Lorde Winter é um homem frio, obstinado e solitário que vaga sem descanso pelo mundo em busca de aventura, mantendo as paixões de seu coração bem ocultas.
Mas agora, durante a busca de uma legendária égua árabe, descobre sob o disfarce de um mendigo beduíno uma jovem extraordinariamente bela: Zenia Stanhope, a filha de uma aventureira inglesa conhecida como a Rainha do Deserto.
Zenia não quer para si uma vida como a que leva este perigoso aventureiro.
O que ela deseja é viajar para a Inglaterra para afastar-se do sangue e da areia do deserto. Mas quando são condenados à morte, suas vidas ficam irrevogavelmente unidas depois de compartilhar a paixão nos braços um do outro durante a noite. Graças ao acaso, conseguem escapar para o deserto onde, depois de uma batalha, Lorde Winter é dado por morto.
Zenia escapa para a Inglaterra confundida como sua esposa, para um mundo de elegância e comodidade, abandonada pelo homem valente e solitário que mudou sua vida e conquistou seu coração… até que ele retorna para invadir seu santuário e exigir que pague o preço da paixão.
Capítulo Um
Síria, 25 de junho de 1839
O reverendo Thomson se sentia compreensivelmente transtornado. De fato, demorou uns momentos para recuperar a compostura ante a visão do montão de ossos humanos empilhados no exterior da cripta, com a caveira sorridente no alto.
A horripilante cena estava iluminada unicamente por dois círios introduzidos nas cavidades oculares daquela coisa.
Estranhas sombras piscavam sobre o ataúde de pranchas, rodeado pelos tenebrosos e ferozes rostos da multidão de serventes muçulmanos.
Não tinha sido sua intenção perder-se no labiríntico jardim localizado no interior das muralhas da fortaleza de Dar Joon. Mas passavam duas horas da meia-noite e, quando os serventes, com seus turbantes e seus curvados bigodes, levantaram o ataúde para levar lady Hester Stanhope a seu lugar de repouso definitivo, o senhor Thomson ficou atrás uns momentos para familiarizar-se com os ritos funerários da Igreja da Inglaterra e pronunciá-los sem nenhuma vacilação desrespeitosa, nem ter que rebuscar nas páginas pelas palavras corretas.
Coisa que resultou ser do mais imprudente. Assim que o cortejo funerário, com suas tochas e lanternas, abandonou o pátio e desapareceu nas escuras folhagens do jardim de lady Hester, uma desafortunada rajada de vento quente deixou o missionário norte-americano em uma total escuridão.
Teve que tatear o caminho através de um matagal de atalhos tortuosos, guiando-se pelas suaves vozes, e, de vez em quando, por um brilho de luz que sempre parecia ficar detrás da espessura das sebes ou de alguma nova curva que não levava a nenhuma parte. Durante um momento o homem esteve perambulando, tropeçando em raízes, apartando ramos de jasmins, até que finalmente chegou ao caramanchão.
A macabra visão provocou-lhe uma considerável agitação. Mas o cônsul inglês, o senhor Moore, aproximou-se e, assinalando com gesto impreciso os ossos, murmurou: — Não se preocupe com ele. É apenas um francês.
O senhor Thomson voltou os olhos para o cônsul como um cavalo nervoso.
— Entendo.
— O capitão Loustenau. Tiraram-no para fazer lugar a lady Hester. O pobre tipo veio aqui de visita, deu-lhe uma dor de barriga e morreu repentinamente. Faz anos. Ela desejava-o. — Encolheu-se de ombros. — Um descarado vagabundo e abusado, conforme contam. Mas muito no estilo da dama. Não sei se me entende.
O senhor Thomson se esclareceu garganta em um sutil gesto de interrogação.
— Jovem, arrumado — disse o senhor Moore ampliando a informação.
— Ah — disse o senhor Thomson com tom vacilante.
— O velho Barker era o cônsul nos melhores tempos da senhora — acrescentou o senhor Moore com tom sugestivo, — e estava acostumado a dizer que Michael Bruce era o diabo mais bonito que caminhou sobre duas pernas.
— Seriamente? — disse o missionário.
O senhor Moore lhe dedicou um olhar divertido.
— Era seu amante.
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12 de novembro de 2017
20 de dezembro de 2016
A Sombra e a Estrela
Serie Ash
Londres, 1887
Delegações de todo o mundo vão à capital britânica para juntar-se aos festejos pelo jubileu da rainha Vitória.
E acompanhando à missão diplomática das longínquas ilhas Havaí chegou um homem enigmático.
Atraente, culto e rico, Samuel Gerard oculta atrás de uma personalidade atraente as cicatrizes de uma infância cruel.
Unicamente a disciplina e o domínio de si mesmo conseguiram o separar do que ele percebe como seu lado mais sombrio, onde habitam os desejos que esteve reprimindo até que entra em sua vida Leda Étoile.
Londres, 1887
Delegações de todo o mundo vão à capital britânica para juntar-se aos festejos pelo jubileu da rainha Vitória.
E acompanhando à missão diplomática das longínquas ilhas Havaí chegou um homem enigmático.
Atraente, culto e rico, Samuel Gerard oculta atrás de uma personalidade atraente as cicatrizes de uma infância cruel.
Unicamente a disciplina e o domínio de si mesmo conseguiram o separar do que ele percebe como seu lado mais sombrio, onde habitam os desejos que esteve reprimindo até que entra em sua vida Leda Étoile.
23 de dezembro de 2015
O Senhor da Meia-noite
Era uma vez o Senhor da meia-noite, um homem à margem da lei, um aventureiro que impunha sua lei e sua justiça nos caminhos da Inglaterra.
Uma vida perigosa e heróica da qual teve que se afastar pela traição de uma mulher.
Agora S.T. Maitland vive exilado em um castelo francês em ruínas, afastado de tudo e de todos.
Faz três anos que fechou a porta a um passado que, entretanto, a jovem Leigh Strachan quer fazer reviver para seu pesar.
Por ela, que perdeu tudo que amava e só pensa em vingar-se, talvez seja capaz de fazê-lo.
Capítulo Um
La Paire, nos contrafortes dos Alpes franceses, 1772.
O moço tinha o olhar profundo e abrasador de um fanático religioso. S.T. Maitland se remexeu incômodo no tamborete de madeira em que estava sentado e voltou a olhar por cima da jarra de vinho para a tenebrosa profundidade do botequim. Resultou ser muito desagradável e desconcertante comprovar que aquele olhar escrutinador permanecia fixo nele; sentiu-se como se estivesse esperando entrar no Céu, mas não havia muitas probabilidades de que viesse a ser admitido.
S. T. levantou a jarra e saudou-o sem nenhum sinal de provocação. Sabia que a possibilidade de que entrasse no Paraíso era muito remota, mas tampouco nada se perdia por uma mera saudação. Se ao final resultava que esse bonito jovem de surpreendentes pestanas negras e intensos olhos azuis era são Pedro filho, melhor ser educado. Mas, para seu assombro, o olhar do jovem se aguçou ainda mais.
Seus escuras e retas sobrancelhas se retrocederam e se franziram e o menino, magro e silencioso, ficou em pé; com sua figura de veludo azul e seu porte de berço nobre empobrecido, destacava-se entre a habitual massa de camponeses que conversavam em piamontés e provençal. S.T. coçou a orelha arrumou a peruca, nervoso.
A idéia de tomar o déjeuner enquanto caía nas garras de um adolescente santarrão fez que terminasse o vinho de um gole e ficasse rapidamente em pé. Agachou-se para pegar o pacote de pincéis de pêlo de Marta que tinha ido comprar no povoado, mas a cinta que os prendia se soltou.
Amaldiçoou em voz baixa enquanto tentava recuperar aquelas valiosas varinhas antes de que se dispersassem pelo sujo chão. —Seigneur. A suave voz parecia provir de suas costas. S. T. se levantou e se virou rapidamente para a esquerda com a intenção de escapar, mas seu ouvido ruim o enganou em meio de todo aquele barulho de risadas e conversação.
Perdeu o equilíbrio durante um instante e, quando se agarrou instintivamente à mesa, encontrou-se de frente com o jovem.
—MonSeigneur de Minuit? Uma sensação de alarme lhe percorreu o corpo. O acento daquelas palavras em francês soou muito forçado; além disso, fazia três anos que ninguém lhe chamava assim.
Levava tempo esperando as ouvir, tanto que nem sequer se surpreendeu muito. Era a voz em si, bronca e apagada, o que lhe pareceu estranho, já que procedia de um infante de rosto acanhado e aceso.
Quando S.T. pensava nos possíveis caçadores que poderiam buscá-lo pela recompensa que se dava por sua cabeça, nunca teria imaginado que pudesse tratar-se de um rapazola que nem sequer tinha saído a barba. Relaxou enquanto permanecia apoiado na mesa e olhou com desânimo para o jovem. Era isso tudo o que valia?
28 de setembro de 2013
Uma Doce Chama
Série Ash
O capitão da marinha Sheridan Drake não é um cavaleiro de armadura brilhante, mesmo tendo sido condecorado por heroísmo pelo rei.
Para ele, uma princesa exilada com ideias revolucionárias representa apenas uma oportunidade para roubar suas joias e assim pagar suas dívidas.
A Princesa Olympia não é precisamente a imagem que se tem das princesas de conto de fadas: está acima do peso e é um pouco tímida, mas está disposta a fazer algo significativo da sua vida.
Ao conhecer Sheridan sua ingênua visão do que é um heroi muda completamente ao conhecer as profundezas obscuras do seu coração golpeado e Olympia terá que enfrentar demônios que nunca imaginou existir.
Série Ash
1- Uma Doce Chama
2- A Sombra e a Estrela
Série Concluída
O capitão da marinha Sheridan Drake não é um cavaleiro de armadura brilhante, mesmo tendo sido condecorado por heroísmo pelo rei.
Para ele, uma princesa exilada com ideias revolucionárias representa apenas uma oportunidade para roubar suas joias e assim pagar suas dívidas.
A Princesa Olympia não é precisamente a imagem que se tem das princesas de conto de fadas: está acima do peso e é um pouco tímida, mas está disposta a fazer algo significativo da sua vida.
Ao conhecer Sheridan sua ingênua visão do que é um heroi muda completamente ao conhecer as profundezas obscuras do seu coração golpeado e Olympia terá que enfrentar demônios que nunca imaginou existir.
Série Ash
1- Uma Doce Chama
2- A Sombra e a Estrela
Série Concluída
9 de dezembro de 2011
Flores Na Tempestade
Christian era um dos homens mais brilhantes e sedutores da alta sociedade inglesa.
Um libertino que despertava paixões avassaladoras até que um trágico ataque o condena a um mundo de silêncio, sombras e de loucura.
Christian perde a capacidade de falar e a família coloca-o num sanatório, crente de que perdeu a razão.
Maddy, de nascimento modesto e com uma alma simples e generosa, fica presa a este homem que lhe desperta sensações novas.
Um homem que oscila entre a raiva e a frustração de estar preso ao silêncio, que a repele, mas que necessita da sua atenção e do seu carinho para o tirar daquele tormento solitário.
A amizade que nasce entre os dois transforma-se num amor arrebatador.
Fonte de necessidade, desejo … e de uma paixão redentora.
Capítulo Um
-Ainda acho que é impossível. Sem dúvida que vou continuar a achá-lo. Como é possível que alguém como tu, pai, espere vir a receber a devida consideração de uma pessoa com a sua... - Archimedea Timms interrompeu-se, à procura da palavra adequada -... com a sua posição?
- Terás a amabilidade de me servir uma chávena de chá, Maddy? - pediu-lhe o pai naquele tom de voz tão aprazível que não dava azo a que ninguém começasse uma discussão a sério.
- Para começar, é duque - prosseguiu ela por cima do ombro enquanto atravessava a sala de jantar à procura de Geraldine, já que a campainha da sala não funcionava.
O tempo que demorou a encontrar a criada, a certificar-se de que a água era posta a ferver, e voltar para o salão não foi suficiente para que esquecesse a sequência dos pensamentos.
- É impossível imaginar que um duque leve a sério assuntos desta natureza... tens o quadrado junto da mão direita, pai... já que ficou bem claro que durante a semana passada não preparou a sua integração.
- Não deverias impacientar-te, Maddy. Estas coisas têm que ser feitas com um enorme cuidado. Está a perder o seu tempo e eu admiro-o por isso. - O pai procurou com os dedos o pedaço de madeira cortada com o formato do número dois e colocou-o no lugar correspondente para que fosse o expoente de «s».
- Ele não está a perder tempo, gasta-o sem se importar. Sai continuamente e dedica-se aos prazeres mundanos. Não tem a mínima consideração nem pela tua reputação, nem pela sua.
O pai sorriu e olhou em frente, enquanto procurava o sinal de multiplicar e o juntava à sequência de letras e números de madeira que colocara sobre a toalha de baeta vermelha, os dedos a percorrer os blocos até os reconhecer pelo tacto.
- Tens a certeza absoluta desses prazeres mundanos, Maddy?
- Basta ler os jornais. Durante toda a Primavera não houve um único acontecimento social em que não tenha estado presente. E a apresentação do vosso tratado matemático conjunto na tarde do Terceiro Dia? Já percebi que terei de ser eu a cancelá-lo, porque ele nem me lembrará de o fazer. O presidente Milner ficará muitíssimo ofendido, e com toda a razão, porque quem substituirá Jervaulx no estrado?
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20 de novembro de 2011
Pelo Amor De Minha Dama
Medieval Hearts
Um jovem cavalheiro empunhará sua espada para defender a honra de uma bela e misteriosa princesa – arriscando inclusive sua vida pelo amor que arde entre eles.
Ruck, um invencível cavalheiro inglês, esteve a ponto de perder a vida aos dezessete anos... Até que a princesa Melanthe, membro dos Monteverde, uma poderosa família italiana, resgatou-lhe.
Desde esse dia prometeu a si mesmo que seria leal a sua salvadora.
Mas Gian, o patriarca de outra poderosa família, os Navona, tinha planejado casar-se com Melanthe com o propósito de unir os dois reinos, e jurou matar a qualquer um que se interpusesse em seu caminho.
Treze anos mais tarde, Ruck volta a encontrar-se com Melanthe.
Ela está fugindo de Gian e o belo cavalheiro jura protegê-la até que se encontre sã e salva.
Muito em breve entre ambos nascerá um intenso amor que terá que superar muitos obstáculos para poder ter um final feliz.
Comentário revisora Kelly: O enredo desse romance foi muito bem elaborado, com personagens que ou você ama ou você odeia principalmente a mocinha, que uma hora esnoba o mocinho, na outra ama, na outra foge dele, mas não a julguem, pois no final saberão o que ela sofreu e por que temia tanto amar a alguém.
O mocinho é lindo, passa por maus bocados graças à mocinha com muito amor acaba espantando os fantasmas da mocinha e assim conquistando-a definitivamente.
Capítulo Um
—Queremos os presentes de Ano Novo!
O grito se elevou entre chiados e risadas enquanto as damas de Burdeos se esticavam para alcançar os prêmios que seus alegres torturadores agitavam tentadoramente por cima de suas cabeças.
As toucas se torceram, os cintos se soltaram e os estiletes apareceram com o revoo. Em meio daquele redemoinho de sedas de cores e peles, cada um dos cavalheiros foi rendendo-se voluntariamente e entregou seu obséquio de Ano Novo pelo preço de um beijo.
Vinte e dois anos tinham transcorrido já desde a primeira Grande Mortandade.
O segundo Açoite tinha sobrevindo fazia dez natais, mas embora os franceses os perseguissem das fronteiras de Aquitania, e um novo broto dos temidos abscessos negros tinha acabado com a vida da própria duquesa Branca de Lancaster apenas no ano anterior, tais pensamentos tenebrosos caíram no esquecimento quando as trompetistas soaram com força para anunciar a chegada das viandas ao salão, baixo fantásticas formas de naves e castelos, e da figura de um cervo da que brotava vinho em vez de sangue quando se arrancava a flecha dourada cravada em seu flanco.
Uma travessa dama foi primeira em lançar uma casca de ovo cheia de água perfumada a seu senhor, o que provocou umas risadas que fizeram vibrar as vigas esculpidas do teto; imediatamente, todos os homens presentes começaram a enxugar cheirosas gotas das pestanas e a pedir entre risadas outro beijo para compensar seus sofrimentos.
Um faminto senhor rompeu a casca de uma enorme empanada e do interior saíram uma dúzia de rãs que ficaram a saltar sobre a mesa em meio dos saltos e chiados das mulheres.
Série Medieval Hearts
1 - Pelo Amor de Minha Dama
2 - Shadowheart
Um jovem cavalheiro empunhará sua espada para defender a honra de uma bela e misteriosa princesa – arriscando inclusive sua vida pelo amor que arde entre eles.
Ruck, um invencível cavalheiro inglês, esteve a ponto de perder a vida aos dezessete anos... Até que a princesa Melanthe, membro dos Monteverde, uma poderosa família italiana, resgatou-lhe.
Desde esse dia prometeu a si mesmo que seria leal a sua salvadora.
Mas Gian, o patriarca de outra poderosa família, os Navona, tinha planejado casar-se com Melanthe com o propósito de unir os dois reinos, e jurou matar a qualquer um que se interpusesse em seu caminho.
Treze anos mais tarde, Ruck volta a encontrar-se com Melanthe.
Ela está fugindo de Gian e o belo cavalheiro jura protegê-la até que se encontre sã e salva.
Muito em breve entre ambos nascerá um intenso amor que terá que superar muitos obstáculos para poder ter um final feliz.
Comentário revisora Kelly: O enredo desse romance foi muito bem elaborado, com personagens que ou você ama ou você odeia principalmente a mocinha, que uma hora esnoba o mocinho, na outra ama, na outra foge dele, mas não a julguem, pois no final saberão o que ela sofreu e por que temia tanto amar a alguém.
O mocinho é lindo, passa por maus bocados graças à mocinha com muito amor acaba espantando os fantasmas da mocinha e assim conquistando-a definitivamente.
Capítulo Um
—Queremos os presentes de Ano Novo!
O grito se elevou entre chiados e risadas enquanto as damas de Burdeos se esticavam para alcançar os prêmios que seus alegres torturadores agitavam tentadoramente por cima de suas cabeças.
As toucas se torceram, os cintos se soltaram e os estiletes apareceram com o revoo. Em meio daquele redemoinho de sedas de cores e peles, cada um dos cavalheiros foi rendendo-se voluntariamente e entregou seu obséquio de Ano Novo pelo preço de um beijo.
Vinte e dois anos tinham transcorrido já desde a primeira Grande Mortandade.
O segundo Açoite tinha sobrevindo fazia dez natais, mas embora os franceses os perseguissem das fronteiras de Aquitania, e um novo broto dos temidos abscessos negros tinha acabado com a vida da própria duquesa Branca de Lancaster apenas no ano anterior, tais pensamentos tenebrosos caíram no esquecimento quando as trompetistas soaram com força para anunciar a chegada das viandas ao salão, baixo fantásticas formas de naves e castelos, e da figura de um cervo da que brotava vinho em vez de sangue quando se arrancava a flecha dourada cravada em seu flanco.
Uma travessa dama foi primeira em lançar uma casca de ovo cheia de água perfumada a seu senhor, o que provocou umas risadas que fizeram vibrar as vigas esculpidas do teto; imediatamente, todos os homens presentes começaram a enxugar cheirosas gotas das pestanas e a pedir entre risadas outro beijo para compensar seus sofrimentos.
Um faminto senhor rompeu a casca de uma enorme empanada e do interior saíram uma dúzia de rãs que ficaram a saltar sobre a mesa em meio dos saltos e chiados das mulheres.
Série Medieval Hearts
1 - Pelo Amor de Minha Dama
2 - Shadowheart
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