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25 de agosto de 2017

O Prêmio

Ela estava sitiada em sua própria fortaleza, mas não se renderia fácil. 

Vencera antes os cavaleiros do rei e, com astúcia e habilidade evitaria, mais uma vez, ser levada como premio a ser disputada em um torneio. 
Lorde Royce era um cavaleiro diferente, um guerreiro cuja força era lendária. Tinha uma grande cicatriz em sua bochecha, além do caráter difícil, para mantê-lo afastado das mulheres. 
Entretanto, é este cavaleiro que a leva prisioneira a Londres. No esplendor da corte de William, o Conquistador, em Londres, depois de ter salvado a vida da sobrinha do rei e, sendo uma cativa, Lady Nicholaa foi forçada a escolher um esposo entre os nobres normandos. Ela escolheu Royce, o barão não podia esconder seu coração terno e cavalheiresco dela. Engenhosa, rebelde e totalmente ingênua, Nicholaa prometeu conquistar Royce para si, pois o turbilhão de sentimentos que ele despertou nela são provas do que pode haver entre eles. 
Feroz em batalha, temperamental na paixão, Royce foi surpreendido pela profundidade de seu sentimento, enquanto acariciava sua noiva charmosa. Em um clima de traição, onde saxões conspiram contra seus invasores normandos, Nicholaa e Royce descobrem um precioso amor. 
Juntos deverão averiguar quem é realmente o novo senhor de Rosewood e como se comportará frente aos irmãos de Nicholaa, Justin que perdeu sua mão direita em batalha e Thurston um traidor do rei que quer matar seu esposo. Uma ligação fervorosa que logo será posta a prova pelo chamado do sangue, da família e do país! 

Capítulo Um

Inglaterra, 1066 
Nunca soube o que lhe tinha golpeado. Em um momento, o barão Royce estava secando o suor da testa com o dorso de seu braço vestido de couro e, no minuto seguinte se encontrava estendido de costas no chão. Ela o tinha derrubado. Literalmente. 
Tinha esperado até que ele tirasse o elmo. Logo, tinha desenhado um círculo muito alto, por cima de sua cabeça, com a estreita tira de couro. 
A pequena pedra que se encontrava no centro de sua funda improvisada tinha ganhado tanta velocidade que era impossível segui-la com a vista. O som que emitiu o couro ao cortar o ar foi similar ao grito de uma fera em agonia: meio grunhido, meio assobio. Entretanto seu objetivo estava muito afastado para escutar o ruído, pois ela se ocultou nas gélidas sombras matinais do caminho, no alto da muralha, enquanto que ele estava muito mais abaixo, junto à base de uma ponte levadiça de madeira, a uns vinte metros, segundo seus cálculos. O monumental normando acabou sendo um alvo simples. 
O fato de que ele fosse também o líder dos infiéis, que tratavam de roubar as posses de sua família, havia adoçado sua concentração. 
Para ela, o gigante havia se convertido em Golias. E ela era o seu David. Mas a diferença do santo herói da antiga lenda, ela não tinha tido intenções de matar seu adversário. Se fosse esse seu objetivo, teria apontado diretamente à têmpora. Não, ela só tinha querido golpeá-lo. E por essa razão tinha escolhido a testa. Se Deus quisesse, talvez o tenha marcado para o resto de seus dias, como aviso, pela atrocidade que ele tinha cometido nesse triste dia de vitória. 
Os normandos estavam ganhando essa batalha. Em uma hora ou duas a mais, invadiriam o santuário interno. Ela sabia que era inevitável. Seus soldados saxões, desgraçadamente, encontravam-se nesse momento em uma desfavorável desigualdade numérica. 
A única alternativa lógica que restava era empreender a retirada. Sim, era inevitável, mas também odiosamente exacerbado. Esse gigante normando era o quarto homem que o bastardo do William da Normandia, tinha enviado, desafiando-a, nas últimas três semanas, para apoderar-se de sua fortaleza. 
Os três primeiros lutaram como meninos. Tanto ela como os homens de seu irmão conseguiram reprimi-los com facilidade. Mas este era diferente. Não se entregaria tão fácil. Muito cedo, ficou evidente que tinha muito mais caráter que seus predecessores. Certamente, parecia muito mais ardiloso.








17 de janeiro de 2016

O Esplendor da Honra





Na corte inglesa medieval, a amável lady Madelyne sofre com os cruéis caprichos de seu perverso irmão, o barão Louddon. 

Para se vingar de um crime revoltante, o barão Duncan ataca as terras de Louddon com seus guerreiros. 
A formosa Madelyne foi o prêmio que ele capturou, porém, ao contemplar a orgulhosa e bela dama, ele jura arriscar sua vida para protegê-la. 
Apesar de seu tosco castelo, Duncan demonstra ser um gentil cavalheiro. Mas quando, afinal, a nobre paixão domina a ambos, Madelyne se entrega com toda a alma. Agora, por amor, Madelyne enfrentará qualquer coisa, tão corajosamente quanto seu senhor, o poderoso e combativo Lobo.

Capítulo Um

Inglaterra, 1099
Pretendiam matá-lo.
O guerreiro estava de pé no centro do pátio deserto, com as mãos atadas às costas e presas por uma corda a um poste que tinha sido enfiado no chão atrás de suas costas. Sua expressão estava desprovida de qualquer emoção, enquanto olhava para frente, aparentemente ignorando seus inimigos.
O prisioneiro não tinha oferecido nenhum tipo de resistência, permitindo que seus captores o despissem até a cintura sem nem sequer levantar um punho ou pronunciar uma única palavra de protesto. 
Sua magnífica capa de inverno, forrada de pele, sua grossa cota, sua camisa de algodão, suas meias e suas botas de couro, tinham-lhe sido arrancadas e jogadas no chão gelado, diante dele. 
A intenção que guiava seus inimigos não podia ser mais clara. O guerreiro morreria, mas sem que sua morte trouxesse nele nenhuma nova marca para acrescentar ao seu corpo, já marcado pelas cicatrizes de batalha. Enquanto sua ávida audiência olhava, o prisioneiro podia contemplar seus trajes, enquanto ia congelando até morrer.
Doze homens o rodeavam. Com as facas desembainhadas para terem coragem, aqueles homens andavam em círculos ao redor do prisioneiro, zombando dele e gritando-lhe insultos e obscenidades, enquanto seus pés, calçados com botas, chutavam o chão em um esforço por manter a gélida temperatura à distância. Mesmo assim, todos, e cada um deles, se mantinham a uma prudente distância do homem, no caso de seu dócil prisioneiro mudar subitamente de ideia e decidir se liberar de suas amarras e atacá-los. 
Não lhes restava nenhuma dúvida de que ele era perfeitamente capaz de tal façanha, porque todos tinham escutado as histórias que se contavam de sua força hercúlea. 
Alguns, inclusive, tinham podido presenciar, em uma ou duas ocasiões, as tremendas proezas que ela era capaz de fazer no curso de uma batalha. E se o prisioneiro se livrasse das cordas que o prendiam ao poste, os homens seriam obrigados a utilizar suas facas, mas não antes de o guerreiro ter enviado três, possivelmente, até mesmo, quatro deles, à morte.
O líder do grupo de doze homens não podia acreditar em sua boa sorte. Tinham capturado o Lobo e não demorariam a presenciar sua morte.
Que engano tão terrível tinha cometido seu prisioneiro ao deixar-se arrastar pela temeridade! Sim, Duncan, o poderoso barão dos feudos de Wexton, tinha entrado na fortaleza de seu inimigo cavalgando completamente só, e sem levar consigo uma única arma com a qual pudesse se defender. Tinha cometido a insensatez de acreditar que Louddon, um barão assim como ele em título, honraria a trégua temporária que havia entre eles.
Tem que estar muito satisfeito com sua própria reputação, pensou o líder deles. Realmente devia se achar tão invencível como afirmavam ser naquelas histórias de grandes batalhas, que até tinham chegado a exagerar em sua figura. Sem dúvida, essa era a razão para o barão de Wexton parecer se sentir tão pouco preocupado pelas terríveis circunstâncias nas quais se encontrava agora.
Uma vaga sensação de inquietação foi-se infiltrando, pouco a pouco, na mente do líder, enquanto contemplava seu prisioneiro. 
Tinham-no despojado de toda sua coragem, fazendo em farrapos o emblema que proclamava seu título e sua dignidade, e assegurando-se de que não ficasse nem um só vestígio do nobre civilizado. 
O barão Louddon queria que seu prisioneiro morresse sem nenhuma dignidade ou honra. E, entretanto, o guerreiro quase nu, que tão orgulhosamente se elevava ante eles, não estava respondendo ao menor dos desejos de Louddon. 
O barão de Wexton não estava se comportando como poder-se-ia esperar de um homem que vai morrer. Não, o prisioneiro não suplicava por sua vida ou choramingava pedindo um rápido final. Tampouco tinha o aspecto de um agonizante. 
Não tinha ficado arrepiado e sua pele não tinha empalidecido, mas sim continuava bronzeada pelo sol e curtida pela exposição à intempérie. Maldição, mas se nem sequer tremia!











18 de junho de 2014

Dona Do Seu Coração

Série Espiões da Coroa


Christina Bennett conquistou a sociedade londrina.

No entanto, guardava a sete chaves o segredo de seu misterioso passado até a noite em que Lyon, marques de Lyonwood, roubou-lhe um sensual beijo. 
O arrogante aristocrata com paixões de pirata saboreou o fogo agachado sob o frio encanto de Christina e jurou possuí-la algum dia. 
Mas a desafiante Christina não ia ser conquistada facilmente. 
Zelosa de seus afetos e de sua fortuna resistia às sensuais carícias de Lyon. Não se atrevia a sucumbir a seu amor, porque ele deveria então descobrir também seu precioso segredo e renunciar a seu destino.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, 1810.
Os gritos de Lettie foram se tornando cada vez mais débeis.
O barão Winters, o médico que assistia à marquesa de Lyonwood, inclinou-se sobre sua paciente e tentou desesperadamente segurar suas mãos. A bela mulher se retorcia de dor. Estava claro que tinha perdido a cabeça e parecia decidida a arrancar a pele do inchado abdômen.
-Vamos, vamos, Lettie - murmurou o médico com o que esperava fosse um tom tranquilizador. -Tudo vai acabar bem querida. Apenas um pouco mais e terá um precioso bebê para dar a seu marido.
O barão não estava nada seguro de que Lettie compreendesse sequer o que estava dizendo. Seus olhos verdes esmeralda estavam opacos de dor. Pareciam que o olhavam sem vê-lo.
-Ajudei a trazer seu marido a este mundo. Sabia Lettie?
Outro grito dilacerador interrompeu seus esforços para acalmar sua paciente.
Winters fechou os olhos e rezou pedindo orientação. Tinha a frente da camisa cheia de suor e as mãos tremiam. Nunca, em toda sua vida, tinha visto um parto tão difícil. Já durava muito tempo. A marquesa estava ficando tão fraca que não podia ajudar mais.
Naquele momento a porta do quatro se abriu de repente, atraindo a atenção do barão. Alexander Michael Phillips, marquês de Lyonwood, estava na soleira. Winters suspirou aliviado.
-Graças a Deus que chegou - exclamou. - Preocupava-me que não voltasse a tempo.
Lyon se precipitou para a cama. Seu rosto mostrava sua inquietação.
-Em nome de Deus, Winters. Já se passou muito tempo, e ela está sofrendo.
-O menino decidiu ficar ao contrário - respondeu Winters.
-Não vê que está sofrendo muito? -gritou. -Faça algo!

Série Espiões da Coroa
1 - Dona do seu Coração
2 - Doce Resgate
3 - Despertar da Paixão
4 - Castelos
Série Concluída

Castelos

Série Espiões da Coroa




Órfã e sitiada, a princesa Alessandra sabe que só um casamento apressado com um inglês pode protegê-la da crise em sua própria terra. 

Colin, o irmão mais novo do Marquês de Cainewood quer reclama-la para sempre, e ele está disposto a arriscar sua vida para fazê-lo...




Capítulo Um

A Madre Superiora Maria Felicidade sempre acreditara nos milagres, mas, ao longo de seus sessenta e sete anos nesta doce terra, jamais tinha sido testemunha de nenhum, a não ser até aquele sossegado dia de fevereiro de 1820, quando chegou a carta da Inglaterra.
No princípio, a Madre teve medo de acreditar nas abençoadas novidades. 
Temia que tudo se tratasse de uma brincadeira diabólica para alimentar nela falsas esperanças que logo sumiriam como castelos de areia. Mas depois de ter respondido devidamente a missiva carta e receber uma segunda confirmação com o selo do Duque de Williamshire, não restou mais dúvida e teve que aceitar a graça pelo que realmente era. Um milagre.
Enfim se livraria da pestinha. A Madre Superiora compartilhou as notícias com
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as outras freiras na manhã seguinte durante as orações matinais. De noite, celebraram-no com sopa de pato e pão preto recém tirado do forno. Irmã Raquel, estava tão feliz que recebeu muitas reprimendas por rir-se as gargalhadas durante a manhã.
A pestinha ou, melhor dizendo, a Princesa Alessandra, teve que comparecer na sala da Madre Superiora na tarde seguinte. Enquanto a informavam que partiria do convento, Irmã Raquel estava muito atarefada preparando a bagagem dela.
A Madre Superiora estava sentada em uma cadeira de respaldo muito alto, atrás de uma ampla mesa, tão velha e desgastada quanto ela. Distraída, a freira brincava com as pesadas miçangas de madeira de seu rosário, que sempre pendurava ao lado de seu hábito preto, enquanto esperava que seu olhar reagisse diante do tal anúncio.
A Princesa Alessandra ficou estarrecida com a notícia. Apertou muito forte suas mãos, em um gesto de nervosismo, e manteve a cabeça curvada, para que a Madre Superiora não pudesse ver as lágrimas em seus olhos.
— Sente-se, Alessandra. Não quero falar com o topo de sua cabeça.
— Como quiser, Madre. — sentou-se na beirada da cadeira, ergueu as costas para agradar à freira e colocou uma mão em cima da outra na saia.
— O que achou das notícias?-perguntou a Madre.
— Foi por aquilo do lago, não Madre? Ainda não pôde me perdoar, não é?
— Tolice — respondeu a Madre Superiora — Faz mais de um mês que a perdoei por esta falta de bom senso.
— Foi Irmã Raquel que a convenceu de que me afastasse daqui? Já pedi desculpas à ela e não tem o rosto tão verde agora.
A Madre Superiora meneou a cabeça. Também franziu o cenho, porque Alessandra, sem dar conta, estava contando todos os problemas que tinha causado.
— Não posso entender de onde tirou a idéia que essa massa repugnante serviria para eliminar as sardas. Mas Irmã Raquel concordou com o experimento. Não culpo você… Completamente — apressou-se a adicionar para que a mentira que estava dizendo não fosse um pecado tão capital diante os olhos de Deus — Alessandra, eu não escrevi ao seu tutor pedindo que partisse daqui. Ele escreveu. Aqui está a carta do Duque de Williamshire. Leia e verá que digo a verdade.
Quando Alessandra estendeu o braço para pegar a carta, a mão tremeu. Analisou rapidamente o conteúdo e a devolveu.
— Deu-se conta da urgência, não? Este General lvan que seu tutor fez menção, parece ter uma reputação irrepreensível. Lembra de tê-lo conhecido?
Alessandra meneou a cabeça
— Visitou a casa de papai várias vezes, mas eu era muito pequena. Não recordo tê-los conhecido. Por que, em nome do Deus, iria querer se casar comigo?
— Seu tutor compreende os motivos do general — respondeu a Madre Superiora. Tamborilou as pontas dos dedos sobre a carta — Os súditos de seu pai não a esqueceram. Ainda continua sendo a amada Princesa. O General acha que, se casando com você, poderá ter a aprovação da massa. É um plano muito inteligente.
— Mas eu não desejo me casar com ele — murmurou Alessandra.
— E tampouco o deseja seu tutor — disse a superiora — Mas acha que o General não irá aceitar que você recuse a sua proposta e que, se necessário, a levará à força para assegurar o êxito de que busca. Essa é a razão pela qual seu tutor deseja que os guardas a acompanhem na viagem à Inglaterra.
— Eu não quero ir, Madre. De verdade, não quero.

Série Espiões da Coroa
1 - Dona do seu Coração
2 - Doce Resgate
3 - Despertar da Paixão
4 - Castelos
Série Concluída

Doce Resgate

Série Espiões da Coroa


Capítulo Um

Londres, 1815
Paciente, o caçador esperava a presa.
A mentira que o Marques do Cainewood tentava pregar era perigosa. Não cabia dúvida de que o infame Pagam, do Shalow’s Wharf, ouviria falar que o imitava e se veria obrigado a deixar o esconderijo, pois, se soubesse dos falatórios, seu orgulho monstruoso não permitiria que outro indivíduo levasse os méritos de suas próprias maldades. 

Por certo, o pirata tentaria exercer sua própria forma de vingança, e Caine contava com isso. Assim que Pagam aparecesse, Caine o teria.
E a lenda seria destruída.
Ao marquês já não restavam alternativas. A aranha não abandonaria a teia. A generosidade não tinha dado resultado. Por mais surpreendente que parecesse, entre os marinheiros não havia traidores, embora aqueles homens comuns fossem capazes de vender suas mães pela quantidade de ouro que o Marques tinha oferecido. Por outro lado, tinha sido um erro de cálculo por parte de Caine. Todos os homens do mar proclamavam que a lealdade à lenda era o motivo pessoal para rechaçar as moedas, mas Caine, cínico por natureza, e pelas amargas experiências passadas, imaginou que a causa real era o medo. O medo e a superstição.
O mistério rodeava o pirata como as paredes de um confessionário. Na realidade, ninguém jamais tinha visto Pagam. Seu navio, o Emerald, foi visto em inumeráveis ocasiões sulcando as águas como um calhau arrojado pela mão de Deus... ou ao menos assim contavam quem alardeava havê-lo visto. 
A imagem do belo navio negro produzia terror nos cavalheiros da alta sociedade, de carteiras repletas; provocava risadas dissimuladas nos indivíduos malvados e humildes preces de agradecimento por parte dos desafortunados, pois Pagam tinha fama de compartilhar os grandiosos tesouros com estes últimos.
Mas apesar da freqüência com que o navio era avistado, ninguém podia descrever um só dos diversos marinheiros a bordo, coisa que só aumentava a especulação, a admiração e o encantamento pelo o pirata fantasma.
Era óbvio que Pagam desfrutava com a variedade, pois seus latrocínios se estendiam até o outro lado do oceano, embora os ataques em sua terra provocassem a mesma consternação, possivelmente mais até. 

Pagam tomava o cuidado de roubar só os membros da alta sociedade. 
Era evidente que não queria que nenhum outro ficasse com o crédito por seus próprios ataques noturnos aos despreparados, pois deixava um cartão pessoal, que consistia em uma rosa branca de talo comprido. 
No geral, a vítima despertava na manhã seguinte e encontrava a flor a seu lado, sobre o travesseiro. 
A simples visão da rosa era suficiente para que até homens maduros desmaiassem.

Série Espiões da Coroa
1 - Dona do seu Coração
2 - Doce Resgate
3 - Despertar da Paixão
4 - Castelos
Série Concluída

Despertar da Paixão

Série Espiões da Coroa



O estrangeiro que vem para reivindicar Sara Winchester como sua noiva é desconcertante, arrogante e bonito. 

Nathan, sabendo mais de guerra do que do amor, é completamente seduzido pela forma desafiante, mas doce de sua esposa Sara . 
A bordo de seu navio está determinado a conquistar seu coração, mas o amor deles será testado.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, 1816
Seria um seqüestro limpo e sem complicações. Ironicamente, o seqüestro seria considerado legal nas Cortes exceto pelos cargos de entrada, mas essa possibilidade não era significativa. 
Nathanial Clayton Hawthorn Baker, o terceiro marquês do St. James, estava preparado para utilizar qualquer método que considerasse necessário para obter seu objetivo. 
Se a sorte estivesse do seu lado, sua vítima estaria profundamente adormecida. Se não, uma simples mordaça eliminaria qualquer ruído de protesto.
De um modo ou de outro, legal ou não, ele se reuniria com sua noiva. Nathan, como o chamavam seus amigos mais próximos, não teria que atuar como um cavalheiro, o qual era uma bênção considerando que essas tenras qualidades eram completamente alheias a sua natureza. Além disso, o tempo estava se esgotando. Só faltavam seis semanas para que houvesse uma verdadeira violação do contrato matrimonial.
Nathan não via a noiva fazia quatorze anos, quando leram os contratos de casamento, mas a imagem que tinha em sua mente não era muito fantástica.
Não tinha muitas ilusões sobre a moça, já que havia visto suficientes mulheres Winchester para saber que não eram nada extraordinário. Não eram muito agraciadas em aspecto nem em disposição. A maioria tinha forma de pêra, com ossos grandes, os traseiros maiores, e se as histórias não exageravam, apetites gigantescos.
Embora ter uma esposa a seu lado parecia tão espantoso como nadar a meia-noite entre tubarões, Nathan estava preparado para suportar a prova. Possivelmente se realmente se ocupava do problema poderia encontrar a forma de cumprir com as condições do contrato sem ter que estar com a mulher dia e noite.
Durante quase toda sua vida Nathan tinha estado sozinho, negando-se a receber conselhos de homens. Só confiava seus pensamentos a seu amigo Colin. 
Entretanto, os lucros eram muito grandes como para que Nathan os ignorasse. O bota de cano longo que oferecia o contrato depois de um ano de convivência com lady Sara compensava qualquer repulsão que pudesse sentir ou inconveniente que tivesse que suportar. 
As moedas que receberia por decreto da coroa fortaleceriam a nova sociedade que ele e Colin tinham formado no verão anterior. A Emerald Shipping Company era a primeira empresa legítima que tinham empreendido, e estavam dispostos a fazê-la funcionar. A razão era simples de compreender. 
Ambos os homens estavam cansados de viver à margem da lei. Tinham entrado na pirataria por acidente e o tinham feito bastante bem, mas já não valia a pena correr os riscos que implicava. Nathan, atuando como o infame pirata Pagam, converteu-se em uma lenda. Sua lista de inimigos podia cobrir um grande salão de festas. 
A recompensa por sua cabeça tinha aumentado tanto que até um santo teria sentido tentado a converter-se em um traidor para obtê-la. Manter em segredo a outra identidade de Nathan era cada vez mais difícil. 
Só era uma questão de tempo que o apanhassem, se continua-se com suas incursões de piratas, assim finalmente Nathan cessou.

Série Espiões da Coroa
1 - Dona do seu Coração
2 - Doce Resgate
3 - Despertar da Paixão
4 - Castelos
Série Concluída

17 de dezembro de 2012

O Segredo

Série Highlands' Lairds

Escócia, 1200



Iain Maitland era um indivíduo desagradável e ruim quando estava furioso.
Estava furioso agora. O sombrio humor descendeu sobre ele assim que seu irmão Patrick lhe falou da promessa que lhe tinha feito a seu doce algema, Frances Catherine.
Se Patrick tinha querido surpreender a seu irmão, indubitavelmente tinha obtido seu objetivo. Sua explicação tinha deixado ao Iain sem palavras.
Essa atitude não durou muito tempo. A ira a remplazó com rapidez. Na verdade, a ridícula promessa que seu irmão tinha feito a sua esposa não irritava tanto ao Iain como o fato de que Patrick tivesse chamado ao conselho para que desse uma opinião oficial a respeito. Iain tivesse evitado que seu irmão envolvesse aos anciões no que considerava um assunto privado e familiar, mas estava fora das terras nesse momento, perseguindo os malditos Maclean que tinham espreitado a três inexperientes guerreiros Maitland e, quando chegou a sua casa, fatigado mas vitorioso, a ação já se consumou.
Era típico do Patrick tomar uma questão singela e complicá-la endiabladamente. Ao parecer, não tinha considerado nenhuma das conseqüências de sua precipitada conduta. Iain, recentemente designado chefe do clã, agora teria que deixar a um lado seus deveres para com sua família imediata, tal como se esperava dele, e também sua lealdade, para atuar exclusivamente como conselheiro da assembléia.
É obvio, não ia cumprir com essas expectativas. Apoiaria a seu irmão sem que lhe importasse quanta oposição viesse dos anciões. Tampouco ia permitir que se castigasse ao Patrick. E se era necessário, estava completamente disposto a brigar.
Iain não compartilhou sua decisão com seu irmão, pela singela razão de que queria que Patrick sofresse a incerteza um pouco mais. Se a prova resultava ser o suficientemente penosa, talvez Patrick aprenderia por fim a utilizar um pouco de moderação.
Quando Iain terminou com suas obrigações e se dirigiu colina acima, a assembléia de cinco membros já se reuniu no grande salão para ouvir a petição do Patrick. Patrick o estava esperando no centro do pátio. Parecia estar preparado para entrar em batalha. Tinha as pernas bem plantadas e separadas, as mãos dobradas em punhos junto ao corpo e o sobrecenho de seu rosto era tão feroz como a tormenta que ameaçava por cima de suas cabeças.
Iain não estava absolutamente impressionado pela bravata de seu irmão. Apartou ao Patrick de seu caminho quando este tentou lhe bloquear o passo e continuou subindo os degraus para o torreão.
-Iain - chamou Patrick-. Pergunto-lhe isso agora, porque devo saber sua postura antes de entrar. Está junto a mim neste tema ou está contra mim?
Iain se deteve e logo se voltou lentamente para olhar a seu irmão. A expressão de seu rosto mostrava seu aborrecimento. Entretanto, quando falou, sua voz era engañosamente suave.
-E como sei eu, Patrick, se você tenta me provocar deliberadamente ao me fazer essa pergunta?
Imediatamente, Patrick se relaxou em sua atitude.
-Não quis te insultar, mas é novo como chefe e ainda deve ser provado por nossa assembléia de uma maneira tão pessoal. até agora não me tinha dado conta da difícil posição em que te coloquei.
-Está-te arrependendo?
-Não -respondeu Patrick com um sorriso. Caminhou para onde estava seu irmão-. Sei que não queria que envolvesse à assembléia, especialmente agora que está lutando para conseguir interessá-los em formar uma aliança com os Dunbar contra os Maclean, mas Frances Catherine estava decidida a obter a bênção do conselho. Deseja que sua amiga seja bem recebida aqui.
Iain não fez nenhum comentário a respeito dessa explicação.
Patrick seguiu pressionando.
-Também me dou conta de que não entende as razões pelas que lhe fiz essa promessa a minha esposa, mas algum dia, quando tiver encontrado à mulher adequada, tudo isto terá sentido para ti.
Série Highlands' Lairds
1 - O Segredo
2 - O Resgate
3 - Música Sombria
Série Concluída

O Resgate

Série Highlands' Lairds
Gillian encontra a chave para resolver o seu passado conturbado nos belos lairds escoceses Ramsey Sinclair e Brodick Buchanan.

Com a astúcia e a coragem dos escoceses e com a amizade de uma nova aliada, Brigid, Gillian envolve-se numa batalha com o inescrupuloso 

Barão Alfred, que quer reivindicar a sua casa, sua família e a reputação de seu pai.
Mas, na presença dos poderosos guerreiros, Gillian e Brigid descobrem que o desejo pode ser mais forte do que qualquer coisa.

Comentário revisora Tania Candida: É o livro que eu mais gosto e por isso já li e reli várias vezes e depois do interesse das meninas eu resolvi revisar.
E aproveitando que estou me recuperando da cirurgia, revisei aos poucos.
Estou te mandando se você quiser repassar ao grupo, sei que vão adorar aquelas que ainda não conhecem. É um livro espadão, não muito hot, só uma parte, mas a história é muito boa mesmo.
Na verdade são duas histórias, mocinhas fortes e decididas que não se deixam abater e mocinhos espadões possessivos e apaixonados.

Capítulo Um

A Escócia,
O destino de todo o clã Macpherson descansava nas mãos de Laird Ramsey Sinclair.
Com o recente nascimento de Alan Doyle e a tranquila morte de Walter Flanders, o número dos Macpherson era exatamente de novecentos vinte e dois, e a grande maioria daqueles orgulhosos homens e mulheres desejavam e precisavam desesperadamente da proteção de Ramsey.
Os Macpherson estavam em uma má situação.
Seu laird, um homem ruim de olhar triste chamado Lochlan, havia morrido no ano anterior, e por própria mão, que Deus se apiede de sua alma.
Os membros do clã tinham ficado aturdidos e horrorizados ante o ato de covardia de seu laird, e até esse momento não tinham sido capazes de falar abertamente do tema.
Nenhum dos mais jovens tinha reclamado com êxito seu direito a liderar o clã, mesmo que, para dizer verdade, a maioria não queria ocupar o lugar de Lochlan porque achavam que este tinha amaldiçoado o título ao suicidar—se.
 Devia estar louco, conjecturavam, um homem ajuizado jamais cometeria um pecado tal sabendo que teria que passar toda a eternidade no inferno por ter ofendido a Deus com um insulto de semelhante magnitude. Os dois idosos que tinham assumido o papel de líderes do clã Macpherson, Brisbane Andrews e Otis Macpherson, estavam velhos e cansados depois de mais de vinte anos de lutas contra os clãs ávidos de terras do leste, sul e oeste de seus domínios.
A luta tinha endurecido depois da morte do laird, já que os inimigos sabiam do vulnerável que estavam sem uma liderança efetiva.
No entanto, situações desesperadas como essa exigiam soluções engenhosas, de maneira que Brisbane e Otis, com a aprovação do resto do clã, decidiram abordar laird Ramsey Sinclair durante o transcurso do festival anual da primavera.
O acontecimento social parecia o momento ideal para apresentarem a ele sua petição, já que existia uma norma tácita que, durante a duração da festa, todos os clãs deixavam de lado sua animosidade e se uniam como uma só família ao longo das duas semanas de competições e harmonia.
Eram dias nos quais as velhas amizades se reafirmavam, os rancores se esqueciam, e, mais que tudo, se acertavam contratos matrimoniais.
Os pais das donzelas casadoiras passavam a maioria de seu tempo tratando ansiosamente de proteger seus brotos dos candidatos indesejáveis, ao mesmo tempo em que tentavam encontrar o melhor partido possível. Muitos homens sentiam que era esta uma época absolutamente revigorante.
Como as terras de Sinclair confinavam com as dos Macpherson no extremo sul, Ramsey supôs que os líderes Macpherson desejavam falar—lhe de uma possível aliança, mas foi que os idosos queriam muito mais que isso.
Estavam atrás de uma união, um casamento, para ser claros, entre os dois clãs, e estavam inclusive dispostos a renunciar a seu nome e converter—se em Sinclairs se o laird lhes desse sua solene palavra que todos os Macpherson seriam tratados como legítimos Sinclair.
Queriam um trato igualitário para cada um dos novecentos vinte e dois membros do clã.

Série Highlands' Lairds
1 - O Segredo
2 - O Resgate
3 - Música Sombria
Série Concluída

12 de agosto de 2012

Lady Johanna


Quando Lady Johanna soube que estava uma viúva, jurou que nunca iria casar novamente. 

Apenas com dezasseis anos, já que ela possuía uma força de vontade que impressionou a todos. 
No entanto, quando o rei exigiu que ela casasse novamente e selecionou um noivo para ela - parecia que ela ia aceitar, até ao seu querido irmão sugeriu o seu amigo, o guerreiro escocês bonitão Gabriel MacBain. 
A princípio Johanna era tímida, mas como Gabriel ternamente revelou os esplêndidos prazeres eles compartilhariam, ela começou a suspeitar que estava apaixonanda por seu áspero novo marido.
E ficou logo evidente para todo o clã que o seu Highlands brusco,e galante Lorde tinha entregue o seu coração completamente 
Mas agora uma intriga real os ameaça - para destruir o homem cujo amor significou mais para ela do que ela jamais sonhou! 

Capítulo Um

As montanhas de Escócia. 1207 
Era evidente que o barão queria morrer e o lorde lhe daria o gosto. Através de uma intrincada selva de rumores lorde MacBain ouviu dizer que o barão Nicholas Sanders estava cobrindo o último lance das colinas do feudo MacLaurin. 
O inglês não era um estranho: de fato, tinha lutado junto com MacBain durante a última batalha feroz contra os infiéis ingleses que se apoderaram das terras MacLaurin. Depois da batalha, MacBain se converteu em lorde, chefe tanto de seus próprios seguidores como dos do clã MacLaurin; nesse caráter, decidiu permitir que Nicholas ficasse o tempo suficiente para recuperar-se dos ferimentos graves que sofreu. MacBain observou que tinha sido muito atencioso, muito generoso e por boas razões. Por mais que o barão Nicholas o exasperasse, reconhecia que durante a batalha lhe salvou a vida. 
O lorde era um homem orgulhoso: era difícil, quase impossível agradecer com palavras e, em conseqüência, para demonstrar o quanto valorizava que o tivesse salvado de uma espada inglesa apontada a suas costas, MacBain não deixou que Nicholas sangrasse até morrer. 
Não havia entre eles ninguém com experiência na arte de curar e o próprio MacBain limpou e enfaixou as feridas do barão. 
A generosidade do lorde não terminou ali, ainda que sentisse que tinha saldado a dívida com juros. Quando Nicholas estava forte o bastante para viajar, MacBain lhe devolveu seu magnífico cavalo e lhe deu um de seus próprios mantos escoceses de lã com as cores do clã MacBain: usando-o teria caminho livre em sua volta para a Inglaterra. 
Nenhum outro clã se atreveria a tocar num MacBain, de modo que na verdade o objeto constituía uma proteção melhor que uma armadura. Sim, certamente que tinha sido hospitaleiro e pelo jeito o barão estava decidido a aproveitar-se de sua generosidade. 
Maldição, teria que matar esse homem! Somente uma idéia brilhante impedia que seu ânimo se azedasse completamente: desta vez, ficaria com o cavalo de Nicholas. 
— MacBain, se alimentar um lobo uma vez, voltará cada vez que sinta o cheiro da comida. 
O braço direito de MacBain, um guerreiro loiro de ombros largos chamado Calum, foi quem fez o comentário em tom desdenhoso. Mas o brilho de seus olhos mostrava que a chegada do barão o divertia. — O matará?   MacBain pensou um momento antes de responder. — Talvez. — Imprimiu a sua voz um tom deliberadamente despreocupado. 
Calum riu. — O barão Nicholas deve ser valente para vir aqui. 
— Valente não — corrigiu MacBain — Tolo. 
— MacBain, efetivamente, ele está subindo a última colina e está usando seu manto. — anunciou aos berros Keith, o maior dos guerreiros MacLaurin enquanto entrava pavoneando-se pela porta. — Quer que o traga para dentro?
 

23 de outubro de 2011

Desejo Rebelde





De todos os duques da Inglaterra, Jered Marcus Benton, duque de Bradford, era o mais abastado, o mais atraente... e o mais arrogante.

E, entre todas as damas de Londres, ele escolheu apenas uma para lhe prestar a mais terna obediência: Caroline Richmond.
Nativa do Estado de Boston, nos Estados Unidos, ela era extraordinariamente bela, dona de um passado misterioso e espírito fogoso. 
Deixou-se atrair pelo poderoso duque, sem se deixar intimidar por sua soberba, com o objetivo de conquistar o coração do rapaz de forma definitiva.
Mas Bradford não era homem de se deixar dobrar por mulher alguma, até uma conspiração mortal aproximá-lo tentadoramente de Caroline.
A partir daí, unidos contra um inimigo comum, eles descobrem o poder da magnífica atração que os uniu...
Um desejo nascido em meio ao perigo, mas destinado a arder até transformar-se em amor!

Capítulo Um

Inglaterra, 1788
Ela sentou-se na cama e esfregou os olhos, para espantar o sono. — Babá? — murmurou, no silêncio súbito. 
Olhou para a cadeira de balanço ao lado da lareira, do outro lado do quarto, e viu que estava vazia.
Voltou a encolher-se sob o acolchoado de penas, tremendo de frio e medo.
A babá não estava onde devia estar.
As brasas que aos poucos morriam na lareira estavam de um laranja intenso na escuridão, fazendo a menina imaginar olhos de demónios e bruxas quando as fitava. Decidiu, então, não olhar para elas. Passou a fitar as janelas duplas, mas os olhos a seguiram, aterrorizando-a ao projetar sombras fantasmagóricas de gigantes e monstros nas janelas, dando vida aos galhos desprovidos de folhas que roçavam as vidraças.
— Babá? — repetiu a pequena, baixinho, já à beira das lágrimas.
Ouviu a voz de seu pai.
Ele gritava, e, embora parecesse ríspido e inflexível, a menina imediatamente deixou de sentir medo.
Ela não estava só. O pai estava por perto, e ela sentiu-se segura.
Agora que se acalmara, ficou curiosa.
Já morava naquela casa fazia um mês e até aquele momento não tinha visto nenhum visitante.
O pai dela estava gritando com alguém, e a menina queria ver e ouvir o que estava acontecendo.
Quando chegou ao patamar das escadas, deteve-se.
Tinha ouvido a voz de outro homem.
O estranho tinha começado a berrar, arrotando insultos ruidosamente, e fazendo os olhos azuis da menina arregalarem de surpresa e medo.
Ela espreitou o andar de baixo, oculta pela balaustrada, e viu o pai de frente para o estranho.
De onde estava, no alto da escada, enxergou outra silhueta, parcialmente escondida pelas sombras do vestíbulo.
— Recebeste as advertências, Braxton! - berrou o estranho em tom gutural. — Fomos regiamente recompensados para garantir que não causes mais tumulto.
O estranho empunhava uma pistola muito parecida com a que seu pai costumava trazer consigo para sua própria proteção.
E a menina viu que ele estava apontando a arma para o seu paizinho.

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26 de setembro de 2010

Amor na Primavera

Série Clayborne
Daniel Ryan é um homem forte em busca de vingança, um Marechal dos EUA impulsionado pela perda trágica e dolorosa do passado. Sua investigação o leva até uma bela jovem, a única testemunha de um crime terrível - e a única pessoa capaz de ajudá-lo. Mas o homem da lei descobre que o amor talvez seja o maior risco de todos, quando ele, inconscientemente, a atrai para a linha de fogo.

Capítulo Um

Desde não ter sido pela graça de Deus e um sapato desatado, ela deveria ter morrido esse dia junto a outros. 
Entrou em banco exatamente às duas e vinte e cinco daquela tarde para cancelar sua conta, tarefa que tinha atrasado todo o possível porque fazia que tudo parecesse totalmente terminal e definitivo. 
Já não haveria volta atrás. Já tinha preparado a bagagem com todas seus pertences, e logo se afastaria do Rockford Falls, Montana, para sempre.
Sherman MacCorkle, o diretor do banco, fecharia as portas em quinze minutos. A sala estava cheia de mais lentos como ela, embora só havia dois empregados para atender a todos os clientes, em lugar dos três de costume. 
Aparentemente, Emmeline MacCorkle, a filha do Sherman, ainda estava em casa repondo-se da gripe que se abateu sobre o pacífico pueblecito duas semanas atrás.
Na fila que havia frente ao guichê do Malcolm Watterson esperavam três pessoas menos que na outra. Não obstante, Watterson era um fofoqueiro declarado e sem dúvida lhe formularia perguntas que ela não estava preparada para responder.
Felizmente, esse dia estava atendendo Franklin Carroll, e com rapidez se colocou ao final da fila frente a seu guichê. Franklin era rápido, metódico e jamais se intrometia nos assuntos pessoais de ninguém. 
Também era um amigo. Já se tinha despedido dele no domingo anterior, depois do serviço religioso, mas a atacou o súbito desejo de voltar a fazê-lo.
Odiava esperar. Sapateando brandamente sobre os torcidos tablones do chão se tirou as luvas, e logo voltou a ficar os Com cada um de seus nervosos movimentos, sua bolsa, que levava sujeito à boneca com um laço de cetim, balançava-se de atrás para diante e de diante para trás, como um pêndulo, ao ritmo do tictac do relógio pendurado na parede, entre os guichês das caixas.

Série Clayborne
1 - Tempo de Rosas
2 - Uma Rosa Rosa
3 - Uma Rosa Branca
4 - Uma Rosa Vermelha
5 - Amor na Primavera
Série Concluída

25 de setembro de 2010

Uma Rosa Vermelha

Série Clayborne
Adam Clayborne sempre deu grande importância ao poder dos livros. Como um escravo fugitivo - e um homem procurado - a leitura tem sido seu único bilhete para as maravilhas das terras distantes. Adam está feliz com sua vida como um solteiro incorrigível e foi por isso que sua mãe Rose chamou a irresistível Genevieve Delacroix para Montana. Também uma ex-escrava, Genevieve compartilha seu sonho de ver o mundo, mas ela encontra Adam polidamente educado... E tão distante quanto ela estava de ir ver o mundo.
Destemida, Genevieve determina que ensinará a Adam o que ele nunca aprenderá em um livro - que só se encontra a verdadeira liberdade quando você abre o seu coração.

Capítulo Um

Rosehill Ranch Montana Valley Primavera, 1881
Encontrou-a em sua cama.
Adam Clayborne surpreendeu a sua família ao chegar a casa em meio da noite, dois dias antes do que lhe esperavam. Não tinha previsto retornar ao rancho antes da sexta-feira, mas tinha resolvido o assunto que tinha entre mãos e estava farto de dormir à intempérie. Sentia falta do aroma de lençóis limpa e seu fofo colchão.
Sabia que a casa estava repleta, porque o fim de semana seguinte era o aniversário de Mama Rose e seus irmãos e irmã tinham acordado retornar à fazenda com antecipação para ajudar com os preparativos. 
A maioria dos habitantes do Blue Bell estavam convidados, junto a vinte ou trinta pessoas mais que procediam de lugares tão longínquos como Hammond. Mama Rose fazia muitos amigos desde que se instalou no rancho fazia pouco mais de um ano. 
Só contando com seu grupo da igreja, somavam mais de cinqüenta homens e mulheres, e ao parecer, todos tinham intenção de assistir a tão importante celebração. Quando terminou de dar proteção a seu cavalo e de tomar uma taça já era passada a meia noite. 
A casa estava tão silenciosa como uma igreja na sábado de noite. tirou-se as botas no vestíbulo, e fazendo o menor ruído possível, deslizou-se em silêncio escada acima, entrou em seu dormitório ao final do corredor e começou a despir-se. 
Não se incomodou em acender o abajur do velador porque a luz da lua que fluía através da janela era suficiente para distinguir o contorno dos móveis.
Arrojou a camisa em uma cadeira, estirou os braços e bocejou. «Céus, que bom era estar de novo em casa! » Derrotado pelo cansaço e médio dormido se deixou cair na cama de dois lugares para tirá-los calções, mas ao fazê-lo-se deu conta de que não era o colchão o que tinha debaixo, a não ser um quente e suave corpo de mulher, ligeiramente perfumado.
Ela deixou escapar um grito, seguido de um insulto.
Genevieve Perry passou em questão de duas segundos de estar sumida em um sonho profundo, a estar acordada e lúcida. Instintivamente agitou as pernas para desfazer do grande vulto e se ergueu na cama. Agarrando com força os lençóis, subiu-as as sujeitando à altura do pescoço e apareceu entreabrindo os olhos para o imenso homem que jazia desajeitado no chão.
—O que está fazendo?

Série Clayborne
1 - Tempo de Rosas
2 - Uma Rosa Rosa
3 - Uma Rosa Branca
4 - Uma Rosa Vermelha
5 - Amor na Primavera
Série Concluída

24 de setembro de 2010

Uma Rosa Branca

Série Clayborne
Douglas Clayborne nunca dará as costas a alguém que o necessite e todo mundo em Blue Belle sabe disso. Uma e outra vez, sua intolerância a qualquer tipo de crueldade fez dele um defensor dos indefesos... Mas sua fortaleza tranquila enfrenta uma batalha definitiva quando ele conhece Isabel Grant. Ele chega ao rancho dela para pegar o magnífico garanhão árabe que havia comprado, mas não podia deixar a mulher vulnerável para trás quando descobre que um perigo a põe em perigo. No entanto, convencer a beleza teimosa e decidida que ela precisa dele é outra dificuldade. Douglas pode impedir que os homens roubem seu rancho e seus cavalos, mas não pode impedir Isabem Grant de roubar o seu coração.

Capítulo Um

Aquela mulher miúda tinha um problema. Um grande problema. Ninguém, homem ou mulher, mirava Douglas Clayborne com um rifle sem pagar pelas conseqüências, e depois que conseguisse arrancar a arma de sua mão, a faria saber.
Primeiro pediria com educação que saísse do estábulo para que a pudesse ver. Planejou continuar falando até que se encontrasse perto o suficiente para agarrá-la de surpresa. Iria arrancar o rifle de suas mãos, descarregar e o partir com o joelho. A menos que fosse uma Winchester e nesse caso ficaria com ele.
Podia vê-la agora. Estava de cócoras atrás da porta da cerca, oculta na penumbra, com o canhão da arma apoiado na tábua superior. Havia um lampião de querosene enganchado a um poste no lado oposto do estábulo, mas sua luz não era intensa o suficiente para ver além de onde se encontrava, a alguns metros da porta que se encontrava aberta.
Uma chuva intensa e torrencial golpeava suas costas. Estava totalmente encharcado, como Brutus, seu corcel alazão. Precisava tirar a sela de montar do animal para depois secá-lo o mais rápido possível, mas o que ele desejava e o que a mulher o permitiria fazer eram duas coisas muito diferentes.
A luz de um relâmpago, seguida de um estrondoso trovão, iluminou a entrada, assustando Brutus que se ergueu sobre as patas traseiras, relinchando e agitando a cabeça. O cavalo queria proteger-se, tanto quanto ele, da chuva.
Douglas manteve sua atenção no rifle enquanto tentava acalmar o animal com um sussurro prometendo que tudo iria terminar bem.
-Você é Isabel Grant?
Ela respondeu com um leve grunhido. Imaginou que o tom áspero de sua voz a tivesse assustado, e quando se dispunha a tentar de novo com um tom mais calmo ouviu como a mulher ofegava. Ao princípio acreditou que se enganava, mas o som se tornou mais intenso. Estava realmente ofegando e isso não tinha nenhum sentido. Ela não tinha movido um só músculo, portanto não podia ter ficado sem fôlego.
Esperou que a ofego diminuísse antes de falar de novo.
-É a esposa de Parker Grant?
-Sabe bem quem sou. Saia daqui ou irei atirar. Deixe a porta aberta ao sair. Quero vê-lo partir.

Série Clayborne
1 - Tempo de Rosas
2 - Uma Rosa Rosa
3 - Uma Rosa Branca
4 - Uma Rosa Vermelha
5 - Amor na Primavera
Série Concluída

23 de setembro de 2010

Uma Rosa Rosa

Série Clayborne
Travis Clayborne pode ser o mais novo dos irmãos Clayborne, mas ele é definitivamente seu próprio senhor. A não ser que isso signifique dizer não à sua amada Mama Rose. E é por isso que Travis escolta a jovem bostoniana Emily Finnegan para Golden Crest, Montana - onde ela descobrirá que é esperada como uma noiva por encomenda.
Emily deixou perfeitamente claro que se encarregaria de seu destino e que nada iria interferir. Apaixonar-se pelo perfeito estranho não fazia parte do seu plano, mas a jornada com Travis por esta bela e acidentada região abre seus olhos... E o seu coração. Talvez seu destino não seja exatamente como ela imaginou.


Capítulo Um

Rancho do Rosehill, Vale de Montana 1880
Travis Clayborne estava pensando seriamente em matar a um homem.
O irmão pequeno acabava de voltar do sul da região e tinha a intenção de passar uma noite em casa antes de reatar a caça. No momento, sua presa as tinha arrumado para lhe levar a dianteira. Tinha acreditado que já o tinha encurralado perto do desfiladeiro, mas então o muito fugidio desapareceu sem deixar rastro. 
A contra gosto, Travis reconheceu que terei que tirar o chapéu ante este desconhecido que tinha conseguido burlar-se dele, e possivelmente também lhe felicitar por sua capacidade de sobrevivência; mas depois lhe mataria.
Estava decidido a lhe liquidar quanto antes. O inimigo se chamava Daniel Ryan, e o pecado que tinha cometido era imperdoável da perspectiva de um filho. Ryan teve a ousadia de aproveitar-se de uma anciã e modesta dama de bom coração, doce e inocente —a mesma Mama Rose do Travis, para ser exatos—, e conforme o via ele, lhe matar era ser muito condescendente com um personagem dessa índole. Queria convencer-se de que a justiça estaria de sua parte.
Aquela noite esperou a que sua mãe se deitasse para comentar essa atrocidade com seus irmãos, que estavam sentados um junto ao outro no alpendre, com as botas no corrimão, a cabeça arremesso para trás e os olhos fechados.
Harrison, seu cunhado, lhes uniu pouco depois de que Rose subisse a deitar-se. Pareceu-lhe que os irmãos estavam contentes e assim ia comunicar se o quando Travis lhe explicou suas intenções. Harrison se deixou cair no assento de ao lado do Douglas, estirou suas largas pernas e disse estar em desacordo com o Travis. Segundo ele, a lei deveria ocupar do ladrão, quem, ao igual a qualquer homem ou mulher do país, tinha direito a um julgamento. Se se demonstrava que era culpado, condenaria ao cárcere. Não se devia assassinar a ninguém a sangue frio.

Série Clayborne
1 - Tempo de Rosas
2 - Uma Rosa Rosa
3 - Uma Rosa Branca
4 - Uma Rosa Vermelha
5 - Amor na Primavera
Série Concluída