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28 de setembro de 2013

Não Apenas Um Sonho

Série Família Collingwood





A névoa de Londres ocultou um encontro: uma mulher corre, aparentemente, fugindo de algo.

Um homem decide frear sua carruagem, fazê-la subir, afastá-la do que a persegue. 
Alheios às circunstâncias, e ignorando o segredo que a moça esconde, ambos se entregam ao que a noite e seus próprios corpos necessitam. 
Na manhã seguinte, ele, Tyler Collingwood, irmão do conde de Kent, acorda atordoado, confuso, achando que tudo foi apenas um sonho. 
Apenas algumas ausências materiais demonstram que não foi bem assim. 
Dois anos depois, ele não pode acreditar que ela está diante dele, na residência do conde, e que insiste em vê-lo, dizendo que se chama Edmée Gordon, determinada a fazê-lo conhecer um filho de ambos, que é a imagem e semelhança de seu pai. 
A desconfiança e a cautela apoderam-se dele, porém, decidido a descobrir o motivo da fuga da moça, permite que ela fique na mansão. 
A partir disso, sua vida mudará completamente, e tanto Edmée quanto Tyler terão que enfrentar seus receios, eliminar os obstáculos e demonstrar que o que viveram não foi apenas um sonho, e que esse sonho pode continuar. 

Comentário revisora Marilda: No livro anterior, Nunca Ninguém Mais, fiquei apaixonada pelo Tyler, o mocinho desse livro. Apesar de Tyler mostrar um pouco do seu lado “bad”, ainda assim, continua fofo. Livrinho bacana, gostei e recomendo!

Capítulo Um

Riverland Manor, condado do Kent, 1879.
Alexander Collingwood, sétimo conde de Kent, observava com um sorriso satisfeito, seu irmão mais jovem, Tyler, que elevava Christie em seus braços, sua filha de três anos, enquanto seu filho mais velho agarrava suas pernas.
— Ora, ora! — Exclamou Tyler contente. — Como cresceram meus sobrinhos favoritos!
— Tio, somos seus únicos sobrinhos.
— Tem razão, Robert, mas não posso imaginar crianças melhores.
Robert, com a transparência própria da infância, esboçou um amplo sorriso satisfeito enquanto Christie lançava gritinhos de prazer. Tyler os abraçou, beijou e acariciou, enquanto fazia perguntas que eles respondiam encantados. Apesar de vê-lo menos do que desejavam, adoravam seu tio. Brincava com eles, e nunca se esquecia de trazer um presente emocionante quando voltava de suas viagens.
Alexander também observava Tyler com afeto evidente em seu olhar. 
Ele havia cuidado de seu irmão mais jovem, já que a mãe deles havia falecido quando ele era apenas uma criança, e o pai de ambos, falecido há dez anos, nunca foi atencioso nem presente. 
Depois de terminar seus estudos em Oxford, Tyler havia manifestado o desejo de colaborar nos negócios do irmão, e ele havia aceitado encantado. 
Tyler comandava todos seus negócios em Londres, onde a Collingwood Colonial Company tinha os escritórios principais. A inteligência de Tyler e seu carisma revelaram-se muito eficientes para os negócios, e em pouco tempo ele se converteu em alguém indispensável à companhia. 
Apesar de sua aparente amabilidade, o rapaz poderia ser um inimigo temível, pois era implacável na hora de resolver um problema, e Alexander era consciente disso.
— Saiam, crianças. Quero conversar em particular com seu tio.
As crianças, entre protestos, afastaram-se enquanto seu pai revolvia seus cabelos carinhosamente.
— Senhorita Graham, encarregue-se deles. — Disse a jovem preceptora que permanecia afastada da cena.
— É claro, milorde. — Lançou um olhar para o relógio que sempre mantinha pendurado na cintura, e acrescentou. — Além disso, já está na hora da leitura.
As crianças seguiram a mulher como pintinhos atrás de uma galinha. A severidade da preceptora era apenas simulação; tratava-se de uma pessoa excepcionalmente culta e carinhosa que adorava as crianças, e em quem os condes de Kent confiavam totalmente.
— Bem, Tyler. - Disse quando as crianças se afastaram. — Vamos ao escritório, servirei uma taça e poderemos conversar tranquilamente sobre a sua viagem ao continente.
Já na sala ampla que servia de escritório, Alexander serviu uma taça de conhaque a seu irmão enquanto sorria feliz por tê-lo de volta a casa. Embora estivesse ausente por apenas três meses, todos sentiram muita falta dele, pois Tyler era o tipo de pessoa que fazia com que uma festa nunca fosse aborrecida.
— Vamos, sente-se e me conte tudo o que houve nesse período.
Tyler sentou-se confortavelmente e, antes de responder, sorveu um grande gole de sua taça, estalando a língua ao apreciar o intenso sabor da bebida. Durante alguns segundos, desfrutou do calor do conhaque e do conforto do sofá. Em seguida, encarou seu irmão, e um largo sorriso iluminou seu rosto.
— Nunca pensei que diria isso, mas senti sua falta.

Série Família Collingwood
1 - Nunca Ninguém Mais
2 - Não Apenas um Sonho
 
 

4 de fevereiro de 2013

Nunca Ninguém Mais


Série Família Collingwood


Lorde Alexander Collingwood herdou recentemente o condado de Kent.

Essas terras são o que mais importam a ele, porém, deve renunciar a elas: estão comprometidas pelas dívidas que seu pai deixou, e ele já não pode mantê-las.
Apenas uma possibilidade lhe ocorre para salvar seu patrimônio: casar-se com uma moça de qualquer família burguesa, sem linhagem, que proporcione um bom dote. 
Gabriele Ferguson é filha de um poderoso comerciante: aos olhos de quase todos, ela é uma moça superficial, apenas preocupada com vestidos, bailes e o flerte, embora, perdidamente apaixonada por Alexander.
Mesmo que lorde Collingwood deteste a frivolidade, tudo a indica como a candidata perfeita.
Quando ele, desesperado, pede a mão de Gabriele sem que ela suspeite que ele precisa do dote, o panorama está traçado para que a autora nos apresente uma nova versão da batalha dos sexos.
No meio de uma convivência forçada e de um casamento que não escolheram, terão que provar o quanto poderão se aproximar e eliminar o abismo que os separa.


Capítulo Um

Londres, janeiro de 1869
Alexander Collingwood permanecia sentado na enorme poltrona que coroava o escritório da residência de Knightsbridge.
Tudo nesse lugar recordava seu pai: as escuras estantes de madeira repletas de livros, os quadros com cenas de caça e heróis mitológicos, a ordem perfeita dos utensílios sobre a mesa.
Inclusive, aparentemente, ele podia sentir a fragrância dos charutos que ele sempre fumava, mas, apesar da familiaridade de tudo que o rodeava, ele se sentia alheio e tinha a sensação que, na verdade, jamais o tinha conhecido verdadeiramente.
O senhor Emerick, o velho advogado que cuidava dos negócios da família desde que ele podia se lembrar, acabava de partir, e ele ainda não tinha se recuperado da surpresa que recebeu: na teoria, eles se reuniram para ler o testamento de seu pai, e foi exatamente assim, tudo que constava no documento era previsível: Alexander Julian Collingwood, o primogênito do conde de Kent, herdava todas as propriedades e o título familiar, bem como a responsabilidade de tutelar e manter economicamente Tyler, seu irmão, mas não parou por aí, o semblante sério e circunspecto do senhor Emerick deveria ter dado a ele uma pista de que alguma coisa não estava bem: quando o ancião se dispôs a explicar a situação real na qual seu pai tinha deixado suas finanças, Alex achou que teria um ataque do coração.
Embora seu rosto continuasse aristocraticamente impassível, apenas uma súbita palidez atestava a maneira como ele recebeu a notícia: o sério e eficiente lorde Collingwood, um homem que jamais agiu de maneira incorreta e que era o pilar da pequena comunidade do condado de Kent onde se situava a residência familiar, foi um viciado no jogo.
Por um breve momento, ele deixou que a culpa se apoderasse dele; talvez se tivesse passado mais tempo com seu pai, teria sido capaz de impedir que ele se entregasse ao vício.

Série Família Collingwood
1 - Nunca Ninguém Mais 
2 - Não Apenas um Sonho

Tradução GRH