Maximilian Cale, o Duque de Lyons, há muito tempo enterrara sua tristeza por ter perdido seu irmão mais velho, Peter, que foi declarado morto depois de ser sequestrado.
Quando uma nota misteriosa chega de Tristan Bonnaud afirmando que o irmão do Duque está vivo, leva Max direto para a cativante Lisette Bonnaud, filha ilegítima de um visconde e a irmã de Tristan.
Logo ele e Lisette estão viajando para Paris passando por marido e mulher, em busca de Tristan, que desapareceu. E quanto mais tempo ele passa com Lisette, mais fácil é para Max ver que a linha entre o ducado e o desejo é mais fácil de atravessar do que ele imaginava ...
Capítulo Um
Covent Garden, Londres, Abril 1828
Não havia uma única carta de Tristan em todo o lote.
Enquanto a manhã nublada se iluminou para um cinza menos sombrio, Lisette jogou a correpondência sobre a mesa no escritório de Dom. Típico. Quando ela deixou Paris, Tristan tinha prometido escrever-lhe uma vez por semana. Mas, embora começasse bem, dois meses haviam passado sem mais do que uma linha vinda dele.
Ela estava dividida entre a preocupação sobre o que tinha parado o fluxo de cartas, e um desejo de amarrar seu irmão irresponsável por seus dedos dos pés e deixá-lo ver o que era ser deixado pendurado.
- Você tem certeza que não quer me acompanhar para Edimburgo neste caso? - Perguntou Dom. - Poderia tomar notas para mim.
Lisette olhou para ver seu meio-irmão descansando na porta. Aos trinta e um anos, era mais magro e mais duro do que quando eram jovens, e agora tinha uma cicatriz na bochecha da qual não falava, que viera de Deus sabe onde. Mas ele ainda estava com ela.
A maior parte do tempo. Ela fez uma careta. Às vezes, podia ser tão mal como Tristan.
Desde que Dom a tinha recolhido ali vinda da França há seis meses, ela trabalhara duro para transformar sua casa alugada da cidade em um lar. Só porque também servia como o Instituto de Investigações Manton não significava que tinha de ser fria e impessoal. Mas o que lhe tinham valido seus esforços? Nada, apenas um outro homem para governar seu comportamento.
Sentando-se na cadeira, ela levantou uma sobrancelha. - Você não precisa de mim para tomar notas, lembra de tudo palavra por palavra.
- Mas você é melhor em descrições do que eu. Percebe coisas sobre as pessoas que eu não faço.
Ela revirou os olhos. - Só irei se você me deixar fazer mais do que descrever as coisas e fazer-lhe um chá.
olhou-a com cautela. - Como o quê?
- Entrevistar testemunhas. Seguir suspeitos. Transportar uma pistola.
Para seu crédito, ele não riu. Tristan teria rido. E, em seguida, tentaria, de novo, encontrar um marido adequado no meio dos seus arrogantes amigos soldados em Paris, que agiam como se uma bastarda meio-inglesa como ela devesse ficar grata por todas as migalhas de sua atenção.
Em vez disso, Dom pareceu considerar quando entrou na sala. - Você sabe como usar uma pistola?
- Sim. Vidocq me mostrou. - Apenas uma vez, antes de Tristan acabar com as lições, mas Dom não precisava saber disso.
Ele já estava xingando Eugène Vidocq, o ex-chefe da polícia secreta francesa. - Eu não posso acreditar que o nosso irmão permitiu que estivesse em qualquer lugar perto desse canalha.
Ela encolheu os ombros. - Nós precisávamos do dinheiro. E Vidocq precisava de alguém na Sûreté Nationale em quem pudesse confiar para organizar todos os seus índices de cartões contendo descrições de criminosos. Foi uma boa posição.
E, para sua surpresa, ela gostara. Após a morte de Maman, três anos atrás, quando Lisette mudara-se para Paris para viver com Tristan, ela ansiava por um trabalho útil para levar sua mente fora de sua dor. Vidocq tinha-o oferecido. Ela aprendera sobre investigação de crimes com ele. Vidocq tinha até proposto contratá-la como agente para a Sûreté, como tinha feito com outras mulheres, mas Tristan tinha se recusado a permitir.
Ela bufou. Tristan pensava que era perfeitamente certo para ele ser um agente da Sûreté de todos estes anos, mas sua irmã era para ser mantida envolta em algodão até encontrar um marido. O que era mais improvável a cada ano. Ela já tinha vinte e seis anos, pelo amor de Deus!
- Qual é a sua resposta, Dom? - Ela incitou seu meio-irmão. - Se eu for com você, vai me deixar fazer mais do que tomar notas?
- Não desta vez, mas talvez um dia…
- Isso é o que Tristan sempre disse. - Ela fungou. - Enquanto isso, ele estava tramando pelas minhas costas para me casar, e quando isso não funcionou, me despachou para Londres com você.
- Pelo que eu sou profundamente grato - disse Dom com um leve sorriso.
- Não tente me distrair com elogios. Eu também não vou me casar com qualquer uma das suas escolhas para marido.
- Bom - disse ele alegremente. - Porque eu não tenho nenhuma. Sou muito egoísta para querer perdê-la para um marido. Preciso de você aqui.
Ela olhou para ele com incerteza. - Você só está brincando.
- Não, querida, não estou. Você tem uma riqueza de informações sobre os métodos de Vidocq armazenados em sua cabeça inteligente. Seria louco em casar você e perder tudo isso.
Lisette suavizou. Dom tinha estado muito mais confortável com ela, aprendendo seu negócio, do que ela esperava. Talvez fosse porque tinha lutado tão duro para ganhá-lo, depois de George e ele terem rompido completamente. Ou talvez fosse porque lembrava sua infância com carinho.
Seja qual for o caso, ela iria permitir-lhe algum tempo. Talvez, eventualmente, ele iria considerar dar-lhe funções mais amplas. Deveres mais emocionantes. Ela poderia, finalmente, começar a viajar, para satisfazer o desejo que tinha herdado do pai. Era uma medida do quanto
Série Homens do Duque
0.5 - Era a Noite Depois do Natal
1 - O Que o Duque Deseja
2 - O Regresso do Canalha
2.5 - Dorina e o Doutor
3 - Como o Malandro Seduz
4 - A Ruína do Visconde
Série Concluída
1 - O Que o Duque Deseja
2 - O Regresso do Canalha
2.5 - Dorina e o Doutor
3 - Como o Malandro Seduz
4 - A Ruína do Visconde
Série Concluída