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22 de janeiro de 2019

Louca por um Kilt

Série Príncipes de Oxenburg 
Nikolai Romanovin, um príncipe real de Oxenburg, viajou para os confins mais profundos da Escócia para resgatar sua avó, a grã- duquesa, que foi raptada enquanto visitava um velho amigo nas Terras Altas. 

Querendo evitar um incidente internacional, Nik planeja silenciosamente entrar em território inimigo, disfarçado como um cavalariço no Castelo Cromartie. Mas seus planos dão errados quando ele cai sob o olhar frio e cinzento da filha do lorde.
Pragmática e inteligente, Ailsa MacKenzie ficou encarregada da propriedade da família e de sua avó indisciplinada na ausência de seu pai. Algo sobre o novo cavalariço atrai seus olhos, e a faz pensar que ele não é quem ele finge ser — e ainda mais chocante, agita seus sentidos. São suas maneiras obviamente educadas? Sua presença arrogante e não servil? Certamente não é sua forma poderosa, ou sonolenta, ou os convidativos olhos verdes!
Depois de confrontar o impostor e aprender a verdade, Ailsa concorda em ajudar Nik — pois ela também entende parentes difíceis, e faria qualquer coisa pela família. Logo, sua parceria secreta leva a um respeito crescente, beijos ardentes e, em seguida, algo muito mais perigoso. E quando a sua busca se torna perigosa, Ailsa e Nik devem descobrir esse inimigo desconhecido enquanto enfrentam as perigosas exigências de seus próprios corações indisciplinados.

Capítulo Um

Castelo Leod - O Pequeno Estudo
17 de novembro de 1824

— O que você quer dizer com “ela desapareceu”? — Lady Ailsa Mackenzie largou a carta que estava lendo, e olhou para a avó com descrença.
Lady Edana MacGregor Mackenzie, a Condessa Viúva Cromartie, agitou o lenço de renda.
— Quero dizer o que eu disse: a duquesa não está em lugar algum. — Vestida de preto, uma cor que Lady Edana havia assumido com a morte de seu marido, o falecido conde a mais de dez anos antes, ela era uma figura impressionante. Alta e esbelta, com cabelos cuidadosamente tingidos de ouro, que ecoavam a verdadeira cor que haviam desaparecido anos atrás, Edana lutou bravamente para evitar que o tempo roubasse a famosa beleza MacGregor. — Ailsa, estou profundamente preocupada. A pobre Natasha não conhece os perigos do interior das nossas montanhas.
— Talvez Sua Graça esteja afora da carruagem, ou indo passear, ou... seja o que for que ela quisesse fazer.
— Querida, é “fora”, não “afora”. ― Edana suspirou pesadamente.
— Eu gostaria que seu pai tivesse lhe enviado para um internato adequado.
— Eu precisava estar aqui com a mamãe depois que ela adoeceu. Eu não perderia aqueles momentos por nada.
— E, agora ela se foi, seu pai nunca está aqui. É como se eu perdesse os dois ao mesmo tempo. — Edana deu um suspiro irritado.
— Seu pai está negligenciando todos nós. Ele deveria ter visto para que você fosse para um internato adequado e tivesse pelo menos uma temporada. Você poderia estar casada agora, do mesmo jeito que suas irmãs.
Ailsa se absteve de dizer que, embora suas irmãs tivessem herdado a famosa beleza MacGregor de Edana, Ailsa tinha puxado aos ousados Mackenzies. Enquanto suas irmãs tinham cabelos dourados, olhos azuis, figuras esbeltas e narizes perfeitos, o cabelo de Ailsa era de um loiro mais escuro, menos perceptível, seus olhos eram cinzentos, sua forma era forte, enquanto seu nariz só podia ser chamado de “proeminente”.
Era uma mistura infeliz de traços.
Não que isso importasse; Ailsa tinha 22 anos agora e não queria ser mostrada na marcha do casamento entre um grupo de jovens de dezessete anos que a enlouqueceriam com suas conversas vazias e fofocas ofegantes. Ela estava feliz por ter sido deixada no Castelo Leod, onde podia caçar, montar, pescar e - quando o clima lhe convinha - lançar um manto no chão debaixo de uma árvore, e ler para o seu coração. Havia mil coisas divertidas para fazer aqui nas terras altas, e ela amava todas elas.
Ela estava contente com sua vida, especialmente agora que Papa deixara o castelo e a propriedade sob seus cuidados. Era uma grande responsabilidade, e ela ainda estava aprendendo a responder aos desafios apresentados, um dos quais era acompanhar os idosos, às vezes, briguentos hóspedes de sua avó.
— Por que exatamente você acha que Sua Graça está desaparecida?
— Tínhamos que nos encontrar no café da manhã há quase uma hora, e também a pedido dela, pois ela queria visitar a loja na aldeia que eu lhe falei, mas não apareceu. — Edana fungou. — Eu tive que comer sozinha, já que ninguém mais estava.
— Então vocês duas estão se falando de novo.
— Ah, criança, claro que estamos falando!