Série Família O'Neil
Grandes paixões e lutas povoam a vida desta família Irlandesa, Rory Guerreiro, Chefe do Clã; Conor o estudioso diplomata, guerreiro lindo e sedutor!
E Briana a irmã mais nova, selvagem, guerreira e apaixonada!
Irlanda, 1560.
O homem mais procurado: Rory O´Neil era procurado por todos os soldados que envergavam o uniforme inglês, mas isso não deteria sua busca de vingança.
O homem mais desprezado: Ele era odiado por aqueles que o conheciam como O´Neil Coração Negro.
Para os que acreditavam em sua causa, porém, era o único guerreiro corajoso o suficiente para salvá-los.
O homem mais amado: AnnaClaire Thompson soube no primeiro instante que Rory seria o homem a conquistar seu coração. Mas será que o obstinado irlandês um dia retribuiria seu amor?
Prólogo
Irlanda, 1560
A capela em Ballinarin, o ancestral lar do clã O´Neil, transbordava de familiares e amigos vindos de tão longe quanto o Castelo Malahide, em Dublin, e o Castelo Bunratty, em Clare. O clima era de festa enquanto todos se preparavam para testemunhar a união de Rory O'Neil, filho e mais velho de Gavin e Moira, e sua amada Caitlin Maguire.
Numa saleta no fundo da capela, Rory andava de um lado para o outro, enquanto seu irmão, Conor, observava da porta e os últimos convidados ocupando os bancos.
— Por que ela está demorando? — afligia-se Rory, o sol através da janela alta emprestando a seus cabelos um tom azul-escuro.
Resplandecia de calça preta, camisa e a capa com o brasão dos O'Neil atirada sobre o ombro.
— Não receie que ela tenha mudado de ideia, Rory. A garota é apaixonada por você desde que se conhece por gente. Tenha paciência.
— Para o inferno com sua paciência!
Conor sorriu.
— Essa nunca foi uma de suas virtudes, Rory. Mas dê à noiva tempo para se embelezar para o marido.
— Nada poderia tornar Caitlin mais bonita do que já é. E por que deveria ter paciência? Esperei a vida toda por este dia.
— Eu sei. Parece que a ama desde sempre...
— Desde que tinha doze anos. — Rory deu aquele sorriso que fazia as donzelas de Derry a Cork sonhar em chamar-lhe a atenção. Mas ele só tinha olhos para uma donzela. — Nasci para ela. Eu lhe digo, Conor, hoje, minha vida se completa.
— Baixou a voz. — Contei-lhe que dei um jeito de vê-la ontem à noite? Disse a ela que não podia esperar até hoje. Queria deitar-me com ela.
O irmão lançou a cabeça para trás, rindo.
— Não deixe Friar Malone saber disso!
— Pouco importaria. Ela recusou. Disse que queria esperar a noite de núpcias. Seria seu presente especial para o marido.
— Rory sorriu. — Marido. Gosto do som desta palavra.
— Com todo esse amor acumulado, tenho certeza de que será uma noite de núpcias memorável.
Os irmãos voltaram-se quando a porta se abriu e uma moça esbelta de vestido de gaze cor-de-rosa entrou.
— Oh, tive medo de me atrasar.
— Atrasar-se para o quê, Briana? — brincou Rory com a irmã caçula.
Com os cabelos cor de fogo até a cintura embaraçados pelo vento, a garota tinha as bochechas avermelhadas e o peito ofegante, como se tivesse corrido toda a distância da fortaleza até a capela. Toda a vida, tivera que correr para alcançar os dois irmãos mais velhos.
— Para beijar meu irmão antes que ele me abandone para sempre.
— Fala como se eu fosse embora. Caitlin e eu vamos morar aqui mesmo, em Ballinarin.
— Eu sei, mas você estará casado. — A garota sorriu, e os irmãos souberam que ouvira parte da conversa deles. Mas o segredo não iria além. Sempre podiam contar com a discrição de Briana. — E, em breve, a julgar pelo modo como se olham, será pai, também. Nunca mais terá tempo para sua irmã.
Rory puxou-a para perto e beijou-a no alto da cabeça.
— Sempre terei tempo para você, Briana. E poderá nos visitar todos os dias, ajudando Caitlin com os pimpolhos.
Série Família O'Neil
1 - Rory
2 - Conor
3 - Briana
Série Concluída
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2 de abril de 2009
Conor
Série Família O'Neil
Um Tratante Honrado
Irlanda, 1546
Dotado de uma língua de veludo e de uma espada bem afiada, Conor O’Neil queria se vingar das provações que seu povo sofria.
Enquanto se envolvia no arriscado jogo da política e do poder, porém, Emma Vaughn fazia um jogo ainda mais perigoso.
Uma Sedutora Inocente
Emma era tímida e inocente, até chegar à corte da rainha com um objetivo claro: desviar a atenção de Conor O’Neil da intriga para o prazer.
A cada carícia e flerte, aproximava-se do sucesso. Contudo... Emma começava a imaginar de que lado estava sua verdadeira lealdade.
Prólogo
Irlanda, 1546
—Bom dia, jovem Conor. — A velha camponesa sorria para o filho de Gavin O’Neil, o senhor de Ballinarin. — Veio com a família à feira?
Conor 0'Neil, de nove anos, parou junto à banca carregada de doces.
— Isso mesmo, sra. Garrity.
Era sua barraca favorita no dia das compras. Não muito longe, seu pai saboreava uma cerveja em companhia de Friar Malone e alguns homens do vilarejo. Do outro lado do gramado, a mãe e a irmãzinha Briana admiravam fitas e rendas mostradas por uma moça.
O irmão mais velho, Rory, e outros rapazolas vadeavam pela rua fingindo ignorar as garotas bonitas que riam coradas.
Por toda parte, vendedores apregoavam suas mercadorias. Não faltavam barracas com engradados de galinhas alvoroçadas, baldes cheios de peixes se contorcendo e carrinhos com mexilhões e outros com mariscos. Os fazendeiros exibiam suas frutas e hortaliças, ao mesmo tempo que permutavam carneiros por frutos do mar.
— Tive seis filhos e sei o que mais agrada ao coração de um menino — confidenciou a sra. Garrity, na voz musical que Conor adorava.
Com uma piscadela, estendeu-lhe um dos doces. Como sempre, ele tirou uma moeda do bolso. Também como sempre, a boa mulher deu-lhe mais uma guloseima sussurrando:
— Este é de graça. Para você se agüentar até chegar em casa.
Trocaram um sorriso secreto. Conor mordeu o doce e suspirou de prazer. Antes que desse a segunda mordida, porém, sentiu um aperto no ombro e foi empurrado violentamente. Caído no chão, viu mais de dez soldados ingleses abrindo caminho em meio à multidão.
As vozes felizes calaram-se de repente. Até as criancinhas que brincavam de pega-pega rindo e gritando estacaram mudas.
— O que querem aqui? — questionou um dos fazendeiros.
— Queremos comida, homem. Estamos com fome. — O líder do grupo de soldados invadiu uma barraca e pegou um engradado de galinhas. Diante do vendedor indefeso, atirou a mercadoria para um dos subordinados. — Já que estamos aqui, vamos levar o ouro também.
Os soldados começaram a recolher baldes de peixe, cestos de pão, ao mesmo tempo que enchiam os bolsos com as moedas das caixas.
Um deles reparou na banca de doces e começou a confiscá-los.
— Cadê o seu dinheiro, velhota?
A sra. Garrity esvaziou o bolso do avental, colocando três moedas de ouro na mão dele.
O soldado puxou-a pela frente do vestido e sibilou em seu rosto:
— Quero todas, velhota!
A senhora baixou a cabeça, envergonhada.
— Mas é tudo o que tenho.
— Mentira! — O brutamontes a esbofeteou com força, empurrando-a em seguida.
Naquele instante, entrou em cena uma menina em prantos, que se agarrou às saias da mulher para confortá-la. Da família de feirantes, ela costumava brincar com Conor no meio das barracas.
— Calma, Glenna. — A sra. Garrity preocupava-se mais com a criança do que com sua própria dor. — Sua vovó está bem.
Aproveitando-se, o soldado pegou a menina e encostou uma faca em seu pescoço.
— Ou me entrega o resto de suas moedas, velhota, ou verá jorrar o sangue da sua neta bem aqui, a seus pés. E, para ter certeza de que nunca se esquecerá, hei de me divertir um pouco com ela antes de matá-la!
Ante as ameaças do soldado, Conor, ainda caído no chão, tirou de sob a túnica a pequena adaga quo sempre portava.
Desde tenra idade, fora ensinado a pensar como um guerreiro. Estava em sua alma, assim como na de todos os 0'Neil. A truculência do inglês levara seu sangue a ferver. Apesar da pouca idade, sabia o que estava para acontecer com a amiguinha Glenna. A ânsia de deter aqueles monstros a qualquer preço obliterava-lhe a visão. Antes que se lançasse ao ataque, porém, viu o pai sacar a espada. No outro lado da rua, Rory já desembainhava o punhal.
Conor sabia que a espada de um homem e as adagas de dois garotos jamais seriam suficientes contra mais de dez soldados ingleses armados. Talvez satisfizessem sua honra de guerreiros, mas só incitariam os bárbaros a mais brutalidades.
Pouco lhe importava a própria vida. No entanto, tinha a sensação de que o destino de sua mãe e sua irmã, bem como o de todo o vilarejo, dependia do que decidisse fazer naquele instante. Poderia salvar a todos usando a única arma de que dispunha. E não se tratava do punhal.
Sem pensar nas conseqüências, Conor levantou-se num pulo e, com voz firme, questionou:
— É verdade que juraram lealdade a Henrique da Inglaterra?
Surpreso com a pergunta atrevida, o soldado encarou o garoto, esquecendo-se completamente da menina entre suas mãos.
— Isso mesmo. E daí?
Conor deu de ombros. Com o rabo do olho, viu o cerco de soldados se fechando a seu redor e rezou para que o pai se controlasse por mais um minuto.
Não sabia aonde chegaria com aquilo, mas não suportava a ideia de perder o pai e o irmão tão corajosos para aquelas espadas estrangeiras.
Série Família O'Neil
1 - Rory
2 - Conor
3 - Briana
Série Concluída
Um Tratante Honrado
Irlanda, 1546
Dotado de uma língua de veludo e de uma espada bem afiada, Conor O’Neil queria se vingar das provações que seu povo sofria.
Enquanto se envolvia no arriscado jogo da política e do poder, porém, Emma Vaughn fazia um jogo ainda mais perigoso.
Uma Sedutora Inocente
Emma era tímida e inocente, até chegar à corte da rainha com um objetivo claro: desviar a atenção de Conor O’Neil da intriga para o prazer.
A cada carícia e flerte, aproximava-se do sucesso. Contudo... Emma começava a imaginar de que lado estava sua verdadeira lealdade.
Prólogo
Irlanda, 1546
—Bom dia, jovem Conor. — A velha camponesa sorria para o filho de Gavin O’Neil, o senhor de Ballinarin. — Veio com a família à feira?
Conor 0'Neil, de nove anos, parou junto à banca carregada de doces.
— Isso mesmo, sra. Garrity.
Era sua barraca favorita no dia das compras. Não muito longe, seu pai saboreava uma cerveja em companhia de Friar Malone e alguns homens do vilarejo. Do outro lado do gramado, a mãe e a irmãzinha Briana admiravam fitas e rendas mostradas por uma moça.
O irmão mais velho, Rory, e outros rapazolas vadeavam pela rua fingindo ignorar as garotas bonitas que riam coradas.
Por toda parte, vendedores apregoavam suas mercadorias. Não faltavam barracas com engradados de galinhas alvoroçadas, baldes cheios de peixes se contorcendo e carrinhos com mexilhões e outros com mariscos. Os fazendeiros exibiam suas frutas e hortaliças, ao mesmo tempo que permutavam carneiros por frutos do mar.
— Tive seis filhos e sei o que mais agrada ao coração de um menino — confidenciou a sra. Garrity, na voz musical que Conor adorava.
Com uma piscadela, estendeu-lhe um dos doces. Como sempre, ele tirou uma moeda do bolso. Também como sempre, a boa mulher deu-lhe mais uma guloseima sussurrando:
— Este é de graça. Para você se agüentar até chegar em casa.
Trocaram um sorriso secreto. Conor mordeu o doce e suspirou de prazer. Antes que desse a segunda mordida, porém, sentiu um aperto no ombro e foi empurrado violentamente. Caído no chão, viu mais de dez soldados ingleses abrindo caminho em meio à multidão.
As vozes felizes calaram-se de repente. Até as criancinhas que brincavam de pega-pega rindo e gritando estacaram mudas.
— O que querem aqui? — questionou um dos fazendeiros.
— Queremos comida, homem. Estamos com fome. — O líder do grupo de soldados invadiu uma barraca e pegou um engradado de galinhas. Diante do vendedor indefeso, atirou a mercadoria para um dos subordinados. — Já que estamos aqui, vamos levar o ouro também.
Os soldados começaram a recolher baldes de peixe, cestos de pão, ao mesmo tempo que enchiam os bolsos com as moedas das caixas.
Um deles reparou na banca de doces e começou a confiscá-los.
— Cadê o seu dinheiro, velhota?
A sra. Garrity esvaziou o bolso do avental, colocando três moedas de ouro na mão dele.
O soldado puxou-a pela frente do vestido e sibilou em seu rosto:
— Quero todas, velhota!
A senhora baixou a cabeça, envergonhada.
— Mas é tudo o que tenho.
— Mentira! — O brutamontes a esbofeteou com força, empurrando-a em seguida.
Naquele instante, entrou em cena uma menina em prantos, que se agarrou às saias da mulher para confortá-la. Da família de feirantes, ela costumava brincar com Conor no meio das barracas.
— Calma, Glenna. — A sra. Garrity preocupava-se mais com a criança do que com sua própria dor. — Sua vovó está bem.
Aproveitando-se, o soldado pegou a menina e encostou uma faca em seu pescoço.
— Ou me entrega o resto de suas moedas, velhota, ou verá jorrar o sangue da sua neta bem aqui, a seus pés. E, para ter certeza de que nunca se esquecerá, hei de me divertir um pouco com ela antes de matá-la!
Ante as ameaças do soldado, Conor, ainda caído no chão, tirou de sob a túnica a pequena adaga quo sempre portava.
Desde tenra idade, fora ensinado a pensar como um guerreiro. Estava em sua alma, assim como na de todos os 0'Neil. A truculência do inglês levara seu sangue a ferver. Apesar da pouca idade, sabia o que estava para acontecer com a amiguinha Glenna. A ânsia de deter aqueles monstros a qualquer preço obliterava-lhe a visão. Antes que se lançasse ao ataque, porém, viu o pai sacar a espada. No outro lado da rua, Rory já desembainhava o punhal.
Conor sabia que a espada de um homem e as adagas de dois garotos jamais seriam suficientes contra mais de dez soldados ingleses armados. Talvez satisfizessem sua honra de guerreiros, mas só incitariam os bárbaros a mais brutalidades.
Pouco lhe importava a própria vida. No entanto, tinha a sensação de que o destino de sua mãe e sua irmã, bem como o de todo o vilarejo, dependia do que decidisse fazer naquele instante. Poderia salvar a todos usando a única arma de que dispunha. E não se tratava do punhal.
Sem pensar nas conseqüências, Conor levantou-se num pulo e, com voz firme, questionou:
— É verdade que juraram lealdade a Henrique da Inglaterra?
Surpreso com a pergunta atrevida, o soldado encarou o garoto, esquecendo-se completamente da menina entre suas mãos.
— Isso mesmo. E daí?
Conor deu de ombros. Com o rabo do olho, viu o cerco de soldados se fechando a seu redor e rezou para que o pai se controlasse por mais um minuto.
Não sabia aonde chegaria com aquilo, mas não suportava a ideia de perder o pai e o irmão tão corajosos para aquelas espadas estrangeiras.
Série Família O'Neil
1 - Rory
2 - Conor
3 - Briana
Série Concluída
Briana
Série Família O'Neil
Extasiada com as histórias sobre as aventuras dos irmãos, Briana esperava seguir as passadas deles e lutar pela liberdade de sua terra natal.
Mas não considerara a possibilidade de um dia ser vítima da espada do inimigo... Um homem esperançoso... Quando Kane O’Hara encontrou Briana ferida, imaginou que a luta pela liberdade sacrificara mais uma vítima inocente. Mas a recuperação impressionante da moça acendeu nele uma chama de esperança. concluiu que, com aquela mulher a seu lado, ambos recuperariam logo o que lhes era de direito.
Prólogo
Irlanda 1653
— Milorde 0'Neil. Venha depressa. — A criada parou à porta dos aposentos particulares de lorde e lady de Ballinarin. — É sobre Briana. Gavin 0'Neil encarou a criada, alarmado.
— O que houve, Adina? — Ela está ferida, milorde. — Ferida? — Moira, a esposa de Gavin, já estava de pé com a mão no peito. — Sim, milady. Ferida pela espada de um inglês, segundo me contaram. Um mensageiro veio na frente com a notícia.
Alguns rapazes da aldeia vêm em seguida carregando-a através dos campos. Gavin desembainhou a espada, pronto para sair. Moira correu atrás dele, dizendo ao mesmo tempo para a criada — Vamos precisar de água quente, Adina. E de lençóis limpos.
Diga à cozinheira que prepare algum tônico. E mande alguém avisar meus filhos e noras. E depois ela correu atrás do marido, que vociferava: — Se esses malditos ingleses tocaram num fio de cabelo de minha filha, mato-os com minhas próprias mãos.
Gavin já montava um garanhão e, do lugar onde estava, já podia ver o cortejo de aldeões caminhando devagar pelos jardins de Ballinarin. Na frente vinha um rapaz musculoso, carregando o vulto imóvel de sua filha caçula.
— Meu Deus do céu! — O lorde apeou e cobriu correndo a distância que os separava. Os aldeões pararam, tirando o chapéu em sinal de respeito ao senhor das terras.
— Ah, Briana, Briana! — milorde soluçou, pegando ele mesmo a menina no colo e apertando-a contra o peito. Quando Moira o alcançou, Gavin estava ajoelhado na relva úmida acalentando a filha como quando ela era um bebê. Rory e a mulher, AnnaClaire, apareceram correndo com o filho adotivo, Innis. Atrás deles chegaram Conor e a mulher Emma.
— Quem fez tal coisa? — Gavin não parava de perguntar, com os olhos cheios de lágrimas. — Isso pode esperar — disse Moira com um suspiro de alívio após sentir a pulsação da filha.
— Vamos levá-la para dentro. Gavin estava desesperado. Nada na vida era tão importante para ele como seus filhos. E aquela menina, a mais nova deles, a adorada Briana, tinha um lugar especial em seu coração. Agora Gavin carregava-a como a carregara quinze anos atrás, quando a puseram em seus braços no dia em que nascera, havia quinze anos já.
— Adina — disse Moira — ajude-me a tratar os ferimentos de Briana.
— Sim, milady.
— Ponha-a perto da lareira, Gavin, e cuidarei desse ombro que me parece ser a razão de todo o sangramento. Apesar das aparências, o ferimento não é grande. Gavin observava tudo em silêncio. Agora que a primeira onda de medo sumira, uma nova, forte emoção começava a surgir. O sangue dele fervia com desejo de vingança.
— Contem-me agora tudo — ele pediu. — Quem fez isso?
— Um grupo de soldados ingleses, milorde — um rapaz alto respondeu pelos outros.
— Saíam de uma taberna.
— Quantos eram? Gavin sentia seu ódio crescer. Passara uma existência odiando os ingleses que se moviam em bandos pela Irlanda, poluindo não apenas as terras, como perturbando mulheres inocentes e crianças que encontravam pelo caminho.
— Mais ou menos uns vinte, milorde.
— Tantos assim? — Moira perguntou, surpresa.
— Para onde iam? — Gavin indagou.
— Para a floresta, milorde.
— Mas por que atacaram minha filha? — Moira quis saber. O rapaz baixou a cabeça, evitando responder. — Por que atacaram Briana? — Gavin insistiu na resposta.
— Ela... Ela atacou-os primeiro, milorde.
Série Família O'Neil
1 - Rory
2 - Conor
3 - Briana
Série Concluída
Extasiada com as histórias sobre as aventuras dos irmãos, Briana esperava seguir as passadas deles e lutar pela liberdade de sua terra natal.
Mas não considerara a possibilidade de um dia ser vítima da espada do inimigo... Um homem esperançoso... Quando Kane O’Hara encontrou Briana ferida, imaginou que a luta pela liberdade sacrificara mais uma vítima inocente. Mas a recuperação impressionante da moça acendeu nele uma chama de esperança. concluiu que, com aquela mulher a seu lado, ambos recuperariam logo o que lhes era de direito.
Prólogo
Irlanda 1653
— Milorde 0'Neil. Venha depressa. — A criada parou à porta dos aposentos particulares de lorde e lady de Ballinarin. — É sobre Briana. Gavin 0'Neil encarou a criada, alarmado.
— O que houve, Adina? — Ela está ferida, milorde. — Ferida? — Moira, a esposa de Gavin, já estava de pé com a mão no peito. — Sim, milady. Ferida pela espada de um inglês, segundo me contaram. Um mensageiro veio na frente com a notícia.
Alguns rapazes da aldeia vêm em seguida carregando-a através dos campos. Gavin desembainhou a espada, pronto para sair. Moira correu atrás dele, dizendo ao mesmo tempo para a criada — Vamos precisar de água quente, Adina. E de lençóis limpos.
Diga à cozinheira que prepare algum tônico. E mande alguém avisar meus filhos e noras. E depois ela correu atrás do marido, que vociferava: — Se esses malditos ingleses tocaram num fio de cabelo de minha filha, mato-os com minhas próprias mãos.
Gavin já montava um garanhão e, do lugar onde estava, já podia ver o cortejo de aldeões caminhando devagar pelos jardins de Ballinarin. Na frente vinha um rapaz musculoso, carregando o vulto imóvel de sua filha caçula.
— Meu Deus do céu! — O lorde apeou e cobriu correndo a distância que os separava. Os aldeões pararam, tirando o chapéu em sinal de respeito ao senhor das terras.
— Ah, Briana, Briana! — milorde soluçou, pegando ele mesmo a menina no colo e apertando-a contra o peito. Quando Moira o alcançou, Gavin estava ajoelhado na relva úmida acalentando a filha como quando ela era um bebê. Rory e a mulher, AnnaClaire, apareceram correndo com o filho adotivo, Innis. Atrás deles chegaram Conor e a mulher Emma.
— Quem fez tal coisa? — Gavin não parava de perguntar, com os olhos cheios de lágrimas. — Isso pode esperar — disse Moira com um suspiro de alívio após sentir a pulsação da filha.
— Vamos levá-la para dentro. Gavin estava desesperado. Nada na vida era tão importante para ele como seus filhos. E aquela menina, a mais nova deles, a adorada Briana, tinha um lugar especial em seu coração. Agora Gavin carregava-a como a carregara quinze anos atrás, quando a puseram em seus braços no dia em que nascera, havia quinze anos já.
— Adina — disse Moira — ajude-me a tratar os ferimentos de Briana.
— Sim, milady.
— Ponha-a perto da lareira, Gavin, e cuidarei desse ombro que me parece ser a razão de todo o sangramento. Apesar das aparências, o ferimento não é grande. Gavin observava tudo em silêncio. Agora que a primeira onda de medo sumira, uma nova, forte emoção começava a surgir. O sangue dele fervia com desejo de vingança.
— Contem-me agora tudo — ele pediu. — Quem fez isso?
— Um grupo de soldados ingleses, milorde — um rapaz alto respondeu pelos outros.
— Saíam de uma taberna.
— Quantos eram? Gavin sentia seu ódio crescer. Passara uma existência odiando os ingleses que se moviam em bandos pela Irlanda, poluindo não apenas as terras, como perturbando mulheres inocentes e crianças que encontravam pelo caminho.
— Mais ou menos uns vinte, milorde.
— Tantos assim? — Moira perguntou, surpresa.
— Para onde iam? — Gavin indagou.
— Para a floresta, milorde.
— Mas por que atacaram minha filha? — Moira quis saber. O rapaz baixou a cabeça, evitando responder. — Por que atacaram Briana? — Gavin insistiu na resposta.
— Ela... Ela atacou-os primeiro, milorde.
1 - Rory
2 - Conor
3 - Briana
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