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13 de agosto de 2010

O Príncipe Leopardo

Trilogia dos Príncipes
Enriquecida, Lady Georgina Maitland não quer um marido, embora não lhe seria nada mal um administrador que cuide de suas propriedades.
Ao pôr a vista em cima de Harry Pye, e Georgina sabe que não só está tratando com um servente, mas também com um homem
Harry conheceu muitos aristocratas... incluindo um em particular que é seu inimigo jurado.
Mas Harry jamais conheceu uma formosa dama tão independente, desinibida e ansiosa por estar em seus braços.
Contudo, é impossível manter uma aventura discreta quando o envenenamento de ovelhas, assassinato de aldeãos e um magistrado raivoso têm alvoroçado o condado inteiro. Os aldeãos culpam Harry de tudo. Georgina não demorará em fazer algo para poder manter a ela mesma salva e salvar Harry da forca... sem perder-se noutra noite de amor.

Capítulo Um

Yorkshire, Inglaterra
Setembro de 1760

Depois do acidente da carruagem e um pouco antes que os cavalos fugissem, Lady Georgina Maitland reparou que o administrador de suas terras era um homem.
Bom, quer dizer, naturalmente que sabia que Harry Pye era um homem.
Não tinha a falsa ilusão de que fosse um leão ou um elefante, nenhuma baleia, nem certamente nenhum outro membro do reino animal (se podia chamar-se animal a uma baleia e não simplesmente um peixe muito grande). O que queria ela dizer era que sua masculinidade se tornara de repente muito evidente.
George enrugou a testa enquanto estava em pé na deserta estrada que conduzia a East Riding, em Yorkshire.
A seu redor, as colinas cobertas de plantas se estendiam até o horizonte cinza. Estava anoitecendo rapidamente cedo devido à tormenta.
Poderiam ter estado nos limites da Terra.
—Você acredita que a baleia é um animal ou um peixe muito grande, senhor Pye? —gritou ela ao vento.
Harry Pye encolheu os ombros.
Uns ombros cobertos unicamente por uma empapada camisa de linho que tinha grudada a ele de um modo esteticamente agradável.
Tirou previamente o casaco e o colete para ajudar ao John, o cocheiro, a desemparelhar os cavalos da carruagem quebrada.
—Um animal, minha Lady. —A voz do Senhor Pye era, como sempre, uniforme e profunda, com uma espécie de tom grave no final.
George não o tinha ouvido elevar a voz nem manifestar nenhum tipo de paixão.
Nem quando tinha insistido em acompanhá-lo a seu imóvel em Yorkshire; nem quando tinha começado a chover, reduzindo a velocidade de sua viagem a um lento arrasto; nem quando a carruagem tinha quebrado fazia vinte minutos.
«Que irritante era!»
—Acredita que poderá concertar a carruagem? —George puxou a sua capa empapada até cobrir o queixo enquanto contemplava os restos de seu veículo.
A porta pendurava de uma dobradiça, que batia por causa do vento; duas rodas estavam esmagadas, e o eixo traseiro tinha ficado em um estranho ângulo.
Era uma pergunta totalmente estúpida.
O Senhor Pye não indicou nem por ação nem por palavras que estivesse a par da estupidez de sua pergunta.
—Não, Milady.
George suspirou.
Em realidade, era quase um milagre que nem eles nem o cocheiro tivessem ficados feridos nem tivessem morrido.


Trilogia dos Príncipes
1 - O Príncipe Corvo
2 - Príncipe Leopardo
3 - O Príncipe Serpente
3.5 - A Princesa de Gelo
Trilogia Concluída