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8 de setembro de 2018

Noiva em Fuga

Série Duques da Guerra
Miss Sarah Fairfax está tendo um ano miserável. 

Seu pretendido pereceu na guerra. Seu filho está em sua barriga. Para garantir seu futuro, ela se resigna a um casamento sem amor. 
Exatamente no momento em que está prestes a dizer “sim”, seu noivo retorna da sepultura para arruinar o casamento... Mas ele não é mais o homem charmoso e despreocupado que ela lembra.
Depois de ser deixado para morrer no campo de batalha, o Brigadeiro Edmund Blackpool está marcado por dentro e por fora. Ele luta para voltar para casa e descobre sua prometida, diante do altar, com seu melhor amigo. Ele será o único a se casar com ela, não importa o que ela queira! Mas quando sua nova noiva desaparece com seu filho, ele deve reabrir suas feridas para vencer a batalha mais importante de sua vida.

Capítulo Um

Março 1816, Londres, Inglaterra
A maioria das mulheres ficaria encantada de se encontrar a poucos momentos de se tornar uma duquesa.
Ocorre que Miss Sarah Fairfax não era a maioria das mulheres.
De um lado, ela estava diante de um altar improvisado em uma alcova no jardim da propriedade do Duque de Ravenwood em Londres, com os ombros para trás, o queixo erguido e sua barriga de grávida.
Do outro, Ravenwood O bonito e elegível duque com quem ela estava prestes a se casar, que não era o pai de seu filho por nascer.
Esse era Edmund Blackpool. O menino cujos cabelos castanhos dourados despenteados e olhos azuis sonhadores, tinha roubado seu fôlego e seu coração, mesmo quando eram crianças. Ele era tudo o que ela sempre quis... E nunca teria. Ele tinha ido para a guerra há três anos, com a intenção de tornar o mundo um lugar melhor. Depois de dois anos de dolorosa separação, em junho passado, ela o encontrou em Bruges, poucos dias antes de sua companhia ser enviada para Waterloo.
Um pontapé forte golpeou a barriga de Sarah, e ela sorriu para esconder uma careta de dor. Mascarar suas emoções era tudo o que ela tinha feito durante os últimos oito meses. Sorrir era automático agora. Não importa o que aconteceu.
Tudo remontava àquela fatídica e impulsiva noite.
Edmund não era mais o simples Sr. Blackpool, mas um brigadeiro arrojado com dragonas brilhantes e estrelas correspondentes sobre seu uniforme. Ele estava lindo, apaixonado e irresistível, e quando ele confessou seu desejo de se casar com ela, se ela esperasse pelo retorno dele... Ela estava em seus braços antes de ele terminar de falar.
Ele não tinha conseguido sair do campo de batalha vivo.
Em seguida veio a náusea, a vertigem, o desejo de não fazer nada além de dormir... E a percepção de que a depressão não era a única causa. Ela estava além de arruinada. Ela estava grávida. Seu filho nasceria bastardo, e viveria o resto de sua vida em uma infâmia de ostracismo, assim como sua mãe.
Sarah encarou o vigário e lutou para manter a respiração, para não trair o peso da pressão interminável das expectativas de todos. Sociedade. Seus pares. Os pais dela. Ela mesma. Ela estava nessa posição, porque ela esperava se casar com Edmund assim que ele voltasse da guerra.
Bem, agora ela sabia melhor do que contar com as expectativas. Ela estava no comando de seu próprio destino, agora. Não, de dois destinos. Os nós dos dedos traçou a curva de sua barriga. Seu futuro dependia dela.
─ Lawrence Pembroke, Duque de Ravenwood, ─ o vigário entoou. ─ Queres ter esta mulher para ser tua esposa, para viverem juntos, segundo os mandamentos de Deus, no sagrado estado do matrimônio? Queres amá-la, confortá-la, honrá-la e mantê-la na doença e na saúde, e renunciar a todas as outras, manter-te somente para ela, enquanto viverdes?
A garganta de Sarah convulsionou. Isso era um pesadelo. Ela tocou a palma da mão na barriga inchada. Ela realmente iria passar por isso? Obrigar Ravenwood?
─ Eu quero ─ respondeu o duque antes que Sarah pudesse interromper.
Se ela tivesse feito isso.
Seus dedos acariciaram sua barriga, tentando acalmar a criança dentro. Verdade seja dita, eles estavam a alguns momentos de um milagre. A criança seria legítima, não um bastardo. Mesmo quando a sociedade inevitavelmente fizesse as contas, e percebesse que o bebê havia sido concebido muito antes do casamento ducal, o poder do nome Ravenwood iria protegê-los de todos, exceto de alguns sussurros.
Ninguém ousaria feri-los. O bebê ficaria bem.
Se a criança fosse um menino, ele iria herdar um ducado algum dia. Se a criança fosse menina, seria recebida na sociedade de braços abertos. Talvez se case com um duque algum dia. Que importância tinha se seus pais não estavam apaixonados? Se parte de Sarah tinha morrido naquele campo de batalha encharcado de sangue, ao lado de seu amante perdido, que importava, desde que seu filho estivesse seguro?
O vigário fixou seus olhos escuros sobre ela.
─ Senhorita Sarah Fairfax.
Ela engoliu em seco. Era um milagre e um pesadelo, essa união.