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24 de março de 2020

Estação do Sol

Série Vikings

Zarabeth, com os cabelos ruivos como um pôr do sol irlandês, foi escolhida por Magnus Haraldsson, um Viking que a conheceu quando estava de passagem pela cidade comercial de York, para ser sua esposa.

Ela fica surpresa e fascinada com sua franqueza, mas logo se sente atraída por esse homem que a faz rir, a excita profundamente e também a faz confiar em um futuro com sua irmãzinha, Lotti. Mas seu padrasto Olav o Vaidoso, não pretende pedir um dote por Zarabeth. Zarabeth em pouco tempo é levada para a sua fazenda na Noruega, mas como escrava, não como esposa, portando a marca de sua escravidão, um colar de ferro ao redor do seu pescoço para que todos possam ver.Agora, em vez de paixão, Magnus volta para casa cheio de desconfiança em relação a ela e com uma profunda dor pela sua traição. É a estação do sol na Noruega, a clara luz da meia-noite de verão. É um tempo de crescimento e fertilidade, de traição e maldade, de amor e aprendizado...

Capítulo Um

York, Capital do Danelaw
Seu nome era Zarabeth. Era a filha adotiva do dinamarquês Olav o Vaidoso, um rico comerciante de peles de Jorvik ou York, como os anglo-saxões locais lhe chamavam. Não era a mulher mais bela que já tinha visto. Sua amante, Cyra, era mais atraente, mais bem dotada que ela. A diferença da maioria dos homens e mulheres de sua terra natal, na verdade, ao contrário de muitas pessoas em Danelaw1, não tinha o cabelo tão loiro que era quase branco no sol do meio dia. Não, ela tinha o cabelo vermelho ardente, de um vermelho intenso, escuro como o sangue. Ela o usava solto caindo por suas costas em ondas e cachos ou, quando o dia estava muito quente, em duas grossas tranças enroladas sobre a cabeça.
Esse cabelo, imaginava, que tinha que ser a herança de uma mãe da ilha ocidental chamada Irlanda. Tinha visitado a guarnição em Dublin vários anos antes para comprar escravos e comercializar marfim, peles, chifres, terrinas e adornos de pedra-sabão. Disseram-lhe que os irlandeses se reproduziam como cães, e essa coloração original e rica, deve ter sido o resultado. Seus olhos eram também de uma cor estranha, uma estranha cor verde, uma cor que não tinha visto na Irlanda, um verde que lembrava ao musgo úmido. Ele só tinha que olhar a si mesmo em uma placa de prata polida, para saber que seus olhos, como os da maioria de seus compatriotas, eram de um azul céu, e quando o seu estado de ânimo era violento se tornavam de um azul tão profundo como o golfo de Oslo. Sua mãe, Helgi, disse, para sua vergonha, que o azul de seus olhos era suave e quente como o ovo de um pássaro.
Zarabeth era alta, talvez muito alta para ser uma mulher, mas ele era um homem grande e ainda era mais alto alguns centímetros e passava do topo de sua cabeça, por isso não lhe importava seu tamanho.








Série Vikings
1 - Estação do Sol
2 - Paixão Selvagem
3 - O Lord de Raven's Peak
4 - A Senhora de Falcon Ridge
Série concluída


9 de março de 2019

Série Família Sherbrook

11-O Príncipe de Ravenscar

Perto de Saint Osyth Na costa sul da Inglaterra
Março 1831
A noite estava tão negra como os sonhos do diabo, nem mesmo o fantasma de uma lua, e nem uma única estrela para perfurar através das espessas nuvens de chuva. Era uma noite perfeita.

Julian tinha amarrado seu cavalo castrado, Cannon, a um ramo magro de um carvalho curvado solitário e fez o seu caminho cuidadosamente para baixo no caminho sinuoso, íngreme e estreito para a enseada escondida. Uma caminhada que ele tinha feito inúmeras vezes nos anos antes de ele deixar a Inglaterra. Era bom estar de volta. Ele bateu os braços contra o frio, o vento saindo do canal e batendo contra seu casaco grosso, para aquecer a seus ossos. Quando ele finalmente chegou à saliência sombreada no penhasco, ele acendeu a lâmpada e ergueu-a, balançou três vezes, um sinal que ele próprio tinha estabelecido muitos anos antes.


10- A Filha do Feiticeiro
Quando Ryder Sherbrooke encontra uma criança espancada quase até à morte em um beco em Eastbourne, ele a levou à casa de Brandon. 

Ela não falou durante seis meses. Suas primeiras palavras, curiosamente, foram uma canção aterradora: Eu sonho com beleza e noites escuras Eu sonho com força e poder febril Eu sonho que não estou sozinha outra vez Mas, eu sei de sua morte e do seu pecado grave. Ah, e o que representaria esta música estranha que, aparentemente, foi impressa no cérebro da criança? Ela se denomina Rosalind de la Fontaine... uma vez que não se lembra quem é. Em sua primeira temporada em Londres, em 1835, sob a égide da Sherbrookes, ela conhece Nicholas Vail, o 7º Conde de Mountjoy, recém-chegado de Macau. Acontece uma fascinação instantânea de ambas as partes, mas por razões diferentes. Com Grayson Sherbrooke, eles são levados até uma cópia antiga de um misterioso livro escrito por um feiticeiro do século XVI. O livro é escrito em um código desconsertante que nem Grayson, nem Nicholas, conseguem ler. Mas Rosalind consegue fazer isso, sem problemas. Coisas estranhas começam a acontecer. Tanto Nicholas quanto Rosalind sabem que aquelas coisas estão relacionadas com o livro antigo e, talvez, até mesmo com o passado dela, particularmente com a música que ela cantou, pela primeira vez, como uma criança. A urgência cresce quando eles percebem que Rosalind é a chave para um mistério secular.

9- Portão de Lyon
Cinco anos após Jason Sherbrooke trocar a Inglaterra por Baltimore e os Wyndhams (The Valentine Legacy), maiores vencedores em corridas de cavalo da região, acordou certa manhã com o rosto feio de Horace, o pug de sua amante, olhando para ele, e soube que era hora de ir para casa.

Jason quer criar cavalos de corrida, principalmente o seu próprio puro sangue, Dodger, que é mais rápido do que um batedor de carteiras de Baltimore. Quando seu irmão gêmeo, James, o leva para Lyon's Gate, uma antiga e renomada fazenda de cavalos de corrida, perto da casa de sua família, Jason sabe, do fundo de sua alma, que quer essa propriedade mais do que qualquer coisa. Infelizmente, Hallie Carrick (Night Storm) quer Lyon's Gate tanto quanto Jason, e ela está totalmente preparada para lutar de forma desonesta contra ele para obtê-la. Agora a vida e o destino metem uma mão, e os dois se veem envolvidos com algo totalmente inesperado.








Série Família Sherbrook

9 de outubro de 2018

Rival

Série Família Sherbrook
A saga Sherbrooke continua com James e Jason Sherbrooke, os gêmeos idênticos tão parecidos com a sua tia Melissande, que irrita profundamente o pai dos rapazes, o conde. 

James, vinte e oito minutos mais velho do que o seu irmão é o herdeiro. Tem uns profundos e sólidos princípios, apaixonado estudante de astronomia, gosta de montar a cavalo e, ao contrário do seu irmão Jason, gosta de aprender os prós e contras da administração das propriedades que um dia vai herdar. Nunca se lança cegamente numa aventura, assim como a sua vizinha, Corrie Tybourne Barrett, que ele conhece desde que eram pequenos, e a qual nunca tinha visto limpa. Há muito tempo atrás, cansado das suas travessuras e do seu desdém, e depois de uma tentativa de jogá-lo por um penhasco, deulhe uns açoites. Uma história um pouco desalentadora para ambos. Mas quando o conde, Douglas Sherbrooke recebe ameaças de morte, que levam diretamente para o seu passado e a George Cadoudal, morto há bastantes anos, tudo apontando para uma história em particular, Corrie, James e Jason vão unir forças para descobrir o que está acontecendo.

Capitulo Um

Northcliffe Hall - Agosto, 1830
James Sherbrooke, Lorde Hammersmith, vinte e oito minutos mais velho que o seu irmão, perguntava-se se Jason estaria nadando no Mar do Norte pela costa de Stonehaven. O seu irmão nadava como um peixe, sem se importar se a água congelava as suas partes, ou se o aconchegava num banho quente. Ele diria enquanto se sacudia como o seu cão Tulipán, “Bem, James isso não importa, não é verdade? É bastante parecido a fazer amor. 
Pode estar numa praia arenosa com as ondas frias mordicando os dedos dos seus pés, ou dando voltas num colchão de penas no final, o prazer é o mesmo.” James nunca tinha feito amor numa praia arenosa, mas presumia que o seu gêmeo tinha razão. Jason tinha um modo de dizer a coisa que te divertia mesmo enquanto concordavas.
 Jason tinha herdado esse dom, se isso era realmente o que era, da sua mãe, quem uma vez tinha dito enquanto olhava amorosamente a James, que tinha dado à luz uma prenda de Deus e que agora era o momento de apertar os dentes e dar à luz a outra prenda. 
Com estas palavras tinha ganho olhares de puro assombro dos seus filhos e, claro, conformidade, a tal ponto que o seu pai tinha dado a ambos uma olhadela de profunda antipatia, tinha bufado e falou: “Mais umas prendas do diabo.” “Meus preciosos rapazes,” dizia ela, “é uma pena que sejam tão formosos, não é verdade? Isso incomoda realmente o vosso pai.” 
Eles olhavam-na fixamente, e uma vez mais concordavam. James suspirou e afastou-se do penhasco que dava para o Vale Poe, uma adorável extensão de verde ondulante, salpicada com árvores de ácer e lima, divididos por antigas cercas. 
O Vale Poe estava protegido por todos os lados por baixas colinas Trelow; James sempre acreditara que algumas dessas extensas colinas rodeadas eram antigos túmulos. Ele e Jason tinham criado inúmeras aventuras sobre os possíveis habitantes desses túmulos; Jason sempre tinha gostado de ser o guerreiro que vestia peles de urso, pintava a cara de azul e comia carne crua. Entretanto, James era o curandeiro, que mexia os dedos e fazia com que o fumo subisse em espiral para o céu, e fazia chover chamas sobre os guerreiros. James deu um passo atrás. 
Uma vez tinha caído desse mesmo penhasco, porque ele e Jason tinham estado lutando com espadas, e Jason tinha esmagado a sua espada contra a garganta de James, e James tinha-se agarrado à garganta e tinha-se sacudido; tudo drama e nada de estilo, tinha-lhe dito Jason mais tarde. Tinha-se desequilibrado e tinha caído pela colina, com os gritos do seu irmão. “Estúpido e condenado chorão, não se atreva a matar —se! Foi somente uma ferida no pescoço!” 
Ele tinha rido mesmo enquanto aterrava no fim da colina. Forte. Mas graças a Deus tinha sobrevivido somente com hematomas no rosto e nas costelas, o que tinha feito que a sua tia Melissande, que estava de visita a Northcliffe Hall, esbravejasse enquanto lhe passava as mãos pelo rosto. 
“Oh, meu querido rapaz, deve cuidar do seu seleto e perfeito rosto, e eu deveria sabê-lo, já que é como o meu.” O seu pai, o conde tinha falado para o céu, “Como pode ter acontecido uma coisa semelhante?” 








Série Família Sherbrook


No Castelo de Pendragon

Série Família Sherbrook
Quando seu primo Jeremy Stanton-Greville, a quem Meggie adora em silêncio desde os treze anos, lhe quebra o coração, ela embarca em um matrimônio apressado com Thomas Malcombe, o conde de Lancaster, um homem desiludido pelas más experiências com as mulheres no passado. 

Thomas leva a sua mulher a Pendragon, um velho castelo na costa sul oriental da Irlanda. É um lugar lúgubre, repleto de gente excêntrica, mas Meggie, que se esforça por conquistar o seu marido, a contra gosto dele, até que descobre que ela está ali por razões que poderiam conduzir a um desastre.

Capítulo Um

Corridas de gatos. Circuito McCaulty, próximo de Eastbourne, Inglaterra. 
Uma tarde de sábado ensolarado, abril de 1823 – Senhor Raleigh tire o Pequeno Tom do caminho do Senhor Cork! Por todos os diabos, ele está atrapalhando–o! 
Alguém tirou do caminho o Pequeno Tom justo a tempo, dois segundos mais tarde e o Senhor Cork o haveria feito em picadinho. Pequeno Tom era a grande esperança do senhor Raleigh, mas ainda não estava pronto para a competição dessa categoria. 
Pequeno Tom, negro como um parente do diabo e de diminutas patas brancas, não tinha mais que um ano, ainda não era um adulto nem estava bem treinado. 
Sem dúvida, quando os corredores já haviam saído disparados e haviam passado a velocidade de um raio, o senhor Raleigh voltou a colocar Pequeno Tom na pista, lhe deu uma palmada nos traseiros e lhe falou algo no ouvido. Esse murmúrio, sem dúvida, era a promessa de uma ração com pedaços de fígado de frango. Ao imaginar o saboroso que seria esse manjar até chegar a seu estômago, Pequeno Tom saiu propulsado para diante. Meggie Sherbrooke estudou os corredores, e com as mãos a modo de corneta voltou a gritar:
 – Por todos os diabos, Senhor Cork, corra! 
Não deixe que lhe alcance Mascarado II! Pode fazê–lo, corra! O reverendo Tysen Sherbrooke costumava passar por alto os momentos ocasionais em que sua filha recorria à blasfêmia predileta dos Sherbrooke, posto que era bastante apropriada para a corrida. Ele também gritou: – Corra, Senhor Cork, corra! Cleópatra, pode fazê–lo, vamos, bonita, vamos! 
O Senhor Cork, que fazia seis meses havia entrado na idade adulta, era um corpulento felino tigrado, de riscas alaranjadas no lombo e na cabeça, e com o ventre e as patas brancos como a neve, era tão forte como Clancy, o macho campeão do senhor Harbor. Senhor Cork corria atraído unicamente pelo aroma de uma truta; de uns três quilos de peso e sempre morta, graças a Deus. O peixe estava temperado com umas gotas de limão acabado de espremer e pendia da mão de Max Sherbrooke, situado na linha de meta. 
O garoto a fazia oscilar a modo de metrônomo e assim mantinha a atenção do Senhor Cork no peixe. Certamente, quando não se encontrava no período de treinamento, o bichano passava muitas manhãs parado junto à mesa da sala de jantar e deixava pairar acima uma coberta de riscas alaranjadas, agitando–a com um balanço preguiçoso. 
Com ele anunciava que estava pronto para que lhe servissem um delicioso lanche de bacon crocante, ou quem sabe uma tigela de leite, ou ambas as coisas, no caso de que seu benfeitor se sentisse generoso. Cheia de admiração, lady Dauntry disse que o Senhor Cork que era corpulento e forte, e que tinha as pernas musculosas, era puro poder e poesia em movimento. Lady Dauntry era a mestre–de–cerimônias desde os quatorze anos e jamais havia deixado de comentar as corridas. Inclusive aquelas que não acompanhava. Detestava a corrupção do circuito. No ano de 1823, havia um rumor de que existiam tentativas de adulterar os resultados das corridas. 
Por ela, todos os gatos se submetiam a uma estrita vigilância. Mary Rose, a mulher escocesa que havia se casado com Tysen fazia oito anos, gritou com uma vozinha aguda e cândida: 
– Corra, Cleo, bonita, corra! – Em seguida gritou a todo o pulmão: – Pode seguir seu ritmo, Alec! Corra, garoto!
 






16 de abril de 2017

A Noiva Escocesa

Série Família Sherbrook

Artimanhas do Destino!

Viúvo e com três filhos aos trinta e um anos de idade, Tysen Sherbrooke acaba de ser nomeado o novo barão Barthwick, do Castelo de Kildrummy, na Escócia.

Devoto, ponderado e de espírito honrado, o mundo limitado e sóbrio de Tysen vira de pernas para o ar quando ele se vê envolvido numa série de problemas, tendo de enfrentar pessoas que de bom grado lhe cortariam a garganta.
É quando entra inesperadamente em sua vida a bela Mary Rose, uma jovem marginalizada por ser filha ilegítima, uma mulher nobre e corajosa, que precisa de proteção.
E logo Tysen se vê contemplando a possibilidade de fazer bem mais do que apenas protegê-la...

Capítulo Um

Northcliffe Hall 15 de agosto de 1815
Tysen Sherbrooke olhou o gramado pelas grandes janelas da sala de Northcliffe com a testa franzida.
— Eu sabia que estava na linha de sucessão do título, Douglas, mas havia tantos herdeiros antes de mim que nunca imaginei que pudesse acontecer de fato.
Na verdade, não penso em Kildrummy há uma década. O último neto, Ian, morreu mesmo?
— Sim, seis meses antes do avô.
Parece que caiu de um penhasco no Mar do Norte.
O advogado acha que a morte de Ian acabou provocando a morte do velho Tyronne.
Bem, ele já tinha oitenta e sete anos, e provavelmente não precisava mais do que um empurrãozinho... Isso significa que você, Tysen, agora é o barão Barthwick.
É um título antigo, que remonta ao século XV, quando os homens importantes eram todos barões. Os condes vieram mais tarde, e foram considerados arrivistas por muito tempo.
— Eu me lembro bem do Castelo de Kildrummy — disse Tysen. — Fica no litoral, ao sul de Stonehaven, com vista para o Mar do Norte.
É um lugar bonito.
Não é como os antigos castelos medievais escoceses, muito altos e sem janelas: é uma construção mais recente, do final do sécuo XVII, creio.
Parece que o castelo original foi destruído em uma dessas intermináveis lutas entre clãs.
O novo tem telhados de duas águas, muitas chaminés e quatro torres.
O andar térreo tem um imenso pátio interno.
— Ele parou um instante, vendo tudo aquilo do ponto de vista do menino que era quando conhecera o lugar. Seus olhos brilhavam quando falou:
— A região é ainda selvagem, como se Deus tivesse olhado para baixo e decidido que ali não iria haver construções nem grandes estradas.
Há mais despenhadeiros do que se pode contar e apenas um caminho, estreito e sinuoso, que conduz ao castelo. Há também uma colina íngreme e rochosa, terminando em precipício à beira de uma praia, e muitas flores silvestres.
Douglas pensou que aquele havia sido um discurso bastante poético para um homem sério e, às vezes, até seco como seu irmão.
E ficou feliz por perceber que Tysen não só se lembrava muito bem de Barthwick, como também parecia gostar bastante de lá.
— Lembro-me de que você foi para lá com papai, quando tinha... Quanto? Dez anos?
— Isso mesmo. Foi um dos melhores momentos da minha vida.
Douglas não ficou surpreso com a resposta. Não era comum que um deles houvesse tido o pai só para si.
Sempre que pudera contar com a atenção do conde, sentira-se abençoado por Deus. Ainda sentia saudades do pai, um homem que amara os filhos e conseguira tolerar sua difícil esposa com um sorriso e um encolher de ombros.
Suspirou. Quantas mudanças!
— Já que você agora é o titular de um baronato medieval, suponho que terei de deixá-lo sentar-se à cabeceira da mesa.
Tysen não chegou a rir. Não tinha rido muito desde que decidira se tornar um homem de Deus, aos dezessete anos.
Douglas se lembrou do irmão deles, Ryder, dizendo a Tysen que, entre todos os homens que viviam naquela terra inculta, os sacerdotes eram os que deveriam ter o maior senso de humor, já que, obviamente, Deus o tinha.
Bastava olhar para todos os absurdos que os rodeavam.
Será que Tysen nunca havia observado o ritual de acasalamento dos pavões? Bastava olhar para o príncipe regente, aquele palhaço que, de tão gordo tinha de ser içado para entrar e sair da banheira.
Mas seu irmão Tysen era um homem sério; seus sermões eram magnânimos e profundos, sempre deixando implícito que Deus era um feitor severo e que não perdoava com facilidade os erros dos homens.
Tysen tinha agora trinta e um anos de idade, e todos os traços dos Sherbrooke: era alto, bem proporcionado, com os cabelos castanhos tendendo para o loiro e olhos da cor do céu no verão.
Ele, Douglas, era diferente, com sua cabeleira negra e olhos escuros.
Porém Tysen não tinha o mesmo amor pela vida que os irmãos tinham; nem a mesma alegria inata, ilimitada; ou a crença de que o mundo era um lugar agradável.
— Acho que devo viajar para a Escócia e ver como estão as coisas por lá — ele disse num suspiro.
— Sempre tenho tantas coisas para fazer aqui, entretanto nosso tio-avô Tyronne merece um herdeiro que, pelo menos, veja se a propriedade está sendo bem administrada. Não que eu tenha muita experiência nessa área, mas posso aprender.
— Sabe que eu vou ajudá-lo, Tysen. Quer que eu o acompanhe até Barthwick?
Ele meneou a cabeça, recusando a oferta.
— Não, Douglas, eu agradeço muito, porém é minha a responsabilidade. Conheço um cura que pode assumir minhas funções por algum tempo. Você se lembra de Samuel Pritchert, não?Claro que sim, pensou Douglas. Não havia como esquecer aquele homem tão austero e arrogante.


O Cortejo

Série Família Sherbrook
Helen é uma mulher alta ― mais baixa do que Heatherington apenas cinco centímetros ― uma atarefada e resoluta proprietária de sua própria pousada.


Ela adora seu pai, Lorde Prith, e quer encontrar a “lâmpada mágica do Rei Edward” mais do que tudo. É a sua única paixão ― até que ela conhece Heatherington.
Spenser Heatherington, Lorde Beecham, é um mulherengo de renome, um solteirão resoluto, e realmente gosta de sua vida. Quando ela o joga no chão e se senta sobre ele, este finalmente admite que vá sucumbir a ela, mas ela o informa, para seu desgosto, que não quer um amante, quer um parceiro. Mas as coisas funcionam um pouco diferente do que qualquer um dos dois esperava. Na verdade, Heatherington, se sentindo frustrado, toma medidas drásticas para mudar as ideias da moça. Será que eles encontrarão a lâmpada de Helen? Há mais neste tesouro que qualquer um deles sabe? Procurar e descobrir...

Capitulo Um

Londres 1811, 14 de maio, Pouco antes da meia-noite
Lorde Beecham parou abruptamente. Ele virou-se tão rapidamente que quase tropeçou em um grande vaso de palmeira. Ele não podia acreditar. Ele tinha que estar errado. 
Ela não poderia ter dito isso, poderia? Ele olhou para a mulher que acabara de ouvir falar. Ele abriu duas grandes folhas de palmeira e olhou para a biblioteca do Sanderling, uma longa, estreita, sala forrada de prateleiras ao lado do salão. Enquanto a biblioteca estava cheia de tomos escuros, teias de aranha nos cantos sombrios, e apenas um pequeno ramo de velas iluminando as sombras, o salão estava cheio de velas acesas, plantas, e pelo menos duas centenas de convidados, todos rindo, dançando, e bebendo muito do potente ponche de champanhe. 
 A mulher que ele tinha ouvido antes falou novamente. Ele deu um passo mais perto da biblioteca mal iluminada. Sua voz era rica, tentadora, cheia de risos. —Realmente, Alexandra, —ela disse, —não é apenas o simples pensamento da disciplina; só de ouvir a palavra, dizê-la lentamente para si mesma e deixá-la acariciar sua língua quando você a diz, não é o mesmo que conjurar todos os tipos de deliciosas cenas de dominação? Você não pode ver apenas a si mesma? Você está completamente à mercê de outro, essa pessoa está em total controle, e não há nada que você possa fazer. Sabe de uma coisa que vai acontecer e você está temendo isso, o seu coração está batendo, você está com medo, muito medo, mas é um delicioso tipo de medo o que sente. Você sabe, no fundo, que está antecipando o que está por vir. Você mal pode esperar que ele venha, e não há nada que você possa fazer a não ser imaginar o que ele fará com você. 
Ah, sim, sua pele está ondulando com a emoção. Houve um silêncio mortal. 
Espere, foi uma respiração pesada que ouviu? Lorde Beecham, cuja imaginação muito ativa tinha evocado uma visão de si mesmo em pé sobre uma mulher bonita, sorrindo para ela enquanto amarrava suas mãos sobre a cabeça e depois suas pernas, em propagação para sua cama, sabendo que em apenas alguns minutos, ele iria retirar sua roupa, uma linda peça de cada vez, lentamente, muito lentamente, e... 
 —Oh, Deus, Helen. Eu tenho que me abanar. Creio que o meu peito está palpitando. Você é muito boa em criar figuras com as palavras. O que você descreveu soa terrível e maravilhoso. É algo que me faz ficar com água na boca. Também soa como uma grande produção que requer muito planejamento. 
 —Ah, sim, mas isso é parte do ritual. É muito importante que o mesmo seja planejado perfeitamente. Você faz parte do ritual, a parte mais importante, você é a única no controle. Ele requer que você seja constantemente inventiva, que não continue utilizando as mesmas disciplinas com o passar do tempo. Lembre-se, a antecipação de algo desconhecido é uma coisa muito poderosa. Para ser eficaz, a disciplina deve constantemente crescer e mudar. Na maioria dos casos, é eficaz ter outras pessoas por perto para testemunhar a disciplina. Isso faz com que o destinatário fique ainda mais assustado, seus sentidos mais elevados, seus pensamentos mais focados. É um processo incrível. Você terá que tentar. Ambos os lados da mesma. O mais profundo silêncio se seguiu. 
Tentar?








Série Família Sherbrook

28 de outubro de 2016

Louco Jack

Série Família Sherbrook
Em Mad Jack vai encontrar duas das pessoas mais puras na Londres de 1811.

Mad Jack é, na realidade Winifrede Levering Bascombe, que, felizmente, tem seu nome mudado muito rapidamente na história. 
Ela chega a Londres disfarçada de valete com as tias, Mathilda e Maude, para implorar o auxílio de Lord Cliffe, Grayson St. Cyre.
Entre vários acontecimentos engraçados, St. Cyre descobre o engano de 
Jack, e também descobre sentimentos que ele nunca imaginou que possuía. No meio de toda a risada, no entanto, esconde-se um segredo mortal que está pronto para saltar e esmagar Jack e Gray.

Capítulo Um

St. Cyre Town House, Londres, 1811, 25 de março

Grayson Albemarle St. Cyre, Barão de Cliffe, lia a única página mais uma vez, em seguida, a amassou em sua mão e jogou na lareira. Enquanto observava o papel dobrar lentamente em torno das bordas e explodir em chamas brilhantes, ele pensou, algumas cartas, não possuem muitas palavras, mas a maioria são cruéis e malévolas.
Saiu da sala de estar e foi pelo longo corredor em direção à parte de trás de sua casa. Abriu a porta para a biblioteca, a sua sala, tudo sombrio e quente, cheia de livros e pouco mais. As pesadas e escuras cortinas de veludo dourado estavam firmemente fechadas para a noite, o fogo estava baixo e lento porque nenhum dos funcionários sabia que ele estaria vindo para aquela sala naquele momento.
Todos pensavam que tinha saído cinco minutos antes para visitar sua amante.
Pensou na carta maldita e amaldiçoou, mas não tão fluentemente quanto seu pai fazia quando estava tão bêbado que mal conseguia andar. Sentou-se em sua mesa, pegou um pedaço de papel da gaveta de cima, mergulhou a pena no tinteiro, e escreveu:
Se eu receber uma outra ameaça de você, vou tratá-lo como merece. Eu vou bater em você até que fique sem sentido e deixá-lo em uma vala para morrer.
Assinou suas iniciais GSC e lentamente dobrou o papel, deslizando-o em um envelope. Caminhou até a elegante mesa espanhola, que estava contra a parede no hall de entrada, e colocou o envelope na antiga bandeja de prata, que seu mordomo, Quincy, limpava todos os dias, à uma hora da tarde, sem falhar.
Ele se perguntou, quando andou na fria e clara noite de início da primavera, para o apartamento de sua doce Jenny o que aconteceria agora.
Provavelmente nada. Homens do tipo de Clyde Barrister eram covardes.
Não havia nada mais a dizer, maldita. Estava ofegante de raiva com ela, a pequena cadela ingrata. Ele não se conteve. Levantou a mão para bater nela, em seguida, se segurou. — Se eu bater em você, Carlton irá perceber e, talvez, não a queira.
Ela gemeu, sua cabeça para baixo, seu cabelo longo disperso, emaranhado e suado caindo dos lados de seu rosto.
— Finalmente calada, não é? Eu nunca pensei que iria vê-la muda como uma árvore. É refrescante por uma vez não ter que ouvir suas queixas e ver esses seus olhares. Silêncio e submissão são muito charmosos em mulheres, em você especialmente, embora só agora o esteja vendo pela primeira vez. Bem, talvez tenha acabado, eh? Sim, você finalmente desistiu. Não vai contra mim.
Ela não disse uma palavra. Quando ele pegou seu queixo com a mão e forçou sua cabeça para cima, havia lágrimas em seus olhos. Mas ainda assim ele franziu a testa. Olhou duro para ela, ainda respirando agitado por seu ritmo e gritos. Mas seu rosto já não estava tão corado como tinha estado um minuto antes, e sua voz não tremeu de raiva quando falou. —Você vai se casar com Sir Carlton Avery. Ele vai voltar amanhã de manhã. Vai sorrir timidamente para ele e dizer-lhe que é uma honra se tornar sua esposa. Dei-lhe a minha bênção. Os preceitos de casamento estão acordados. Tudo está feito.








Série Família Sherbrook

30 de abril de 2012

A Herdeira

Série Família Sherbrook

Sinjun tem dezenove anos, é abençoada com os olhos azuis dos Sherbrooke, uma personalidade cativante e um senso de humor maravilhoso. 

E está terrivelmente entediada com a temporada de bailes em Londres... até que avista Colin Kinross, o conde escocês de Ashburham, do outro lado do salão. 

Ao ouvi-lo comentar com um amigo que precisa encontrar com urgência uma moça rica para se casar a fim de salvar suas finanças, Sinjun prontamente se apresenta como resposta às preces do rapaz... 
Sinjun, então, faz a última coisa que imaginara que um dia tivesse coragem de fazer: contrariando todas as expectativas de sua família, ela vai para a Escócia, para começar uma nova vida num castelo antigo e misterioso, que contém mais revelações e surpresas do que ela esperava encontrar 

Capítulo Um 


Londres, 1807 

Sinjun o viu pela primeira vez no meio do mês de maio em uma reunião oferecida pelo duque e duquesa de Portmaine. 
Ele devia estar a alguns metros dela. Não conseguiu desviar o olhar. 
Dobrou o pescoço para continuar com uma boa visão quando ele parou diante de um grupo de damas, inclinando-se com respeito diante de uma delas. 
Era alto, Sinjun deduziu, já que a jovem dama chegava apenas ao ombro do rapaz. 
Continuou com o olhar fixo nele, sem saber por que e sem se importar tampouco com esse comportamento estranho até que sentiu uma mão pousar em seu braço. 
Mas não queria perder o rapaz de vista. Caminhou à frente. 
Ouviu a voz de uma mulher atrás de si, mas não se voltou. 
Ele sorria para a jovem, e Sinjun foi tomada por uma estranha sensação. Aproximou-se mais, circulando a pista de dança. 
Ele agora estava muito próximo e era definitivamente alto como Douglas, o irmão dela, e igualmente forte, os cabelos mais escuros que os do irmão, e os olhos... Oh, bom Deus, um homem não devia ter olhos daquela cor! 
Eram de um azul-escuro, mais escuro que o colar de safira que Douglas havia dado a Alex em seu aniversário. 
Se apenas estivesse próxima o suficiente para poder tocá-lo, colocar os dedos naqueles fios negros de cabelos... Soube naquele momento que seria feliz olhando para ele pelo resto de sua vida. 
Decerto era um pensamento maluco, mas mesmo assim verdadeiro. 
Esse homem tinha atributos masculinos. Sim, tinha um corpo atlético, forte e rijo, e era talvez mais jovem que Ryder, que acabara de completar vinte e nove anos.
Uma voz insistente lhe alertou que abrisse os olhos e parasse com toda essa bobagem. 
Afinal, era apenas um homem e, sendo assim tão bonito, possuiria também o mesmo problema de caráter que sempre acompanhava a boa aparência. 
Isso, ou pior. Não teria inteligência alguma. Talvez até tivesse algum dente podre. 
Mas não, não era verdade, porque ele jogou a cabeça para trás e riu, e aquela risada dava sinais de grande inteligência. 
Ah, quem sabe ele fosse um bêbado ou um jogador, ou um patife ou coisa do tipo. 
Ela não se importava. Continuou com os olhos fixos nele.
Sensações estranhíssimas invadiam seu corpo, sensações que não entendia bem. 
Finalmente a conversa entre ele e a jovem dama findou, e ele se curvou e se afastou em direção a um grupo de cavalheiros. 
O grupo seguiu para a sala de jogos, para grande desapontamento de Sinjun. 
Alguém bateu em seu braço de novo. Era Alex, sua cunhada. 
— Você está bem? Está aí parada como uma estátua. Eu a chamei, mas nem pareceu me ouvir.
 — Oh, sim, estou muito bem. — Ouviu uma risada masculina e soube que era a dele, pura e ressonante. Encheu-se de excitação, e algo que não soube definir bem, mas que era poderoso.
— Sinjun, que diabos está acontecendo com você? Está doente ou algo assim? 
Naquele momento Sinjun decidiu manter a boca fechada, o que não era de seu costume. Além do mais, o irmão se reunira a ela e à esposa. 
O conde Douglas Sherbrooke observou a irmã. Sinjun parecia estranha. 
Distraída, o que era uma novidade. 
Ela era como um lago de águas límpidas, seus pensamentos e sentimentos sempre visíveis no rosto expressivo, mas agora ele não conseguia ter a menor idéia do que lhe passava pela mente. Isso o aborrecia. 
Era como se não conhecesse mais a própria irmã. Tentou então a neutralidade.


A Noiva Endiabrada

Série Família Sherbrook

Ryder Sherbrooke é um conquistador galante e divertido, e que tem um segredo. 

Quando ele viaja para a Jamaica a fim de solucionar um intrigante mistério nos canaviais de sua família, um outro enigma se apresenta na forma de Sophie Stanton-Greville, uma jovem de dezenove anos que está determinada a seduzi-lo. 
E Ryder desconfia que não é por causa de seu charme irresistível. 
Sophia sempre teve absoluto controle sobre os rapazes, até conhecer Ryder. 
Seu vizinho, obviamente, é diferente dos outros. 
Ele, por sua vez, confiante e seguro como qualquer homem bom conhecedor das mulheres, trata de logo deixar claro para Sophie quem está no comando. 
Segundo os rumores, ela divide a cama com três amantes.
Será aquela jovem encantadora tão audaciosa como parece? 
Será que ela é uma mulher sedutora... ou uma garota inocente com um terrível segredo? 

Capítulo Um 

Montego Bay, Jamaica Junho de 1803. 
Dizia-se que ela colecionava amantes. 
Três constavam de sua lista atual: o pálido e franzino Oliver Susson, solteiro, advogado, rico, avançando rapidamente para a meia-idade; o fazendeiro Charles Grammond, com esposa e quatro filhos, dono de uma grande plantação de cana-de-açúcar, vizinho a Camille Hall, onde ela morava com o irmão e o tio; e lorde David Lochridge, o filho mais novo do duque de Gilford, banido da Inglaterra por participar de três duelos em três anos consecutivos, matando dois homens e ferindo o último, além de tentar dilapidar em mesas de pôquer a herança que a avó lhe deixara e da qual tomara posse ao completar a maioridade, sete anos antes. 
Ryder Sherbrooke ouviu atentamente cada detalhe a res¬peito de cada um daqueles homens em sua primeira tarde em Montego Bay. Era surpreendente, porém, que nada se expli¬casse sobre a notória mulher, cujos favores eram tão ostensi¬vamente disputados. Gold Doubloon poderia ser chamado de bar, de clube e de café. Construído em um único piso, ao lado da igreja de St. James, o local parecia ser o ponto de encontro preferido dos cavalheiros daquela ilha, ao que o movimento indicava. Ryder cogitava se o sucesso do empreendimento não se resumia a uma estratégia simples, mas eficaz do proprietário. Segundo ele, todas as lindas jovens que circulavam por entre as mesas com sorrisos e notável cordialidade, ou eram suas filhas, ou sobrinhas ou primas. 
Fosse isso verdade ou não, ninguém se atrevia a questionar. 
Em boas-vindas, Ryder fora convidado a provar uma cerveja artesanal, escura e espessa, que o fizera relaxar e se sen¬tir confortável, de volta mais uma vez à terra firme, de onde não acreditava que precisaria ter saído. Não fosse a insistência quase desesperada de Samuel Grayson, o administrador da fazenda de cana-de-açúcar que sua família possuía naquele fim de mundo, para que alguém viesse em seu socorro, Ryder não teria deixado a excitação de sua vida na Inglaterra e o convívio com seus entes queridos. 
Mas fora preciso tomar uma atitude altruísta e enfrentar sete semanas em alto-mar por águas turbulentas, até desembarcar no meio de um verão insuportável que fazia de cada respiração uma agonia. 
Não que ele preferisse ter permanecido em Northcliffe Hall, no lugar de Douglas. 
Por ser o irmão mais velho, fora Douglas a herdar o título de conde com todos seus atributos, mais a exigência de se casar com uma moça da escolha da família. 
Assim, enquanto Douglas se esforçava por se adaptar à nova vida de casado, Ryder empreendia uma viagem para verificar se havia algum fundamento nessas histórias sobrenaturais e malignas que estavam ocorrendo em Kimberly Hall, segundo o supersticioso administrador.


12 de outubro de 2011

Noites de Tormenta

Trilogia Noites

Eugenia Paston tinha jurado que faria um pacto com o próprio demônio, se isso significasse salvar da ruína o estaleiro de seu pai. 

Mas, associar-se com o rico capitão inglês Alec Carrick parecia ser um acordo muito mais perigoso.
Quando adentraram as tempestuosas águas do mar, o aristocrata britânico provocou nela desejos que nunca antes tinha conhecido, prazeres que nem sequer imaginava. E, com suas carícias e cuidados, ele ia obter as mais valiosas posses da Eugenia: sua independência e seu frágil e apaixonado coração.

Revisão Inicial Ana Júlia
O livro é bom, nos mostra a triste realidade das mulheres no século XIX, e quanto o machismo era grande, o como o mocinho desse livro é machista, que horror...
Quis matá-lo durante todo o livro, e dei graças a Deus por não ter nascido nessa época.
A mocinha é uma guerreira, luta pelo que quer. Boa leitura

Capítulo Um

A bordo do Bailarina Noturna
Perto da baía de Chesapeake
Outubro, 1819
Carrick estava parado na cobertura, perto do leme do Bailarina.
Sua atenção estava dividida entre as velas em cruz que não deixavam de golpear o mastro e sua pequena filha, que estava sentada com as pernas cruzadas no meio de um círculo de fibras de cânhamo enroladas, onde praticava seus nós.
De onde Carrick estava, via que a pequena parecia estar aperfeiçoando os nós.
Jamais começava uma nova tarefa, ou neste caso, nunca passava ao nó seguinte até que o anterior tivesse saído exatamente como desejava.
Carrick recordava que a pequena passou mais de dois dias praticando seu nó de volta redonda, até que Ticknor, o segundo mestre do Bailarina, um jovem de vinte e três anos que tinha navegado de York Shire e se ruborizava como uma adolescente ante a coisa mais insignificante, finalmente lhe disse:
- Chega senhorita Hallie. Já está ótimo. Já o fez. Não queremos que lhe encham as mãos de calos como as de um pedreiro, não? O mostraremos ao seu papai e vai ver que está perfeito.
E Alec elogiou o nó.
Deus não permitisse que a menina tivesse mãos de pedreiro!




Trilogia Noites
1 - Noites de Fogo
2 - Noites de Sombras
3 - Noites de Tormenta
Trilogia Concluída



14 de setembro de 2011

Noites de Sombras

Trilogia Noites
O brutal assassinato de seu benfeitor tinha deixado Lily Tremaine na mais absoluta miséria e com a responsabilidade de garantir a segurança de seus três filhos. 
Desesperada, procurou ajuda na casa do sobrinho de seu prometido Knight Winthrop, Visconde de Castlerosse... homem ardiloso, solteiro e incrivelmente atraente.
Logo Lily se sentiu atraída por ele e envolta em uma complicada e perigosa relação, enquanto seu irresistível desejo se transformava em um apaixonado amor...

Nota revisora Michelle Estorillio: O livro é bom, envolvente. Lá pela metade do livro fiquei irritada com o mocinho que banca o babaca com a mocinha, mas ela no melhor estilo não bate que eu gamo e uma boa pegada vale mais que mil palavras lisonjeiras, se apaixona pelo mocinho.
Depois que o mocinho descobre a besteira que estava fazendo a coisa melhora e fica só a boa pegação com a mocinha.
A mocinha por sua vez é determinada e valente. Faz de tudo para defender aqueles que ama.

Capítulo Um

Perto de Bruxelas, Bélgica
Setembro, 1814
Tristan Monroe Winthrop cantarolava uma melodia enquanto apressava o passo.
Estava feliz com sua astúcia e seu êxito.
Sorriu ao cantarolar, e não se surpreendia de poder fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Estava convencido de que podia tudo.
Pensou em Lily, que o esperava com os meninos, e quase começou a correr.
Tinha estado ausente durante três dias, e sentia muita saudade.
É obvio que sentir saudades dos meninos não era o mesmo que sentir saudades de Lily. A bela Lily, que logo seria sua esposa.
Tinha lançado seus filhos como anzol e, agora o admitia sem vergonha, tinha dado resultado.
Seus filhos, e o fato de que ela não tivesse outra possibilidade de escolha.
Não chegava aos vinte anos, estava sozinha em uma cidade estrangeira, tinha que pagar o funeral de seu pai, e tinha que encarregar-se das dívidas que tinha deixado.
O pai da moça, o barão Markham, um jogador contumaz e incrivelmente desafortunado, tinha sido seu amigo.
Tristan o tinha salvado não, mas muitas vezes de credores que teriam tomado sua formosa filha como pagamento de suas dívidas. Sem seu consentimento, é obvio.
Um dia, caiu, com uma forte dor no peito.
Lily estava ao seu lado; olhava-o sem entender ao princípio.
Logo as lágrimas começaram a correr por suas bochechas.
Viveu dois dias mais. Depois morreu deixando-a sem nada exceto suas roupas.
Mas Tristan tinha estado ali para ajudá-la.
Gostava dela, além disso, ela amava os seus filhos e eles à Lily.
Convidou-a para viver com ele e as crianças e, é obvio, ela se negou, até que ele mudou de melodia e lhe pediu que se transformasse na governanta de seus filhos.
Fazia só dois meses que ela tinha aceitado casar-se com ele.


Trilogia Noites
1 - Noites de Fogo
2 - Noites de Sombras
3 - Noites de Tormenta
Trilogia Concluída

13 de setembro de 2011

Noites de Fogo

Trilogia Noites

Amarrada em um casamento sem amor, Arielle Leslie só havia conhecido uma vida de vergonha e desgraça. 

Assim depois da morte de seu monstruoso marido, ela se sentia incapaz de se libertar das cadeias da humilhação. Só o amor de Burke Drummond poderia salvá-la... Se ela permitisse.
 
Mas enquanto ela desperta para a paixão, a paciência de Burke está acabando.
E Arielle corre o risco de viver em um futuro incerto, mais terrível que seu passado...
A única coisa que manteve a esperança de Burke Drummond viva durante três anos de guerra, foi voltar para casa e poder se casar com Arriele, seu amor de muitos anos. Nunca pensou que em sua ausência seu meio irmão tomou uma decisão que afetaria a vida de todos eles.
Ao voltar da guerra, a adolescente que deixou havia se transformado em mulher.
Mais apaixonado que nunca, Burque se propõe a reconquistá-la, sem conseguir compreender porque Arielle parece fugir dele.
Está decidido a descobrir o passado de Arielle e ajudar a curar aquelas feridas, sem saber que o passado é justamente o que Arielle não suporta enfrentar.
Mas enquanto a paciência de Burke esgota… O perigo se acerca, o filho bastardo do marido de Arielle, está disposto a qualquer coisa para cumprir a promessa que fez a seu pai...

Comentário de leitura final Ana Paula G: Seriamente, estou ficando bem preocupada com os meus gostos ultimamente...kkkk..Brincadeira, livro ótimo, envolvente...
Só uma ressalva: as muito românticas talvez se choquem com alguns trechos.
Não é um livro fácil de ler, no sentido que o sofrimento da heroína à nível emocional é pesado demais!!! Entretanto, o herói é um doce, ajudando-a a superar todas os traumas!

Capítulo Um

Rendel Hall, Sussex, Inglaterra, 1813
Arielle tinha medo. Não sabia a causa de seu temor.
De todos os modos, ali estava esse sentimento.
Olhou o filho ilegítimo de seu marido: Etienne DuPons, filho de uma costureira francesa agora falecida.
Tinha uma leve semelhança com o pai de Paisley quando era jovem; inclusive o nariz era um tanto curvo, reproduzindo o mesmo estilo; e o lábio inferior era mais grosso que o superior.
Tinha o queixo igualmente proeminente, os olhos azuis cinzento, igualmente pálidos, e também muito penetrantes.
Compreendeu que o temia, e lenta, muito lentamente, pois não queria atrair a atenção de seu marido, depositou o garfo sobre o prato.
Etienne já estava ali há quase duas semanas.
Não que parecesse a admirar francamente, ou lhe mostrasse uma cortesia excessiva.
Mas de todos os modos, ela o evitava.
Sabia que às vezes Paisley a observava, e depois olhava ao seu filho, e em seus olhos se manifestava uma expressão calculista. Mas, o que planejava?
-Arielle, o faisão não te agrada?
Ele via tudo, o que era estranho, porque sua visão estava diminuindo.
-É delicioso. Acontece que esta noite não tenho muito apetite, Paisley.
-De todos os modos, comerá seu jantar. Desagradaria-me que não o fizesse.
Ela retomou seu garfo e comeu o faisão.
Paisley não a castigou desde a segunda noite da chegada de seu filho ilegítimo a Rendel Hall.
Tampouco a obrigou a permanecer nua durante horas e horas no quarto, pendurada nessa corda unida ao gancho do teto, ou com as mãos nos joelhos frente a ele, ou as mãos de Arielle sobre o corpo masculino, com sua boca acariciadora...
Ela estremeceu, e sentiu desejo de vomitar o faisão.
Ouviu o que Paisley dizia a Etienne:
-Não, não se diria que tem dezoito anos, verdade? Mas é assim. Já está a quase dois anos casada.
Por que Etienne se importava com a idade de Arielle? Dirigiu-lhe um olhar.
Ele também a olhava fixamente.
Arielle sentiu que o coração pulsava com força, e que as mãos ficavam pegajosas.
-Mais vinho, Etienne?
-Non, madame


Trilogia Noites
1 - Noites de Fogo
2 - Noites de Sombras
3 - Noites de Tormenta
Trilogia Concluída

7 de outubro de 2010

Jessie e James

Trilogia Legacy
Jessie conhece James desde que tinha catorze anos e começou a correr como jóquei, representando o haras de seu pai.
Apesar das constantes provocações de James, Jessie o adora.
Na verdade, ela nutre por ele uma paixão secreta, mas não consegue demonstrar o que sente, ou não sabe como fazê-lo, e o resultado é uma impressão exatamente oposta, agravada pelo fato de ambos serem adversários nas pistas de turfe.

Nada preparou Jessie e James para a reviravolta do destino que mudaria suas vidas para sempre.
Um tombo de uma árvore, em circunstâncias suspeitas, compromete a reputação de Jessie, obrigando James a lhe propor casamento, o que, por sua vez, desencadeia uma série de estranhos pesadelos em Jessie, pesadelos perturbadores, que sugerem algo terrível relacionado à sua infância, um mistério assustador que precisa ser desvendado para que eles possam, finalmente, encontrar a felicidade nos braços um do outro...

Capítulo Um

Baltimore, Maryland Março de 1822

óquei Clube do condado de Slaughter. Sábado, última corrida. A derrota era certa.
Perder era sempre difícil. Principalmente para Jessie Warfield. James sabia que Rialto, o representante do Haras Warfield, o estava alcançando, com seus cascos golpeando firme e velozmente a pista de terra.
Virou a cabeça sobre o ombro esquerdo, movido por um reflexo. 

Rialto estava correndo mais rápido do que um sedutor da cama de sua amante, ao ouvir os passos do marido se aproximando pelo corredor.
James curvou o corpo para a frente e alongou-o até encostar o rosto à orelha de Tinpin. Tinha por hábito falar com seus cavalos antes das corridas e também durante as competições, para lhes transmitir ânimo e confiança.
Tinpin era um bravo competidor, sem deixar de ser dócil.
Lutava pela vitória tanto quanto seu dono. 

Sua determinação só foi esquecida uma vez, quando preferiu reagir a um jóquei que lhe batera com um chicote, impedindo-o de continuar em sua garupa, a disputar o prêmio.
Tinpin estava ofegante. Da raça quarto de milha, aquela era a segunda corrida de que participava na categoria.
Rialto levava vantagem sobre ele, tanto em capacidade quanto em experiência.
James, contudo, continuava a pressioná-lo pelos flancos, com os pés e os tornozelos, e a dizer que acreditava que ele seria capaz de vencer Rialto, um nome tolo, de uma ponte de Veneza.
Ainda lhe prometeu uma ração extra de aveia e uma taça de champanhe diluída no cocho de água.
E o cavalo acelerou, e foi diminuindo a distância, mas perdeu assim mesmo, embora apenas por uma cabeça.
James afagou o pescoço de Tinpin e confortou-o, certo de que seu cavalo teria conquistado o primeiro lugar se tivesse sido outro jóquei a montá-lo.
Tinpin estava coberto de suor, resfolegando com insistência.
A multidão assobiava e ovacionava.
Algumas vaias se misturavam aos aplausos. 

As pessoas diziam que James era um mágico com seus cavalos. Não naquele dia.
Não conseguira levar Tinpin nem mesmo em segundo lugar à linha de chegada. No último instante, um puro-sangue castanho, como Rialto, o vencera.
O animal era jovem, com quatro anos, de nome Pearl Diver, também pertencente ao Haras Warfield.
James conduziu Tinpin para as cocheiras, pensativo. 

Ao apear, brandiu o chicote contra sua bota e baixou a cabeça. 
Em sã consciência, não podia culpar seu cavalo. 
A derrota se devera ao excesso de peso do cavaleiro.
— Que fiasco, James! Você me fez perder dez dólares.
Um sorriso se sobrepôs à onda de depressão diante de Gifford Poppleton, que caminhava em sua direção. 

Um bom rapaz. James aprovara o casamento da irmã, Ursula, com Giff, um ano antes.
— Não ficará mais pobre por isso, cunhado!
— Não, mas não é essa a questão! — Giff e James prosseguiram lado a lado. — Você é grande demais para ser um jóquei. Seja cordato, meu caro. Vinte e cinco quilos fazem uma grande diferença!
James parou e cruzou os braços.
— Brilhante dedução! Pena que eu não tivesse desconfiado até agora.
Giff não se importou com o sarcasmo do cunhado e abraçou-o pelo ombro.
— Eu não queria ter usado de franqueza com você. Ursula insistiu tanto que eu acabei cedendo.
— A fedelha pesa ainda menos — James resmungou.
— Fedelha? Oh, já sei quem é. Jessie Warfield, claro. Você sempre se refere a ela desse jeito, embora a menina tenha crescido e se transformado em mulher.Redcoat poderia tê-la derrotado, se você não gostasse tanto de correr. É um excelente jóquei. Você o treinou muito bem. Quanto ele pesa? Cinqüenta quilos?


Trilogia Legacy
1 - A Duquesa
2 - O Legado de Nightingale
3 - Jessie e James
Trilogia Concluída