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21 de abril de 2019

O Terceiro Pretendente

Série Instrutoras

Setembro de 1847

Harry Chamberlain, Conde de Granville - um dos bandidos mais charmosos que já tivemos o prazer de conhecer. Um homem corajoso, forte, no entanto terno e muito sexy.







Capítulo Um

Wildbriar Inn, na costa de Dorset, Inglaterra
Inclinando-se sobre a grade alta da varanda, Harry Chamberlain olhou para baixo, para o arbusto florido que cercava seu chalé à beira-mar e perguntou:
— Jovenzinha, o que você está fazendo aí embaixo?
A garota vacilou, parou de rastejar pela coleção de musgo, terra e flores cor-de-rosa desbotadas, e virou um rosto sujo para o dele.
— Shh — Ela olhou para trás, como se alguém estivesse rastejando atrás dela —. Estou tentando evitar um dos meus pretendentes.
Harry olhou atrás dela também. Ninguém estava lá.
— Você pode ver ele? — ela perguntou.
— Não há uma alma à vista — Um homem inteligente a teria deixado ir embora, Harry estava de férias, um período livre que ele precisava desesperadamente, e ele tinha jurado evitar problemas a todo custo. Agora, uma menina de talvez dezoito anos, vestida com um modesto vestido florido azul, veio rastejando pelos arbustos, armada com nada mais do que uma história ridícula, e ele ficou tentado a ajudar. Tentado por causa de um rosto magro e bronzeado, grandes olhos castanhos, uma boca beijável, um gorro azul torto e, desse ângulo, o melhor par de seios que ele já tivera a sorte de contemplar.
Tal indisciplina em seu próprio caráter o surpreendeu. Na verdade, ele era Edmund Kennard Henry Chamberlain, conde de Granville, dono de uma grande propriedade em Somerset, e por causa do peso de suas responsabilidades ali, e das responsabilidades adicionais que assumira, tendia a cumprir seu dever sem capricho. 
De fato, foi esse traço que o colocou, oito anos atrás, servindo a Inglaterra em vários países e posições. Agora ele olhava para uma mulher com intenção de alguma bobagem e descobriu em si mesmo o desejo de descobrir mais sobre ela. Talvez ele finalmente tivesse relaxado da tensão de seu último emprego. Ou talvez ela fosse o relaxamento que ele procurava.
Com uma voz trêmula, ela implorou: — Por favor, senhor, se ele aparecer, não diga a ele que estou aqui.
— Eu não sonharia em interferir.
— Oh, obrigada!