Série Irmãos Sutherland
O capitão Grant Sutherland, um homem conhecido por sua coragem e integridade, viaja até a Oceania para encontrar Vitória Dearbourne, uma moça inglesa desaparecida no mar dez anos atrás. Prometeu a seu avô doente encontrá-la e protegê-la, dando sua palavra de cavalheiro que não retrocederia em seu empenho, mas no momento em que se encontra com ela e a vê transformada em uma bela mulher, Grant sabe que nunca voltará a ser o mesmo. Tori adora sua liberdade, a paixão desatada, e o caos por cima da cansativa ordem. Inclusive mais ainda quando um orgulhoso e frio capitão inglês chega para resgatá-la. E quando Tori e Sutherland são separados de sua tripulação e se veem obrigados a sobreviver juntos, ela começa a ver nele um homem que deseja mais. Um homem que uma vez foi capaz de sorrir. Um homem que admite ter sombrios desejos mas que não tomará o que lhe oferece. Agora, Tori está disposta a comprovar até que ponto o capitão aguentara a tentação antes que seu legendário domínio se quebre...
Capítulo Um
Oceania, 1858
A pouca distância que separava o Keveral da inescrutável ilha que o capitão Grant Sutherland tinha diante, fez-lhe pensar no que fora aquela horrível viagem. Via Dooley, seu contramestre, trabalhar incansável e percorrer com o olhar cada detalhe para antecipar-se a qualquer incidente. Sua tripulação, que ainda se comportava com muita cautela frente a Sutherland, obedecia temerosa as ordens de seu capitão. Seu primo, Ian Traywick, chegado ao álcool, estava convencido, com o otimismo dos bêbados, de que, apesar da multidão de ilhas que visitaram sem êxito, dessa vez iriam ter sorte.
— Desta vez tenho um ótimo pressentimento — disse Ian lhe golpeando no ombro para logo passar a mão pelo rosto para eliminar as marcas dos lençóis. Ao longo de toda a viagem, Ian contribuíra com "um toque de bom humor" à tripulação, rebatendo o fato de que o capitão era "um frio bastardo".— Escuta bem o que te digo, acredito que esta ilha é a definitiva. Apesar do muito que você duvida, eu estou seguro de que acertamos.
Grant o fulminou com o olhar. O bom senso lhe dizia que chegara o momento de aceitar sua derrota; aquela ilha marcava o final de sua exaustiva busca, pois era a última do arquipélago do Solais. Depois de quatro meses de travessia para alcançar o Pacífico, passaram mais três meses percorrendo cada atol em busca de algum membro da família Dearbourne, desaparecida em alto mar dez anos atrás.
— E se os encontrarmos hoje — interveio Dooley batendo palmas para enfatizar suas palavras — mais vale corrermos para nos esquivar de um par de tufões.
O velho lobo do mar era incapaz de ser mais amável, e jamais rebateria uma ordem de Grant, mas este sabia que se ficassem naquela região muito tempo e fazia semanas que deveriam ter ido embora para assim evitar a temporada de tormentas.
Tanto Dooley como Ian tinham esperanças de encontrar algum dos Dearbourne. Grant pensava que ter esperanças a essa altura era uma ingenuidade.
E isso era algo que Grant nunca se permitia.
À medida que o bote se aproximava da borda e o aroma da areia úmida e das algas cobria a da espuma do mar, seus pensamentos mudaram de direção. Mal se deu conta de que ali havia uma montanha com espessa vegetação, ou de que a baía cor esmeralda estava rodeada de corais. Visitaram tantas ilhas paradisíacas que já não lhe impressionavam.
— Capitão, o que lhe parece se formos para a ponta norte? — perguntou Dooley mostrando o pedaço de areia que havia entre as rochas.
Grant estudou aquela praia de areia branca e, depois de observar o pequeno caminho de entrada que se desenhava no coral, indicou-lhes que entrassem por ali.
Logo voltou a ficar absorto no ir e vir dos remos e fixou de novo o olhar nas águas cristalinas. Um enorme tubarão nadava por debaixo deles. Não era de estranhar; havia centenas deles na zona. Tomara que os Dearbourne não tivessem finalizado assim suas vidas.
Talvez conseguiram chegar a uma ilha e acabaram morrendo ali de inanição. Isso seria melhor que os tubarões, pois Grant sabia que a morte por inanição matava de maneira similar a como um gato acaba com um canário; joga com ele e lhe faz acreditar até o final que tem alguma esperança de sair com vida. Essa possibilidade pressupunha entretanto que a jovem família conseguira escapar do navio com vida, quando o mais provável era que tivessem morrido esmagados ou afogados em seu camarote, quando o navio afundou.
Série Irmãos Sutherland
1 - O Capitão do Prazer
2 - O Preço do Prazer
Série Concluída
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16 de junho de 2009
15 de junho de 2009
O Capitão do Prazer
Série Irmãos Sutherland
Nicole se criou no navio à vela que seu pai capitaneava, e seu espírito livre nunca enfrentou a um obstáculo que não pudesse vencer… até conhecer capitão Derek Sutherland, que a abandona depois de uma noite de paixão. Nicole jura vingar-se e, para isso, ajudará a seu pai a derrotar ao Sutherland na maior competição náutica: a Grande Corrida da Inglaterra até a Austrália.
Capítulo Um
Londres, 1856
Quando Nicole Lassiter entrou na asquerosa estalagem, o primeiro que a alertou foi o fétido aroma que lhe alagou as fossas nasais.
O silêncio enchia o chiqueiro e os clientes a olhavam curiosos, pois era evidente que ela não tinha nada que fazer em um prostíbulo. Vestiu-se para passar despercebida, com calças de menino, uma camisa e um casaco sem nenhum adorno. Uma boina lhe cobria a juba, e apesar de tudo, aqueles homens seguiam olhando-a.
Suspirou fundo. Tinha ido ali com uma missão, recordou-se Nicole a si mesma: encontrar ao capitão Jason Lassiter. Tinha ido sozinha, e se queria sair com bem o melhor seria que se concentrasse. Levantou o queixo, adotou sua expressão mais desafiante e caminhou por entre os curtidos clientes do botequim. Finalmente, a desafinada música voltou a soar.
Era óbvio que a informação que tinha sobre o paradeiro do Lassiter não era correta.; seu pai nunca iria a um lugar como aquele, onde os marinheiros podiam desfrutar de certas “companhias” antes de zarpar. Quando no porto lhe disseram que seu pai estava no Sereia, Nicole pensou que o nefasto estabelecimento teria trocado de proprietários.
Certamente, esse não era o caso. Daria uma última volta pelo local e logo retornaria ao porto para lhe dizer quatro frescas ao imprestável que a tinha mandado ali. Uma última...
Seu pai estava ali.
Com uma mulher muito ligeira de roupa em cima dele.
Ou, melhor dizendo, com algumas partes de sua anatomia em cima dele. Dois seios grandes como globos terráqueos se sobressaíam de seu estreito sutiã e a cada gargalhada que soltava a mulher ameaçavam escaparem dele. E que Deus a ajudasse, pensou Nicole olhando espectadora, aquela mulher ria um montão.
Nicole entrou naquela maré de suor humano, fôlego de bêbados e sutiãs desabotoados para chegar até ele. Ao vê-la, a mandíbula de seu pai caiu, mas em seguida voltou a fechar a boca com força.
“Lá vamos...” Jason Lassiter era temível quando se zangava. ficava vermelho da cabeça aos pés e parecia que os olhos iriam sair das órbitas. Nicole não se esqueceu disso, mas quando decidiu ir até ali imaginou esse possível aborrecimento. Não tinha mais remédio, estava acabando seu tempo.
Preocupada, aproximou-se de seu pai com um sorriso forçado nos lábios.
— Nicole — disse ele entre dentes —, que diabos está fazendo aqui?
Ela olhou os rosados mamilos da prostituta que estavam a ponto de sair-se o de seu decote, a seguir afastou a vista e respondeu zangada:
— Que diabos está fazendo você aqui?
Série Irmãos Sutherland
1 - O Capitão do Prazer
2 - O Preço do Prazer
Série Concluída
Nicole se criou no navio à vela que seu pai capitaneava, e seu espírito livre nunca enfrentou a um obstáculo que não pudesse vencer… até conhecer capitão Derek Sutherland, que a abandona depois de uma noite de paixão. Nicole jura vingar-se e, para isso, ajudará a seu pai a derrotar ao Sutherland na maior competição náutica: a Grande Corrida da Inglaterra até a Austrália.
Capítulo Um
Londres, 1856
Quando Nicole Lassiter entrou na asquerosa estalagem, o primeiro que a alertou foi o fétido aroma que lhe alagou as fossas nasais.
O silêncio enchia o chiqueiro e os clientes a olhavam curiosos, pois era evidente que ela não tinha nada que fazer em um prostíbulo. Vestiu-se para passar despercebida, com calças de menino, uma camisa e um casaco sem nenhum adorno. Uma boina lhe cobria a juba, e apesar de tudo, aqueles homens seguiam olhando-a.
Suspirou fundo. Tinha ido ali com uma missão, recordou-se Nicole a si mesma: encontrar ao capitão Jason Lassiter. Tinha ido sozinha, e se queria sair com bem o melhor seria que se concentrasse. Levantou o queixo, adotou sua expressão mais desafiante e caminhou por entre os curtidos clientes do botequim. Finalmente, a desafinada música voltou a soar.
Era óbvio que a informação que tinha sobre o paradeiro do Lassiter não era correta.; seu pai nunca iria a um lugar como aquele, onde os marinheiros podiam desfrutar de certas “companhias” antes de zarpar. Quando no porto lhe disseram que seu pai estava no Sereia, Nicole pensou que o nefasto estabelecimento teria trocado de proprietários.
Certamente, esse não era o caso. Daria uma última volta pelo local e logo retornaria ao porto para lhe dizer quatro frescas ao imprestável que a tinha mandado ali. Uma última...
Seu pai estava ali.
Com uma mulher muito ligeira de roupa em cima dele.
Ou, melhor dizendo, com algumas partes de sua anatomia em cima dele. Dois seios grandes como globos terráqueos se sobressaíam de seu estreito sutiã e a cada gargalhada que soltava a mulher ameaçavam escaparem dele. E que Deus a ajudasse, pensou Nicole olhando espectadora, aquela mulher ria um montão.
Nicole entrou naquela maré de suor humano, fôlego de bêbados e sutiãs desabotoados para chegar até ele. Ao vê-la, a mandíbula de seu pai caiu, mas em seguida voltou a fechar a boca com força.
“Lá vamos...” Jason Lassiter era temível quando se zangava. ficava vermelho da cabeça aos pés e parecia que os olhos iriam sair das órbitas. Nicole não se esqueceu disso, mas quando decidiu ir até ali imaginou esse possível aborrecimento. Não tinha mais remédio, estava acabando seu tempo.
Preocupada, aproximou-se de seu pai com um sorriso forçado nos lábios.
— Nicole — disse ele entre dentes —, que diabos está fazendo aqui?
Ela olhou os rosados mamilos da prostituta que estavam a ponto de sair-se o de seu decote, a seguir afastou a vista e respondeu zangada:
— Que diabos está fazendo você aqui?
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2 - O Preço do Prazer
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