Stephen é um guerreiro feroz, destemido e perspicaz, demonstra sua bravura lutando e liderando nos últimos anos o grande exercito do rei inglês nas Terras Baixas, na Escócia.
Até que este decide recompensá-lo com uma herdeira das Terras Altas. Bronwyn MacArran é uma orgulhosa escocesa. Stephen Montgomery um dos odiados ingleses.
Apesar de ser a filha mais nova de um poderoso Laird, morto em combate, é nomeada a nova
Laird do clã, devido à instabilidade de seu irmão que seria Laird por direito de sucessão do pai. Stephen veio para a Escócia como um conquistador, furioso pelo casamento imposto pelo seu rei, entretanto se viu enfeitiçado pela beleza de Bronwyn e foi conquistado. Ela é uma excelente estrategista e usava como um homem as armas de batalha. Era respeitada e amada pelo seu clã.
Seus homens a seguiam com paixão e davam suas vidas por ela.Mas, enquanto clã lutava contra clã, irmãos cruzavam espadas e o sangue escoava nas montanhas, seu destino foi selado... Este poderoso guerreiro prometeu domar o orgulho de sua mulher.
Lutar por sua honra e seu nome, fazendo do seu amor uma tocha para queimar através das gerações.
Ela tornou-se sua razão de viver... Mas ela ainda o detestaria. Ela tornou-se sua razão para amar... Mas ela ainda resistiria a ele. Ela tornou-se sua razão para lutar... E ela ainda o rejeitaria. Se ele é obstinado... Ela seria muito mais!
Capítulo Um
1501
Bronwyn MacArran estava de pé na janela da mansão inglesa, contemplava o pátio abaixo. A janela estava aberta para que entrasse o quente sol do verão. Inclinou ligeiramente para pegar um sopro de ar fresco. Ao fazê-lo, um dos soldados abaixo sorriu para ela sugestivamente.
Recuou dando um passo atrás rapidamente, agarrou a janela e fechou-a com violência. Virou-se furiosa.
— Porcos ingleses! — Bronwyn amaldiçoou em voz baixa. Sua voz era suave, mas o tom trazia os espinhos das urzes e o frio da névoa das Terras Altas.
Ante sua porta soaram fortes passos. Conteve o fôlego, mas o deixou escapar ao ouvir que continuavam sua marcha. Estava prisioneira e permanecia cativa no extremo norte da fronteira da Inglaterra. Prisioneira de homens que sempre odiou, os mesmos homens que agora lhe sorriam e lhe piscavam os olhos como se conhecessem seus pensamentos mais íntimos.
Caminhou até uma pequena mesa no centro do quarto com painéis de carvalho. Agarrou com força a borda da mesa, deixando que a madeira cortasse suas palmas. Ela faria qualquer coisa para impedir aqueles homens de ver como ela se sentia por dentro. Os ingleses eram seus inimigos. Tinha-os visto matar seu pai e seus três chefes. Viu seu irmão quase enlouquecido pela inutilidade de seus intentos de fazer pagar aos ingleses com a mesma moeda. E ela mesma passou a vida ajudando a alimentar e vestir aos membros de seu clã, depois que os ingleses destruíram suas colheitas e incendiaram suas casas.
Um mês atrás tinha sido feita prisioneira. Sorriu ao recordar as feridas que os soldados ingleses receberam pelas mãos dela e de seus homens. Mais tarde, quatro deles morreram.
No final ela foi capturada, por ordem do rei inglês Henry VII. Esse rei dizia querer a paz e, portanto, nomearia a um inglês como chefe do clã MacArran. Acreditava poder obtê-lo pelo mero feito de casar Bronwyn com um de seus cavalheiros.
Sorriu diante da ignorância do rei inglês. Ela era chefe do Clã MacArran, e nenhum homem tiraria seu poder. O estúpido rei achava que seus homens seguiriam um estrangeiro, um inglês, só pelo fato de que seu verdadeiro Laird, era uma mulher. Demonstrava com isso o pouco que Henry sabia dos escoceses!
Um grunhido do Rab a fez voltar-se subitamente. Rab era um galgo irlandês, o maior cão do mundo: corpulento, veloz, forte, de pelagem como aço macio. Seu pai lhe deu o cachorro há quatro anos, quando Jamie voltou de uma viagem à Irlanda. Jamie ordenara que o cão fosse treinado como guardião de sua filha, mas não havia necessidade. Rab e Bronwyn tomaram-se de afeto mutuamente. O galgo demonstrou várias vezes que era capaz de dar a vida por sua amada proprietária.
Bronwyn relaxou os músculos, pois Rab tinha deixado de grunhir; só uma pessoa amiga podia lhe provocar essa reação. Ela levantou a vista, espectadora.
Foi Morag quem entrou. Morag era uma mulher velha, de baixa estatura e membros torcidos, que parecia mais um tronco escuro de madeira do que um ser humano. Seus olhos eram como de vidro negro, cintilante, penetrante, vendo mais de uma pessoa do que o que estava na superfície. Usava com habilidade seu corpo miúdo e ágil com frequência, passando despercebida entre as pessoas que não reparavam nela, sempre com os olhos e os ouvidos bem abertos.
Morag se moveu silenciosamente através do quarto e abriu a janela.
— E bem? — inquiriu Bronwyn impaciente.
— Vi-te fechar a janela. Eles soltaram gargalhadas e disseram que iriam assumir a responsabilidade pela noite de núpcias que você está perdendo.
Bronwyn se afastou da velha dando-lhe as costas.
— Dá-lhes muito de que falar. Deveria manter a cabeça erguida e não lhes emprestar atenção. São meros ingleses; você, em troca, é uma MacArran.
Bronwyn girou em silêncio.
— Não necessito que ninguém me indique o que devo fazer ou não.
1501
Bronwyn MacArran estava de pé na janela da mansão inglesa, contemplava o pátio abaixo. A janela estava aberta para que entrasse o quente sol do verão. Inclinou ligeiramente para pegar um sopro de ar fresco. Ao fazê-lo, um dos soldados abaixo sorriu para ela sugestivamente.
Recuou dando um passo atrás rapidamente, agarrou a janela e fechou-a com violência. Virou-se furiosa.
— Porcos ingleses! — Bronwyn amaldiçoou em voz baixa. Sua voz era suave, mas o tom trazia os espinhos das urzes e o frio da névoa das Terras Altas.
Ante sua porta soaram fortes passos. Conteve o fôlego, mas o deixou escapar ao ouvir que continuavam sua marcha. Estava prisioneira e permanecia cativa no extremo norte da fronteira da Inglaterra. Prisioneira de homens que sempre odiou, os mesmos homens que agora lhe sorriam e lhe piscavam os olhos como se conhecessem seus pensamentos mais íntimos.
Caminhou até uma pequena mesa no centro do quarto com painéis de carvalho. Agarrou com força a borda da mesa, deixando que a madeira cortasse suas palmas. Ela faria qualquer coisa para impedir aqueles homens de ver como ela se sentia por dentro. Os ingleses eram seus inimigos. Tinha-os visto matar seu pai e seus três chefes. Viu seu irmão quase enlouquecido pela inutilidade de seus intentos de fazer pagar aos ingleses com a mesma moeda. E ela mesma passou a vida ajudando a alimentar e vestir aos membros de seu clã, depois que os ingleses destruíram suas colheitas e incendiaram suas casas.
Um mês atrás tinha sido feita prisioneira. Sorriu ao recordar as feridas que os soldados ingleses receberam pelas mãos dela e de seus homens. Mais tarde, quatro deles morreram.
No final ela foi capturada, por ordem do rei inglês Henry VII. Esse rei dizia querer a paz e, portanto, nomearia a um inglês como chefe do clã MacArran. Acreditava poder obtê-lo pelo mero feito de casar Bronwyn com um de seus cavalheiros.
Sorriu diante da ignorância do rei inglês. Ela era chefe do Clã MacArran, e nenhum homem tiraria seu poder. O estúpido rei achava que seus homens seguiriam um estrangeiro, um inglês, só pelo fato de que seu verdadeiro Laird, era uma mulher. Demonstrava com isso o pouco que Henry sabia dos escoceses!
Um grunhido do Rab a fez voltar-se subitamente. Rab era um galgo irlandês, o maior cão do mundo: corpulento, veloz, forte, de pelagem como aço macio. Seu pai lhe deu o cachorro há quatro anos, quando Jamie voltou de uma viagem à Irlanda. Jamie ordenara que o cão fosse treinado como guardião de sua filha, mas não havia necessidade. Rab e Bronwyn tomaram-se de afeto mutuamente. O galgo demonstrou várias vezes que era capaz de dar a vida por sua amada proprietária.
Bronwyn relaxou os músculos, pois Rab tinha deixado de grunhir; só uma pessoa amiga podia lhe provocar essa reação. Ela levantou a vista, espectadora.
Foi Morag quem entrou. Morag era uma mulher velha, de baixa estatura e membros torcidos, que parecia mais um tronco escuro de madeira do que um ser humano. Seus olhos eram como de vidro negro, cintilante, penetrante, vendo mais de uma pessoa do que o que estava na superfície. Usava com habilidade seu corpo miúdo e ágil com frequência, passando despercebida entre as pessoas que não reparavam nela, sempre com os olhos e os ouvidos bem abertos.
Morag se moveu silenciosamente através do quarto e abriu a janela.
— E bem? — inquiriu Bronwyn impaciente.
— Vi-te fechar a janela. Eles soltaram gargalhadas e disseram que iriam assumir a responsabilidade pela noite de núpcias que você está perdendo.
Bronwyn se afastou da velha dando-lhe as costas.
— Dá-lhes muito de que falar. Deveria manter a cabeça erguida e não lhes emprestar atenção. São meros ingleses; você, em troca, é uma MacArran.
Bronwyn girou em silêncio.
— Não necessito que ninguém me indique o que devo fazer ou não.
Série Velvet Montgomery