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24 de novembro de 2013

Questão De Inocência

Série Irmãs Shelley
Ela fugiu de um bordel... e parou na cama de um libertino!

A tímida Celina Shelley pensava que sua vida estaria resolvida se abandonasse o lar de seu rigoroso pai e buscasse refúgio ria casa de uma tia distante.
Para sua surpresa, ela descobriu que sua salvadora era dona de um bordel de elite!
Ao buscar abrigo na casa de um dos protetores de sua tia, em vez de um senhor de idade encontrou Quinn Ashley, também conhecido como Lorde Dreycott, um homem de porte elegante e olhos faiscantes de desejo pela bela Celina...
Afinal, nada mais tentador do que uma mulher que se vestia como uma freira, falava como um anjo, porém flertava como uma tentadora cortesã!

Capítulo Um

Dreycott Park, litoral norte de Norfolk 24 de abril de 1815
— Ele está chegando!
Johnny, o menino que cuidava das botas e calçados de todos os moradores da mansão, entrou correndo pela porta da frente, a camisa meio fora da calça, o rosto vermelho pela corrida desde, seu posto de observação no gazebo no alto da Flagstaff Hill. Subia para lá todos os dias e ficava o dia inteiro, desde que havia chegado a mensagem de que o herdeiro do falecido lorde Dreycott saíra de Londres e estava á caminho de casa.
Lina desistiu de fingir que costurava na sala de estar e foi para o hall. Trimble, o mordomo, estalava os dedos e mandava os lacaios reunirem os demais empregados da casa no hall. 
Lina não conseguira fazer nada com tranqüilidade desde o funeral de lorde Dreycott, quatro dias antes. Quando fugira da casa de sir Humphrey Tolhurst, aterrorizada, desesperada e procurada pela polícia, a tia a mandara para a mansão rural de um velho amigo... e para a segurança, acreditara Clara. Mas agora seu idoso protetor estava morto.
Lina alisou as saias do vestido negro e tentou manter a compostura. Aquilo era o fim de seu santuário, depois de apenas sete semanas de tranqüilidade. 
Desde que fugira de Londres com uma recompensa por sua captura, acusada de um roubo que não praticara. O herdeiro estava a caminho para reclamar o que era dele e, sem dúvida, para expulsar hóspedes indesejáveis de sua casa... e, então, o que seria dela?
— Onde estão as carruagens? Quantas são? — perguntou o mordomo ao garoto.
— Nenhuma carruagem, sr. Trimble, senhor. Apenas dois cavaleiros e um cavalo de carga. Eu os vi passar pelo portão da estrada de Cromer em passo lento, os animais parecem cansados. Ainda devem demorar um pouco para chegar.
— Mesmo assim, apressem-se.
Depressa, faça as malas, pegue este dinheiro e fuja. O elegante hall quadrado de entrada da mansão desapareceu e se transformou num quarto de dormir. Tia Clara, os lábios brancos, o rosto devastado depois de uma semana de doença, ergueu-se com dificuldade sobre os travesseiros depois que Lina, soluçando, lhe contou sua história.
— Ele não a tocou? — sussurrara com urgência, e as duas olharam para a porta fechada. O brutamoijtes contratado por Makepeace poderia voltar a qualquer momento. — Juro que farei Makepeace pagar por isso.
— Não, Tolhurst não me tocou. — O alívio ainda era avassalador, o único fato positivo em todo aquele pesadelo. — Ele me mandou tirar a roupa enquanto olhava, então se despiu. — Precisou de um momento para afastar da mente a imagem repugnante do corpo gordo de meia-idade, a pele manchada, aquela coisa que se erguia, meio mole, sob o ventre avantajado de Tolhurst. — Então ele começou a estender a mão para mim... E arquejou, os olhos esbugalharam, o rosto ficou vermelho e ele caiu. Assim, toquei a campainha para pedir ajuda, vesti a roupa e...
— Ele estava morto? Tem certeza?
— Oh, sim. — Lina não conseguira se obrigar a tocá-lo, mas soube. Os olhos azuis protuberantes estavam fixos nela, ainda ávidos de luxúria até se tornarem opacos. Observara-o com horror enquanto se vestia rapidamente, atrapalhada com fitas e ligas. — Todos entraram então... o valete, o mordomo, o filho mais novo, Reginald Tolhurst. O sr. Tolhurst se ajoelhou ao lado do pai e tentou encontrar o pulso... depois mandou o valete buscar o médico e disse ao mordomo para me trancar na biblioteca. Disse que o anel de safira do pai havia desaparecido.
— A safira Tolhurst? Meu Deus! — A tia olhara atônita para ela.
— Ele não a estava usando quando você... ?
— Não sei!

Série Irmãs Shelley
1 - Questão de Prática
2 - Questão de Ternura
3 - Questão de Desejo
4 - Questão de Inocência
Série Concluída

30 de setembro de 2013

Cortejo com Escândalo

Série Duquesas Ousadas


Sophia Rowlands, viúva do duque de Clyborne, já está chocada com a proposta ousada da amiga, e fica ainda mais estupefata quando Dante Carfax, conde Sherbourne, se oferece para fazer as honras! 

Ele podia ser de uma beleza selvagem e inegavelmente provocante, mas também era quatro anos mais jovem que ela, sem contar que tinham se distanciado desde que ele lhe roubara um beijo dez anos antes... 
Quando jovem, bastou Dante olhá-la uma única vez para desejá-la como jamais havia desejado uma mulher antes – ou desde então. 

Capítulo Um Maio, 

1817 Clayborne House, Londres 
— Corrija-me se eu estiver errada, querida Genevieve — disse a morena Sophia Rowlands, duquesa viúva de Clayborne, olhando para suas duas companheiras, enquanto as três estavam de pé, reunidas num círculo na lateral da pista de dança lotada, no salão de bailes da casa de Sophia, em Grosvenor Square. 
— Mas parece-me que você está sugerindo que, agora que nosso ano de luto por nossos maridos chegou ao fim, deveríamos arranjar pelo menos um amante, senão diversos, antes que esta tediosa Estação de Bailes acabe. 
— É exatamente o que estou sugerindo, sim. — A ruiva de olhos azuis travessos, Genevieve Forster, duquesa de Woollerton, deu uma risada suave. — Discretamente, é claro. 
— Oh, é claro... — ecoou Sophia com fraqueza. Genevieve riu. 
— Apenas pensem, minhas queridas... em privacidade, nós estaremos na última moda, e seremos conhecidas coletivamente como as Duquesas Ousadas! — Ou como as duquesas escandalosas — ofereceu Sophia, secamente. 
— Eu acho que tive escândalos suficientes neste último ano para durar... Você disse, diversos amantes? — Perguntou Pandora Maybury, de cabelos dourados, duquesa de Wyndwood, com desconfiança. 
— Não quero dizer que você deva ter todos eles ao mesmo tempo, minha cara Pandora! — assegurou Genevieve com uma risada afetuosa. — Embora... — Aqueles olhos azuis brilhantes se moveram especulativamente para o outro lado do salão — ...eu certamente não reclamaria se aqueles dois cavalheiros estivessem entre os amantes antes mencionados, separados ou juntos! 
— Genny! — Pandora Maybury pareceu ainda mais chocada. Sophia, de 32 anos, vários anos mais velha do que suas duas amigas — e supostamente menos passível de ser constrangida —, não ficou menos perturbada pela sugestão de Genevieve, e pelo escândalo que tal comportamento poderia representar para elas, quando voltou seus olhos profundamente verdes em direção à porta arcada, onde dois cavalheiros muito bonitos e joviais estavam agora parados, observando o salão de bailes iluminado por velas, com a mesma expressão crítica, ainda que a cor de seus olhos fosse diferente. 
Os dois cavalheiros conhecidos pela sociedade de Londres como Devil e Lucifer! 
O cavalheiro da esquerda, Devil, possuía o rosto duro e másculo, apesar de lindo, de um anjo vingativo, seus cabelos loiros bem penteados realçando a aparência angelical. 
O cavalheiro ao lado dele, Lucifer, com cabelos pretos e olhos tão escuros quanto os cabelos, observava ao redor com desinteresse, analisando outros convidados agora reunidos no salão de bailes cheio e barulhento. — Tomar um, ou esses dois cavalheiros, como amante certamente causaria um escândalo — protestou Sophia. — Sherbourne não parece ter acompanhado seus dois amigos esta noite — murmurou Genevieve, desapontada, como se estivesse inconsciente, ou simplesmente despreocupada, do aviso de Sophia. 
— Por que será que ele não veio? — questionou Pandora com o mesmo ar de desapontamento. 
— Ele não está aqui esta noite porque eu não o convidei. — A arrogância no tom de voz de Sophia não fez nada para disfarçar seu sentimento de satisfação naquele conhecimento. 
— Você realmente não convidou — murmurou uma voz suavemente zombeteira atrás dela... e tão perto que Sophia sentiu a respiração quente contra sua nuca exposta!

Série Duquesas Ousadas
1 - Cortejo com Escândalo
2 - Cortejo com Malícia
3 - Cortejo com Rebeldia
Série Concluída
 

Cortejo Com Rebeldia

Série Duquesas Ousadas


Genevieve Forster, viúva do duque de Woollerton, conhecia bem até demais aquela postura arrogante.

Depois de um casamento infeliz, ela estava cautelosa, mas, no fundo, ansiava pela tentação...
Com uma aura perigosa e evasiva, não era de se espantar que lorde Benedict Lucas fosse conhecido por seus amigos íntimos, e por seus inimigos, simplesmente como Lucifer.
Mas, surpreendentemente, ele não é temido na alta sociedade puritana.

Capítulo Um

Maio, 1817 Londres
— Posso me oferecer a conduzi-la em minha carruagem, Genevieve? Genevieve virou-se de modo abrupto, a fim de olhar para o homem de pé ao seu lado, no topo da escadaria que descia da igreja St. George, em Hanover Square.
Os dois tinham acabado de participar e atuar como testemunhas no casamento de seus amigos em comum. Não foi o tom de voz do cavalheiro que a surpreendeu, mas sim a pergunta em si, uma vez que sua própria carruagem e criada estavam claramente esperando à base da escada, preparadas para levá-la de volta à sua casa em Cavendish Square.
Havia também o fato de que ela era Genevieve Forster, a duquesa viúva de Woollerton, e o cavalheiro ao seu lado era lorde Benedict Lucas, conhecido por seus amigos mais próximos e inimigos como Lucifer.
Havia uma diferença em suas posições sociais, os dois tendo apenas se conhecido de vista, antes de hoje, o que deveria ter ditado que ele se referisse a ela como Vossa Alteza, em vez de pelo seu primeiro nome...
— Genevieve? Ela sentiu um arrepio de consciência percorrendo sua coluna, diante da intensidade rouca da voz de Lucifer, mesmo enquanto percebia que ele a estava fitando com olhos pretos enigmáticos, com uma sobrancelha igualmente escura arqueada numa expressão zombeteira, sob o chapéu alto que ele colocara na cabeça ao sair da igreja.
Lucifer... Como o nome combinava com este cavalheiro em particular, com seus cabelos pretos como meia-noite, curvados suavemente sobre a gola de seu paletó preto, e olhos castanhos tão escuros que também pareciam negros.
As maçãs do rosto eram altas, ao lado de um nariz aquilino, e de uma boca esculpida que, às vezes, se curvava em apreciação sensual, mas era mais frequentemente fina, revelando desaprovação e desdém, acima de um maxilar firme e arrogante.
Com 31 anos, Lucifer era seis anos mais velho do que Genevieve, mas a profundidade de emoções escondida sob aqueles olhos pretos brilhantes falava de um cavalheiro muito mais velho do que sua idade cronológica.
Parte da razão para isso — Genevieve e todos da sociedade sabiam — era a maneira trágica como os pais dele haviam morrido, dez anos atrás. Lucifer encontrara o casal assassinado na casa de campo deles, e o assassino nunca fora encontrado para pagar pelo seu crime.
O que era, talvez, o motivo pelo qual Genevieve nunca vira Benedict usando outra cor a não ser o preto sobre sua camisa branca impecável, roupas com caimento perfeito, é claro, para enfatizar a largura dos ombros, o peito musculoso, os quadris estreitos, e as pernas longas.
Aquele era um traje que deveria ter lhe conferido um ar de seriedade, mas neste cavalheiro em particular, apenas lhe adicionava um quê de perigo e de alguém que tendia a ser elusivo.
Uma tendência — se a avaliação de Genevieve da oferta dele fosse correta — que Benedict Lucas estava agora sugerindo que talvez ela pudesse mudar, indo para casa na carruagem com ele.
Uma sugestão, caso Genevieve aceitasse, que estava em grande conformidade com sua declaração, uma semana atrás, para suas duas melhores amigas, Sophia e Pandora, de que, como viúvas recentemente retornadas para a sociedade após o período requerido de um ano de luto, cada uma delas deveria arranjar um amante, antes que a Estação de Bailes acabasse.
Tinha sido uma sugestão corajosa e audaciosa de sua parte, Genevieve sabia, e feita mais por bravata do que por uma intenção verdadeira; seu casamento doloroso e humilhante com Josiah Forster tornara-a muito cautelosa fisicamente em relação a todos os homens. Ela umedeceu os lábios.
— É muita gentileza sua oferecer, meu lorde, mas...
— Certamente uma lady tão... ousada como você não pode estar nervosa diante da ideia de viajar sozinha em minha carruagem, Genevieve...

Série Duquesas Ousadas
1 - Cortejo com Escândalo
2 - Cortejo com Malícia
3 - Cortejo com Rebeldia
Série Concluída
 

28 de julho de 2013

Cortejo Com Malícia

Série Duquesas Ousadas

Rupert Stirling, o Marquês de Devlin, mais conhecido como Devil, havia criado fama como um grande frequentador de alcovas femininas. 

Pandora Maybury, por sua vez, está muito longe de ser uma aventureira. 
Desde que seu marido morrera em circunstâncias suspeitas, ela evitava se expor em demasia nas altas rodas de Londres. 
Mesmo assim, sua vida era o tema preferido entre as damas mais finas. 
Se pelo menos a sociedade soubesse o quanto ela era inocente… 
Incluindo Rupert que, após salvá-la de um ataque, passou a demonstrar um interesse fora do comum por Pandora!

Capítulo Um

Maio de 1817, Highbury House, Londres
— Sorria, Pandora, por favor. Tenho certeza de que Devil e Lucifer não pretendem devorá-la com os olhos! Pelo menos… tenho a esperança de que não seja de uma forma que você ache desagradável.
Pandora, a duquesa viúva de Wyndwood, não acompanhou a risada rouca e sugestiva da amiga enquanto se aproximavam dos dois cavalheiros sobre os quais Genevieve falara de forma tão divertida.
Em vez disso, seu coração começou a bater ainda mais depressa, os seios se erguendo e descendo com a respiração rasa e apressada, no esforço de acalmar a sensação de alarme: as palmas das mãos ficaram úmidas dentro das luvas de renda.
Não conhecia nenhum dos dois cavalheiros pessoalmente, é claro.
Os dois estavam com pouco mais de 30 anos, enquanto ela tinha apenas 24, e jamais fizera parte da multidão risqué que os cercava sempre que se dignavam a aparecer na alta sociedade.
Entretanto, reconhecera-os imediatamente. Eram lorde Rupert Stirling, anteriormente marquês de Devlin e agora o duque de Stratton, e seu bom amigo, lorde Benedict Lucas, dois cavalheiros que se tornaram conhecidos na alta sociedade, nos últimos 12 anos, mais ou menos, como Devil, demônio em inglês, e Lucifer.
Assim chamados por suas ações escandalosas, tanto dentro como fora dos quartos das damas.
Os mesmos cavalheiros que Genevieve havia sugerido, poucos instantes antes, que deveriam ser considerados candidatos a amantes, agora que o ano de luto pelos maridos havia terminado.
— Pandora?
Ela balançou a cabeça em negativa.
— Acho que não consigo participar disto, Genevieve.
A amiga lhe apertou o braço num gesto que pretendia lhe passar segurança.
— Vamos apenas conversar com eles, querida. Seremos anfitriãs em substituição a Sophia, enquanto ela lida com a chegada inesperada do conde de Sherbourne.
Genevieve olhou para o lado oposto do salão de baile, onde a dama a que se referira parecia estar engajada numa conversa em voz baixa, mas intensa, com o atraente Dante Carfax, um amigo íntimo de Devil e Lucifer.
Exatamente como as três jovens viúvas eram agora amigas íntimas…

Série Duquesas Ousadas
1 - Cortejo com Escândalo
2 - Cortejo com Malícia
3 - Cortejo com Rebeldia
Série Concluída
 

28 de abril de 2013

Dama De Espadas

Série Irmãs Copeland 
Um segredo escandaloso!

Após fugir de casa para evitar um noivado indesejado, lady Elizabeth Copeland precisa encontrar meios para sustentar seu disfarce como acompanhante de uma senhora idosa, incluindo aceitar ser enfermeira do sobrinho dela.
Ao contrário do que imaginava, Lorde Nathaniel Thorne, Conde de Osbourne, é o homem mais incrível que já conheceu...
Elizabeth anseia abandonar o uniforme sem graça e revelar seu sangue azul, tão nobre quanto o de Nathaniel.
Mas ela ainda precisa esconder a verdadeira identidade, pois sua vida está em perigo!
A não ser que Nathaniel descubra o disfarce e arranque dela uma confissão..

Capítulo Um   

Maio, 1817 — Mansão Hepworth, Devon
— Como você ousa? Lorde Thorne, eu insisto que me solte imediatamente!
Lorde Nathaniel Thorne, conde de Osbourne, deu uma risada rouca, seus lábios se movendo para o bonito pescoço, parcialmente coberto por cabelos cor de ébano. Ela evitou o beijo, lutando nos confins de seus braços, as contorções daquelas curvas delgadas apenas conseguindo aumentar ainda mais o prazer de Nathaniel.
— Você sabe que não fala sério, minha querida Betsy...
— Eu certamente falo muito sério! — Ela levantou a cabeça para fitá-lo com aqueles olhos indignados e profundamente azuis, cercados por longos cílios escuros, os cachos morenos cheirando a limão e jasmim.
Nathaniel sorriu de maneira confiante.
— Um beijo, Betsy, isso é tudo que eu peço.
A boca de Elizabeth se comprimiu com determinação.
— Muito bem... você pediu por isto!
Nathaniel arfou quando a mulher em seus braços empurrou deliberadamente seu peito numa tentativa de se libertar, um lembrete doloroso de que ele tinha quebrado diversas costelas apenas nove dias atrás, o que resultara em seu estado de confinação àquela cama, ou à outra, desde então.
Um fato do qual essa pequena atrevida estava bem ciente!
— E você tem pedido por isso há dias! — Em vez de libertá-la, Nathaniel apertou mais os braços ao redor dela, enquanto seus dentes mordiscavam um lóbulo cheiroso delicadamente.
A luta de Betsy parou, a expressão no rosto dela se tornando confusa enquanto o fitava.
— Eu tenho?
Bem... talvez ele tivesse exagerado um pouco a situação. Mas, depois de quatro dias passados em Londres, confinado à cama e mimado por seu parente mais próximo... sua tia Gertrude, que era viúva e não tinha filhos... seguidos por outros quatro dias de desconforto dentro de sua carruagem, enquanto eles viajavam para a casa de sua tia na costa irregular de Devonshire, Nathaniel sentira necessidade de alguma diversão feminina.
Acordou de uma soneca da tarde, para encontrar aquela garota deliciosa arrumando seu quarto, também ciente de que, independentemente do quanto seus ferimentos estivessem doendo, eles também o tinham permitido escapar do tédio de uma temporada de bailes em Londres, e da intenção de sua tia de lhe encontrar uma esposa, Nathaniel havia decidido recompensar a si mesmo por aquela escapada de sorte com uma pequena brincadeira com a jovem dama de companhia de sua tia.
Ele lhe sorriu descaradamente agora.
— Você estava mexendo no meu quarto durante a última hora e meia... e, no final, mexendo em mim, também: arrumando o quarto, alisando as cobertas, afofando os travesseiros. — Tempo durante o qual Nathaniel tinha sido presenteado com uma vista tentadora de seios generosos, quando ela se inclinava contra ele, e com um vislumbre atraente de mamilos rosados que enfeitavam aqueles seios deliciosos!
— Foi instrução de sua tia que eu ficasse no seu quarto, de olho em você, esta tarde. — A linda garota de cabelos cor de ébano o olhou, o pequeno nariz erguido no ar.
— E onde está minha querida tia, esta tarde? — perguntou ele.
— Ela descansou bastante na viagem para cá, de modo que saiu na carruagem para encontrar amigas na área... Você está deliberadamente mudando de assunto, milorde! — A expressão de Betsy era indignada mais uma vez.
— Estou? — murmurou Nathaniel com divertimento.
—-Sim — confirmou ela com firmeza. — E eu não posso ver nenhum encorajamento de minha parte neste... neste seu ataque à minha pessoa, nas ações mundanas que acabou de descrever.
O que não era dizer que Elizabeth achara tais atenções completamente desagradáveis, se ela fosse honesta consigo mesma.
O último beijo de Elizabeth... na verdade, seu único beijo...

Série Irmãs Copeland
0.5 - A Wickedly Plesurable Wager
1 - Dama de Copas
2 - Dama de Ouro
3 - Dama de Espadas

24 de fevereiro de 2013

Dama de Ouros

Série Irmãs Copeland

Condessa sob pressão! 

Lady Diana Copeland partiu para Londres de imediato quando soube que seu guardião, lorde Faulkner, desejava desposar uma das irmãs Copeland. Determinada a não mais adiar sua decisão, ela iria declarar olho no olho exatamente aquilo que pensava acerca de sua proposta ultrajante! 
Afinal, suas duas irmãs haviam sido mais astutas e partiram antes de receberem a oferta... 
Entretanto, Diana se surpreende quando encontra a sua espera um homem magnífico com um brilho sagaz no olhar, e não o velho tolo e pomposo que imaginava ser. Respirando fundo, Diana luta para não sé deixar seduzir pelo poderoso magnetismo de lorde Faulkner... 
Pois agora corria o risco de cometer um erro irreversível: ser tornar sua condessa!

Capítulo Um

 — Bom deus, Nathaniel, o que você fez consigo mesmo?! — exclamou lorde Gabriel Faulkner, conde de Westbourne, com menos que sua autoconfiança arrogante.
Gabriel tinha parado abruptamente junto à porta do quarto assim que vira seu amigo prostrado na cama. O rosto de lorde Nathaniel Thorne, conde de Osbourne, estava repleto de cortes e arranhões, e uma bandagem larga circulando o peito desnudo musculoso atestava para a possibilidade de diversas costelas quebradas.
Gabriel recuperou-se o bastante para se virar e fazer uma cortesia para a mulher parada no corredor ao seu lado:
— Não foi nada, meu lorde. — A sra. Gertrude Wilson, tia de Osbourne, dispensou seu pedido de desculpas rapidamente. — Eu sofri dos mesmos sentimentos de choque ao ver a extensão dos ferimentos de meu sobrinho pela primeira vez, quatro dias atrás.
— Vocês dois podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? — O paciente estava obviamente menos que satisfeito com a situação.
— O médico falou que você precisa descansar, Nathaniel — instruiu sua tia seriamente, antes de voltar sua atenção para Gabriel. — Deixarei vocês dois conversarem agora, meu lorde. Porém, por apenas dez minutos — avisou ela. — Como você vê, Nathaniel está precisando mais de paz e tranqüilidade do que de conversa. — Virou-se no corredor. — Venha, Betsy — acrescentou. — Está na hora da caminhada de Hector.
Gabriel ficou curioso com aquele último comentá¬rio, até que outra figura saiu das sombras do corredor: uma jovem esbelta, com cachos cor de ébano emoldurando um rosto oval com lindos olhos azuis, segurando um pequeno cachorro branco nos braços.
— Se eu tiver de sofrer muitos mais destes mimos, provavelmente torcerei o pescoço de alguém — resmungou Nathaniel assim que sua tia e a dama de companhia dela desapareceram, e os dois cavalheiros finalmente foram deixados sozinhos no quarto. — É tão bom ver você, Gabe — acrescentou mais calorosamente, enquanto se esforçava para se sentar, sua expressão indicando, apesar de suas negações, que aquele era um exercício doloroso.
— Fique onde está, homem. — Gabriel atravessou para o lado da cama de seu amigo, a usual fisionomia determinada agora de volta ao rosto arrogantemente bonito, dominado por olhos azuis meia-noite.
Alto e forte, e vestido com paletó preto, camisa branca e calça cinza acima de botas pretas, o conde de Westbourne tinha toda a aparência de ser um elegante cavalheiro inglês, apesar de ter passado os últimos oito anos viajando pela Europa.
Osbourne relaxou contra os muitos travesseiros atrás de si.
— Eu teria pensado que você pretendia ir direta¬mente para Shoreley Park quando chegou de Veneza, em vez de vir para Londres, Gabe. O que me leva a perguntar...
— Acredito que sua tia o aconselhou a descansar, Nate — murmurou Gabriel, arqueando uma sobrancelha arrogante.
Osbourne fez uma careta.
— Tendo me removido de minha própria casa e me trazido para este excesso de mimo, acredito que mi¬nha tia Gertrude me amarraria à cama e recusaria a entrada de todos os visitantes, se pudesse.
Apesar das reclamações de seu amigo, Gabriel percebeu que a tia de Nate tinha feito a coisa certa, uma vez que Nate obviamente sentia dor cada vez que se movia, e não podia cuidar de si mesmo.
— O que aconteceu com você, Nate? — perguntou ele, enquanto acomodava seu corpo alto e elegante na cadeira posicionada ao lado da cama.
O outro homem fez uma careta.
— Bem, apesar do que você disse assim que me viu, eu certamente não fiz isso comigo mesmo.
Tendo servido com Osbourne no exército do rei por cinco anos, Gabriel sabia melhor do que a maio¬ria das pessoas quão proficiente Osbourne era tanto com uma espada quanto com um revólver.
— Como isso aconteceu então?
— Um pequeno...

Série Irmãs Copeland
0.5 - A Wickedly Plesurable Wager
1 - Dama de Copas
2 - Dama de Ouro
3 - Dama de Espadas

11 de outubro de 2012

Dama de Copas

Série Irmãs Copeland
"Cavalheiros, cantando para o deleite de todos esta noite, a srta. Caro Morton!" 

Com o coração batendo forte sob as luzes brilhantes do cassino mais elegante de Londres, lady Caroline Copeland surge de trás das cortinas... 

Passando os olhos pelo público, ela é atraída por vim homem de aparência diabólica encarando-a do fundo do salão. A intensidade do olhar incendiava o corpo de Caro, fazendo sua garganta secar e seu rosto corar. 
Ela havia arriscado a reputação para estar ali, e não podia deixar que ninguém se aproximasse, o suficiente para revelar seu segredo... 
Ainda que seu corpo implorasse o contrário! 

 Capítulo Um 


Dominic hesitou diante da entrada da Nick's, uma das casas de jogos mais sofisticada de Londres, e um de seus lugares favoritos para ir antes que ele tomasse posse do estabelecimento, um mês atrás. 

Tendo chegado de Veneza naquela tarde, decidira visitar a casa de jogos na primeira oportunidade, e, quando entregou seu chapéu e casaco para o funcionário que o esperava ali, não pôde evitar notar que o jovem musculoso, que geralmente guardava a porta contra pessoas indesejáveis, não estava em seu posto usual. 
Também percebeu que as salas de jogos atrás das cortinas de veludo vermelho estavam estranhamente silenciosas. Que diabos estava acontecendo? 
De súbito, o silêncio foi encantadoramente quebrado pela voz sensual e ardente de uma mulher cantando. Exceto que, antes de partir para Veneza, Dominic tinha dado instruções rígidas para que no futuro não houvesse mais mulheres trabalhando — em nenhuma posição — na casa de jogos que agora lhe pertencia. 
Ele estava com o cenho franzido de leve enquanto andava para o salão principal, vendo imediatamente o motivo da ausência do porteiro em seu lugar de costume, quando avistou Ben Jackson de pé, parecendo hipnotizado, dentro de uma sala repleta de clientes igualmente hipnotizados, todos eles parecendo ouvir apenas uma coisa. 
Ver apenas uma coisa. 
Uma mulher, a fonte óbvia daquela voz sensualmente sedutora, deitada num divã de veludo vermelho sobre o palco, uma figura pequenina com uma abundância de cabelos cor de ébano que cascateavam em cachos sobre os ombros e desciam pelas costas delgadas. 
A maior parte do rosto da mulher estava coberta por uma máscara de pedras preciosas, muito parecida com aquelas usadas durante o carnaval de Veneza, mas os lábios aparentes sob ela eram carnudos e sensuais, a pele do pescoço elegante, de um tom de branco perolado. 
Ela usava um vestido brilhante dourado, que mais insinuava curvas voluptuosas do que mostrava, o que tornava o visual ainda mais atraente. Mesmo de máscara, ela era, sem sombra de dúvida, a criatura mais sedutora que Dominic já vira! 
O fato de que todos os outros homens no salão pensavam a mesma coisa era evidente pelo ardor em seus olhares e rubor de seus rostos, muitos lambendo os lábios visivelmente enquanto a olhavam. Um fato que fez a carranca de Dominic aumentar quando seu próprio olhar voltou para a visão sedutora no palco. 
Caro tentou não revelar, nem em sua expressão nem em sua voz, seu nervosismo perante o jeito raivoso com que o homem parado nos fundos do salão a olhava, enquanto ela terminava sua primeira performance da noite, levantando-se devagar, antes de mover-se graciosamente para a extremidade do palco, cantando as últimas notas com sua voz rouca e sensual. 
Isso não a impediu de se sentir muito consciente daquele olhar de desaprovação ou do homem que possuía tal olhar.

Série Irmãs Copeland
0.5 - A Wickedly Plesurable Wager
1 - Dama de Copas
2 - Dama de Ouros
3 - Dama de Espadas