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31 de maio de 2010

O Lord de Raven's Peak

Série Vikings

Escandinávia e Normandia, 916

Uma paixão a toda prova...
Ao comprar um jovem no mercado de escravos de Kiev,
Merrik Haraldsson conseguiu resgatar também o irmão mais velho do menino, um garoto maltrapilho, imundo e desnutrido.
Por isso, qual não foi sua surpresa, tempos depois, ao descobrir que, na verdade, não se tratava de um irmão, mas de uma irmã...
Por baixo da imundície e dos farrapos, escondia-se uma jovem linda e inteligente, determinada a usar sua habilidade de contar histórias para ganhar ouro e prata suficientes para comprar a sua liberdade e a do irmão. Merrick, no entanto, se recusou a deixar a encantadora Laren partir...
E quando, finalmente, os segredos dela vieram à tona, ele lutou para protegê-la, e salvar a paixão avassaladora que tomara conta do seu coração...

Capítulo Um

Mercado de Escravos de Khagan-Rus Kiev, ano de 916.
O cercado de escravos recendia a corpos sem banho, naquela manhã fria. A brisa do rio Dnieper soprava gentilmente, e o sol acabara de nascer por trás de Kiev, os dedos dourados a se projetarem pela infindável extensão de colinas nuas e montanhas desoladas ao leste.
O fedor das peles sujas do inverno e dos corpos sem higiene não ofendia as narinas tanto quanto a abjeta miséria humana ofendia a sensibilidade. Contudo, uma condição tão familiar em lugares como aquele dificilmente seria notada.
Merrik Haraldsson soltou o pesado broche de prata do casaco de peles.
Tirou o casaco e pendurou-o no braço ao rumar para o mercado.
Aportara seu escaler, O Corvo de Prata, no longo píer de madeira que ficava numa enseada protegida do Dnieper, logo abaixo de Kiev.
A subida era íngreme, e ele apertou o passo, pois queria chegar o mais cedo possível ao mercado para encontrar um escravo que sua mãe aprovasse antes que só restassem os mais fracos e doentes.
Virou-se para Oleg, a quem conhecia desde que ambos eram garotos, ansiosos para superar os irmãos mais velhos e conseguir seus próprios escaleres para comerciar e ficarem ainda mais ricos que seus pais e irmãos:
—Partiremos depois que eu comprar uma escrava. Fique atento, Oleg, pois não quero um burro de carga para a casa de minha mãe, ou uma criada de olhos puxados que venha a pôr em risco a fidelidade de meu pai. Ele não tem nenhuma concubina há trinta anos. Não quero que comece agora.
—Sua mãe racharia a cabeça dele caso seu pai algum dia olhasse afetuosamente para outra mulher, e você sabe muito bem disso.
Merrik sorriu.
—Minha mãe é uma mulher de paixões fortes. Está bem, então pense na esposa de meu irmão. Sarla é uma coisinha tímida e poderia facilmente ser governada por uma mulher mais esperta, escrava ou não.
Teremos de levar em consideração muitos fatores antes de escolher a mulher certa. Minha mãe precisa de uma escrava que lhe seja fiel e que trabalhe só para ela.
Quer ensiná-la a fiar, já que seus dedos estão endurecidos e doem agora.
Roran me disse que haveria uma excelente seleção esta manhã, com muitos escravos trazidos na noite passada de Bizâncio.
—E da cidade dourada de Miklagard. Como eu gostaria de viajar para lá, Merrik. Dizem que é a maior cidade do mundo.
— É difícil acreditar que mais de meio milhão de pessoas vive lá. No próximo verão, teremos de construir um escaler mais forte para suportar as corredeiras abaixo de Kiev que são perigosas. Há sete delas e cada uma mais mortal que a outra, e a pior é a de Aifur. E existem muitas tribos hostis vivendo ao longo do Dnieper, esperando que os homens cheguem às margens com seus barcos para levá-los à força para o interior. Teremos de nos juntar à frota de outros mercantes em busca de segurança. Não quero morrer só para ver Miklagard e o mar Negro.
Oleg sorriu para Merrik.
—Tem conversado com os outros mercadores, Merrik, não é? Já está se preparando para isso em sua cabeça?
—Sim, realmente estou pensando nisso; Oleg, ficamos ricos comerciando em Birka e Hedeby; somos conhecidos lá e conquistamos a confiança do pessoal. Os escravos irlandeses trouxeram mais prata do que se poderia imaginar. E, este ano, enriquecemos mais ainda comerciando nossas peles em Staraya Ladoga. Lembra-se daquele homem que comprou cada pente de galhada de rena que tínhamos? Ele me disse que havia desposado mais mulheres do que queria, e todas pediam pentes a ele. Não, iremos para Miklagard no próximo ano. Contente-se com isso.
— E você que não está contente, Merrik.
— Tem razão. Serei paciente. Voltaremos para casa com mais prata do que nossos pais e irmãos já tiveram. Somos ricos, meu amigo, e ninguém pode negar agora.


Série Vikings
1 - Season of the Sun
2 - Paixão Selvagem
3 - O Lord de Raven's Peak
4 - A Senhora de Falcon Ridge

O Lord de Raven's Peak








Escandinávia e Normandia, 916

Uma paixão a toda prova...
Ao comprar um jovem no mercado de escravos de Kiev,
Merrik Haraldsson conseguiu resgatar também o irmão mais velho do menino, um garoto maltrapilho, imundo e desnutrido.
Por isso, qual não foi sua surpresa, tempos depois, ao descobrir que, na verdade, não se tratava de um irmão, mas de uma irmã...
Por baixo da imundície e dos farrapos, escondia-se uma jovem linda e inteligente, determinada a usar sua habilidade de contar histórias para ganhar ouro e prata suficientes para comprar a sua liberdade e a do irmão. Merrick, no entanto, se recusou a deixar a encantadora Laren partir...
E quando, finalmente, os segredos dela vieram à tona, ele lutou para protegê-la, e salvar a paixão avassaladora que tomara conta do seu coração...

Capítulo Um

Mercado de Escravos de Khagan-Rus Kiev, ano de 916.
O cercado de escravos recendia a corpos sem banho, naquela manhã fria. A brisa do rio Dnieper soprava gentilmente, e o sol acabara de nascer por trás de Kiev, os dedos dourados a se projetarem pela infindável extensão de colinas nuas e montanhas desoladas ao leste.
O fedor das peles sujas do inverno e dos corpos sem higiene não ofendia as narinas tanto quanto a abjeta miséria humana ofendia a sensibilidade. Contudo, uma condição tão familiar em lugares como aquele dificilmente seria notada.
Merrik Haraldsson soltou o pesado broche de prata do casaco de peles.
Tirou o casaco e pendurou-o no braço ao rumar para o mercado.
Aportara seu escaler, O Corvo de Prata, no longo píer de madeira que ficava numa enseada protegida do Dnieper, logo abaixo de Kiev.
A subida era íngreme, e ele apertou o passo, pois queria chegar o mais cedo possível ao mercado para encontrar um escravo que sua mãe aprovasse antes que só restassem os mais fracos e doentes.
Virou-se para Oleg, a quem conhecia desde que ambos eram garotos, ansiosos para superar os irmãos mais velhos e conseguir seus próprios escaleres para comerciar e ficarem ainda mais ricos que seus pais e irmãos:
—Partiremos depois que eu comprar uma escrava. Fique atento, Oleg, pois não quero um burro de carga para a casa de minha mãe, ou uma criada de olhos puxados que venha a pôr em risco a fidelidade de meu pai. Ele não tem nenhuma concubina há trinta anos. Não quero que comece agora.
—Sua mãe racharia a cabeça dele caso seu pai algum dia olhasse afetuosamente para outra mulher, e você sabe muito bem disso.
Merrik sorriu.
—Minha mãe é uma mulher de paixões fortes. Está bem, então pense na esposa de meu irmão. Sarla é uma coisinha tímida e poderia facilmente ser governada por uma mulher mais esperta, escrava ou não.
Teremos de levar em consideração muitos fatores antes de escolher a mulher certa. Minha mãe precisa de uma escrava que lhe seja fiel e que trabalhe só para ela.
Quer ensiná-la a fiar, já que seus dedos estão endurecidos e doem agora.
Roran me disse que haveria uma excelente seleção esta manhã, com muitos escravos trazidos na noite passada de Bizâncio.
—E da cidade dourada de Miklagard. Como eu gostaria de viajar para lá, Merrik. Dizem que é a maior cidade do mundo.
— É difícil acreditar que mais de meio milhão de pessoas vive lá. No próximo verão, teremos de construir um escaler mais forte para suportar as corredeiras abaixo de Kiev que são perigosas. Há sete delas e cada uma mais mortal que a outra, e a pior é a de Aifur. E existem muitas tribos hostis vivendo ao longo do Dnieper, esperando que os homens cheguem às margens com seus barcos para levá-los à força para o interior. Teremos de nos juntar à frota de outros mercantes em busca de segurança. Não quero morrer só para ver Miklagard e o mar Negro.
Oleg sorriu para Merrik.
—Tem conversado com os outros mercadores, Merrik, não é? Já está se preparando para isso em sua cabeça?
—Sim, realmente estou pensando nisso; Oleg, ficamos ricos comerciando em Birka e Hedeby; somos conhecidos lá e conquistamos a confiança do pessoal. Os escravos irlandeses trouxeram mais prata do que se poderia imaginar. E, este ano, enriquecemos mais ainda comerciando nossas peles em Staraya Ladoga. Lembra-se daquele homem que comprou cada pente de galhada de rena que tínhamos? Ele me disse que havia desposado mais mulheres do que queria, e todas pediam pentes a ele. Não, iremos para Miklagard no próximo ano. Contente-se com isso.
— E você que não está contente, Merrik.
— Tem razão. Serei paciente. Voltaremos para casa com mais prata do que nossos pais e irmãos já tiveram. Somos ricos, meu amigo, e ninguém pode negar agora.





Série Viking
1. Season of the Sun (1991)
2. Paixão Selvagem
3. O Lord de Raven's Peak
4. A Senhora de Falcon Ridge