sua família, seu clã e as terras que eles possuíam, ele consideraria se casar com uma inglesa bem ditada. Se isso significasse suas próprias preferências por uma esposa, pragmatismo, lealdade, gentileza e senso de humor, bem, esse era o destino do Laird.
Na privacidade de seus arrependimentos pessoais, Ian admitia a natureza luxuriosa de uma esposa por uma predileção de um escocês alto, de cabelos negros e olhos verdes como marido, também não seria errado. Enquanto esperava que seus irmãos Gilgallon e Connor manobrassem através da multidão no pátio da estação Ballater, Ian guardou esse arrependimento no vasto depósito mental reservado para pensamentos tão dolorosos.
— Eu fico com a loira alta — Gil murmurou com o ar de um homem escolhendo em qual cavalo aleijado cavalgar para a batalha.
— Eu sou a favor da pequena loira, então, — Connor rosnou, soando igualmente resignado.
Ian entendeu a estratégia. Seus irmãos ofereceriam escolta para a Srta. Eugenia Daniels e sua irmã mais nova, Hester Daniels, enquanto Ian se mostraria um perfeito cavalheiro. Sua tarefa, portanto, passou a ser oferecer os braços às duas acompanhantes que permaneciam quietas ao lado. Uma estava vestida de malva discreto, embora moderno, a outra de cinza amassado com dois xales, um bege com franja preta, o outro cinza.  Ian se afastou de seus irmãos, colando um sorriso tolo no rosto.
— Milorde, miladies, fáilte! Bem-vindos a Aberdeenshire!
Um homem mais velho se separou das mulheres loiras. O sujeito usava bigodes grossos, uma pança próspera e a última moda em trajes diurnos. — Willard Daniels, Barão de Altsax e Gribbony.
O barão curvou-se ligeiramente, reconhecendo a posição superior de Ian, embora um tanto provisória.
— Balfour, ao seu serviço. — Ian apertou a mão com o máximo de cordialidade que conseguiu reunir. — Boas-vindas a você e sua família, Barão. Se você me apresentar às suas mulheres e ao seu filho, farei com que meus irmãos sejam conhecidos por eles, e podemos seguir nosso caminho.
As civilidades foram observadas, enquanto Ian tacitamente avaliava sua futura condessa. A loira mais alta… Eugenia Daniels…

18 de janeiro de 2019

Eu Posso ter esse Duque?














 

 
Capitulo Um

— Desejava me ver, Vossa Graça? Gerard Juvenal René Beaumarchand Hammersley, oitavo Duque de Hardcastle, fingiu, por mais um momento, estudar sua lista de tenentes, porque ele enfaticamente não desejava ver a senhorita Ellen MacHugh. 

Essa mulher destruía o foco dele simplesmente entrando na sala, e quando ela falava, o que quer que esteja na cabeça de Hardcastle no momento, resultava em uma parada de boca aberta de forma indecorosa. Um indecoroso, boquiaberto, momento parado, porque a senhorita MacHugh ousou usar em sua pessoa os aromas de lavanda e lilás. O duque se levantou para Miss MacHugh que era uma lady, embora uma lady a seu serviço.
— Por favor, se sente, Senhorita MacHugh. Eu confio que esteja bem? Eles tinham aperfeiçoado um sistema, de forma que pudessem morar na mesma casa por um ano, mas ficar dias sem se falar. Semanas até. O recorde de Hardcastle foi trinta e três dias seguidos, embora reconhecidamente, ele tivesse estado doente a maior parte desse tempo. Ela, pelo contrário, tinha a constituição de um cavalo arado. Ela nunca perdia também seu equilíbrio, enquanto ele se atrapalhava com as palavras na presença dela ou proseava sobre o tempo. Ou alguma outra bobagem.
 — Estou bem, Vossa Graça. Obrigada por perguntar. Christopher também está bem. — Se ele não estivesse bem, e você falhasse em me contar, já estaria fora do seu posto, madame. Ela abaixou o queixo, um queixo bem teimoso. Seu cabelo era castanho avermelhado escuro, e sua altura era infelizmente baixa, mas aquele queixo era bem expressivo. A Senhorita MacHugh não era esbelta, não era loira, não era subserviente, não era 
— oh, seus defeitos eram infinitos. Ela não era nem inteiramente inglesa, sua mãe vinha de uma região escocesa de Peeblesshire.
— Você me chamou por alguma razão, Senhor? Hardcastle cruzou as mãos atrás das costas, andou até a janela da biblioteca e procurou recordar o lapso de sentido que o tinha feito chamála. 
— ah, sim. — Eu estou indo para uma festa em Nottinghamshire, — ele disse. — Christopher irá me acompanhar, e você irá acompanhar o garoto. 
— Quando iremos partir, Vossa Graça? — Nós iremos na terça. Por favor, garanta que Christopher tenha tudo que ele precise para uma estadia de duas semanas no lugar. Você e ele irão dividir o carro de viagem, e eu irei a cavalo. Obrigado, isso é tudo. Ela se levantou em sua pequena estatura, e ainda assim, tal era a presença de Ellen MacHugh que Harcastle continuou na janela, dando o resto da biblioteca para ela.
 — Vossa Graça considerou tutores para ajudar na educação de Christopher? — ela perguntou. Que bicho começou isso?

16 de janeiro de 2019

O Duque de Meus Sonhos

Série Era uma vez um Sonho


Anne Faraday, a filha de um banqueiro, é eleita como acompanhante de Elias, Duque de Sedgemere, para uma festa campestre nos Lagos. 

Anne entusiasma-se com o homem solitário e pai abnegado que está por detrás do título, e Elias fica cativado pela mulher brilhante e oprimida debaixo da fachada gentil de Anne. 
A atração converte-se em amor sob o luar de verão da Cumbria, mas as obrigações familiares, os segredos e um pato prodigioso conspiram para frustrar o curso do amor verdadeiro.
Capitulo Um

 ― Não estou pedindo este favor sem pensar. Elias, Duque de Sedgemere, seguiu andando, envergonhado, pelas brincadeiras do malvado Hardcastle, sem qualquer amostra de sentimento. Hardcastle era, depois de tudo, o amigo mais antigo e mais querido de Sedgemere. Também o único amigo de Sedgemere. 
Tomavam ar junto ao Serpentine, no Hyde Park, ignorando as olhares insistentes e os sussurros que atraíam. Enquanto Sedgemere era de um loiro tão pálido para chamar a atenção, Hardcastle era moreno. 
Ambos estavam acima da média em estatura e compleição, embora Mayfair tivesse muitos homens grandes e bem vestidos, particularmente no que se tratava de moda. 
No entanto, eles eram duques e ser um duque significava ser atormentado pelo interesse público em todo momento. Ser um duque solteiro era um inferno, porque desde cada salão de baile, às rédeas de cada cabriolé, sustentando cada guarda-sol, havia uma duquesa à espera. Em consequência, Sedgemere suportou a insistência de Hardcastle. 
― Não pede um favor ― disse Sedgemere, tocando a ponta de seu chapéu para um homem que passeava com um enorme mastim pintalgado. ― Exige a metade de meu verão, quando o verão é a melhor época do ano para ficar em Sedgemere House. Conheciam-se desde meninos na brutalidade ocasional e a quase inanição que sofriam durante a doutrinação em Eton, e pelas farras e apostas que faziam passar por uma educação de Oxford. 
Hardcastle porém, nunca se casara e, portanto, não sabia que horrores lhe esperavam no caminho para o altar. Sedgemere sabia, e além disso sabia que os dias de Hardcastle como solteiro estavam contados, se a respeitável avó de Hardcastle o enviava a festas campestres no verão. 
― Se não vier comigo Sedgemere, vou- me converter em uma má influência para meu afilhado. Vou ensinar para o garoto tudo sobre charutos, brandy, mulheres levianas e jogos licenciosos. 
― O menino tem sete anos, Hardcastle, mas sinta-se à vontade para corrompê-lo a seu desejo, caso ele não demonstre ser pior influência em... Meu Deus, essas duas outra vez não! As gêmeas Cheshire, loiras, de olhos azuis, sorridentes e tão implacáveis como uma enfermidade inominável, vinham tagarelando pelo atalho, girando as sombrinhas. 
― Senhorita Cheshire, Senhorita Sharon ― disse Hardcastle, tocando com a ponta do dedo seu chapéu. Sedgemere pegou discretamente no braço de seu amigo, embora não servisse de nada, já que Hardcastle devia trocar brincadeiras, como se estas mulheres não fossem ao equivalente social da Escila e Caribdis1 . ― Senhoras. ― Sedgemere inclinou-se também, porque estava em público e promover o assassinato de seu melhor amigo era melhor em privado. 
― Vossas Graças! Que sorte nós encontrarmo-nos!







Série Era uma vez um Sonho
1- Outro Sonho
2-O Duque de Meus Sonhos
Série concluída

16 de novembro de 2018

Jonathan e Amy

Série Windham


O viúvo Jonathan Dolan sabe como trabalhar duro, ganhar dinheiro e amar a sua filha Georgina, mas seus humildes antecedentes irlandeses não o prepararam para o desafio de atrair Amy Ingraham, a governanta elegante e gentil de Georgina.

Amy mostra um tímido prazer com as propostas de Jonathan, quando um primo distante aparece e afirma que Amy é obrigada a se casar com ele.
Jonathan deve ser inteligente, determinado e, acima de tudo, honroso se quiser ganhar não apenas a mão de Amy, mas o respeito de uma sociedade que está disposta a julgá-lo duramente.

Capítulo Um

— Um cavalheiro não faz avanços em direção a uma mulher em seu emprego.
Jonathan Dolan resmungando e andando de um lado para o outro, aproximou-se das janelas de seu escritório, onde ele podia observar sua filha colhendo flores nos jardins dos fundos. Sua governanta estava sentada perto, o nariz em um livro, um spaniel ofegando aos seus pés.
— Um cavalheiro não faz avanços em direção a uma mulher em seu emprego.
Essa declaração se tornou o Décimo Primeiro Mandamento pessoal de Jonathan, mas não era mais palatável com a ênfase adicionada.
— Um maldito cavalheiro, não deve fazer avanços em direção à governanta de sua filha, não importa quão amável, bem formada, de boa pronúncia, gentil, encantadora e... Maldito inferno.
Um lacaio aproximou-se do lindo quadro no jardim e, antes que a Srta. Ingraham pudesse se virar e olhar para a casa, Jonathan afastou-se das janelas. Não faria bem a ela saber que estava olhando embora ela concluísse que ele estava apenas sendo um pai vigilante.
E ele era um pai vigilante, também um pai apaixonado e amoroso, mas não apenas isso.
Ele era, além disso, um homem rico em seu auge que não tinha uma esposa com quem compartilhar sua vida ou suas paixões. Um homem que enterrou sua amada esposa há quase cinco anos e estava observando sua vida marchar, uma noite solitária seguida por outra. Um homem que tinha suportado bastante daquela vida, um sujeito agora determinado a pôr em prática um plano que, se fosse bem sucedido, melhoraria suas circunstâncias incomensuravelmente.
E lançá-lo numa escuridão insondável se falhasse.
Ele contemplou a ideia de beber uma saudável dose de bom uísque irlandês, mas se a Srta. Ingraham chegasse perto o suficiente para ele sentir o cheiro de sua fragrância de limão, ela sentiria o cheiro do álcool em sua respiração.
— Sr. Dolan?
Amy Ingraham estava na porta do escritório, a imagem de boa aparência inglesa: uma sombra mais alta que a média, cabelos loiros puxados para trás num coque arrumado, olhos cinzentos complementados por um vestido azul-celeste vários anos fora de moda. A inteligência naqueles olhos era tão atraente para Jonathan quanto as curvas preenchendo o vestido.
— Srta. Ingraham, por favor, entre. Georgina parece estar gostando do passeio.
— O dia está muito bonito para manter a criança em suas aulas sem descanso, e o cão também precisa de uma visita ocasional aos jardins.
Ela permaneceu na porta, o local tendo significado simbólico. Amy Ingraham, neta de um visconde, mas não da família nem serva na casa de Jonathan, destacava-se em pairar em espaços limítrofes.
— Sente-se, Srta. Ingraham. — Apontou para o sofá perto da lareira, em vez de uma das cadeiras de costas retas de frente para sua mesa. Quando ela atravessou a sala, ele fechou a porta atrás dela.
Seu queixo erguido.
— Sr. Dolan.
Apenas seu nome, mas crepitando com rigidez e repreensão.
— O que eu tenho que discutir é privado e respeita os melhores interesses de Georgina. Posso oferecer-lhe um chá?
Ela se abaixou até a beira do sofá.
— Aceito um chá. Apenas chá.


O Duque e sua Duquesa

Série Windham
Percival Windham é um segundo filho e oficial de cavalaria, quando se casa com a bela Esther Himmelfarb, que brinda seu amado marido com quatro filhos, em pouco mais de cinco anos de casamento. 

À medida que as finanças de Percival e Esther se tornam restritas, o herdeiro ducal sofre com um coração doente, e o velho duque se torna esquivo e esquecido, a vida de casado parece se tornar uma solidão e uma tribulação sem fim. 
Esther está exausta e emotiva, Percival está considerando a sabedoria de encontrar uma amante, e então duas mulheres do passado de Percival causam mais estragos ao casamento, com consequências potencialmente desastrosas para toda a família Windham.
Percival e Esther devem crescer com a nobreza com que têm resistido e ficar juntos, ou enfrentar a ameaça de destruição de sua família e o lindo amor que começou com tal promessa...
Nesta segunda novela antecedendo à série popular Windham, a autora best-seller do New York Times, Grace Burrowes, continua a história do duque e da duquesa de Moreland, através dos primeiros anos tumultuados e agridoces do casamento e paternidade.

Capítulo Um

— Você é jovem e tem todos os dentes. — George, Sua Graça, o Duque de Moreland fez essa afirmação soar como se Percival tivesse cometido um crime de enforcamento duplo. — Se você copular com esta esposa até a morte, você sempre pode conseguir outra.
Os irmãos de Lord Percival Windham reagiram à observação do duque previsivelmente. Tony lançou a Percy um olhar de comiseração enquanto Peter — mais propriamente o Marquês de Pembroke — recuou da mesa de cartas.
— Estou pronto para me retirar, — anunciou Peter. Ele se levantou e se curvou para o duque. — Sua Graça, sonhos agradáveis.
Os irmãos mais novos de Peter mereceram um aceno de cabeça, um que transmitia mais que um toque de simpatia. Sobre este tema, pelo menos, o herdeiro de um ducado podia delegar o tratamento com um velho irascível aos substitutos.
— Vocês dois são péssima companhia para um homem velho, — cuspiu Sua Graça. — Tragam-me um lacaio para que eu possa me preservar do tédio a ser suportado quando vocês não me permitem mais que um dedo de bebida decente.
Tony e Percy colocaram cada um as mãos sob um dos cotovelos de Sua Graça e levantaram o duque. Tony empurrou a cadeira para longe, e então — só então — Sua Graça livrou-se da sustentação de seus filhos. — Pense em mim como se você estivesse ficando bêbado mais uma vez. — Ele olhou furiosamente para cada filho, um de cada vez. — E eu quis dizer o que eu disse, Percival. A senhora sua esposa pariu quatro vezes em pouco mais de cinco anos de casamento. No meu tempo, um cavalheiro não incomodava sua esposa além do necessário, e certamente não quando ele podia se dar ao luxo de ter seu cio em outro lugar. Sua Graça teria concordado comigo.
Percival não se dignou a responder a isso, embora Tony — homem corajoso — murmurasse: — Boa noite, papai, —enquanto entregavam o duque a um lacaio corpulento e sem expressão.
Quando a porta foi fechada e um pesado silêncio tomou conta, Percival voltou para a mesa e começou a organizar as cartas.
— Ele está errado, Percy. — O caminho de Tony levou-o para o decantador. — Sua Graça não concordaria. Ela diria que o dever de Esther era fornecer tantos filhos quantos você e o bom Deus achassem adequados para ela. Sua Graça era um terror quando se tratava da sucessão.
Nas mãos de Percival, a rainha de ouros apareceu primeiro. — O velho pode ter razão. Esther cumpriu seu dever com a sucessão.
E a que custo? Ela caía na cama exausta a cada noite, embora nem uma vez Percival a tivesse ouvido reclamar.
Com o decantador na mão, Tony levou consigo um copo de conhaque para o lado da sala de jogos onde os dardos eram jogados. Uma superfície robusta de cortiça portuguesa rodeava o alvo circular marcado, os buracos e os cortes ficando cada vez mais próximos do centro.
— Eu seria melhor processando um jogo de dardos, se eu não estivesse bêbado, — Tony murmurou, mirando. — Você não será a morte de sua esposa, Percy. Sua Graça está de luto, é tudo, e não está indo muito bem com isso.
Percival mantinha as mãos ocupadas organizando as cartas, todas indo na mesma direção, da maior para a menor, naipe por naipe. — Ele não está apenas de luto, está morrendo. Pode um homem ficar de luto por sua própria iminente morte?
Tony atirou-lhe um olhar. — Você está soando ducal novamente. Morte iminente? Eu digo que é com Peter que temos que nos preocupar mais. Sua Graça tem humor suficiente para viver até cem. Ele e Sua Graça tiveram alguns anos de cordialidade até o final — em grande parte em função do seu sucesso em povoar o berçário, se você me perguntar.
Quando Percival teve o baralho disposto em perfeita ordem, ele cortou e embaralhou, depois embaralhou novamente. O estalo e o embaralhamento das cartas o acalmavam, colocando-lhe na mente os anos gastos em operações militares - e tremores - no Canadá. — Quanto tempo se passou desde que Peter se aventurou lá fora?
Um dardo foi em direção à parede apenas para pousar a vários centímetros do alvo. — Maldição. Ele fica no terraço quando o tempo está bom. Quando um homem faz quarenta anos, tem direito a uma programação mais sedentária.
Sedentária? Em sua juventude, Peter tinha sido um gigante robusto e loiro. Herdeiro de um ducado, ele tinha sido o maior prêmio no mercado de casamentos em todos os sentidos. Quando ele partiu em seu Grand Tour, metade das damas em Londres entrou em declínio. E agora... 









O Presente Ducal

Série Windham



Suas Graças, Percival e Esther Windham, Duque e Duquesa de Moreland, criaram uma grande família, e estão a observar como os seus filhos encontram o amor verdadeiro e a felicidade, um por um, nos livros da Série Windham. 

Primeiro, os filhos, Westhaven - 
O Herdeiro - St. Just - O Soldado e Lord Valentine - O Virtuoso, e depois as filhas conseguiram os seus felizes para sempre. 
Esta história encontra a família reunindo-se novamente, em antecipação das festas natalícias, e, apesar do Conde de Westhaven ter boas intenções, as suas palestras sobre poupar todos os cêntimos e autodisciplina, perdem completamente o objetivo da época ...

Capítulo Um

— As poupanças corrigiram esta família e as poupanças vão nos levar, em segurança, para a próxima geração. — O Conde de Westhaven executou uma meia-volta decidido e caminhou calmamente em direção à lareira. — Se pouparmos e praticarmos a disciplina, então, o Ano Novo, e todos os novos anos que se seguirão, trarão apenas boa sorte para a família Windham.
Westhaven deixou de andar o tempo suficiente, para aceitar um copo de conhaque muito fino de seu pai, Percival, o Duque de Moreland.
— Para afastar o frio — disse Sua Graça com um pequeno sorriso.— Moreland, você não pode esperar que o nosso filho beba sozinho, não com a proximidade do Natal. — O sorriso da duquesa era indulgente. Ela se sentou na ponta do sofá mais próximo do fogo, um bastidor em suas graciosas mãos, a luz do fogo destacando as mechas do seu cabelo dourado.
— Apenas um pouco, então.— Sua Graça serviu-se de um pouco, saudou com a taça, a sua esposa de há mais de trinta anos, depois bebeu metade do conteúdo num único gole.
—Eu acredito que está começando a nevar— observou Sua Graça. — Mesmo a tempo do Natal.
As sobrancelhas de Westhaven se contorceram.
—Neve? Quando eu tenho que ir a Surrey de manhã? Isso não vai dar.
Ele era um homem bonito, alto, com cabelo castanho escuro, e os olhos verdes da sua mãe, mas a partir da perspetiva de Sua Graça, o rapaz precisava de um pouco de humor.
—Você é o meu herdeiro, Westhaven, mas isso não lhe dá a capacidade de comandar o Todo-Poderoso em matéria de clima. Termine a sua bebida antes de correr para a sua condessa e aos agrados de uma cama quente numa noite fria de inverno.
Por apenas um momento a expressão de Westhaven ficou envergonhada. O duque trocou um sorriso privado e parental com a sua duquesa.
Westhaven levantou o copo e terminou a sua bebida.
— Os meus agradecimentos pela excelente bebida e pela vossa companhia. Mamãe, boa noite.—Ele se inclinou para beijar o rosto da duquesa. —Sua Graça.
Quando ele apertava as mãos do seu pai, o duque puxou o seu filho para um abraço, não se importando nem um pouco, que isso provavelmente, mortificava o rapaz mais jovem, além do suportável.
—Confesso Esther, que acho os jovens de hoje cansadamente adequados— Sua Graça disse, sentando-se ao lado da duquesa quando Westhaven saía. — Faz-nos imaginar como conseguem nos dar netos.
Sua Graça pôs de lado o seu bordado e apropriou-se do copo da mão do duque.
—Às vezes, todo esse decoro esconde uma natureza apaixonada, que é o caso de Westhaven. Ele pode tagarelar o que quiser sobre poupanças, mas Anna me garante que ele é pródigo em seus afetos, quando estão em privado.
O duque pegou o copo novamente, observando que um mero gole de conhaque permanecia.
—Ele sai a você com essa paixão tranquila, minha querida.
Ela descansou a cabeça no seu ombro, uma familiaridade que só se permitia quando estavam sozinhos.
—Ele sai a você com a sua determinação e fogo, Percival. Quando ele está numa demanda, Westhaven é bastante ducal e ele está numa demanda sobre as finanças da família, como de costume.
Ela ficou em silêncio o único som na sala, o silvo acolhedor do fogo. Sua Graça deixou o resto da sua bebida de lado e se perguntou como, com Westhaven insistindo em poupanças com os seus pais, os planos do duque para o Natal seriam recebidos.
O duque deu um beijo na têmpora da sua esposa. As poupanças ficam para o próximo ano, e talvez por muitos anos vindouros.








6 de setembro de 2018

O Cortejo

Série Windham
Percival Windham é um segundo filho e um oficial de cavalaria aclamado e respeitado por seus homens. 

Ele é imensamente atraente e se distrai com as mulheres que parecem se atirar nele em cada turno, até que em uma festa na casa de campo ele conhece a linda e reservada Esther Himmelfarb.
A penas Percy parece ver a inteligência impressionante sob seu comportamento modesto. Percy a vê como a companheira perfeita e ela encontra nele o homem dos seus sonhos.
Capítulo Um

— Fala-se que ele só cheira rapé nos seios nus de suas amantes.
Esther Himmelfarb reorganizou suas cartas e sufocou um bufo às mais ridículas observações de Charlotte Pankhurst.
Herodia Bellamy jogou a rainha de ouros na mesa.
— Fala-se que ele toma banho frequentemente, mas raramente sozinho.
— Uma tarefa árdua — Esther murmurou — dado o tamanho do homem em relação à banheira normal. Sua vez, Lady Zephora.
— Eu sei de fato — Lady Zephora disse suavemente — que tanto Lorde Anthony quanto Lorde Percival foram ordenados por Sua Graça, a mãe deles, para tomar noivas este ano.
Esther continuou estudando suas cartas enquanto as damas catalogavam os muitos atributos positivos do Coronel Lorde Percival Windham.
Seus arrebatamentos correspondiam quase exatamente à lista de Esther das deficiências do homem.
— Ele é tão bonito. — Charlotte murmurou. — E é tudo genuíno — o cabelo dourado, os músculos, a altura.
— Os sonhadores olhos azuis — acrescentou Herodia. — Quando ele olha para você, é como se estivesse tentando transmitir que te ama simplesmente na maneira como olha.
Para não ficar para trás, Zephora declarou o que Charlotte e Herodia sem dúvida tinham ouvido repetidamente de suas mães.
— Sua esposa sempre teria um título de cortesia, e algum dia poderia se tornar a próxima Duquesa de Moreland.
O que no exterior era muito, já que significava a morte do atual duque — um cavalheiro tão vigoroso quanto digno — como também a morte do atual herdeiro ducal, Lorde Pembroke, uma alma justa cujo maior pecado foi ter concebido apenas duas filhas em dez anos de casamento.
— Considere — disse Esther, juntando as cartas — a atual duquesa seria sua sogra quando você se casasse com Lorde Percival. Se ela tem autoridade para chamar oficiais comissionados de seus alojamentos a serviço de Sua Majestade, imagine o poder que teria sobre uma simples nora.
— Lorde Percy não permitiria que ela se intrometesse. — Charlotte fungou. — Você só está com inveja, Esther, porque uma garota sem título ou dote não pode mirar tão alto.
O golpe foi inesperado, já que essas conclusões raramente eram pronunciadas em voz alta. Elas eram aceitas como conhecimento comum, o que geralmente permitia a Esther o presente indireto da privacidade de ser insignificante.
— Esther é bonita, de boa reputação, bem-educada nas artes domésticas e bem-nascida — apontou Herodia. — Pare de ser capciosa, Charlotte, para que os cavalheiros não a ouçam.
Essa repreensão não pareceu a Esther como uma defesa, porque não era. Herodia estava aproveitando uma oportunidade para parecer superior a Charlotte, nada mais.
— Eu posso mirar tão alto quanto queira. — disse Esther, embaralhando o baralho em uma pilha organizada. — Embora mirar sozinha tenha pouca gratificação. Devo repartir novamente?
Enquanto os Lordes Percival e Anthony Windham estivessem na sala conversando com a anfitriã perto da tigela de ponche, Esther teria que permanecer como a quarta no jogo. O jogo — ou o que fingia ser ele — continuou, enquanto Esther fez uma oração silenciosa para que as próximas semanas se passassem tão rapidamente — e da forma mais indolor — possível.
— Eu conheço esse olhar, Percy. — Tony manteve a voz baixa, graças a Deus, porque Lady Morrisette estava a apenas alguns metros de distância, agarrada ao braço de Sua Graça, o Duque de Quimbey.
Percival Windham não parou a sua análise da jovem loira sentada em uma mesa de cartas do outro lado da sala de estar. Ela possuía uma quietude em si, uma serenidade que atraía os olhos mais do que todos os olhares de flerte e peitos empoados na sala.
— Que olhar?
— Você está se apaixonando novamente. Eu já vi isso pelo menos uma dúzia de vezes. Sua Graça se regozijará ao saber disso.
— Eu não me apaixono, Anthony. Eu caio na cama, ou de vez em quando em armários de linho, quartos de vestir privados, castelos isolados, esse tipo de coisa. — Percival tomou um gole de ponche decente e jogou um olhar direto para seu irmão mais novo. — E Sua Graça não escutará nenhum pio de você, a menos que queira que eu a avise sobre um certo encontro que você teve com a Srta. Gladys Holsopple antes de deixar a cidade.
O sorriso de Tony era irremediavelmente indefeso.
— Gladys Holsopple é deliciosa e não se preocupa muito com o apropriado quando ninguém está olhando. Uma fêmea estimável. E você não precisa se preocupar que eu o delate, temos Mannering para isso.
Mannering, o valete que eles estariam compartilhando durante a festa em casa. Percival virou seus pensamentos em uma direção mais otimista e gesticulou um pouco com a taça.
— Quem é a bonita jogadora?
Enquanto parecia arrumar a renda em seu punho, Tony olhou para o outro lado da sala.
— Herodia Bellamy. Com bom dote, dizem que seu pai tem acesso privilegiado ao Bute[1]. Dança bem e não ri.
Tony foi um dos melhores oficiais de reconhecimento já enviados para o Canadá, onde seus talentos foram claramente desperdiçados.
— Não ela. Ela quase tentou entrar no meu quarto na última semana no Heckenbaum. A bonita. — Aquela que fazia até o ato de organizar suas cartas um exercício de graciosidade.
— Lady Zephora Needham. Seu pai é o Conde de Needham, e eles dizem que levam duas horas para arrumar todos os laços no cabelo da menina.
Tony com um humor provocante era um fardo, de fato.
— Não ela, e não aquela fofoqueira zombadora da Pankhurst também. Aquela com o cabelo não empoado. Eu não a vi antes.




5 de fevereiro de 2017

O Retrato de Natal de Lady Jenny

Série Windham
Única irmã solteira da família Windham, Lady Jenny não se importaria muito em ficar cuidando de seus pais, se ao menos ela pudesse primeiro estudar artes em Paris por alguns anos. 

Jenny anseia por um desafio artístico e pelo gosto da paixão que a vida reserva para aqueles com coragem de aproveitá-la.
 Quando Lorde Elijah Harrington chega à casa dos Windham para passar as festas de Natal e pintar retratos encomendados pelo Duque e a Duquesa, Jenny acha que conheceu não apenas sua alma gêmea, mas um homem que ela pode amar.  Infelizmente para Jenny — e para Elijah — a honra o obriga a estar em outro lugar, e embora este seja um período de alegria, para Jenny e Elijah, será necessário um milagre para terem seu — felizes para sempre.

Capítulo Um

Ou Lady Genevieve Windham não reconheceu Elijah Harrison com suas roupas, ou ela tinha uma capacidade de autodomínio que ele só poderia invejar.
— Senhor, em que posso ajudá-lo?
Ela estava parada na porta, um anjo loiro em uma noite de inverno miserável, não permitindo sua entrada, e essa não admissão era a metáfora sucinta para os confrontos de Elijah com a sociedade educada.
— Peço sua hospitalidade, minha senhora, porque meu cavalo está mancando um pouco, e o tempo está piorando. Me chamo Elijah Harrison, ao seu serviço. Deixei a última estalagem algumas milhas para trás e vejo que não há outras hospedarias ao longo do caminho.
Ele estremeceu com o vento e o granizo e tentou evitar que seus dentes batessem. Ela estava pronta a recusá-lo ou dizer-lhe para dar meia-volta e procurar a entrada atrás das cozinhas. Seus dedos, pelos quais ele ganhava a vida, e uma série de outras partes estavam há muito dormentes, se assim não fosse não teria de jeito nenhum batido nesta porta.
A lady deu um passo para trás e fez um gesto para dentro.
— Deus do céu, Senhor Harrison, entre agora mesmo. Espero que os cavalariços estejam cuidando de seu cavalo.
Seus olhos verdes estavam iluminados com preocupação, e não era, Deus a abençoasse, por seu cavalo.
— Obrigado.
Ele entrou para o calor e a quietude da casa de campo de Kesmore quando ela fechou a porta atrás dele. Da última vez que viu, o animal estava sendo levado para uma baia acolhedora, já ficando mole rapidamente com a perspectiva de uma cama de palha e uma ração de aveia.
— Sou Jenny Windham —, disse ela. —Que ela evitasse seu título, como ele evitava o dele, havia capturado sua curiosidade. — Como é quase domingo, os criados já se recolheram por hoje. Deixe-me pegar seu casaco.
Ela levantou a lã encharcada de seus ombros e pendurou-a num gancho, estendendo a capa e as luvas da melhor forma para que secassem mais rápido. Esta atenção ao casaco de Elijah deu-lhe um momento para estudá-la da forma como um retratista estava condenado a fazê-lo com todos os outros de sua própria espécie.
Suas mãos tinham uma competência que ele não teria esperado da filha de um duque. Ela lidou com o tecido molhado como qualquer mulher do povo teria feito, em seguida, estendeu a mão para o cachecol de Elijah.
— Nunca vi chover gelo —, disse ela. — Uma nevasca ocasionalmente durante a tarde sim, mas não como essa... essa... 

13 de outubro de 2015

A Indiscrição de Lady Eve

Série Windham
Lady Eve tem o plano perfeito.

Bonita, a delicada Evie Windham tem sido mais indiscreta do que os pais, o duque e a duquesa de Moreland, suspeitam. 
Temendo que a noite de núpcias pudesse revelar seu passado, está ficando sem desculpas para se esquivar dos pretendentes. 
Lucas Denning, o recém-nomeado Marquês de Deene, tem a própria razão para evitar o casamento. 
Então, Evie e Deene chegam a um acordo, cada um concordando em ser o álibi um do outro. A este ritmo, o matrimônio poderia ser evitado indefinidamente... até que os dois são capturados em um beijo sensual que ninguém deveria ver.

Capítulo Um

—O que você quer fazer, meu senhor, é indiscutivelmente impossível.
Earnest Hooker mexia nos arquivos enquanto dizia sua opinião sobre as aspirações do Marquês de Deene. Quando o silêncio que se estendeu mais do que alguns momentos, o advogado reajustou o lenço de pescoço, limpou a garganta e desviou o tinteiro uma polegada mais perto da borda do mata-borrão alinhado no centro da gigantesca mesa.
Dois de seus subordinados assistiam o cliente - quem eles, sem dúvida, esperavam reclamar e jogar coisas de acordo com a grande tradição familiar - de uma distância cuidadosa.
Lucas Denning, recém-nomeado Marquês de Deene, tirou o relógio de ouro que Marie havia lhe dado quando ele voltou da universidade. A coisa havia parado pela falta de dar corda no momento oportuno, mas Deene fez questão de olhar para o relógio antes de falar.
—Impossível, Hooker? Estou curioso para saber a motivação para tal hipérbole vindo de um homem da lei.
Um funcionário olhou nervosamente para o outro quando Hooker parou com a agitação dos arquivos.
—Milorde, você não pode privar um homem da companhia de sua filha legítima.— As rechonchudas mãos brancas de Hooker, continuaram a mexer com os apetrechos de seu comércio. —Estamos discutindo uma menina, é verdade, mas uma na posse do pai no sentido mais simples. Os tribunais não existem para satisfazer os caprichos de ninguém, e você não pode esperar que eles arranquem essa criança dos cuidados do pai e a coloquem aos... seus cuidados. Você não tem filhos próprios, milorde, nenhuma esposa, nenhuma experiência na educação dos filhos, e ainda tem que cuidar da sua própria sucessão. Mesmo que o homem seja demente, os tribunais provavelmente considerariam outras possibilidades antes de colocar a menina em seu cuidado.
Deene fechou o relógio com um estalo.
—Eu ouvi os últimos desejos da mãe dela. Isso deve contar para alguma coisa. Wellington escreveu-me comunicados com frequência suficiente.
Um dos outros homens veio a frente, um puritano, uma versão seca de Hooker, com menos queixo e menos cabelo.
—Milord, você continuaria somente com declarações mortas, vai acabar na Chancelaria, onde terá sorte de ter o caso ouvido antes de a menina atingir a maioridade. E endossos de habilidades do tempo de guerra de um homem como o Duque de Ferro são todos muito bons, mas consideremos que a educação dos filhos, sobretudo jovens meninas, não deve ter muito em comum em lutar contra o corso.
Um insulto se escondia na resposta suave, mas a verdade também. Cada varredor de rua em Londres sabia da futilidade de recorrer ao Tribunal da Chancelaria. O secretário não tinha exagerado sobre os atrasos e as idiossincrasias dessa instituição.
—Sinto muito, milorde.— Hooker levantou, enquanto Deene permaneceu sentado. —Estamos ansiosos para servir o marquesado em todos os compromissos jurídicos, mas neste, receio, não podemos honestamente aconselhá-lo a continuar.
Deene levantou-se também, tendo uma pequena satisfação de ser capaz de olhar para baixo do nariz, literalmente, as cifras inúteis cujas famílias ele manteve alojados e alimentados.
—Elabore as alegações de qualquer maneira.
Saiu da sala, o desejo de destruir algo, lançar os arquivos idiota de Hooker no fogo, pegar o atiçador da lareira e utilizá-lo, quase superando sua autodisciplina.
—Milorde?
O terceiro homem teve a ousadia de seguir Deene, que estava servindo-se de uma desculpa maravilhosa da exibição longamente negada de frustração dos Deene, um marquês não tinha acessos de raiva, quando Deene percebeu que o homem estava carregando um par de luvas de couro bem feitas.
—Obrigado.— Deene arrancou as luvas de mão do homem, mas para sua consternação, o rapaz segurou as luvas com um pouco mais de força, fazendo um curto cabo de guerra.
—Se Vossa Senhoria tem mais um momento?