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12 de maio de 2020

A Balada de Rosamunde

Série As Joias de Kinfairlie

Presa no reino das fadas, Rosamunde só pode ser liberada pelo amor verdadeiro - mas o homem que amava está morto. 

Padraig anseia por ser mais do que um amigo para Rosamund e... se ele declarar o seu amor e ter uma chance no futuro, ele poderá ganhar seu coração para sempre?


Capítulo Um

Galway, Irlanda - abril 1422
A hora era tarde e a taberna estava lotada. Padraig sentou perto da lareira, observando os jogos de sombras que a fogueira lançava sobre os rostos dos homens ali reunidos. A cerveja lançou um zumbido quente dentro dele, o mais próximo que ele gostaria de estar do calor do sol Mediterrâneo novamente.
Ele deveria ter ido para o sul, como Rosamunde tinha insistido que ele fizesse. Ele deveria ter vendido o navio dela e seu conteúdo, como ela o havia instruído. Galway foi tão longe quanto ele tinha conseguido navegar de Kinfairlie - e ele só tinha chegado tão longe porque sua tripulação o tinha obrigado a deixar o local do desastre.
Onde Rosamunde havia se perdido para sempre.
Em vez disso, ele tinha voltado para cá, para o local em que foi educado, ao túmulo de sua mãe e a taberna dirigida por sua irmã e seu marido. Ele tinha um fascínio pelo lugar, com o porto movimentado e as ruas de paralelepípedos, as portas altas e as memórias, mas ele iria trocá-lo num piscar de olhos para uma viagem ao longo dos mares com Rosamunde.
Talvez Galway teria que fazer *Teria que esperar*.
Padraig gostava de música, sempre gostou, e canção foi o único consolo que encontrou na ausência da companhia de Rosamunde. Ele encontrou o seu pé batendo ao ritmo da música enquanto um homem local cantava sobre uma aventura.
—Uma canção! —, Gritou Declan, o guarda – quando uma música divertida chegou ao fim. —Quem mais tem uma música?
—Padraig! —, Gritou a irmã. Ela era uma mulher bonita, embora uma que não tolerava disparates. Padraig suspeita que havia aqueles com mais medo dela do que seu marido. Muito parecida com a mãe deles nesse sentido. —Cante a música triste que você começou na outra noite—, ela suplicou.
—Há outros de melhor voz—, Padraig protestou.
A companhia rugiu um protesto em uníssono, e assim ele concordou. Padraig tomou um gole de cerveja, então ficou de pé para cantar uma balada de sua própria composição.








Série As Joias de Kinfairlie

1 - A Noiva de Kinfarlie
2 - A Rosa de Gelo
3 - A Mulher que Veio da Neve
3.5 - A Balada de Rosamunde
Série concluída




22 de julho de 2011

A Mulher que Veio da Neve

Série As Joias de Kinfairlie
Lady Eleanor aprendeu a ser desejada só por sua fortuna e, quando aceita o matrimônio com Alexander de Kinfairlie, unicamente espera viver segura. 

Mas seu marido a enche de cuidados e volta a despertar nela a paixão, sem preocupar-se com sua riqueza...
Uma riqueza que os inimigos de Eleanor desejam a qualquer preço...


Capítulo Um

Kinfairlie, Escócia
24 de dezembro de 1421

A neve caía rápida, espessa; o céu sem estrelas era mais escuro que o anil. Já havia passado da meia-noite, Eleanor compreendeu que não podia continuar fugindo. A pequena aldeia que se erguia ante ela parecia enviada pelo céu; não havia ali altas muralhas nem portões trancados. Na verdade, ela não achava que houvesse algo tão aprazível em lugar algum da Cristandade, mas mesmo assim a tranquilidade do povoado era sedutora.
Não sabia como se chamava esse lugar; tampouco lhe importava. Assim que viu a igreja decidiu imediatamente que essa aldeia adormecida, com sua serena certeza sobre a bondade do mundo, era o lugar que escolheria para descansar.
A noite não duraria muito mais, pois a escuridão já ia dando lugar à luz da alvorada. Eleanor ignorava aonde iria depois, mas compreendeu que não poderia tomar nenhuma decisão enquanto estivesse tão esgotada.
A porta da igreja não estava fechada com chave; ela suspirou de alivio ao comprovar que seu último temor era infundado. Entrou em suas sombras, que a abraçaram, e deixou que a porta se fechasse pesadamente atrás de si. Aguardou, quase esperando que a ilusão de tranquilidade se fizesse em pedaços, mas aos seus ouvidos só chegava o silêncio. De pé na soleira, inalou profundamente o aroma das velas de cera, o ar de prece e devoção, a aura de todo lugar.
Asilo.
Acima do altar havia só um vidro pequeno; a luz refletida pela neve o atravessava e iluminava o interior nu da capela. Era uma igreja humilde, sem dúvida; notava-a vazia até na penumbra. O altar estava desprovido de cálice e de custódia, prova de que até essa comunidade achava que era preciso guardar tais tesouros sob chave.
Eleanor viu o banco próximo ao altar, possivelmente o que o sacerdote utilizava, e se sentou nele. Detinha-se pela primeira vez depois de passar uma eternidade correndo.
Depois escutou, temendo o pior.
Não se ouvia ruído algum, exceto o forte palpitar de seu coração. Não havia ruído de galopes que a perseguiam. Não ladravam cães que tivessem achado seu rastro. Ninguém gritava para anunciar que tinham descoberto seus rastros.
Essa neve que caía depressa bem podia ser uma bênção, pois não demoraria em ocultar seu trajeto e dissimular seu aroma. Acomodou-se no assento, decidida a esperar o tempo necessário até ter a certeza de que estava a salvo.
Percebeu, uma a uma, as dores de seu corpo exausto; só então percebeu que o frio a tinha apanhado: não sentia a ponta dos dedos; cruzou os braços, com as mãos colocadas sob as axilas. Seu estômago devia estar vazio, mas estava tão cansada que não o notava. Estava sedenta, sem dúvida.
Haviam passado só três dias e três noites desde que tudo mudara irrevogavelmente? Não se atreveu a perguntar-se o que seria dela agora; estava muito cansada para pensar em algo que não fosse o objetivo, quase impossível, de escapar.

Série As Joias de Kinfairlie
1 - A Noiva de Kinfarlie
2 - A Rosa de Gelo
3 - A Mulher que Veio da Neve
4 - a revisar

7 de outubro de 2010

A Rosa de Gelo

Série As Joias de Kinfarlie
Vivienne, uma jovem sonhadora e amante de contos de fadas, é forçada a se casar por dinheiro com um desconhecido cavalheiro, Erik de Blackleith, que precisa de uma esposa para lhe dar um herdeiro nobre para recuperar os seus direitos à herança familiar.

Vivienne, condenada ao papel de mãe, decide lutar com toda sua força para abrir o coração gelado de Erik e realizar seus sonhos de amor.

Capítulo Um

Kinfairlie, costa oriental da Escócia, agosto de 1421
Alexander se felicitava por um assunto bem resolvido.
Embora o matrimônio de Madeline, sua irmã mais velha, não tivesse começado debaixo de bons auspícios, a solução que ele tinha procurado demonstrava ser boa.
Tal como havia predito, Madeline estava casada e feliz, ainda mais contente pelo bebê que já lhe arredondava o ventre.
Embora Alexander não tivesse localizado Rhys FitzHenry mediante os métodos convencionais para formar casais, o homem que comprou em leilão para a mão de sua irmã tinha resultado ser um marido excelente.
Tudo terminava bem e Alexander se outorgava o mérito por este fato tão feliz. Tinha que tomar fôlego como melhor pudesse.
Em Kinfairlie eram poucos os méritos que ele podia atribuir-se; freqüentemente se sentia afligido pela carga dessa propriedade hereditária.
Diante da janela, cravou a vista nos campos da propriedade, carrancudo ao ver o pouco viço de seu verdor.
A colheita era algo melhor do que seu alcaide tinha previsto, mas não o suficiente. Embora Madeline já estivesse casada e seus dois irmãos em treinamento (Malcolm no Ravensmuir e Ross no Inverfyre), havia ainda quatro irmãs solteiras sob a responsabilidade de Alexander.
O alcaide se mostrava firme ao advertir que deviam reduzir o número de bocas à mesa antes que chegasse o inverno.
Os campos lhe ofereciam um revelador aviso. Ainda teria que casar a Vivienne, a segunda depois de Madeline, antes que chegassem as nevascas.
Por desgraça Vivienne estava sendo tão difícil de casar como sua irmã mais velha. Estava bem disposta a tomar marido, mas desejava sentir afeto por ele antes que celebrassem as núpcias.
De fato, queria estar apaixonada.
Alexander tinha a impressão de que ambos tinham visitado todos os homens da Cristandade sem proveito algum. E se ela voltasse para buscar seu olhar para fazer esse imperceptível gesto negativo com a cabeça, ele poderia perfeitamente explodir em um rugido.
Embora tivesse preferido que Vivienne fosse feliz, agosto já vinha em cima. Logo se veria obrigado a intervir no assunto.
Com um suspiro, Alexander sepultou a cabeça nas contas do imóvel, com a esperança de descobrir que as coisas estavam um pouco melhor do que ele pensava. Antes que chegasse a aborrecer-se de comprovar os ganhos, alguém bateu na porta de madeira. Anthony, o velho alcaide de Kinfairlie, entrou na sala e, como o amo demorasse a responder, pigarreou.
— Um cavalheiro deseja vê-lo, milord. Solicita que o receba em privado assim que seja possível.
Alexander se sentiu intrigado, pois era estranho que chegasse alguém a Kinfairlie sem ser convidado, mais ainda que requeresse privacidade.
— Deu seu nome?


Série As Joias de Kinfarlie
1 - A Noiva de Kinfarlie
2 - A Rosa de Gelo
3 - A Mulher que Veio da Neve
4 - a revisar

6 de outubro de 2010

A Noiva de Kinfairlie

Série As Joias de Kinfairlie
Escócia, 1421.

Lady Madeline foge de casa — depois de ter sua mão leiloada contra a sua vontade por seu irmão para que houvesse uma boca a menos a alimentar em Kinfairlie durante o difícil inverno que se aproxima — a fim de não ser obrigada a casar com um homem que sequer vira antes.
Mas o noivo desconhecido a resgata e casamento se realiza.
Rhys FitzHenry é um misterioso cavalheiro galês, atraente, generoso e com talento para contar histórias encantadoras – mas sua cabeça está a prêmio por traição contra a Coroa. Lentamente, Madeline passa a acreditar na inocência de Rhys e entre eles emerge o amor... Um amor que em breve será posto à prova, já que a jovem senhora terá que salvar a vida de seu amado, frente a um antigo inimigo...

Prólogo

Kinfairlie, costa oriental da Escócia, abril de 1422.
Alexander, magnificente Lorde de Kinfairlie, cravou um olhar ardente em sua irmã.
Não houve efeito imediato.
De fato, Madeline brindou—o com um sorriso cativante.
Era uma mulher formosa, de cabelo escuro e olhos azuis; essa combinação de cores fazia sua beleza tão chamativa que os homens costumavam olhá—la com espantada admiração.
Além disso, era absolutamente encantadora e inteligente.
Isso, somado à vintena de homens desejosos de obter a mão dela, não faziam mais que aumentar a irritação do irmão por ela recusar—se a casar.
— Não há motivos para essa cara de aborrecimento, Alexander – disse Madeline, em tom irônico — Minha objeção é razoável.
— Não há nada razoável no fato de uma mulher, aos vinte e três anos, insistir em permanecer solteira — grunhiu ele — Não posso entender o que papai tinha na cabeça, para não tê—la casado decentemente há dez anos.
Os olhos de Madeline cintilaram.
— Papai levava em consideração que eu amava James e me casaria com ele no momento certo.
— James está morto. — replicou Alexander, com mais aspereza do que desejava. Já tinham discutido isso dezenas de vezes e ele estava farto da teimosia da irmã em aceitar o óbvio — Morreu há quase um ano.
A face de Madeline ficou sombria e ela ergueu o queixo.
— Não há nenhuma certeza disso.
— Morreram todos aqueles que participaram do ataque inglês aos franceses em Rougemont. O fato de não haver nenhum sobrevivente para contar como tudo aconteceu não muda as coisas. – Alexander suavizou o tom de voz ao ver que ela afastava o olhar piscando para conter as lágrimas – Ambos teríamos preferido outro destino para James, mas você deve aceitar que ele não retornará.
Alexander notou com alívio que Madeline erguia as costas e o fogo ressurgia nos olhos dela. Era um bom sinal vê—la com ânimo para discutir com ele.
— Compreendo que as feridas do coração demoram a cicatrizar, Madeline, mas o tempo está passando para ti.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— Para todos nós, meu irmão. Por que você não se casa primeiro?


Série As Joias de Kinfarlie
1 - A Noiva de Kinfarlie
2 - A Rosa de Gelo
3 - A Mulher que Veio da Neve
4 - a revisar