Aconteceu uma noite... E nada voltou a ser igual depois!
Wilhelmina, Duquesa viúva de Hertford, tinha sido uma cortesã de alto nível, e embora ela fosse agora uma viúva razoavelmente respeitável, nunca pode escapar de todo seu notório passado.
Sua escandalosa carreira a tinha arrancado dos braços de seu primeiro amor, Sam Pellow, e ainda ocupa um lugar preponderante entre eles quando, por acaso, encontram-se pela primeira vez em muitos anos.
Agora Sam, um Capitão da Marinha Real Britânica, está disposto a perdoar e esquecer o passado.
Mas, pode Wilhelmina perdoar a si mesma por ter partido o coração de Sam?
Era uma vez quatro novelistas incríveis, Stephanie Laurens, Mary Balogh, Jacquie D’Alessandre e Candice Hern, ocorreu-lhes uma deliciosa ideia.
E se cada uma escrevesse uma história sobre uma jovem decente que ficasse presa em uma estalagem longe das restrições da sociedade?
O que aconteceria?
E quanto demoraria em sucumbir ao desejo?
Capítulo Um
Outubro 1814
Buckinghamshire.
O rangido das rodas sobre o cascalho e o clip-clop de lentos cavalos anunciou a chegada de outra carruagem. O Capitão Samuel Pellow, ex da Marinha Real de Sua Majestade, tomava uma jarra de cerveja no salão público do Javali Azul, e observou da pequena janela da sala com vista para o pátio da estalagem como a nova carruagem se detinha. O hospedeiro se apressou a dar as boas vindas a outro inesperado grupo, obrigado a deter sua viagem devido ao aguaceiro.
Sam tinha chegado ao pátio conduzindo sua própria carruagem de dois cavalos meia hora antes. Depois de tantos anos no mar não se importava em se molhar, mas era muito mais cômodo em uma ponte balançante em uma forte tormenta em que ele tinha navegado golpeando fortemente, do que por caminhos inseguros com irritáveis cavalos. Havia decido aguentar o vendaval em uma estalagem seca, com vinte ou trinta viajantes de gostos similares.
Grisson, o hospedeiro, estava evidentemente encantado em ter tantos clientes, como o povoado de Upper Hampden estava entre as paradas regulares nos caminhos das carruagens, e Sam adivinhou que o Javali Azul não tinha frequentemente a casa cheia.
Era uma velha estalagem, provavelmente tinha sido construída por volta de mais de duzentos anos, de madeira negra e branca, empenadas e inclinadas paredes, com salientes pisos inclinados incertamente sobre o pátio da estalagem. Ainda assim, era uma estalagem surpreendentemente elegante e confortável para um pequeno povoado.
Os estábulos, entretanto, estavam tão lotados com carruagens e coches e calesas e mais cavalos do que podiam albergar neles. A situação não atenuava o mercenário sorriso do hospedeiro, enquanto permanecia em pé sustentando um grande guarda-chuva, preparado para escoltar aos recém-chegados ao interior.
Através das brechas de chuva da veneziana da janela, Sam podia ver que havia na realidade duas carruagens no pátio, cada uma delas grande e elegantemente equipada, com um emblema nas portas. Não podia distinguir o emblema, não que encontrasse alguma diferença se pudesse, parecia-se muito a um brasão na mais próxima a ele, mas estava claro desde sua respeitosa atitude, que Grissom era consciente de que tinha a um membro da aristocracia no pátio de sua estalagem.
Um lacaio de libré, empapado até os ossos, saltou de sua elevada posição na parte detrás da primeira carruagem, desceu umas escadas portáteis, e abriu a porta.
Protegida pelo enorme guarda-chuva do hospedeiro, uma mulher desceu e correu para o interior da estalagem.
Outra mulher a seguiu, obviamente uma criada com ela não se justificava a cortesia de um guarda-chuva. Tomando um manto sobre sua cabeça, fez seu caminho para o interior, levando uma caixa de couro apertada contra seu peito.
Um touro de homem desceu da segunda carruagem, reuniu-se com os outros lacaios e cavalariços que estavam vendo os cavalos, depois se precipitou para o interior.
Sam se acomodou em sua cadeira e passou a desfrutar sua cerveja em paz, enquanto o hall de entrada se converteu em um frenesi de atividade.
Podia ouvir à Senhora Grissom, um pouco menos contente com o desfile de clientes de hoje que seu marido, gritando ordens a seus poucos empregados. Sua voz soava com uma autoridade que fez Sam sorrir, pensando que ela poderia ter sido bastante boa como oficial de artilharia durante uma ação naval.
No meio do bulício e da gritaria apanhou as palavras "melhor sala" e "sua Graça", portanto a recém-chegada era uma Duquesa.
Uma pequena pontada de ansiedade se apoderou dos músculos de seu abdômen. Tinha conhecido poucas Duquesas em sua vida, mas havia uma, a quem ainda guardava em um pequeno canto de seu coração, embora ele não tivesse posto seus olhos nela há muitos anos. E seu último encontro não fora um de seus melhores momentos.
Era um idiota por pensar que essa Duquesa em particular fosse a sua Duquesa.
Ela era uma criatura de Londres, o esta era a razão dele evitar ir à Cidade sempre que estivesse na Inglaterra. Não queria se reunir com ela de novo. Seu último encontro fora muito desconfortável. Nunca sabia bem o que sentia por ela, e essa incerteza sempre o atava em nós.
Não, estava longe de Londres, seria alguma outra Duquesa. Inglaterra estava cheia de Duquesas.
Mas ele não podia afastar os olhos da porta que dava para o hall de entrada. Várias figuras se amontoavam nesse pequeno espaço. Era bastante fácil distinguir à Duquesa. Era o centro de atenção.
A esposa do hospedeiro estava subindo e se abaixando como uma ancorada boia em frente da dama, quando não estava afugentando uma criada em uma direção ou outra para acondicionar a sua grande hóspede. E o elevado membro da segunda carruagem estava rondando perto e mantinha as pessoas à distância.
A dama parecia impassível pelo alvoroço e perturbação. Estava de costas para Sam, mas havia algo indescritível sobre seu porte que a marcava como alguém de qualidade. Usava um casaco de veludo azul escuro com várias capas curtas nas costas, em imitação ao casaco de um homem, e um gorro a combinar.
Série Viúvas Alegres
1 - Na Paixão da Noite
2 - Tão Somente uma Aventura
3 - Se Deixe Levar
4 - A Partir Deste Momento
Série Concluída