Conheça as Viúvas Alegres, uma sociedade secreta de damas respeitáveis... com ideias um tanto escandalosas.
Marianne Nesbitt adorava David, seu finado marido, mas as conversas subidas de tom das Viúvas Alegres fazem-na perguntar-se se não perdeu algo.
Poderia descobrir se tivesse uma aventura?
Totalmente desconhecedora de como proceder, pede a Adam Cazenove, um velho amigo e conhecido experiente, que a instrua nas artes de sedução.
Tão descarado pedido deixa Adam totalmente deslocado. Jamais teria podido imaginar que a recatada e incrivelmente atraente viúva de seu melhor amigo queria ter um amante.
Incapaz de suportar a ideia de vê-la nos braços de outro, frustra todas e cada uma de suas tentativas.
que uma inesperada noite de paixão muda tudo.
Capítulo Um
Londres, março de 1813
—No que ocupei meu tempo durante o inverno? —disse lady Gosforth com um brilho especial em seus olhos azuis enquanto se dirigia às demais damas da sala. —Em algo muito agradável, asseguro. Um amante.
Um grito abafado, seguido de um silêncio sepulcral, apoderou-se da sala. A primeira reunião da temporada do Fundo das Viúvas Benevolentes se viu assim interrompida ante semelhante comentário.
Grace Marlowe, anfitriã da reunião e presidenta do Fundo, verteu o chá que estava servindo e suas bochechas proeminentes adquiriram um rosado tom de horror. Colocou rapidamente e com decisão o bule na bandeja e cobriu a boca com a mão. Lady Somerfield, uma atraente ruiva já entrada nos trinta, os olhos pareceram sair das órbitas e nem se incomodou sequer em esconder o gesto de assombro de seus lábios boquiabertos. Apertou com tal força as pinças de prata que o torrão de açúcar que estas pegavam se desfez em pedaços. A duquesa de Hertford, uma mulher de aparência agradável de idade indeterminável e brilhantes cabelos dourados, gentileza da natureza (ou possivelmente não), mordeu o lábio inferior tentando com todas suas forças não sorrir.
Marianne Nesbitt, a mais jovem da reunião,vinte e nove anos, só ficou olhando fixamente. Tão estupefata tinha ficado pelo anúncio de lady Gosforth que até uma pena poderia lhe haver feito perder o equilíbrio. Não era o tipo de temas sobre os quais se conversava animadamente à hora do chá. Nem, no caso de Marianne, em qualquer outro momento. E é claro não era um comentário que se esperasse de um grupo de viúvas respeitáveis que dirigiam uma organização de beneficência.
Seus membros eram viúvas de boa posição econômica que se moviam nos círculos mais altos da sociedade; círculos nos quais todas elas, ou quase todas, eram consideradas modelos de dignidade e decoro. Antes de dispor-se a começar a planejar os bailes beneficentes do ano vindouro, sua primeira reunião tinha começado com uma animada conversa para ficar em dia com as últimas notícias e intrigas. Tinham falado das reuniões sociais e familiares, das festas durante as férias e das caçadas, dos filhos e amigos em comum. Mas não de amantes.
Série Viúvas Alegres
1 - Na Paixão da Noite
2 - Tão Somente uma Aventura
3 - Se Deixe Levar
4 - A Partir Deste Momento
Série Concluída
que uma inesperada noite de paixão muda tudo.
Capítulo Um
Londres, março de 1813
—No que ocupei meu tempo durante o inverno? —disse lady Gosforth com um brilho especial em seus olhos azuis enquanto se dirigia às demais damas da sala. —Em algo muito agradável, asseguro. Um amante.
Um grito abafado, seguido de um silêncio sepulcral, apoderou-se da sala. A primeira reunião da temporada do Fundo das Viúvas Benevolentes se viu assim interrompida ante semelhante comentário.
Grace Marlowe, anfitriã da reunião e presidenta do Fundo, verteu o chá que estava servindo e suas bochechas proeminentes adquiriram um rosado tom de horror. Colocou rapidamente e com decisão o bule na bandeja e cobriu a boca com a mão. Lady Somerfield, uma atraente ruiva já entrada nos trinta, os olhos pareceram sair das órbitas e nem se incomodou sequer em esconder o gesto de assombro de seus lábios boquiabertos. Apertou com tal força as pinças de prata que o torrão de açúcar que estas pegavam se desfez em pedaços. A duquesa de Hertford, uma mulher de aparência agradável de idade indeterminável e brilhantes cabelos dourados, gentileza da natureza (ou possivelmente não), mordeu o lábio inferior tentando com todas suas forças não sorrir.
Marianne Nesbitt, a mais jovem da reunião,vinte e nove anos, só ficou olhando fixamente. Tão estupefata tinha ficado pelo anúncio de lady Gosforth que até uma pena poderia lhe haver feito perder o equilíbrio. Não era o tipo de temas sobre os quais se conversava animadamente à hora do chá. Nem, no caso de Marianne, em qualquer outro momento. E é claro não era um comentário que se esperasse de um grupo de viúvas respeitáveis que dirigiam uma organização de beneficência.
Seus membros eram viúvas de boa posição econômica que se moviam nos círculos mais altos da sociedade; círculos nos quais todas elas, ou quase todas, eram consideradas modelos de dignidade e decoro. Antes de dispor-se a começar a planejar os bailes beneficentes do ano vindouro, sua primeira reunião tinha começado com uma animada conversa para ficar em dia com as últimas notícias e intrigas. Tinham falado das reuniões sociais e familiares, das festas durante as férias e das caçadas, dos filhos e amigos em comum. Mas não de amantes.
Lady Gosforth, uma bela mulher aproximadamente de trinta anos de idade com um halo de cachos castanhos, revirou os olhos estalou a língua.
—Oh, não me olhem assim. Qualquer um diria que cometi um crime, pelo amor de Deus. Não é nenhum crime ter um amante.
Marianne foi a primeira em recuperar-se da impressão.
—É claro que não, Penélope. Simplesmente nos surpreendeu, isso é tudo.
—É um assunto privado - sussurrou timidamente Grace enquanto limpava o chá derramado. —Não deveríamos falar de tais coisas.
—Entre amigas? —Penélope franziu o cenho e o brilho de seus olhos se tornou decepção. —Não se trata de algo que quero que seja objeto de comentários na cidade, é claro, mas pensava que ao menos poderia compartilhar minha felicidade com todas vocês. Ardia em desejos de contar-lhes.
Marianne sentiu lástima por sua amiga. Estendeu a mão à Penélope do outro lado da mesa.
—Então nos deve contar tudo a respeito dele. Deve ser um cavalheiro muito especial para que esteja disposta a renunciar a sua independência.
Penélope franziu o cenho.
—Minha independência? Do que está falando, querida?
—Acaso não decidimos — disse Marianne — que a independência financeira de que gozávamos como viúvas era algo muito prezado que devíamos valorizar? E que nenhuma de nós, e muito menos você, Penélope, desejava renunciar a ter o controle de nosso dinheiro por nos casar com outro homem? Mas, é claro, suponho que isso deixa de importar quando se está apaixonada.
—Quem disse algo de um marido? —perguntou Penélope.
—Ou de estar apaixonada?
—Oh! —disse Marianne. —Pensava...
—Só porque levo a um homem a minha cama não significa que vá me casar com ele. Ou que esteja apaixonada.
Grace deixou escapar um gemido e suas elegantes feições se retesaram até converter-se em uma máscara de inquieto desgosto.
—Penélope, por favor.
Marianne não pôde evitar sorrir ante a confusão de Grace. Como viúva de um proeminente bispo, Grace Marlowe era um exemplo de casto decoro. A mera menção das palavras "homem" e "cama" em uma mesma oração mortificava-a além do imaginável.
Penélope estalou a língua de novo.
—Não seja tão dissimulada, Grace. As mulheres têm amantes de vez em quando.
—Outras mulheres — disse Grace. —Não nós.
Série Viúvas Alegres
1 - Na Paixão da Noite
2 - Tão Somente uma Aventura
3 - Se Deixe Levar
4 - A Partir Deste Momento
Série Concluída