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14 de maio de 2024

O Duque

Série Rebeldes Vitorianos
Ele é nobre, notório e não faz prisioneiros…

Forte como um viking. Bonito como Adônis. Rico como Midas. Collin “Cole” Talmage, Duque de Trewyth, é o material de que são feitas as lendas. É o filho de ouro do Império Inglês – até que o destino o encontre em seu caminho. A família de Cole morre em um trágico acidente e seu amigo mais próximo o trai no campo de batalha, deixando-o gravemente ferido. Mas Cole não é de se debruçar sobre o infortúnio. Ele é um homem de dever, honra e desejo. E agora está pronto para a luta de sua vida…
Imogen Pritchard é uma linda moça que trabalha em um hospital durante o dia e como criada à noite. Anos atrás, quando ela era jovem e sem dinheiro, ela acabou passando uma noite escandalosa com Cole, cuja alma atormentada era igualada apenas por sua paixão devastadora. Imogen entrou em um casamento de conveniência – um que a deixou uma viúva rica – mas ela nunca esqueceu Cole. Agora que seu amante há muito perdido apareceu em seu hospital, ferido e sem lembrar-se dela, Imogen está dividida: é uma bênção ou uma maldição que seu passado permaneça um segredo para Cole, mesmo quando sua nova paixão por ela vai embora? Ele querendo protegê-la e possuí-la… a todo custo.

Capítulo Um

Londres, fevereiro de 1876
Imogen Pritchard estremeceu quando os pelos finos de seu corpo se arrepiaram de alarme. A atmosfera geralmente opressiva do Bare Kitten Gin e do Dance Hall ficava elétrica com o perigo, carregando cada nervo de seu corpo com a consciência de um predador avançando. Depois de colocar sua braçada de copos vazios de cerveja e gim no aparador, ela pegou uma faca da caixa de utensílios, escondendo-a nas dobras de suas saias enquanto se virava para enfrentar a ameaça.
Um grupo de soldados vestidos de escarlate entrou pela porta, seus corpos jovens e magros tensos com uma inquietação masculina. Seus olhos brilhando com uma fome selvagem. Eles lembravam a Imogen uma matilha de lobos errantes, lambendo os beiços e sorrindo com seus sorrisos de presas afiadas em antecipação a um banquete macabro.
Desde que ela foi forçada a trabalhar no Bare Kitten, o instinto de Imogen para o perigo era afiado, tão afiado quanto os sabres pendurados na cintura do soldado. E esses homens, esses jovens lobos, estavam em busca de problemas, apenas esperando – esforçando-se – para serem libertados por um gesto afirmativo de seu alfa.
Por mais perigosos que pudessem ser, ela soube imediatamente que os jovens soldados, agora formando um arco, não tinham sido a fonte de seu alarme interno. E sim o seu líder.
Ele era um ponto de quietude perturbadora em sua energia caótica. Ele ergueu a cabeça e os ombros acima deles, olhando para todos em seu caminho pela simples necessidade de sua altura imponente. Era o punho de ferro que os mantinha sob controle, pelo qual eles viveram ou morreram. Sua ordem eles executavam sem questionar.
E bem, ele sabia disso.
Imogen não conseguia se lembrar de ter visto uma testa tão altiva antes, nem feições tão surpreendentemente bonitas. A estrutura de seu rosto teria sido o alimento ideal para os escultores gregos. Eles teriam usado suas ferramentas mais precisas para esculpir na melhor pedra os traços aristocráticos, quase perfeitos em sua simetria. Seus dedos apertaram a faca, embora ansiassem pelos pincéis. Ela pintaria seu longo corpo com traços grandes e rígidos e linhas largas e ousadas.
Uma facada de reconhecimento a perfurou. Ela já o tinha visto em algum lugar antes, certamente. Normalmente, uma paleta de cores única como a dele teria ficado na sua memória. Era como se Deus o tivesse esculpido em metais preciosos. Sua pele era escovada com um tom dourado, seu cabelo brilhava com um acúmulo de bronze mais escuro e mais fosforoso, e seus olhos, luminosos demais para serem castanhos, brilhavam na luz fraca da lanterna como dois lingotes de cobre fumegantes enquanto examinavam cada sombra e recanto do grande salão.
Esse olhar pousou nela e não vacilou, por um tempo desconfortavelmente longo. Sua expressão nunca mudou de austera avaliação. Embora algo sobre a tensão entre as sobrancelhas dele e a frouxidão no que deveria ser uma mandíbula normalmente rígida pintassem a sugestão de uma emoção que a confundiu.
Ele estava… exausto? Ou triste?
Enquanto Imogen lutava para respirar, ela teve certeza de que eles nunca haviam se conhecido antes. Ela teria se lembrado de ter compartilhado a mesma sala com ele, muito menos de ter sido apresentada. E, no entanto, ela teve a oportunidade de admirar o nariz afilado e aristocrático. Ela traçou as maçãs do rosto bárbaras e o maxilar largo e quadrado que criavam a moldura perfeita para o corte ácido de seus lábios duros.
Mas onde?
Sob o peso de seu olhar implacável, ela se identificou com o cervo escolhido pelo alfa para abater do rebanho e levá-lo para o chão. Ao recuar, ela girou nos calcanhares e quase esbarrou em Devina Rosa.
— Mierda, mas vai ser uma noite longa — reclamou ela, jogando os cachos de zibelina e derrubando o gim meio acabado de alguém. Imogen nunca teve certeza se Devina era seu nome verdadeiro ou apenas como a prostituta espanhola se chamava.
— Sim, é isso. — Heather, uma escocesa sardenta e rechonchuda, concordou enquanto ajustava a linha de seu corpete para revelar mais de seus seios generosos. — Conheço homens com suas ordens de marcha quando os vejo. Eles vão tentar incutir o medo em nós esta noite.
— Vou buscar óleos extras. — Devina suspirou.
— E vou embebedá-los — ofereceu Imogen.
— Faça isso, Ginny. — Heather a chamou pelo apelido que ela usava enquanto trabalhava nesta casa de má reputação. — Torne-se pelo menos um pouco útil.
Imogen mal registrou a amargura em suas palavras. Ela sabia que muitas das meninas não gostaram nem um pouco do entendimento que ela estabeleceu com o proprietário, estipulando que ela não precisava abrir as pernas como elas faziam.
— Se tivermos sorte, alguns deles serão afetados pela maldição irlandesa e ainda poderemos tirar nosso dinheiro deles — refletiu Heather.
— Quer dizer que del Toro receberá nosso dinheiro. — Devina cuspiu e lançou um olhar amotinado para seu cafetão, e para o dono do Bare Kitten, que tinha que se virar de lado para não derrubar cadeiras e clientes em sua exuberância para receber os recém-chegados.
As mulheres apenas ousaram fazer murmúrios suaves de descontentamento, para que ele não ouvisse.
— Qual é a maldição irlandesa?

  

Série Rebeldes Vitorianos

12 de junho de 2019

O Duque

Série The Devill’s Duke

Quando Amarantha e Gabriel se conheceram, as suas vidas eram muito diferentes. 

Ela era apenas uma jovem a caminho da América para se casar com um pregador protestante. Ele era marinheiro, e não podia acreditar na beldade perante si. Numa noite de tempestade, com a pequena cidade em risco, encontraram um no outro a segurança que o mundo nunca lhes poderia dar. Mas a sorte nem sempre protege os apaixonados. 
Pouco tempo depois, prestes a cancelar o casamento com o pregador, Amarantha recebeu a notícia de que Gabriel tinha morrido no mar, numa última missão antes de voltar para tomá-la como esposa. De coração partido, decidiu avançar com o casamento. Agora, Amarantha é viúva. Dirige-se à Escócia em busca da sua cunhada desaparecida, Penny, e espanta-se com as histórias surpreendentes do Duque do Diabo, e laird daquelas terras. Um duque satânico, capaz das piores violências, dedicado a uma vida de prazeres profanos e maldades. Enorme é a surpresa de Amarantha quando descobre a sua identidade. É Gabriel. E está vivo. Amarantha não é capaz de conciliar essas duas imagens no seu coração. O Gabriel que conhecera era carinhoso e respeitara a sua inocência. Este Gabriel é odiado e temido por todos. Amarantha precisa saber. Precisa descobrir a verdade sobre o Duque do Diabo. 

Capítulo Um


Agosto de 1817 Willows Hall, Shropshire Querida Filha Emily Uma acompanhante foi contratada!

O navio partiu! Sua irmã foi embora!! Estou fora de mim e disse as suas outras irmãs que, se alguma vez olharem para um pregador, o pai renegará todas elas. Que pena que o homem se pareça tanto com o homem em que ela formou seu plano de infância!
Se ao menos ele tivesse cabelos negros e um semblante sombrio, nossa querida Amarantha nunca teria olhado duas vezes para aquele inadequado senhor com a sua missão miserável! Eu amaldiçoaria inteiramente cachos dourados se não fosse pela deliciosa lavagem de limão, que Sally prepara para minha toilette, que tem efeitos soberbos sobre os meus cabelos.
Os pretendentes de Amarantha estão profundamente aborrecidos. Ao ouvirem a notícia, o pobre Eustace, filho de Lady Witherspoon, chorou e sentiu um distúrbio tão forte de temperamento que não deixou seu quarto por dois dias inteiros. Sir Roger anunciou sua intenção de navegar atrás dela imediatamente. (Seu pai sentiu a necessidade de lembrá-lo de como, no verão passado, na festa do barco, ele ficou doente com o balanço, e Sir Roger explicou que foi devido ter comido quatro tortas de limão naquele dia, em vez de suas três habituais.) O poema de Lord Brill
— Desamparo Perante a Perda de uma Flor de Morangueiro, — que eu anexo aqui, fala por si. No entanto, receio que nenhuma das suas lágrimas viris a traga para casa! Também junto uma mensagem do teu pai. Está devastado não só por tê-la perdido para Londres, mas também à nossa querida Amarantha para as miseráveis colónias!!
Eu vou chorar até adormecer esta noite e passar a semana inteira na cama com as cortinas fechadas, consolando-me, apenas, no conhecimento de que Manchester é agora o governador daquela ilha miserável, e sua duquesa é extremamente elegante, apesar de agora ser uma colonialista. Nossa querida Amarantha simplesmente deve se agarrar a ela para orientação. Venha até Hall em breve. Estamos perdidos e uma visita nos animaria.









Série The Devill’s Duke

01- O Espadachim
02- O Conde
02,5 - O Pirata e Eu
03 - O Duque
04- O Príncipe

15 de fevereiro de 2016

O Duque

Lançamento Autora Brasileira!

A inglesa Victoria Longford foi prometida em casamento ao velho decrépito francês Sebastian Funevaire, desde os treze anos, quando sua irmã fugiu com um estranho e deixou Funevaire no altar.

Fadada à infelicidade, longe do olhar da sociedade, espera angustiantemente completar dezoito anos para que o casamento seja realizado.
Mas seu caminho cruza com o de Philip Beltoise Cevert, o arrogante e prepotente Duque de Trintignant.
Ele lhe rouba um beijo durante uma festa em Paris e ela paga um alto preço por isso. Com sua honra manchada, um casamento desprezível a caminho, ela terá de abrir mão de todo seu orgulho para tomar um novo rumo em sua vida.

Capítulo Um

- Sua cunhada e seu sobrinho acabam de chegar, senhor - a entrada do mordomo no grande escritório real não interrompeu a concentração do Duque de Trintignant nos papéis que analisava.
Porém a voz sublime e altamente controlada se repetiu e assim o duque deu-lhe a atenção necessária. Seus olhos eram de um azul profundo como o céu de outono, límpido e perfeito, porém eram frios como o ar gélido do inverno mais rigoroso.
Aquele olhar não demonstrava insatisfação pela interrupção, ao contrário, era uma manifestação normal e cotidiana que refletia seu temperamento forte, arrogante, distante de qualquer sentimento mais afetuoso ou qualquer compaixão para com os outros. Aquele olhar voltou-se para o mordomo, o duque estava aborrecido pelo fardo que recebia em sua casa após a morte de seu único irmão, Oliver Beltoise Cevert. Além de rebelde e mal agradecido, seu jovem consangüíneo abandonou a nobreza para viver com uma plebéia qualquer e ainda teve a petulância de morrer e deixar-lhe esposa e bastardo para que ele próprio cuidasse.
- E como eles são? – o duque perguntou deixando os papéis de lado e voltando o olhar impaciente para o mordomo. – Caso estejam muito sujos, peço-lhe que não os deixem passar da cozinha, eu os atenderei lá mesmo, onde poderão certamente fazer uma excelente refeição antes que eu os veja, afinal, esses esfomeados sempre estão desesperados por saciar seus corpos fracos e imundos! E não quero ter o desprazer de mirar suas feições miseráveis e cheias de piedade!
- Eles não estão sujos, meu caro senhor – Magnus respondeu demonstrando simpatia pelos visitantes – Surpreendeu-me a limpeza e o excelente aspecto com o qual se apresentaram neste castelo. Desculpe-me, excelência, mas tomo a liberdade de lhe revelar que a Sra. Beltoise Cevert demonstrou ser uma dama extremamente educada surpreendendo-me na elegância e classe. Em nada eles se parecem com aquilo que o senhor nos descreveu e afirmou sem dúvida que deveríamos aguardar quando chegassem.
Philip fitou o mordomo atenciosamente e percebeu que quem quer que fosse a Sra. Beltoise Cevert, havia ganhado um admirador, levando-se em conta o fato de Magnus sempre ter sido muito severo em suas observações quanto aos que o cercavam.
Seu mordomo e fiel empregado era um homem experiente, mas isso não o impedia de cometer erros e tirar conclusões precipitadas, ainda mais se tratando de mulheres bonitas e sedutoras. Mãe e filho poderiam estar descentes para a conferência, mas talvez fosse a única coisa de valor que possuíam, afinal como bem lhe fora dito, eram desprovidos de qualquer regalia.
O duque tinha certeza que se virasse a roupa do avesso encontraria uma costura grosseira e remendos sem fim, pensou entediado. Aliás, a verdade era que pouco lhe importava realmente como eram ou o que faziam!
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26 de julho de 2015

O Duque

Série Remmington
Uma deslumbrante farsante!
Lady Lily Walters cumpriu com seu papel perfeitamente.
Em cada baile da sociedade e em cada festa elegante, seus vestidos curtos e seu bate-papo vazio, mantiveram todos os presentes tentando adivinhar a verdade. Mas detrás de seus flertes sensuais, ela era uma espiã. 
Voluntariamente, arriscava sua vida para proteger quão segredos que só ela podia divulgar. 
Mas quando o perigoso e atraente Duque de Remmington a tomou em seus braços, encontrou-se desejando terminar com essa farsa e lhe mostrar a mulher que realmente era...
Um perigoso desejo.
Para Remmington, um homem a quem os segredos e as cicatrizes tinham ferido profundamente, Lady Lily era só outra mulher formosa para desfrutar e depois descartar... até que a encontrou correndo aterrorizada pelas ruas de Londres.  Repentinamente soube que ela era algo mais que uma mulher sedutora, como simulava ser. Ele não sabia por que sua vida estava em perigo, só sabia que devia protegê-la. Ainda que tivesse de forçá-la a esconder-se em sua própria casa e comprometer gravemente sua honra, ele faria algo mais... a levaria a desatar toda sua paixão em uma guerra de intrigas na qual o maior risco era apaixonar-se.

Capítulo Um

Londres, 1813
—Uma desavergonhada, isso é o que é.
Lily Walters tentou ignorar o insulto expresso em um sussurrou e centrou sua atenção em um ponto imaginário no outro extremo do salão de baile de lorde e lady Ashland, medindo com precisão seus passos enquanto atravessava a sala. Mais de quinhentas pessoas se encontravam na enorme sala, e a música do mais seleto quarteto de Londres se via amortecida pelas risadas e conversas que enchiam o salão. 
A sua esquerda, oferecia-se um esplêndido bufê, enquanto que a pista de dança dominava o lado oposto do salão. Lily disse a si mesma que era de se esperar a presença de debutantes pouco discretas como as quatro que permaneciam de pé perto da mesa do bufê. As maldades que sussurravam atrás de seus leques enfeitados não deviam lhe afetar.
Entretanto, uma jovem chamada Margaret Granger se assegurou de que sua voz pudesse ser ouvida por cima dos sussurros.
—Pobre Osgoode... Que descanse em paz. Mal faz três meses que jaz em sua tumba e ela já volta a fazer vida social como se nunca tivesse existido. Vocês já viram algo mais impróprio em suas vidas?
Lily sentiu como subia o rubor em seu rosto. Desejava que, ao menos, Margaret e suas amigas tivessem a decência de comentar o tema em suas costas, como o resto do mundo. No entanto, embora a sala estivesse cheia dos sons da música e das conversas, era impossível ignorar suas vozes.
—O pobre infeliz do Osgoode — Margaret continuou— deixou a vida naquele duelo e ela nem sequer teve a decência de ficar de luto.
—Um duelo? —uma de suas amigas perguntou—. Eu achava que Osgoode havia sido vitima de uns assaltantes.
—Ao amanhecer e em Regent's Park? — Margaret contrapôs —. Os fatos falam por si. Inclusive perguntei a meu prometido sobre o acontecido e ele também acredita que é evidente que lorde Osgoode faleceu em um duelo.
—Seu prometido? Você está dizendo que está comprometida?
As outras debutantes começaram a falar em sussurros excitados, mas Margaret respondeu com um dramalhão a suas suplicas para que lhes contassem mais detalhes.
—Não, temo que não possa lhes dizer mais nada. Remmington insistiu em que mantivesse nossas conversas sobre o compromisso em segredo.
Lily perdeu o passo e quase tropeçou, mas recuperou a compostura enquanto olhava de soslaio para a mesa. Só Margaret a observava. A loira sorriu e afastou seus cachos colocando-os sobre um de seus ombros, depois sussurrou algo à garota que permanecia ao lado dela. Lily se acalmou respirando profundamente, e continuou seu caminho depois de perceber que as malevolências de Margaret podiam machucá-la.
Finalmente, conseguiu que a conversa de Margaret se confundisse entre as vozes confusas que competiam com a música, entretanto, Lily ainda sentia seus efeitos nela. Uma estranha dor atingia seu peito e tinha feito tal nó na garganta que mal podia respirar. O ambiente no amplo salão estava muito carregado por causa do aroma dos perfumes rançosos e dos aromas subjacentes fruto da aglomeração de gente demais em um só lugar. Lily abriu seu leque, mas a brisa forçada não lhe pareceu nada refrescante.
Um brilho de cor atraiu sua atenção e olhou para um par de palmeiras que havia no terraço. Em um oceano de vestidos de baile em tons pastel, só Sophie Stanhope usaria um tom fúcsia tão chamativo. Voltou a vislumbrar algo dessa intensa cor através das folhas e acelerou seus passos.
—Lady Lillian!

Série Remmington
1 - O Senhor da Guerra
2 - Acorrentados
3 - O Duque
4 - O Guerreiro Sombrio
Série Concluída

19 de outubro de 2010

O Duque

Série Família Knight





Belinda Hamilton, uma linda dama, se vê perseguida por um obcecado baronete que a quer a todo custo.

Ele arrisca tudo para se vingar. . . Mas nunca planejou perder seu Coração
Conduzido para descobrir a verdade sobre a misteriosa morte de sua amada, o Duque de Hawkscliffe tomará todas as medidas para desmascarar um assassino.


Mesmo que isso signifique comprometer sua reputação por envolvimento em um caso escandaloso com a mais provocante cortesã de Londres, a desejável, mas distante Belinda Hamilton.
Bel usou sua inteligência e sagacidade, para encantar cavalheiros de títulos da cidade, enquanto lutava para juntar os pedaços de sua vida novamente.
Ela precisa de um protetor, de modo que aceita o convite de Hawk, para se tornar sua amante apenas no nome. Ele não pede nada do seu corpo, mas pede sua ajuda para enganar o mesmo homem que quebrou sua virtude.
Juntos, eles tentam a ira implacável da sociedade, até que sua arriscada charada se transforma em uma atração perigosa, e Bel deve tomar uma decisão devastadora que poderá arruinar sua última chance no amor...

Capítulo Um

Londres, 1814
Quando era um jovem de cabelos encaracolados, em plena viagem pela Europa fazia muitos anos, apaixonou-se loucamente pela beleza, e por ela tinha se estabelecido em Florença para receber lições de um autêntico professor italiano.
Idealista e romântico, ele tinha seguido as musas aladas para o sul, até a Baía de Sorrento, onde tinha ouvido pela primeira vez o antigo refrão italiano: “A vingança é um prato que se serve frio”.
Agora era um ancião sem ilusões, distante e precavido como um pontífice curioso.
A beleza o tinha traído, mas, por estranho que parecesse décadas mais tarde o refrão siciliano provou sua veracidade em um dia invernal na Inglaterra.
James Breckinridge, conde de Coldfell, um homem impecável de constituição franzina, agarrou o punho de mármore de sua bengala com seus nodosos dedos, doloridos pela constante chuva de abril.
Desceu de sua luxuosa carruagem negra com ajuda de seu lacaio enquanto outro criado o cobria com o guarda-chuva.
O silêncio do lugar, só perturbado pelo tamborilar da chuva, o fazia se lembrar de uma igreja.
Voltou-se lentamente, olhou para além dos rostos inexpressivos de seus criados, para além da grade pontuda de ferro forjado, em direção ao cemitério de St. George em Uxhridge Road, ao norte de Hyde Park.
Fazia três semanas que tinha enterrado ali sua jovem esposa.
O monumento de mármore em sua memória se erguia, sob a fria e cinzenta garoa, no lugar onde a colina formava uma curva verde, como uma agulha furiosa contra o céu da cor da fumaça.
Ao pé do monumento, justo onde Coldfell esperava encontrá-lo, divisava-se a silhueta alta e poderosa de um homem; despenteado pelo vento e absorto em seus pensamentos, sem parecer perceber o vento em rajadas que agitava seu capote negro.

Hawkscliffe,
A boca de Coldfell se converteu em uma fina linha. Tomou o guarda-chuva da mão do lacaio.
— Não demorarei muito.
— Sim, senhor.
Apoiando-se em sua bengala, começou a lenta ascensão pelo atalho de cascalho.
Com sua postura pétrea e imóvel, similar ao monumento, Robert Knight, de trinta e cinco anos, nono duque de Hawkscliffe, não deu mostras de perceber sua chegada. Permaneceu em uma quietude digna de um pedaço de granito, com o olhar cravado nos narcisos amarelos plantados na tumba, enquanto a chuva lhe batia no cabelo moreno e ondulado em sua testa, deslizava em filetes frios por suas faces lisas e firmes, e gotejava por seu duro perfil.
Coldfell fez uma careta ao pensar na intrusão pouco cavalheiresca que se dispunha a fazer na intimidade daquele homem.
Apesar de tudo, Hawkscliffe era o único membro da nova geração a quem respeitava. Alguns membros mais conservadores da velha escola consideravam que suas ideias tinham um tom inquietantemente liberal, mas ninguém podia negar que Hawkscliffe era muito mais homem que era o covarde do seu pai.
Esse era o motivo, refletiu Coldfell enquanto subia com dificuldade pelo atalho, pelo qual o tinha visto converter-se em duque aos dezessete anos, administrar três grandes propriedades rurais e criar virtualmente sem ajuda, quatro irmãos pequenos e rebeldes e uma irmã.
Mais recentemente o tinha ouvido pronunciar discursos na Câmara dos Lordes com uma serenidade e uma eloquência que faziam com que todos os presentes se pusessem de pé. A integridade de Hawkscliffe estava além de toda dúvida; sua honra era tão autêntica como a de uma pessoa dos mais elevados méritos.


Série Família Knight
1 - O Duque
2 - Coração de Fogo
3 - Coração de Gelo
4 - Desejos Proibidos
5 - Apaixonada pelo Diabo
6 - Pecados Inconfessáveis
7 - Coração de Tormenta
Série Concluída