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16 de novembro de 2018

O Duque e sua Duquesa

Série Windham
Percival Windham é um segundo filho e oficial de cavalaria, quando se casa com a bela Esther Himmelfarb, que brinda seu amado marido com quatro filhos, em pouco mais de cinco anos de casamento. 

À medida que as finanças de Percival e Esther se tornam restritas, o herdeiro ducal sofre com um coração doente, e o velho duque se torna esquivo e esquecido, a vida de casado parece se tornar uma solidão e uma tribulação sem fim. 
Esther está exausta e emotiva, Percival está considerando a sabedoria de encontrar uma amante, e então duas mulheres do passado de Percival causam mais estragos ao casamento, com consequências potencialmente desastrosas para toda a família Windham.
Percival e Esther devem crescer com a nobreza com que têm resistido e ficar juntos, ou enfrentar a ameaça de destruição de sua família e o lindo amor que começou com tal promessa...
Nesta segunda novela antecedendo à série popular Windham, a autora best-seller do New York Times, Grace Burrowes, continua a história do duque e da duquesa de Moreland, através dos primeiros anos tumultuados e agridoces do casamento e paternidade.

Capítulo Um

— Você é jovem e tem todos os dentes. — George, Sua Graça, o Duque de Moreland fez essa afirmação soar como se Percival tivesse cometido um crime de enforcamento duplo. — Se você copular com esta esposa até a morte, você sempre pode conseguir outra.
Os irmãos de Lord Percival Windham reagiram à observação do duque previsivelmente. Tony lançou a Percy um olhar de comiseração enquanto Peter — mais propriamente o Marquês de Pembroke — recuou da mesa de cartas.
— Estou pronto para me retirar, — anunciou Peter. Ele se levantou e se curvou para o duque. — Sua Graça, sonhos agradáveis.
Os irmãos mais novos de Peter mereceram um aceno de cabeça, um que transmitia mais que um toque de simpatia. Sobre este tema, pelo menos, o herdeiro de um ducado podia delegar o tratamento com um velho irascível aos substitutos.
— Vocês dois são péssima companhia para um homem velho, — cuspiu Sua Graça. — Tragam-me um lacaio para que eu possa me preservar do tédio a ser suportado quando vocês não me permitem mais que um dedo de bebida decente.
Tony e Percy colocaram cada um as mãos sob um dos cotovelos de Sua Graça e levantaram o duque. Tony empurrou a cadeira para longe, e então — só então — Sua Graça livrou-se da sustentação de seus filhos. — Pense em mim como se você estivesse ficando bêbado mais uma vez. — Ele olhou furiosamente para cada filho, um de cada vez. — E eu quis dizer o que eu disse, Percival. A senhora sua esposa pariu quatro vezes em pouco mais de cinco anos de casamento. No meu tempo, um cavalheiro não incomodava sua esposa além do necessário, e certamente não quando ele podia se dar ao luxo de ter seu cio em outro lugar. Sua Graça teria concordado comigo.
Percival não se dignou a responder a isso, embora Tony — homem corajoso — murmurasse: — Boa noite, papai, —enquanto entregavam o duque a um lacaio corpulento e sem expressão.
Quando a porta foi fechada e um pesado silêncio tomou conta, Percival voltou para a mesa e começou a organizar as cartas.
— Ele está errado, Percy. — O caminho de Tony levou-o para o decantador. — Sua Graça não concordaria. Ela diria que o dever de Esther era fornecer tantos filhos quantos você e o bom Deus achassem adequados para ela. Sua Graça era um terror quando se tratava da sucessão.
Nas mãos de Percival, a rainha de ouros apareceu primeiro. — O velho pode ter razão. Esther cumpriu seu dever com a sucessão.
E a que custo? Ela caía na cama exausta a cada noite, embora nem uma vez Percival a tivesse ouvido reclamar.
Com o decantador na mão, Tony levou consigo um copo de conhaque para o lado da sala de jogos onde os dardos eram jogados. Uma superfície robusta de cortiça portuguesa rodeava o alvo circular marcado, os buracos e os cortes ficando cada vez mais próximos do centro.
— Eu seria melhor processando um jogo de dardos, se eu não estivesse bêbado, — Tony murmurou, mirando. — Você não será a morte de sua esposa, Percy. Sua Graça está de luto, é tudo, e não está indo muito bem com isso.
Percival mantinha as mãos ocupadas organizando as cartas, todas indo na mesma direção, da maior para a menor, naipe por naipe. — Ele não está apenas de luto, está morrendo. Pode um homem ficar de luto por sua própria iminente morte?
Tony atirou-lhe um olhar. — Você está soando ducal novamente. Morte iminente? Eu digo que é com Peter que temos que nos preocupar mais. Sua Graça tem humor suficiente para viver até cem. Ele e Sua Graça tiveram alguns anos de cordialidade até o final — em grande parte em função do seu sucesso em povoar o berçário, se você me perguntar.
Quando Percival teve o baralho disposto em perfeita ordem, ele cortou e embaralhou, depois embaralhou novamente. O estalo e o embaralhamento das cartas o acalmavam, colocando-lhe na mente os anos gastos em operações militares - e tremores - no Canadá. — Quanto tempo se passou desde que Peter se aventurou lá fora?
Um dardo foi em direção à parede apenas para pousar a vários centímetros do alvo. — Maldição. Ele fica no terraço quando o tempo está bom. Quando um homem faz quarenta anos, tem direito a uma programação mais sedentária.
Sedentária? Em sua juventude, Peter tinha sido um gigante robusto e loiro. Herdeiro de um ducado, ele tinha sido o maior prêmio no mercado de casamentos em todos os sentidos. Quando ele partiu em seu Grand Tour, metade das damas em Londres entrou em declínio. E agora...