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22 de dezembro de 2020

Para sempre em meu coração

Série Crônicas do Relógio de Bolso

Como uma lutadora mãe de dois filhos, casada com um homem abusivo, Mary Campbell sabe que não deve esperar um milagre de Natal.
Glasgow vitoriana pode brilhar com lanternas cobertas de neve, enquanto lojas com decoração festiva tentam os clientes com as delícias do feriado, mas tal alegria não faz parte de seu mundo onde até tortas de carne picada e pudins estão fora de alcance. No entanto, coisas surpreendentes podem ocorrer quando um anjo imortal chamado Gertrude intervém com seu relógio de bolso mágico. Uma verdadeira maravilha do feriado acontece na hora certa. O marido de Mary se transforma em um homem gentil e amoroso que logo conquista seu coração - um herói, sua alma enviada de mais de cem anos no futuro. Mas mesmo quando o amor e a paixão se acendem, existem realidades no uso do relógio de bolso que não podem ser ignoradas. O Dr. Gerald Rose, um psiquiatra moderno de Nova York, conhece Gertrude e seu relógio de bolso. Ele é frequentemente chamado para ajudar os viajantes do tempo recém-chegados ou que retornam. Infelizmente, o último pedido de Gertrude interfere em seus planos de jantar e beber vinho com uma atriz famosa. Ele ainda tem ingressos para um show de sucesso da Broadway. Gerald incita sua velha amiga Gertrude a pedir a ajuda de outra pessoa, mas ela permanece insistente, deixando-o sem escolha. E realmente, quem pode dizer não a um anjo?

Capítulo Um

Govan, Escócia, 20 de dezembro de 1857
Mary Campbell encolheu-se no chão perto da velha lareira onde ficava o fogão de ferro. Querido Deus, por que ela perguntou? Jock estava bêbado. E quando ele estava bêbado, quase qualquer coisa que ela dissesse poderia irritá-lo. Mas era dia de pagamento. E se houvesse alguma chance de conseguir um pedaço extra com o qual comprar algo um pouquinho especial para o jantar de Natal da próxima semana, seria no dia do pagamento - antes que ele bebesse tudo. Mas o dia de pagamento também significava que ele bebeu algumas
canecas a mais no pub a caminho de casa.
Jock agarrou seu braço, puxando- a para cima e dando-lhe uma sacudida forte.
―Por Deus, mulher, trabalho muito pelo meu dinheiro. Eu darei a você o que eu achar adequado dar a você e
nem um centavo a mais. Soltando seus ombros, ele a golpeou com as costas da mão com tanta força que ela perdeu o equilíbrio. Sua cabeça bateu na parede ao lado da lareira e ela caiu no chão, atordoada. A escuridão puxou para ela. Como ela adoraria ceder, mas a voz de sua filha de quatro anos penetrava na névoa como um farol.
―Mamãe?
Lutando para permanecer consciente, ela disse: ―Katie, volte para a cama.
O lábio inferior de sua filha tremeu e as lágrimas deslizaram por seu rosto.
―Mas estou com medo.
―Leve sua pele chorona de volta para a cama ou eu darei a você algo para chorar, ―Jock rosnou.
Mary lutou para ficar de joelhos. ―Por favor , querida, vá.― O barulho também deve ter acordado o bebê. Seu lamento rasgou a cabana escura e gelou a alma de Mary. Jock não tolerava crianças chorando. Ela precisava ficar entre os filhos e seu marido furioso, mas não era possível. Ele já havia dado o primeiro passo em direção ao quarto,com o punho cerrado. Ela não podia permitir. Sua mão roçou o ferro de fogo. Sem pensar, ela o agarrou. Era a única arma que ela tinha. Mas antes que ela pudesse dar um único passo em sua direção, ele parou.
Todo o seu comportamento mudou. Seus passos diminuíram, seus ombros caíram e ele relaxou o punho, estendendo a mão aberta para acariciar a bochecha de Katie. Ele se agachou na frente dela. ―Não chore, pequena.― Ele olhou ao redor da casa como se nunca a tivesse visto antes. ―Está tarde. Você deve ter tido um sonho ruim. Vamos ver se podemos acalmar o patife gritando e colocá -lo de volta na cama. ― O choque de Mary se refletiu no rosto de Katie. Jock se levantou, pegou a menina pela mão e a conduziu de volta para o
quarto.Mary o seguiu, ainda segurando o atiçador ao lado.
Seu marido, que nunca tinha feito nada para ajudar a cuidar de seus filhos, largou a mão da filha e pegou o pequenino Robbie. Embalando o bebê em seus braços, ele saltou e balançou suavemente de um lado para o outro, fazendo sons suaves e calmantes.
―Pronto, homenzinho. Quieto agora. Você assustou a menininha com seus miados.
Quando Robbie começou a se acalmar, Jock colocou o bebê na curva de seu braço esquerdo e com a mão
direita gentilmente empurrou Katie em direção à cama.
―Agora, pequena senhorita, é uma noite fria. Vamos mantê-lo bem e aquecido sob essas cobertas. ― Mary
estava na porta, boquiaberta.
Jock ajudou Katie sob as cobertas, aconchegando-as confortavelmente ao seu redor. ―Nossa, este é um cobertor fino. Vou ver se consigo encontrar algo para ajudar a mantê-la aquecido.
Essas palavras não poderiam ter saído da boca de Jock. Quantas vezes Jock afirmou com confiança que as crianças não foram feitas para serem mimadas? ―Um pouco de frio, um pouco de fome os torna fortes.―
Mary tinha cobertores escondidos em um baú sob a cama de Katie.
Depois que Jock adormecia, ela saia da cama e cobria as duas crianças com cobertores mais quentes, certificando-se de colocar os finos por cima. Não que Jock tivesse o hábito de alguma vez verificá-los. Ainda assim, ela tomou a precaução de qualquer maneira. Se ela tivesse acreditado que sua demonstração de preocupação agora era genuína, ela teria puxado os cobertores. Mas não foi. Não pode ser. E ela não podia correr o risco. Isso foi algum tipo de atuação. Mas com que propósito ela não sabia.
Então, para choque adicional de Mary , ele se inclinou e beijou gentilmente a bochecha de Katie. ―Boa noite,
ameixa. Ameixa doce? Nenhuma vez ele chamou Katie de nada, exceto de 'menina', nem lhe deu um beijo de boa noite. Por falar nisso, ele não tinha dado um beijo carinhoso em Mary desde o dia em que se casaram. Os
beijos de Jock eram agressivos e duros.
Mary não sabia o que fazer. Ela apenas ficou lá, o ferro ainda em sua mão, pronto para proteger seus filhos a qualquer custo. No momento em que Jock colocou Katie na cama, o bebê havia voltado a dormir. Jock co
locou Robbie gentilmente em sua cama, cobriu-o bem e depois se virou para sair do quarto. Por um
momento ele pareceu atordoado, como se não soubesse que ela estava ali.
―Eu uh ... vi você . Por que você estava segurando aquele ferro de fogo?
―Você estava ... quer dizer, eu pensei que você era ...


6- Para sempre em meu coração
Série concluída


27 de abril de 2019

O Presente

Série Crônicas do Relógio de Bolso
Tavish Ranald, herdeiro de Laird Ranald deve se casar. 

É seu dever. Mas ele não está pronto. Ele ama alguém que ele nunca pode ter. Como ele pode se casar com a escolha de seu pai, Claire Morrison, quando outra mulher mantém seu coração e sempre será?
Cassandra Wren Calloway é uma rica herdeira americana que prefere ser a estudante universitária de espírito livre Cassie Wren. Mas quando ela perde sua alma gêmea , seu espírito e coração ficam alquebrados, ela não tem certeza de como pode seguir em frente. Então Gertrude, um espírito imortal, oferece a Cassie a oportunidade, passando sessenta dias em outro tempo, como outra pessoa. Cassie salta para a chance. Ela acorda como Claire Morrison, na Escócia do século XIV, e embarca na maior aventura da sua vida.O único problema é Tavish Ranald ...

Capítulo Um

O apartamento acima do Hooked Restaurante e Bar, 
Baltimore, Maryland, Domingo, 11 de agosto, 2013
Cassie Calloway ficou olhando para o smartphone na mão. Era o aniversário de sua irmã mais nova, Sloan. Não é que não quisesse chamar sua irmã; ela amava Sloan, mas temia que a chamada não fosse uma boa ideia, pois a última vez que estiveram juntas, trocaram duras palavras. Sloan, junto com a maioria do resto da família, tinha deixado muito claro que Cassie não era mais bem-vinda em suas vidas.
Ainda assim, ela não podia ignorar o aniversário de sua irmã.
Cassie digitou o número de Sloan, se perguntando se ela sequer iria responder. Depois de um momento a ligação foi estabelecida, mas houve silêncio na outra extremidade. Cassie decidiu que teria de falar primeiro.
— Oi, Sloan. Eu só estava ligando para desejar feliz aniversário.
— Cassandra. — Sua família se recusava a chamá-la de Cassie e Sloan conseguia fazer com que seu verdadeiro nome soasse como um palavrão. — Você não tem que ligar. Eu recebi o seu cartão.
— De qualquer maneira, eu queria ligar.
— Não consigo entender o porquê.
— Você é minha irmã. Eu te amo.
— Você tem um jeito engraçado de mostrar isso.
— Sloan, você nunca me deixou explicar.
— Não há explicação possível. Você chegou em casa no fim de semana da minha festa de debutante… careca. Não há desculpa. Primeiro você partiu o coração de mamãe quando você se recusou a ter a sua própria, mas você não poderia deixar por isso mesmo, não é? Tinha que estragar a minha. Foi algo impensado, imaturo e egoísta. Tenho é vergonha de você.
Tinha um pouco de exagero em dizer que ela tinha arruinado a festa de Sloan, pois ela não tinha estado completamente careca. Parecia mais um corte raspado porque já estava começando a crescer. Mas, quando seus pais viram o cabelo tosquiado de Cassie, assim como Sloan, se recusaram a ouvir suas razões e proibiram-na de ir ao evento. Desculpas foram inventadas… Cassie estava desesperadamente doente com uma gripe e a festa continuou como planejado.
Francamente, quando raspou a cabeça, ela não tinha pensado na festa de Sloan, que estava a cinco semanas de distância. Ainda assim, mesmo que lembrasse, não teria mudado nada.
— Sinto muito, Sloan. — Depois de uma pausa longa, ela perguntou: — Então, como você está? Você está animada para voltar a Valsar em um par de semanas? Há alguma aula que você está querendo ter?
— Estou bem. Eu não sou como você, não fico animada com a perspectiva de novos cadernos e lápis recentemente apontados e essa conversa acabou. Não ligue de novo, Cassandra. Você não é mais minha irmã.
Sloan desligou.
Não foi pior do que Cassie esperava. Ainda assim, doeu.
Ela suspirou profundamente, olhando a hora antes de colocar o telefone de lado. Trabalhava no andar de baixo como garçonete do Hooked e precisava se vestir. Seu turno começaria em breve.
Michael Roberts, o proprietário do Hooked, tinha renovado o velho edifício para parecer como o interior de um antigo navio a velas, com um tema de pirata. Por essa razão era muito popular entre os turistas. Mas os moradores também oo frequentavam. Hooked servia uma grande variedade de cervejas artesanais produzidas no local, e alguns dos melhores bolos e sopa de caranguejo Maryland, da área.
Claro que a equipe de garçons usava fantasias para combinar com o tema. Os homens ficavam com a parte mais fácil – calças pretas até o joelho, meias brancas, camisas brancas soltas, que se atavam ao pescoço e faixas de pirata vermelha. Por outro lado, o uniforme das mulheres era mais envolvente e destinava-se a atrair os clientes do sexo masculino. Elas usavam blusas camponesas de corte baixo, corpetes apertados destinadas a criar um pouco de busto, mesmo nos mais planos, saias vermelhas curtas, botas pretas, e uma bandana de pirata colorida em torno de suas cabeças.
Cassie se vestiu rapidamente e foi ao banheiro aplicar um pouco de maquiagem e ajustar sua bandana. Olhou para seu reflexo por um momento.
Ela mal tinha 1,58 de altura e era muito magra. Muito magra. Tinha perdido peso nos últimos meses. Seu cabelo castanho claro tinha crescido um par de polegadas agora e com seu tamanho diminuto e delicado fazia seus amigos dizerem que ela parecia uma fada.
Fofa.Sloan era bonita.
Sua mãe era a imagem da elegância.
Cassie era fofa.
Ela tocou o cabelo, lembrando-se do momento em que decidiu cortá-lo.
Depois de duas remissões e recaídas, os médicos de Tom acreditavam que teria mais chance de uma remissão a longo prazo com um transplante de medula óssea. A quimioterapia antes do transplante tinha sido áspera. Os efeitos colaterais duraram dias. Cassie o visitava todos os dias, ficando tanto quanto podia. As aulas tinham terminado bem antes que ele fosse para o hospital e ela tinha cortado seus turnos em Hooked para dois por semana.
Um dia ela foi visitá-lo, apenas alguns dias depois de ter recebido a medula óssea e ele estava miserável. Sua boca estava cheia de feridas, tinha dores de estômago terríveis, e estava exausto.
Pensando sobre isso e decidiu apenas perguntar-lhe.
— Então, o que você pensaria se eu raspasse minha cabeça?
— Eu acho que você está tentando roubar o meu novo look fantástico.
— Não, é sério.
— Eu acho que depende. Por que você quer?








17 de abril de 2019

A Escolha

Série Crônicas do Relógio de Bolso
Sessenta dias em outra vida, outro tempo… é tentador.

Agora a decisão de aceitar o relógio de bolso é sua. 
Qual escolha fará?
Sara Wells está em Veneza, se preparando para sair em um cruzeiro de quatorze dias para a Grécia, quando Gertrude lhe oferece o relógio de bolso. 
Ela irá aceitá-lo? Você decide.
Se você aceitar o relógio, Sara viajará a Veneza do século XVIII onde conhecerá um jovem expatriado que possui uma pequena companhia marítima. O amor deles será suficiente para superar todos os obstáculos? Se você recusar o relógio, Sara permanecerá no século XXI, onde ela encontrará um viajante do passado e mais intrigas que ela pode escrever em seus livros. Assim que ler um, você pode voltar e escolher o outro.Uma escolha, duas almas, dois finais felizes diferentes.

Capítulo Um

Domingo, 9 de julho de 2006
Um café ao ar livre perto do Rialto - Veneza, Itália
Sara Wells estava ansiosa por estas férias há meses. Nunca havia visitado Veneza. Todos diziam que era uma das cidades mais bonitas e românticas da Europa. Um escritor de romances deve visitar a cidade mais romântica da Europa, não é? Mas toda vez que sugeriu isso para Mark, seu namorado, ele encontrou razões para não ir. E cada vez que ele explicava essas razões, elas pareciam perfeitamente lógicas.
Então fizeram canoagem na Pensilvânia e na Virgínia Ocidental, jogaram em Las Vegas e em Atlantic City, e esquiaram em Aspen e Tahoe.
O fato de que ela não gostava de fazer rafting e não sabia como jogar ou esquiar realmente não importava; adorava estar com ele. Ele sempre parecia trabalhar seu charme e ela ficava animada com qualquer coisa que fizessem juntos. E tudo que eles fizeram foi feito em grande estilo.
A família de Mark fez milhões com a Holland Imports, uma série de concessionárias de automóveis que vendiam carros de luxo usados ​​anteriormente. Mark era um vendedor brilhante e já um milionário por direito próprio.
Então foi um choque total quando ele sugeriu que voassem para Veneza, passando alguns dias lá e depois embarcassem em um navio para um cruzeiro de catorze dias pelas ilhas gregas. Finalmente, iam fazer algo que eu desejava fazer, e essa ideia fora dele.
Ficou tão animada que fez as malas três dias antes e mal conseguiu dormir na noite anterior à partida. Nem se importava com o fato de que o melhor amigo de Mark, Benjamin Talbot, e sua mais nova namorada, Daphne Cheswick, estavam indo com eles. Não se importava com quem estava com eles; era Veneza e as ilhas gregas.
Agora, estava sentada sozinha, tomando café no Grande Canal, à vista da Ponte Rialto. Se isso não fosse ruim o suficiente, este era o segundo dia em que vagava sozinha pelas ruas da romântica Veneza.
Quando chegaram no dia anterior, Mark havia desistido.
― Sara, querida, o jetlag me drenou. Me dê um dia para descansar e então serei cem por cento seu. Acho que Benjamin está indo para o cassino. Talvez você possa acompanhá-los.
― Eu não vou acompanhar Benjamin e sua boneca Barbie.
― Faça como quiser. Mas é uma pena você perder os pontos turísticos de Veneza só porque sou um viajante fraco.
― Não tenho intenção de perder Veneza. Eu só queria que você viesse comigo. Você vai acabar com o jetlag mais rápido se simplesmente ficar acordado.
― Querida, se isso significa muito para você, eu vou. Embora, eu tenha medo de ser um tremendo desmancha-prazeres. Estou realmente exausto. Não consigo dormir em um avião como você.
― Foi classe executiva, Mark. Você poderia colocar-se completamente esticado e ainda assim não dormiu?
― Não é uma piscadela. Estava muito encantado vendo minha linda garota dormir para fechar meus próprios olhos.
Ela riu.
― Pare. Você não me assistiu dormir a noite toda.
Ele sorriu para ela.
― Como você sabe? Você estava dormindo.
― Eu suponho que estava.
― E é por isso que você está fresca como uma margarida e pronta para explorar, enquanto eu estou batido. Mas se você realmente quer que eu...








13 de março de 2019

O Presente de Natal

Série Crônicas do Relógio de Bolso

Diante de um ninho vazio, e com o coração partido, é dada a Anita Lewis a oportunidade de experimentar o natal em outra época, com a ajuda de uma velha senhora misteriosa e um relógio de bolso.

O presente que ela recebe é inestimável quando ela redescobre a magia do Natal no passado.



Capítulo Um

Terça-feira, 23 dezembro, 2008
Nona Bay, Florida.

Anita Lewis estava quase terminando de fazer os cookies. Fizera o favorito para todos. Seu marido, Jim, amava as de noz-pecã. Katy, sua filha, gostava dos cookies de manteiga de amendoim. Seu filho, Jack, era um fã das geleias com impressões digitais, desde que ele era um bebê. Sua esposa adorava as barras de caramelo de Anita. E todos queriam os cookies com gotas de chocolate. Anita estava tirando a última bandeja de cookies de açúcar, seu favorito, do forno, quando o telefone tocou. A voz automatizada do identificador de chamadas anunciou: Katy Lewis.
Ela sorriu, colocou a bandeja de cookies em um tripé para esfriar, desligou o forno e atendeu o telefone.
― Oi, Katy, o que foi?
― Oi, mãe.
― Você já fez as malas e está pronta? Eu não posso esperar para vê-la esta noite.
― Bem, eu estou com malas prontas, mas eu tenho uma pergunta para você.
― Atire.
― Em uma escala de um a dez, onde um é Publix ficando sem berinjelas…
― Eu odeio berinjela.
― Eu sei, mãe. Essa é a questão.
Ela riu.
― Desculpe, continue.
― Ok, então em uma escala de um a dez, onde um é Publix ficando sem berinjelas e dez é a Coréia do Norte acabando de bombardear Nova York, quão triste você ficaria por eu atrasar meu voo?
Anita fez uma careta.
― Até amanhã? Você sabe o trânsito na véspera de Natal pode ser um pouco louco. Quanto mais cedo você chegar aqui, melhor.
― Hum... eu também não estaria voando amanhã. Provavelmente na noite de dia de Natal, ou no dia seguinte, o mais tardar.
Anita ficou em silêncio por um momento.
Nove! Nessa escala é um nove.
― Eu preferiria que você voasse hoje à noite. Sabe, Jack e sua família não estará aqui até o dia de Natal. ― Era o primeiro Natal desde que nasceram que um de seus filhos não iria estar em casa na véspera de Natal.
Jack tinha deixado cair à bomba em novembro.
― Mãe, você sabe que Erica e eu vamos para aí todo o Natal desde que nos casamos. Os Hales nunca reclamam, mas eu sei que os incomoda.
― Por que deveria incomodá-los? Você vive há dez minutos. Eles podem ver a sua filha e netas praticamente a qualquer hora. Eles têm todos os aniversários, Páscoa, Ação de Graças, Dia das Bruxas, todas as férias. Você não pode vir aqui a qualquer momento.
― Eu sei mãe, e nós vamos. É só, eu pensei que ia voar no dia de Natal. É apenas um dia depois. Dessa forma, podemos comemorar com ambas as famílias. Além disso, a passagem aérea é um pouco mais barata no dia de Natal do que é na véspera de Natal. Também será muito mais fácil não ter que transportar todos os presentes do Papai Noel e os nossos presentes de um para o outro, só para ter que trazê-los e ainda mais, de volta para cá.
Era certamente uma verdade. Anita não ficara feliz com isso, mas era apenas um dia mais tarde. Todos teriam o jantar de Natal juntos. É que ela amava mais a véspera de Natal. Eles tinham tradições. Ela havia se consolado com o fato de que, ao menos, Katy estaria aqui.
Agora parecia que ela não estaria ali até o vigésimo sexto dia.
― Por que você tem que adiar seu voo, Katy?
― Eu não tenho, mãe. Eu estou apenas considerando-o.
― Mas, por quê?
― É Tony. Tivemos uma briga muito feia há alguns dias.
Por tudo que era santo, se ela estava prestes a dizer que queria passar o Natal com o namorado, Anita iria explodir em lágrimas.
― Sinto muito por ouvir isso, mas eu não vejo o que isso tem a ver com você pegar seu voo de hoje.
― Mãe, nas últimas semanas ele tem falado sobre o futuro. Você sabe, coisas como comprar uma casa em uma área agradável com boas escolas. Como estivéssemos planejando nos casar e ter filhos.
― Mas ele não lhe pediu para casar com ele.
― É exatamente isso. Ele me pediu na sexta-feira à noite.








Série Crônicas do Relógio de Bolso
1 - O Relógio de Bolso
2- A Parteira
3- Assim que te encontrar novamente
3.5- O Presente de Natal
4- A Escolha

27 de fevereiro de 2019

Assim que te encontrar novamente

Série Crônicas do Relógio de Bolso

Elsie pensou que tinha encontrado o amor. 

O belo jovem menestrel despertou seu desejo e a música dele alimentou sua alma. Mas, bem quando o amor estava florescendo, o inconcebível aconteceu - Elsie acordou mais de setecentos anos no futuro, no corpo da Dra. Elizabeth Quinn. Gabriel Soldani pensou ter encontrado o amor várias vezes, apenas para que ele escapasse de seu alcance. 

Na escola de medicina ele tinha se apaixonado profundamente por Elizabeth Quinn, mas suas carreiras os levaram em diferentes direções. Quando seus caminhos se cruzam novamente, ele espera que tenham recebido outra chance. Há apenas um problema... a mulher que ele nunca esqueceu não se lembra dele. Uma vez que o amor é encontrado... e depois perdido... ele pode ser encontrado de novo?

Capítulo Um

New York University Hospital Center (NYUHC)
Sábado, 11 de fevereiro, 2006

Gabriel Soldani tinha trabalhado turnos de doze horas, durante sete noites seguidas, e ele tinha grandes planos hoje.
Dormir.
Talvez comprar uma pizza à noite e assistir um pouco dos Jogos Olímpicos de Inverno. Depois dormir um pouco mais. Ele tinha realizado parte de seu objetivo principal. Depois de voltar ao seu apartamento tarde naquela manhã, ele caiu na cama e dormiu a tarde toda. Ele só ficara acordado o tempo suficiente para tomar banho e ligar a televisão quando o Dr. Sweeny, o chefe da pediatria, ligou.
– Sinto muito interromper seus planos de sábado à noite. Ligue para o seu encontro e dê a ela as minhas desculpas, mas esta tempestade parece que vai ser ruim. Eu quero pessoal extra esta noite. Eu gostaria que você apoiasse a ala emergencial.
– Meu encontro? O único encontro que eu tenho é com o time sueco de hóquei olímpico feminino. Elas vão superar isso.
Seu chefe riu.
– Eu deveria apresentá-lo a minha sobrinha.
Gabe revirou os olhos.
– Você precisa entrar na fila atrás da minha mãe se quiser me arranjar um encontro.
– A Mama Soldani está ansiosa por netos?
– Isso é para dizer o mínimo.
– Bem, eu acho que é uma coisa boa você não ter um encontro de qualquer maneira. Ela estaria com raiva de ter que passar uma nevada noite de sábado sozinha.
– Sem dúvida. Mas há sempre sexo de reconciliação.
– Não deixe Mama Soldani ouvir você dizer isso.
– Não nesta vida.
Seu chefe riu.
– Quando você acha que pode chegar aqui?
– Dê-me cerca de quarenta e cinco minutos.
– Cristo, Gabe, você só vive a dez minutos daqui e isso é de caminhada.
– Eu preciso pegar uma coisa no caminho.
Ele adivinhou que o desejo de sua mãe de alimentar as pessoas tinha claramente passado para ele, porque o “algo” que ele precisava pegar era uma pilha de pizzas para o pessoal, de seu restaurante favorito – embora sua mãe teria conseguido preparar lasanha ou assado ziti1 em vez de comprar pizza. Ainda assim, seu coração tinha se fixado em pizza, e comida de fora do hospital era sempre recebida com euforia.
Esta noite não foi diferente.
Apesar das preocupações do Dr. Sweeny, estava estranhamente quieto. Não houvera um grande afluxo de pacientes pediátricos e quando Gabe chegou, Davis, o pediatra escalado para trabalhar, tinha as coisas bem sob controle. Gabe voltou a sala de lazer com uma fatia e assistiu um pouco da cobertura olímpica de qualquer maneira.
No entanto, algumas horas mais tarde, o mundo desabou. Houve uma enorme aglomeração no 495. Felizmente, nenhuma criança gravemente ferida tinha sido trazida até então, então Gabe prontificou-se a ajudar com outras vítimas quando ambulâncias chegaram.
Um técnico de emergência médica pulou para fora de uma ambulância e começou a fazer um relatório enquanto removia uma maca.
O paciente estava amarrado a uma prancha e usava um rígido colar cervical.
– Hey, Doc, noite louca. Temos uma mulher que não reage, em seus vinte e tantos anos, com um suposto ferimento na cabeça. Ela tem algum inchaço na parte de trás da cabeça, mas nenhum trauma grande e grave. Os sinais vitais estão estáveis, as pupilas também e reativas a luz. Ela está machucada com arranhões e lacerações menores. A maior parte do sangue é de uma pequena laceração acima de seu olho esquerdo e já parou de sangrar. Parece que ela pode ter um braço esquerdo quebrado e talvez algumas costelas quebradas. Nós estabilizamos sua espinha. Coloquei um cateter de calibre 20 no antebraço dela e pendurei um Ringer lactato.
Gabe franziu a testa.
– Ela está completamente sem resposta?
– Sim, mesmo a estímulos dolorosos.








Série Crônicas do Relógio de Bolso
1 - O Relógio de Bolso
2- A Parteira
3- Assim que te encontrar novamente
3.5- O Presente de Natal

13 de fevereiro de 2019

A Parteira

Série Crônicas do Relógio de Bolso

Pode uma mulher independente do século XXI encontrar seu verdadeiro destino, na Escócia do século XIII?

A pedido de seu pai, Cade MacKenzie implora um favor de Lord Macrae - Lady MacKenzie precisa desesperadamente da renomada parteira Macrae. 
Lord Macrae não tem intenção de enviar a melhor de seu clã, mas envia Elsie, uma jovem mulher com pouca experiência, como a parteira que procuram.
Mas o destino - na forma de uma misteriosa mulher mais velha e um extraordinário relógio de bolso - entram em cena. Elizabeth Quinn, obstetra desiludida, é transportada para o século XIII. Ela trocou de alma com Elsie, como a velha disse que faria, mas outras coisas não acontecem como o esperado. Talvez o mais inesperado tenha sido se apaixonar por Cade MacKenzie.

Capítulo Um

Castelo Carraigile - Os Western Highlands
Domingo 05 de fevereiro de 1279
A esposa de Angus MacKenzie ficou estranhamente quieta e tensa durante várias semanas. Ele sabia que algo a incomodava. Ele havia perguntado várias vezes e ela tinha dado uma desculpa ou outra. Ele odiava pressioná-la, mas vê-la chateada sempre fez seu coração doer. Quando eles se retiraram para a sua câmara, naquela noite, tentou mais uma vez.
— Wynda, meu amor, você parece estar fora de si por um bom tempo agora, e isso só está piorando. Por favor, me diga o que está lhe incomodando.
Ela tremeu e começou a chorar, as palavras dele pareciam quebrar a frágil influência que ela tinha em suas emoções. Ele a tomou em seus braços,
— Querida, por favor, não chore. Diga-me o que tem lhe angustiado.
Ela recuperou o controle suficiente para dizer: 
— Eu-eu-estou grávida — antes de soluçar novamente.
Seu coração caiu. Ele a ergueu em seus braços levou-a para uma cadeira perto da lareira, onde se sentou, segurando-a enquanto ela chorava. 
Não era que eles não quisessem um filho - ele não queria mais nada. Mas nos treze anos desde que haviam se casado, Wynda engravidara quatro vezes; cada vez o filho chegava cedo demais. Somente o primeiro - um garotinho, nascido no sétimo mês - já respirava. Seu filho precioso, viveu apenas algumas horas.
Suas esperanças aumentaram a cada gravidez, apenas para serem destruídas toda vez que um bebê se perdesse. Ele sabia que ela amava e queria este tanto quanto ela aos outros, mas o medo de enfrentar essa perda esmagadora novamente a dominou.
Quando suas lágrimas diminuíram, ele limpou a umidade de suas bochechas. 
— Eu sei que você está com medo. Eu também. Mas, minha querida, devemos manter a esperança. Uma batalha é perdida se nunca se entra.
— Eu não acho que posso viver com a perda de outro. — Sua voz era quase um sussurro.
Ele não tinha certeza se poderia viver com isso também, mas ele disse:
— Certamente você pode. Você é mais corajosa e mais forte do que qualquer mulher que eu já conheci. Vamos rezar fervorosamente para que desta vez seja diferente.
Angus prometeu silenciosamente fazer qualquer coisa em seu poder para ter certeza de que iria.
Na tarde seguinte Angus estava sentado em seu solar, considerando suas opções. Seus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta.
— Entre — ele chamou.
Cade, seu filho por sua primeira esposa e seu único filho vivo, entrou. Cade era um guerreiro realizado e um líder forte e respeitado. Sua capacidade de ler e controlar qualquer situação era notável. No entanto, ele gostava de mulheres, beber e lutar com espadas - nessa ordem - e ocasionalmente era um pouco arrogante demais para seu próprio bem.
— Mandou me chamar, Da?
— Sim, entre e sente-se.
— Entre e sente-se? O que eu fiz agora?
— Pela primeira vez, nada. Eu preciso que você faça algo por mim.
— Ah ... bem, então, diga-me a missão, — disse Cade enquanto ele se esparramava em uma cadeira em frente ao seu pai.
— Wynda está esperando novamente.
Cade ficou sério, sentando-se reto. — Mesmo? Como ela está?
— Fisicamente ela está bem, mas ela também está apavorada, como pode imaginar.
— Eu não tenho dúvidas. Sinto muito, Da. Espero que este ... bem, eu espero que tudo acabe bem.
Angus reconheceu a preocupação sincera de seu filho com um aceno de cabeça.
— Eu também faço e quero fazer tudo o que puder para ver o que acontece. Recentemente ouvi falar de uma parteira particularmente qualificada. Há uma chance dela saber algo que vai ajudar.
Cade se inclinou para frente.
— Mesmo? Isso é maravilhoso. Onde ela está?
— Bem, esse é o problema, ela é uma Macrae.
Seu filho franziu a testa.
— Eu acho que poderia ser pior. Não estamos brigando abertamente com eles.
— Não, mas sempre houve tensão entre nossos clãs.
— Então, você quer que eu vá para o Lord Macrae e peça a ele para lhe enviar esta parteira louvada?
— Não, eu quero que você cuide das coisas aqui. Eu pretendo ir perguntar.
Cade sacudiu a cabeça.
— Da, não pode fazer isso. Você não pode simplesmente ir até os portões do Castelo Macrae sem ser convidado. Eles podem matá-lo antes que você possa dizer a eles por que veio.



Série Crônicas do Relógio de Bolso
1 - O Relógio de Bolso
2- A Parteira
3- Assim que te encontrar novamente

27 de novembro de 2017

O Relógio de Bolso

Série Crônicas do Relógio de Bolso
Quando Maggie Mitchell é transportada para o século XIII nas Highlands, irá Lorde Logan Carr ajudá-la a consertar o seu coração ou colocá-lo em mais perigo?

Generosa, gentil e amável, Maggie quase sempre coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar. 
Então quando uma misteriosa mulher lhe dá um extraordinário relógio de bolso, contando que é um canal para o passado, Maggie concorda em dar uma oportunidade ao relógio, mas apenas para refutar a ilusão da mulher. Mas ele funciona. Maggie encontra-se nas Highlands Escocesas no século XIII, com um bonito guerreiro que a despreza. 
A sua alma sensível é apanhada entre os seus próprios desejos e o desastre que ela poderia causar para os outros. Conseguirá ela encontrar uma maneira de resolver os problemas e voltar para casa dentro dos sessentas dias determinados? Ou alguém digno ganhará o seu coração para sempre?

Capítulo Um

O casamento foi exatamente como Maggie Mitchell sonhou que seria, desde o momento em que no ensino médio percebeu que amava Elliott Danvers. Foi numa tarde de junho de tirar o fôlego. As peônias em tons variados de rosa adornavam a igreja. Um guitarrista tocou Pachelbel´s Canon in D enquanto a festa prosseguia.
A menina das alianças, claramente intimidada já que todos os olhos estavam nela, abriu o caminho ao longo do corredor com um sorriso tímido em sua face. Ela realmente se lembrou de atirar algumas pétalas pelo caminho. Os vestidos das damas de honra, simples e chiques, eram o tom mais bonito de pervinca que se possa imaginar, algo entre lavanda e azul. O vestido de casamento era a perfeição.
Quando a ultima dama de honra alcançou o altar, o guitarrista mudou para Jesus Joy of Man's Desiring. Elliot se virou e olhou para o corredor. Ele estava devastadoramente bonito em seu terno. Alto, esbelto, com cabelos loiros espessos e olhos azuis brilhantes, ele parecia assustado, mas somente por um momento. Assim que se recuperou, seu rosto se transformou num sorriso largo e ele piscou.
Sim, esse foi exatamente o casamento que Maggie sempre imaginou, com uma exceção. Em todos os seus sonhos, ela era a noiva e aquela piscada era para ela.
Elliott era um ano mais velho e eles se conheciam desde sempre. Ele morava do outro lado da rua e, enquanto cresciam, passaram praticamente cada minuto acordados juntos.
Quando crianças, Elliott foi seu melhor amigo. Quando eles cresceram, depois que ela o deixou roubar seu primeiro beijo, ele se tornou seu namorado. Seu primeiro beijo, sua primeira dança, seu primeiro encontro de verdade, tudo foi com Elliott. 
Quando estavam no ensino médio juntos, eles eram inseparaveis. A irmã mais nova de Maggie até se referia a Elliot como o “marido da Maggie”.
Elliot se formou no ensino médio um ano antes de Maggie. Ele foi para a Universidade de Georgetown para estudar ciências da computação, mas assegurou a ela que eles não ficariam separados por um longo tempo.
― Você candidata-se a uma formação antecipada no departamento de enfermagem. Suas notas e pontuações no teste são excelentes. Você não terá nenhum problema para entrar.
Como ele previu, a carta com a formação antecipada chegou em Dezembro. Ela se lembrava de esperar para contar a ele pessoalmente, mas estava tão ansiosa, que precisou de todas as forças que tinha para evitar enviar uma mensagem para ele. No dia em que ele deveria chegar a casa para as férias de inverno, ela ficou colada na janela a noite toda, esperando o seu carro. Quando o avistou, ela correu pelas escadas e pela porta quase antes que ele desligasse o motor.
― Eu entrei, eu entrei ― ela gritou enquanto acenava a carta para ele.
Ele a levantou nos braços e a girou.
― Isso é brilhante, querida, eu sabia que você entraria. Será maravilhoso.
E teria sido, mas Maggie não foi para Georgetown naquele outono. Eventualmente Elliot se apaixonou por outra garota e o seu novo amor, Amanda, era a bonita noiva agora.
O que diabos tinha Maggie para se sujeitar a este tipo de tortura?
Bom, a resposta era muito fácil. Elliot.
Quando o convite chegou, ela conseguiu ignorá-lo por um bom tempo. Afinal de contas, estava endereçado ao Dr. Edward Mitchell e família, então ela pensou que deveria ser o seu pai a recusar. Maggie evitou constantemente todos os Danvers. Quando acontecia ver um deles passando, ela sorria, acenava e dizia uma versão de “Estou atrasada, vejo você depois”. Mas numa noite, ela não conseguiu escapar de Elliot. Ele deveria estar esperando ela voltar do trabalho, porque assim que ela saiu do carro, ele estava lá.
― Ei, Mags. É bom ver você. Não tem estado por perto recentemente.
― Eu suponho que não. Eu tenho feito alguns turnos extras.
― Isso explica esses círculos escuros em volta dos seus olhos. Você se cobra muito, Maggie. Sempre se cobrou.
Ela forçou um sorriso.
― Talvez. Olha, Elliot. Estou cansada e foi um longo dia...



Série Crônicas do Relógio de Bolso
1 - O Relógio de Bolso
2- A Parteira