Série Irmãs Copeland
Um segredo escandaloso!
Após fugir de casa para evitar um noivado indesejado, lady Elizabeth Copeland precisa encontrar meios para sustentar seu disfarce como acompanhante de uma senhora idosa, incluindo aceitar ser enfermeira do sobrinho dela.
Ao contrário do que imaginava, Lorde Nathaniel Thorne, Conde de Osbourne, é o homem mais incrível que já conheceu...
Elizabeth anseia abandonar o uniforme sem graça e revelar seu sangue azul, tão nobre quanto o de Nathaniel.
Mas ela ainda precisa esconder a verdadeira identidade, pois sua vida está em perigo!
A não ser que Nathaniel descubra o disfarce e arranque dela uma confissão..
Capítulo Um
Maio, 1817 — Mansão Hepworth, Devon
— Como você ousa? Lorde Thorne, eu insisto que me solte imediatamente!
Lorde Nathaniel Thorne, conde de Osbourne, deu uma risada rouca, seus lábios se movendo para o bonito pescoço, parcialmente coberto por cabelos cor de ébano. Ela evitou o beijo, lutando nos confins de seus braços, as contorções daquelas curvas delgadas apenas conseguindo aumentar ainda mais o prazer de Nathaniel.
— Você sabe que não fala sério, minha querida Betsy...
— Eu certamente falo muito sério! — Ela levantou a cabeça para fitá-lo com aqueles olhos indignados e profundamente azuis, cercados por longos cílios escuros, os cachos morenos cheirando a limão e jasmim.
Nathaniel sorriu de maneira confiante.
— Um beijo, Betsy, isso é tudo que eu peço.
A boca de Elizabeth se comprimiu com determinação.
— Muito bem... você pediu por isto!
Nathaniel arfou quando a mulher em seus braços empurrou deliberadamente seu peito numa tentativa de se libertar, um lembrete doloroso de que ele tinha quebrado diversas costelas apenas nove dias atrás, o que resultara em seu estado de confinação àquela cama, ou à outra, desde então.
Um fato do qual essa pequena atrevida estava bem ciente!
— E você tem pedido por isso há dias! — Em vez de libertá-la, Nathaniel apertou mais os braços ao redor dela, enquanto seus dentes mordiscavam um lóbulo cheiroso delicadamente.
A luta de Betsy parou, a expressão no rosto dela se tornando confusa enquanto o fitava.
— Eu tenho?
Bem... talvez ele tivesse exagerado um pouco a situação. Mas, depois de quatro dias passados em Londres, confinado à cama e mimado por seu parente mais próximo... sua tia Gertrude, que era viúva e não tinha filhos... seguidos por outros quatro dias de desconforto dentro de sua carruagem, enquanto eles viajavam para a casa de sua tia na costa irregular de Devonshire, Nathaniel sentira necessidade de alguma diversão feminina.
Acordou de uma soneca da tarde, para encontrar aquela garota deliciosa arrumando seu quarto, também ciente de que, independentemente do quanto seus ferimentos estivessem doendo, eles também o tinham permitido escapar do tédio de uma temporada de bailes em Londres, e da intenção de sua tia de lhe encontrar uma esposa, Nathaniel havia decidido recompensar a si mesmo por aquela escapada de sorte com uma pequena brincadeira com a jovem dama de companhia de sua tia.
Ele lhe sorriu descaradamente agora.
— Você estava mexendo no meu quarto durante a última hora e meia... e, no final, mexendo em mim, também: arrumando o quarto, alisando as cobertas, afofando os travesseiros. — Tempo durante o qual Nathaniel tinha sido presenteado com uma vista tentadora de seios generosos, quando ela se inclinava contra ele, e com um vislumbre atraente de mamilos rosados que enfeitavam aqueles seios deliciosos!
— Foi instrução de sua tia que eu ficasse no seu quarto, de olho em você, esta tarde. — A linda garota de cabelos cor de ébano o olhou, o pequeno nariz erguido no ar.
— E onde está minha querida tia, esta tarde? — perguntou ele.
— Ela descansou bastante na viagem para cá, de modo que saiu na carruagem para encontrar amigas na área... Você está deliberadamente mudando de assunto, milorde! — A expressão de Betsy era indignada mais uma vez.
— Estou? — murmurou Nathaniel com divertimento.
—-Sim — confirmou ela com firmeza. — E eu não posso ver nenhum encorajamento de minha parte neste... neste seu ataque à minha pessoa, nas ações mundanas que acabou de descrever.
O que não era dizer que Elizabeth achara tais atenções completamente desagradáveis, se ela fosse honesta consigo mesma.
O último beijo de Elizabeth... na verdade, seu único beijo...
Série Irmãs Copeland
0.5 - A Wickedly Plesurable Wager
1 - Dama de Copas
2 - Dama de Ouro
3 - Dama de Espadas
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28 de abril de 2013
24 de fevereiro de 2013
Dama de Ouros
Série Irmãs Copeland
Condessa sob pressão!
Lady Diana Copeland partiu para Londres de imediato quando soube que seu guardião, lorde Faulkner, desejava desposar uma das irmãs Copeland. Determinada a não mais adiar sua decisão, ela iria declarar olho no olho exatamente aquilo que pensava acerca de sua proposta ultrajante!
Afinal, suas duas irmãs haviam sido mais astutas e partiram antes de receberem a oferta...
Entretanto, Diana se surpreende quando encontra a sua espera um homem magnífico com um brilho sagaz no olhar, e não o velho tolo e pomposo que imaginava ser. Respirando fundo, Diana luta para não sé deixar seduzir pelo poderoso magnetismo de lorde Faulkner...
Pois agora corria o risco de cometer um erro irreversível: ser tornar sua condessa!
Capítulo Um
— Bom deus, Nathaniel, o que você fez consigo mesmo?! — exclamou lorde Gabriel Faulkner, conde de Westbourne, com menos que sua autoconfiança arrogante.
Gabriel tinha parado abruptamente junto à porta do quarto assim que vira seu amigo prostrado na cama. O rosto de lorde Nathaniel Thorne, conde de Osbourne, estava repleto de cortes e arranhões, e uma bandagem larga circulando o peito desnudo musculoso atestava para a possibilidade de diversas costelas quebradas.
Gabriel recuperou-se o bastante para se virar e fazer uma cortesia para a mulher parada no corredor ao seu lado:
— Não foi nada, meu lorde. — A sra. Gertrude Wilson, tia de Osbourne, dispensou seu pedido de desculpas rapidamente. — Eu sofri dos mesmos sentimentos de choque ao ver a extensão dos ferimentos de meu sobrinho pela primeira vez, quatro dias atrás.
— Vocês dois podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? — O paciente estava obviamente menos que satisfeito com a situação.
— O médico falou que você precisa descansar, Nathaniel — instruiu sua tia seriamente, antes de voltar sua atenção para Gabriel. — Deixarei vocês dois conversarem agora, meu lorde. Porém, por apenas dez minutos — avisou ela. — Como você vê, Nathaniel está precisando mais de paz e tranqüilidade do que de conversa. — Virou-se no corredor. — Venha, Betsy — acrescentou. — Está na hora da caminhada de Hector.
Gabriel ficou curioso com aquele último comentá¬rio, até que outra figura saiu das sombras do corredor: uma jovem esbelta, com cachos cor de ébano emoldurando um rosto oval com lindos olhos azuis, segurando um pequeno cachorro branco nos braços.
— Se eu tiver de sofrer muitos mais destes mimos, provavelmente torcerei o pescoço de alguém — resmungou Nathaniel assim que sua tia e a dama de companhia dela desapareceram, e os dois cavalheiros finalmente foram deixados sozinhos no quarto. — É tão bom ver você, Gabe — acrescentou mais calorosamente, enquanto se esforçava para se sentar, sua expressão indicando, apesar de suas negações, que aquele era um exercício doloroso.
— Fique onde está, homem. — Gabriel atravessou para o lado da cama de seu amigo, a usual fisionomia determinada agora de volta ao rosto arrogantemente bonito, dominado por olhos azuis meia-noite.
Alto e forte, e vestido com paletó preto, camisa branca e calça cinza acima de botas pretas, o conde de Westbourne tinha toda a aparência de ser um elegante cavalheiro inglês, apesar de ter passado os últimos oito anos viajando pela Europa.
Osbourne relaxou contra os muitos travesseiros atrás de si.
— Eu teria pensado que você pretendia ir direta¬mente para Shoreley Park quando chegou de Veneza, em vez de vir para Londres, Gabe. O que me leva a perguntar...
— Acredito que sua tia o aconselhou a descansar, Nate — murmurou Gabriel, arqueando uma sobrancelha arrogante.
Osbourne fez uma careta.
— Tendo me removido de minha própria casa e me trazido para este excesso de mimo, acredito que mi¬nha tia Gertrude me amarraria à cama e recusaria a entrada de todos os visitantes, se pudesse.
Apesar das reclamações de seu amigo, Gabriel percebeu que a tia de Nate tinha feito a coisa certa, uma vez que Nate obviamente sentia dor cada vez que se movia, e não podia cuidar de si mesmo.
— O que aconteceu com você, Nate? — perguntou ele, enquanto acomodava seu corpo alto e elegante na cadeira posicionada ao lado da cama.
O outro homem fez uma careta.
— Bem, apesar do que você disse assim que me viu, eu certamente não fiz isso comigo mesmo.
Tendo servido com Osbourne no exército do rei por cinco anos, Gabriel sabia melhor do que a maio¬ria das pessoas quão proficiente Osbourne era tanto com uma espada quanto com um revólver.
— Como isso aconteceu então?
— Um pequeno...
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3 - Dama de Espadas
Condessa sob pressão!
Lady Diana Copeland partiu para Londres de imediato quando soube que seu guardião, lorde Faulkner, desejava desposar uma das irmãs Copeland. Determinada a não mais adiar sua decisão, ela iria declarar olho no olho exatamente aquilo que pensava acerca de sua proposta ultrajante!
Afinal, suas duas irmãs haviam sido mais astutas e partiram antes de receberem a oferta...
Entretanto, Diana se surpreende quando encontra a sua espera um homem magnífico com um brilho sagaz no olhar, e não o velho tolo e pomposo que imaginava ser. Respirando fundo, Diana luta para não sé deixar seduzir pelo poderoso magnetismo de lorde Faulkner...
Pois agora corria o risco de cometer um erro irreversível: ser tornar sua condessa!
Capítulo Um
— Bom deus, Nathaniel, o que você fez consigo mesmo?! — exclamou lorde Gabriel Faulkner, conde de Westbourne, com menos que sua autoconfiança arrogante.
Gabriel tinha parado abruptamente junto à porta do quarto assim que vira seu amigo prostrado na cama. O rosto de lorde Nathaniel Thorne, conde de Osbourne, estava repleto de cortes e arranhões, e uma bandagem larga circulando o peito desnudo musculoso atestava para a possibilidade de diversas costelas quebradas.
Gabriel recuperou-se o bastante para se virar e fazer uma cortesia para a mulher parada no corredor ao seu lado:
— Não foi nada, meu lorde. — A sra. Gertrude Wilson, tia de Osbourne, dispensou seu pedido de desculpas rapidamente. — Eu sofri dos mesmos sentimentos de choque ao ver a extensão dos ferimentos de meu sobrinho pela primeira vez, quatro dias atrás.
— Vocês dois podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? — O paciente estava obviamente menos que satisfeito com a situação.
— O médico falou que você precisa descansar, Nathaniel — instruiu sua tia seriamente, antes de voltar sua atenção para Gabriel. — Deixarei vocês dois conversarem agora, meu lorde. Porém, por apenas dez minutos — avisou ela. — Como você vê, Nathaniel está precisando mais de paz e tranqüilidade do que de conversa. — Virou-se no corredor. — Venha, Betsy — acrescentou. — Está na hora da caminhada de Hector.
Gabriel ficou curioso com aquele último comentá¬rio, até que outra figura saiu das sombras do corredor: uma jovem esbelta, com cachos cor de ébano emoldurando um rosto oval com lindos olhos azuis, segurando um pequeno cachorro branco nos braços.
— Se eu tiver de sofrer muitos mais destes mimos, provavelmente torcerei o pescoço de alguém — resmungou Nathaniel assim que sua tia e a dama de companhia dela desapareceram, e os dois cavalheiros finalmente foram deixados sozinhos no quarto. — É tão bom ver você, Gabe — acrescentou mais calorosamente, enquanto se esforçava para se sentar, sua expressão indicando, apesar de suas negações, que aquele era um exercício doloroso.
— Fique onde está, homem. — Gabriel atravessou para o lado da cama de seu amigo, a usual fisionomia determinada agora de volta ao rosto arrogantemente bonito, dominado por olhos azuis meia-noite.
Alto e forte, e vestido com paletó preto, camisa branca e calça cinza acima de botas pretas, o conde de Westbourne tinha toda a aparência de ser um elegante cavalheiro inglês, apesar de ter passado os últimos oito anos viajando pela Europa.
Osbourne relaxou contra os muitos travesseiros atrás de si.
— Eu teria pensado que você pretendia ir direta¬mente para Shoreley Park quando chegou de Veneza, em vez de vir para Londres, Gabe. O que me leva a perguntar...
— Acredito que sua tia o aconselhou a descansar, Nate — murmurou Gabriel, arqueando uma sobrancelha arrogante.
Osbourne fez uma careta.
— Tendo me removido de minha própria casa e me trazido para este excesso de mimo, acredito que mi¬nha tia Gertrude me amarraria à cama e recusaria a entrada de todos os visitantes, se pudesse.
Apesar das reclamações de seu amigo, Gabriel percebeu que a tia de Nate tinha feito a coisa certa, uma vez que Nate obviamente sentia dor cada vez que se movia, e não podia cuidar de si mesmo.
— O que aconteceu com você, Nate? — perguntou ele, enquanto acomodava seu corpo alto e elegante na cadeira posicionada ao lado da cama.
O outro homem fez uma careta.
— Bem, apesar do que você disse assim que me viu, eu certamente não fiz isso comigo mesmo.
Tendo servido com Osbourne no exército do rei por cinco anos, Gabriel sabia melhor do que a maio¬ria das pessoas quão proficiente Osbourne era tanto com uma espada quanto com um revólver.
— Como isso aconteceu então?
— Um pequeno...
Série Irmãs Copeland
0.5 - A Wickedly Plesurable Wager
1 - Dama de Copas
2 - Dama de Ouro
3 - Dama de Espadas
11 de outubro de 2012
Dama de Copas
Série Irmãs Copeland
"Cavalheiros, cantando para o deleite de todos esta noite, a srta. Caro Morton!"
Com o coração batendo forte sob as luzes brilhantes do cassino mais elegante de Londres, lady Caroline Copeland surge de trás das cortinas...
Passando os olhos pelo público, ela é atraída por vim homem de aparência diabólica encarando-a do fundo do salão. A intensidade do olhar incendiava o corpo de Caro, fazendo sua garganta secar e seu rosto corar.
Ela havia arriscado a reputação para estar ali, e não podia deixar que ninguém se aproximasse, o suficiente para revelar seu segredo...
Ainda que seu corpo implorasse o contrário!
Capítulo Um
Dominic hesitou diante da entrada da Nick's, uma das casas de jogos mais sofisticada de Londres, e um de seus lugares favoritos para ir antes que ele tomasse posse do estabelecimento, um mês atrás.
Tendo chegado de Veneza naquela tarde, decidira visitar a casa de jogos na primeira oportunidade, e, quando entregou seu chapéu e casaco para o funcionário que o esperava ali, não pôde evitar notar que o jovem musculoso, que geralmente guardava a porta contra pessoas indesejáveis, não estava em seu posto usual.
Também percebeu que as salas de jogos atrás das cortinas de veludo vermelho estavam estranhamente silenciosas. Que diabos estava acontecendo?
De súbito, o silêncio foi encantadoramente quebrado pela voz sensual e ardente de uma mulher cantando. Exceto que, antes de partir para Veneza, Dominic tinha dado instruções rígidas para que no futuro não houvesse mais mulheres trabalhando — em nenhuma posição — na casa de jogos que agora lhe pertencia.
Ele estava com o cenho franzido de leve enquanto andava para o salão principal, vendo imediatamente o motivo da ausência do porteiro em seu lugar de costume, quando avistou Ben Jackson de pé, parecendo hipnotizado, dentro de uma sala repleta de clientes igualmente hipnotizados, todos eles parecendo ouvir apenas uma coisa.
Ver apenas uma coisa.
Uma mulher, a fonte óbvia daquela voz sensualmente sedutora, deitada num divã de veludo vermelho sobre o palco, uma figura pequenina com uma abundância de cabelos cor de ébano que cascateavam em cachos sobre os ombros e desciam pelas costas delgadas.
A maior parte do rosto da mulher estava coberta por uma máscara de pedras preciosas, muito parecida com aquelas usadas durante o carnaval de Veneza, mas os lábios aparentes sob ela eram carnudos e sensuais, a pele do pescoço elegante, de um tom de branco perolado.
Ela usava um vestido brilhante dourado, que mais insinuava curvas voluptuosas do que mostrava, o que tornava o visual ainda mais atraente. Mesmo de máscara, ela era, sem sombra de dúvida, a criatura mais sedutora que Dominic já vira!
O fato de que todos os outros homens no salão pensavam a mesma coisa era evidente pelo ardor em seus olhares e rubor de seus rostos, muitos lambendo os lábios visivelmente enquanto a olhavam. Um fato que fez a carranca de Dominic aumentar quando seu próprio olhar voltou para a visão sedutora no palco.
Caro tentou não revelar, nem em sua expressão nem em sua voz, seu nervosismo perante o jeito raivoso com que o homem parado nos fundos do salão a olhava, enquanto ela terminava sua primeira performance da noite, levantando-se devagar, antes de mover-se graciosamente para a extremidade do palco, cantando as últimas notas com sua voz rouca e sensual.
Isso não a impediu de se sentir muito consciente daquele olhar de desaprovação ou do homem que possuía tal olhar.
2 - Dama de Ouros
3 - Dama de Espadas
"Cavalheiros, cantando para o deleite de todos esta noite, a srta. Caro Morton!"
Com o coração batendo forte sob as luzes brilhantes do cassino mais elegante de Londres, lady Caroline Copeland surge de trás das cortinas...
Passando os olhos pelo público, ela é atraída por vim homem de aparência diabólica encarando-a do fundo do salão. A intensidade do olhar incendiava o corpo de Caro, fazendo sua garganta secar e seu rosto corar.
Ela havia arriscado a reputação para estar ali, e não podia deixar que ninguém se aproximasse, o suficiente para revelar seu segredo...
Ainda que seu corpo implorasse o contrário!
Capítulo Um
Dominic hesitou diante da entrada da Nick's, uma das casas de jogos mais sofisticada de Londres, e um de seus lugares favoritos para ir antes que ele tomasse posse do estabelecimento, um mês atrás.
Tendo chegado de Veneza naquela tarde, decidira visitar a casa de jogos na primeira oportunidade, e, quando entregou seu chapéu e casaco para o funcionário que o esperava ali, não pôde evitar notar que o jovem musculoso, que geralmente guardava a porta contra pessoas indesejáveis, não estava em seu posto usual.
Também percebeu que as salas de jogos atrás das cortinas de veludo vermelho estavam estranhamente silenciosas. Que diabos estava acontecendo?
De súbito, o silêncio foi encantadoramente quebrado pela voz sensual e ardente de uma mulher cantando. Exceto que, antes de partir para Veneza, Dominic tinha dado instruções rígidas para que no futuro não houvesse mais mulheres trabalhando — em nenhuma posição — na casa de jogos que agora lhe pertencia.
Ele estava com o cenho franzido de leve enquanto andava para o salão principal, vendo imediatamente o motivo da ausência do porteiro em seu lugar de costume, quando avistou Ben Jackson de pé, parecendo hipnotizado, dentro de uma sala repleta de clientes igualmente hipnotizados, todos eles parecendo ouvir apenas uma coisa.
Ver apenas uma coisa.
Uma mulher, a fonte óbvia daquela voz sensualmente sedutora, deitada num divã de veludo vermelho sobre o palco, uma figura pequenina com uma abundância de cabelos cor de ébano que cascateavam em cachos sobre os ombros e desciam pelas costas delgadas.
A maior parte do rosto da mulher estava coberta por uma máscara de pedras preciosas, muito parecida com aquelas usadas durante o carnaval de Veneza, mas os lábios aparentes sob ela eram carnudos e sensuais, a pele do pescoço elegante, de um tom de branco perolado.
Ela usava um vestido brilhante dourado, que mais insinuava curvas voluptuosas do que mostrava, o que tornava o visual ainda mais atraente. Mesmo de máscara, ela era, sem sombra de dúvida, a criatura mais sedutora que Dominic já vira!
O fato de que todos os outros homens no salão pensavam a mesma coisa era evidente pelo ardor em seus olhares e rubor de seus rostos, muitos lambendo os lábios visivelmente enquanto a olhavam. Um fato que fez a carranca de Dominic aumentar quando seu próprio olhar voltou para a visão sedutora no palco.
Caro tentou não revelar, nem em sua expressão nem em sua voz, seu nervosismo perante o jeito raivoso com que o homem parado nos fundos do salão a olhava, enquanto ela terminava sua primeira performance da noite, levantando-se devagar, antes de mover-se graciosamente para a extremidade do palco, cantando as últimas notas com sua voz rouca e sensual.
Isso não a impediu de se sentir muito consciente daquele olhar de desaprovação ou do homem que possuía tal olhar.
Série Irmãs Copeland
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