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17 de dezembro de 2012

O Segredo

Série Highlands' Lairds

Escócia, 1200



Iain Maitland era um indivíduo desagradável e ruim quando estava furioso.
Estava furioso agora. O sombrio humor descendeu sobre ele assim que seu irmão Patrick lhe falou da promessa que lhe tinha feito a seu doce algema, Frances Catherine.
Se Patrick tinha querido surpreender a seu irmão, indubitavelmente tinha obtido seu objetivo. Sua explicação tinha deixado ao Iain sem palavras.
Essa atitude não durou muito tempo. A ira a remplazó com rapidez. Na verdade, a ridícula promessa que seu irmão tinha feito a sua esposa não irritava tanto ao Iain como o fato de que Patrick tivesse chamado ao conselho para que desse uma opinião oficial a respeito. Iain tivesse evitado que seu irmão envolvesse aos anciões no que considerava um assunto privado e familiar, mas estava fora das terras nesse momento, perseguindo os malditos Maclean que tinham espreitado a três inexperientes guerreiros Maitland e, quando chegou a sua casa, fatigado mas vitorioso, a ação já se consumou.
Era típico do Patrick tomar uma questão singela e complicá-la endiabladamente. Ao parecer, não tinha considerado nenhuma das conseqüências de sua precipitada conduta. Iain, recentemente designado chefe do clã, agora teria que deixar a um lado seus deveres para com sua família imediata, tal como se esperava dele, e também sua lealdade, para atuar exclusivamente como conselheiro da assembléia.
É obvio, não ia cumprir com essas expectativas. Apoiaria a seu irmão sem que lhe importasse quanta oposição viesse dos anciões. Tampouco ia permitir que se castigasse ao Patrick. E se era necessário, estava completamente disposto a brigar.
Iain não compartilhou sua decisão com seu irmão, pela singela razão de que queria que Patrick sofresse a incerteza um pouco mais. Se a prova resultava ser o suficientemente penosa, talvez Patrick aprenderia por fim a utilizar um pouco de moderação.
Quando Iain terminou com suas obrigações e se dirigiu colina acima, a assembléia de cinco membros já se reuniu no grande salão para ouvir a petição do Patrick. Patrick o estava esperando no centro do pátio. Parecia estar preparado para entrar em batalha. Tinha as pernas bem plantadas e separadas, as mãos dobradas em punhos junto ao corpo e o sobrecenho de seu rosto era tão feroz como a tormenta que ameaçava por cima de suas cabeças.
Iain não estava absolutamente impressionado pela bravata de seu irmão. Apartou ao Patrick de seu caminho quando este tentou lhe bloquear o passo e continuou subindo os degraus para o torreão.
-Iain - chamou Patrick-. Pergunto-lhe isso agora, porque devo saber sua postura antes de entrar. Está junto a mim neste tema ou está contra mim?
Iain se deteve e logo se voltou lentamente para olhar a seu irmão. A expressão de seu rosto mostrava seu aborrecimento. Entretanto, quando falou, sua voz era engañosamente suave.
-E como sei eu, Patrick, se você tenta me provocar deliberadamente ao me fazer essa pergunta?
Imediatamente, Patrick se relaxou em sua atitude.
-Não quis te insultar, mas é novo como chefe e ainda deve ser provado por nossa assembléia de uma maneira tão pessoal. até agora não me tinha dado conta da difícil posição em que te coloquei.
-Está-te arrependendo?
-Não -respondeu Patrick com um sorriso. Caminhou para onde estava seu irmão-. Sei que não queria que envolvesse à assembléia, especialmente agora que está lutando para conseguir interessá-los em formar uma aliança com os Dunbar contra os Maclean, mas Frances Catherine estava decidida a obter a bênção do conselho. Deseja que sua amiga seja bem recebida aqui.
Iain não fez nenhum comentário a respeito dessa explicação.
Patrick seguiu pressionando.
-Também me dou conta de que não entende as razões pelas que lhe fiz essa promessa a minha esposa, mas algum dia, quando tiver encontrado à mulher adequada, tudo isto terá sentido para ti.
Série Highlands' Lairds
1 - O Segredo
2 - O Resgate
3 - Música Sombria
Série Concluída

O Resgate

Série Highlands' Lairds
Gillian encontra a chave para resolver o seu passado conturbado nos belos lairds escoceses Ramsey Sinclair e Brodick Buchanan.

Com a astúcia e a coragem dos escoceses e com a amizade de uma nova aliada, Brigid, Gillian envolve-se numa batalha com o inescrupuloso 

Barão Alfred, que quer reivindicar a sua casa, sua família e a reputação de seu pai.
Mas, na presença dos poderosos guerreiros, Gillian e Brigid descobrem que o desejo pode ser mais forte do que qualquer coisa.

Comentário revisora Tania Candida: É o livro que eu mais gosto e por isso já li e reli várias vezes e depois do interesse das meninas eu resolvi revisar.
E aproveitando que estou me recuperando da cirurgia, revisei aos poucos.
Estou te mandando se você quiser repassar ao grupo, sei que vão adorar aquelas que ainda não conhecem. É um livro espadão, não muito hot, só uma parte, mas a história é muito boa mesmo.
Na verdade são duas histórias, mocinhas fortes e decididas que não se deixam abater e mocinhos espadões possessivos e apaixonados.

Capítulo Um

A Escócia,
O destino de todo o clã Macpherson descansava nas mãos de Laird Ramsey Sinclair.
Com o recente nascimento de Alan Doyle e a tranquila morte de Walter Flanders, o número dos Macpherson era exatamente de novecentos vinte e dois, e a grande maioria daqueles orgulhosos homens e mulheres desejavam e precisavam desesperadamente da proteção de Ramsey.
Os Macpherson estavam em uma má situação.
Seu laird, um homem ruim de olhar triste chamado Lochlan, havia morrido no ano anterior, e por própria mão, que Deus se apiede de sua alma.
Os membros do clã tinham ficado aturdidos e horrorizados ante o ato de covardia de seu laird, e até esse momento não tinham sido capazes de falar abertamente do tema.
Nenhum dos mais jovens tinha reclamado com êxito seu direito a liderar o clã, mesmo que, para dizer verdade, a maioria não queria ocupar o lugar de Lochlan porque achavam que este tinha amaldiçoado o título ao suicidar—se.
 Devia estar louco, conjecturavam, um homem ajuizado jamais cometeria um pecado tal sabendo que teria que passar toda a eternidade no inferno por ter ofendido a Deus com um insulto de semelhante magnitude. Os dois idosos que tinham assumido o papel de líderes do clã Macpherson, Brisbane Andrews e Otis Macpherson, estavam velhos e cansados depois de mais de vinte anos de lutas contra os clãs ávidos de terras do leste, sul e oeste de seus domínios.
A luta tinha endurecido depois da morte do laird, já que os inimigos sabiam do vulnerável que estavam sem uma liderança efetiva.
No entanto, situações desesperadas como essa exigiam soluções engenhosas, de maneira que Brisbane e Otis, com a aprovação do resto do clã, decidiram abordar laird Ramsey Sinclair durante o transcurso do festival anual da primavera.
O acontecimento social parecia o momento ideal para apresentarem a ele sua petição, já que existia uma norma tácita que, durante a duração da festa, todos os clãs deixavam de lado sua animosidade e se uniam como uma só família ao longo das duas semanas de competições e harmonia.
Eram dias nos quais as velhas amizades se reafirmavam, os rancores se esqueciam, e, mais que tudo, se acertavam contratos matrimoniais.
Os pais das donzelas casadoiras passavam a maioria de seu tempo tratando ansiosamente de proteger seus brotos dos candidatos indesejáveis, ao mesmo tempo em que tentavam encontrar o melhor partido possível. Muitos homens sentiam que era esta uma época absolutamente revigorante.
Como as terras de Sinclair confinavam com as dos Macpherson no extremo sul, Ramsey supôs que os líderes Macpherson desejavam falar—lhe de uma possível aliança, mas foi que os idosos queriam muito mais que isso.
Estavam atrás de uma união, um casamento, para ser claros, entre os dois clãs, e estavam inclusive dispostos a renunciar a seu nome e converter—se em Sinclairs se o laird lhes desse sua solene palavra que todos os Macpherson seriam tratados como legítimos Sinclair.
Queriam um trato igualitário para cada um dos novecentos vinte e dois membros do clã.

Série Highlands' Lairds
1 - O Segredo
2 - O Resgate
3 - Música Sombria
Série Concluída

8 de dezembro de 2009

Música Sombria

Série Highlands' Lairds

Para a princesa Gabrielle de St. Biel,
Escócia é uma terra de vista deslumbrante, chefes selvagens, ravinas traiçoeiras e abruptas sombras...
armadilhas, traição e agora assassinato.

Apreciada por sua impressionante beleza, filha de um dos barões mais influentes da Inglaterra, Gabrielle é, além disso, uma perfeita moeda de negociação para um rei que necessita a paz nas Highlands:
O rei John dispôs o matrimônio de Gabrielle com um amável e bondoso laird.
Mas este matrimônio jamais terá lugar...
Tudo muda para Gabrielle em uma única explosão de liberdade, quando ela e suas escoltas se deparam com uma cena de indescritível crueldade.
Com um só disparo de seu arco, Gabrielle toma uma vida, salva outra e começa uma guerra.
Em questão de dias, as Highlands se elevam enquanto uma batalha real tem lugar entre novos e antigos inimigos.
Tendo chegado a Escócia para casar-se, Gabrielle se vê em envolta em uma intriga escocesa. Para dois sádicos nobres, subestimar a valentia e a destreza de Gabrielle pode ser fatal.
Mas graças a um segredo que ela possui, Colm MacHugh, o homem mais temido da Escócia, encontra um novo motivo para mostrar sua coragem.
Nem o corpo nem o coração de Gabrielle estão a salvo sob seu penetrante olhar

Capítulo Um

Wellingshire, Inglaterra
A Princesa Gabrielle tinha apenas seis anos de idade quando foi convocada ao leito de morte de sua mãe.
Escoltando-a ia seu leal guarda, dois soldados situados a cada lado dela, enquanto procediam solenemente pelo longo corredor, andavam devagar para que ela pudesse acompanhar o passo.
O único som era o de suas botas ressonando contra o frio chão de pedra.
Gabrielle tinha sido chamada ao leito de morte de sua mãe tantas vezes que tinha perdido a conta.
Enquanto caminhava, permanecia com a cabeça baixa, olhando intensamente a pedra brilhante que tinha encontrado.
A sua mãe ia encantar-se.
Era negra com uma pequena linha branca em zigue-zague que a rodeava completamente. Um lado era tão suave como a mão de sua mãe quando acariciava a bochecha de Gabrielle.
O outro lado da pedra era áspero como as costeletas de seu papai.
Cada dia ao entardecer Gabrielle trazia para sua mãe um tesouro diferente. Dois dias atrás tinha capturado uma mariposa.
Tinha umas asas formosas, douradas com pontos de cor púrpura.
A mãe tinha declarado que era a mariposa mais formosa que tivesse jamais tinha visto. Quando Gabrielle caminhou para a janela e a deixou sair voando a elogiou por ser tão gentil com uma criatura de Deus. No dia anterior Gabrielle tinha recolhido flores da colina que estava fora dos muros do castelo.
O aroma do urze e o mel a tinha rodeado, e pensou que o delicioso aroma era ainda mais agradável que os perfume e os azeites especiais de sua mãe.
Gabrielle havia amarrado uma fita muito bonita ao redor dos caules e tratou de fazer um lindo laço, mas não sabia como e fez uma confusão.
A fita se desfez antes que entregasse o ramo a sua mãe.
As pedras eram os tesouros favoritos de sua mãe.
Em uma mesa perto da cama, tinha uma cesta cheia que Gabrielle tinha recolhido para ela e esta pedra ela gostaria mais que das outras.
Gabrielle não estava preocupada com a visita desse dia.
Sua mãe havia prometido não ir para o céu em breve, e nunca quebrava uma promessa.
O sol projetava sombras ao longo das paredes de pedra e do chão.
Se Gabrielle não estivesse ocupada levando a pedra, teria gostado de perseguir as sombras e tentar capturar uma.
O longo corredor era um de seus lugares favoritos para brincar.
Gostava de saltar em um pé de uma pedra à outra e ver quão longe poderia ir sem cair. Ainda não tinha chegado à segunda janela abóbadada, e faltavam cinco janelas mais. Às vezes fechava os olhos, abria os braços amplamente e girava e girava até que perdia o equilíbrio e se derrubava sobre o chão, tão enjoada que as paredes pareciam voar ao redor de sua cabeça.
Mais do que tudo, amava correr pelo corredor, especialmente quando seu pai estava em casa. Era um homem muito grande e magnífico, mais alto que qualquer um dos pilares da igreja.
Seu papai a chamava e esperava a que o alcançasse.
Logo a tomava em seus braços e a lançava alto sobre sua cabeça.
Se estavam no pátio, levantava as mãos ao céu, segura de que quase podia tocar uma nuvem.
Seu pai sempre pretendia não poder agarrá-la para que pensasse que ia deixar a cair. Sabia que nunca o faria, mas gritava com deleite ante a possibilidade.
Envolvia-lhe os braços ao redor do pescoço e o apertava enquanto ele caminhava com grandes passos para a habitação de sua mãe.
Quando estava especialmente contente costumava cantar.
Tinha uma voz terrível e às vezes Gabrielle continha a risada e cobria os ouvidos de tão espantosa que era, mas nunca ria abertamente.
Não queria ferir seus tenros sentimentos.
Esse dia seu pai não estava em casa.
Havia partido do Wellingshire, para dirigir-se ao norte da Inglaterra, para visitar seu tio Morgan e não voltaria para casa em vários dias.
Gabrielle não estava preocupada.
Sua mãe não morreria sem ele a seu lado.
Stephen, o chefe dos guardas, abriu a porta da antecâmara de sua mãe e deu um leve empurrãozinho entre as omoplatas de Gabrielle para que entrasse.
— Adiante, Princesa — a urgiu.
Ela se voltou com um cenho de desgosto.
— Papai diz que deve chamar a minha mãe Princesa Genevieve, e se supõe que a mim deve me chamar Lady Gabrielle.
— Aqui na Inglaterra é Lady Gabrielle — aplaudiu o escudo bordado que tinha na túnica, — mas em St. Biel é uma princesa. Agora vá, sua mãe vos espera.



Série Highlands' Lairds
1 - O Segredo
2 - O Resgate
3 - Música Sombria
Série Concluída