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26 de dezembro de 2018

O Príncipe que me Amou

Série Príncipes de Oxenburg
Um príncipe bonito e libertino que não acredita no amor verdadeiro, encontra uma moça teimosa que não se contentará com nada menos que isso …  

O príncipe Alexsey Romanovin desfruta de sua vida despreocupada, flertando ― e mais ― com cada adorável senhora que atravessa o seu caminho. Mas quando a Grã-Duquesa Natasha interfere e decide que é hora do neto se casar, Alexsey encontra-se na Escócia determinado a frustrar seus planos. Inteligente, leitora ávida e com óculos, Bronwyn Murdoch parece ser a resposta perfeita: ela não é de todo do gosto da duquesa. Vivendo sempre às ordens da sua ambiciosa madrasta e volúveis irmãs, Bronwyn tem pouco tempo para flertar ― não importa o quão intoxicantes sejam os seus beijos. Afinal, nenhum príncipe mimado e arrogante estaria seriamente interessado numa mulher determinada como ela. Assim… Não seria divertido transformar seu jogo de cabeça para baixo e provar que uma mulher comum poderia levar um príncipe a ajoelhar-se aos seus pés?

Capítulo Um

Gentil leitora, a nossa inocente heroína, de cabelos dourados, Lucinda Wellville, está em grave perigo. Sem saber, o malvado Sir Mordred entrou em seus aposentos enquanto ela dançava no baile de seu tio, e agora está escondido atrás das cortinas da cama de seda, com uma faca apertada em sua mão deformada… O Duque Negro, por Srta. Mary Edgeworth.
Sentada à sombra de sua árvore favorita, o cheiro de grama úmida e as folhas fazendo cócegas em seu nariz, Bronwyn Murdoch virou a frágil página do pergaminho e tentou não fazer uma careta. Em algum lugar por volta do capítulo sete, ela tinha começado a se perguntar se Lucinda, a heroína irritante e incompetente do livro O Duque Negro, realmente merecia viver. A garota tola estava sempre choramingando a respeito de sua vida, enquanto se recusava a fazer qualquer coisa sobre isso.
― Eu ouso afirmar que uma vez que Sir Mordred mostrar sua vil faca, você gritará e fugirá. Apesar de conhecê-lo, você vai tropeçar em suas saias no caminho para fora da porta e alguém terá que resgatá-la.
Bronwyn olhou por cima dos óculos para a plateia, dois enormes cães de caça que ela tinha desde que eram filhotes.
― Devo ler em voz alta um pouco?
Walter, com a grande cabeça em seu colo, abriu um olho sonolento e balançou a cauda, enquanto Scott bocejava tão amplamente que era possível ver todos os seus dentes.
― Eu tomarei isso como um sim. ― Ela se encostou contra o enorme tronco de árvore, a grama espessa como uma almofada macia debaixo dela.
“Lucinda chegou ao santuário de seu quarto e fechou a porta, inclinando-se sobre ela, grata pelo silêncio pacífico que a esperava. Durante toda a noite, seu tio desfilou com ela diante de uma horda de determinados pretendentes que a observaram como um grupo de lobos famintos olhando um patinho particularmente gordo”.
Bronwyn olhou para Walter.
― Eu ficaria muito chateada se alguém me olhasse como um patinho gordo.
Ele piscou sonolento, mas parecia estar de acordo.
― Estou feliz que Papai não tem nenhum desejo de me casar ― ela disse aos cães sonolentos. Já a madrasta de Bronwyn era outra história. Como filha mais nova de um conde e muito mais preocupada com ascensão social que Bronwyn ou seu pai, Mamãe tinha tentado muito obter uma união vantajosa para Bronwyn durante a sua primeira e desastrosa temporada, marcada pela inexperiência dela com a sociedade e sua tendência natural para a solidão. Após a derrota, Bronwyn se recusou a repetir o mesmo, o que fez Mamãe começar um longo discurso até que o pai interveio e exigiu que o assunto fosse abandonado. Por ser um homem solitário, ele entendeu muito bem a angústia da filha.
Bronwyn não podia deixar de se alegrar; uma temporada já tinha sido suficiente, muito obrigada. Felizmente, com o passar dos anos, a atenção de sua mãe havia mudado para a irmã de Bronwyn, Sorcha, que faria a sua estreia em Londres na próxima temporada. Sorcha gostava de bailes e de se arrumar; e não podia esperar para ser apresentada ao mercado matrimonial.
― Mas não eu. ― Bronwyn tirou os chinelos e enrolou os dedos dos pés na grama espessa e fria antes de afundar nas emocionantes páginas de seu livro.
“Lucinda apertou as mãos contra as batidas do seu coração e abaixou sua cabeça, sua calma retornando lentamente. Alguns dos pretendentes tinham sido bonitos, alguns ricos e alguns encantadores, mas nenhum a fez sentir do jeito que Roland fez, com seus olhos azuis acinzentados e sorriso reluzente”.
Bronwyn bufou.
― Você já teve a chance de fugir com ele, sua boba covarde, mas em vez disso você chorou como um copo quebrado, resmungando sobre como você sentiria muita falta de suas irmãs para ir. Você não merece Roland.
Roland era corajoso e romântico, e o seu discurso implorando a Lucinda para fugir com ele tinha enchido os olhos de Bronwyn com lágrimas.
― Quem me dera conhecer um Roland.

 





Série Príncipes de Oxenburg
1- O Príncipe que me Amou
Série concluída