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8 de fevereiro de 2009

A Espada e o Poder

Série Irmãs Drumond
No Reino Místico, Wilona protegeria suas 3 filhas que tinham um dom excepcional e muito valioso. Um dom que interpretavam mal com muita freqüência, tinha de protegê-las para evitar que sofressem. 
Era impossível protegê-las do mundo, mas tinha que encontrar a força necessária para sobreviver se algum dia elas partissem dali do Reino Místico



Aquilo era uma proeza que parecia tirada de uma lenda...

Merrick MacAndrew tinha consciência da dificuldade da missão, mas estava disposto a fazer qualquer coisa para salvar o seu filho moribundo... incluindo ir à procura de Allegra Drummond à sua terra encantada e raptá-la. Dizia-se que ela possuía um dom especial para curar... e para derreter o coração de Merrick, como pôde confirmar mais tarde.
Embora Allegra Drummond estivesse presa e fosse obrigada a fazer tudo o que aquele corajoso guerreiro escocês lhe pedisse, a nobreza da sua causa tinha feito com que sentisse compaixão por ele. O que não sabia é que, afinal de contas, seria ele quem a prenderia aos seus encantos, de corpo e alma.

Prólogo

Escócia, 1546

O céu plúmbeo agitava-se com nuvens que anunciavam chuva. Um vento gélido agitava as ervas altas que cresciam nos prados. No entanto, aquele tempo tão agreste não impediu que o povo aproveitasse o dia de mercado. 
Os que iam a pé olhavam com cautela para as carroças puxadas por cavalos e para as carruagens de feno que lutavam por abrir caminho ao longo das ruelas estreitas que iam dar a Edimburgo.
Nola Drummond, uma jovem viúva, avançava com a sua carruagem puxada por um pônei através da multidão. A sua mãe, Wilona, estava ao seu lado e, na parte traseira, viajavam as três filhas pequenas de Nola sentadas sobre fardos de ervas secas, meadas de linho e cestos de ovos que as mulheres vendiam no mercado.
Ao seu lado estavam Bessie, uma velha harpia corcunda, e Jeremy, um troll gordinho de cartola e fraque. Tanto Bessie como Jeremy tinham sido desprezados pelos outros antes de serem aceites por aquela família.
— Olha, mamã — disse a pequena Allegra, que tinha seis anos, apontando para a multidão que se juntava à beira do lago.
Quando aproximaram um pouco mais a pequena carruagem, viram que as mulheres e os meninos choravam ao ver os pescadores tirarem o corpo de um rapaz da água. Nola parou a carruagem e ela e Wilona ajudaram a descer Kylia e Gwenellen, de cinco e três anos, respectivamente.
Incapaz de controlar a curiosidade, Allegra desceu sozinha e desatou a correr à frente dos outros. Quando chegou próximo da beira da água, foi muito fácil deslizar entre a multidão até conseguir ver e ouvir tudo.
— Não! O meu Jamie não! — gritava uma mulher, depois de se atirar para cima do corpo do rapaz, com a voz rouca pelo pranto. — Já enterrei o meu homem e três dos meus filhos. Jamie era a única coisa que me restava neste mundo. Oh, não... Por favor... O meu Jamie não...
Um dos pescadores pôs uma mão sobre o ombro da mulher.
— Lamento muito, Mary, mas o rapaz está morto. Chegamos tarde demais para o salvarmos.
Uma onda de tristeza infinita apropriou-se dos curiosos. Nem sequer os pescadores, queimados pelos anos passados no mar, conseguiram conter as lágrimas ao ver o sentimento com que a mulher chorava.
Contagiada pela emoção que dominava todos os presentes, Allegra aproximou-se da mulher desolada e, antes que alguém pudesse detê-la, pôs as mãos sobre o peito do rapaz.
De imediato, um tremor violento apoderou-se dela à medida que as pontas dos dedos absorviam a frieza do corpo e esta passava através do corpo da pequena. A água do lago estava fria, muito fria.
A tremer, Allegra olhou para a mãe do rapaz.
— O teu Jamie não está morto.


Série Irmãs Drumond
1 - A Espada e o Poder
2 - O Céu em Seus Braços
3 - A Feiticeira e o Cavaleiro
Série Concluída

O Céu Em Seus Braços

Série Irmãs Drumond
Nascida nas encantadas Terras Altas, ela possuía magia na alma!
Escócia, 1559

Grant MacCallum não tinha alternativa senão pedir ajuda aos poderes de Kylia Drummond. Afinal, de que outra maneira ele poderia descobrir, entre os membros de seu clã, quem o traía? Porém Grant não imaginava que a jornada iria provocar um tipo inesperado de magia... uma ansiedade por um amor duradouro com Kylia a seu lado!
Kylia sempre soubera que ele viria - um lorde em cujos olhos se debatiam carência e tristeza. Ela sabia que sua visão era verdadeira e que a ligação entre ambos seria feita pelo destino. Mas não poderia ser um engano terrível? Ou será que Kylia encontraria o céu nos braços daquele homem?

Capítulo Um

Escócia, 1559

O tinido das espadas contra os escudos ecoava na floresta da região montanhosa, enquanto os bárbaros, saídos de esconderijos, atacavam os cavaleiros que seguiam em fila indiana, envoltos em capas de lã axadrezadas.
 Apanhados de surpresa e em desvantagem numérica, não havia sítio onde os guerreiros das Terras Altas pudessem reagrupar as forças. Não lhes restava outra escolha senão oferecer uma resistência corajosa.- Eles sabiam que estávamos a caminho, milorde. - Finlay, o homem velho que cavalgava com o clã MacCallum há mais de quarenta anos, segurou o braço do jovem.  - Os homens têm que bater em retirada. Caso contrário, estaremos todos perdidos. A ideia de executar uma retirada ia contra todas as convicções de Grant MacCallum. Mas o bom-senso devia prevalecer sobre o seu orgulho. Aqueles homens tinham famílias que dependiam deles. Se tivessem de enfrentar a desigualdade esmagadora, muitos pereceriam, deixando o clã cheio de viúvas e órfãos.
De má vontade, gritou a ordem:- Retirada!
Minutos depois, o som da gaita-de-foles fez com que os cavaleiros dessem meia volta e se embrenhassem na mata para escapar das espadas do inimigo. Grant manteve- se firme, lutando ao lado do velho Finlay, até o último homem ter alcançado a segurança. 

Então, protegendo as costas do companheiro fiel e dedicado para que ele também escapasse, Grant montou e instigou o cavalo a partir a galope.Enquanto cavalgava rumo à sua fortaleza, ele reflectia sobre esta última ocorrência assustadora. 
Desde que tinha sido proclamado senhor dos MacCallum, os seus guerreiros tinham-se deparado duas vezes com um exército de invasores, no mesmo lugar em que esperavam atacar de surpresa. A primeira podia ser considerada um acidente, mas era impossível a segunda tratar-se de um caso isolado. 
Analisadas em conjunto, elas provavam, sem sombra de dúvida, que ele estava a ser traído.E como estes planos só tinham sido revelados a poucos, e de confiança, membros do Conselho, Grant já sabia que a traição era pessoal e partia de um dos seus.- Acabámos de saber as notícias.Dougal, o irmão de Grant, treze meses mais novo, estava quase sem fôlego por ter subido a escada da fortaleza a correr para o procurar nos seus aposentos. 
Embora fosse mais baixo e corpulento, com olhos e cabelos de uma tonalidade mais clara do que os de Grant, os dois tinham uma certa semelhança.Atrás dele, vinha uma mulher alta, vestida como uma freira enclausurada. Usava uma túnica preta e uma touca da qual pendia um véu que lhe cobria o rosto. Em silêncio e altiva, ela atravessou o aposento e sentou-se numa cadeira diante da lareira.
- Tia Hazlet! 


Série Irmãs Drumond
1 - A Espada e o Poder
2 - O Céus em Seus Braços
3 - A Feiticeira e o Cavaleiro
Série Concluída

A Feiticeira e o Cavaleiro

Série Irmãs Drumond

Ao voltar para casa, o guerreiro Andrew Ross descobriu que seu castelo fora consumido pelo fogo. Seu pai e todos que lá viviam estavam mortos, com exceção de Gwenellen Drummond, uma mulher de rosto angelical e poderes especiais. Será que o inimigo de Andrew a teria enviado para destruí-lo? Ou será que ela poderia ajudá-lo com sua magia a revelar o malfeitor?

Prólogo

Reino Místico, 1552


Gwenellen do clã Drummond, de nove anos,a menina tinha o aspecto de um duendezinho, com formosos e cacheados cabelos dourados caindo pelas costas e risonhos olhos da cor do mel escuro. 
-Sei o que estão pensando. Só porque tive alguns... passos em falso antes, acreditam que nunca vou conseguir que meus feitiços funcionem . Entretanto, desta vez demonstrarei que vocês estão equivocadas.
Allegra era a maior das três irmãs. Tinha treze anos, o cabelo da cor do fogo e olhos verdes -Sim - disse Kylia, que era um ano mais nova que Allegra, com seu cabelo negro como o azeviche e olhos da cor da lavanda.

O rosto de Gwenellen se avermelhou ao escutar as menções que suas irmãs faziam de seus muitos acidentes. Apesar de seus muitos fracassos, nunca havia duvidado que algum dia dominaria as habilidades necessárias para ser uma bruxa como sua mãe, sua avó e suas irmãs.
Mas tome cuidado, minha pequena
-Sim. Terei cuidado -replicou Gwenellen. Continuando, dedicou a suas irmãs um olhar altivo. -Agora mesmo vamos ver quem é capaz de conjurar as rosas mais formosas de toda a terra.
Gwenellen retirou o cabelo do rosto e levantou os braços para o céu antes de adotar um ar de profunda concentração. Então, começou a entoar as antigas palavras. , entoou triunfantemente:
-Rogo-lhe isso, faça que caia em cima e ao redor a mais formosa flor.
Uma única e escura nuvem se colocou sobre eles, seguida do rugir dos trovões. Ao ouvir o estrondo, a mãe das meninas apareceu. Nola, e Wilona, a avó. As duas cruzaram a toda velocidade a pradaria seguidas de Bessie.
Em vez de flores, observavam um pó branco se acumulando ao redor dos pés,
Gwenellen permaneceu completamente imóvel enquanto as demais se aproximavam,Allegra e Kylia puseram-se a rir.
O que eu queria eram rosas.
- Você não disse rosas, mas sim que lhe caísse em cima e ao redor a mais formosa flor. Disseste que lhe caísse uma flor em cima e o que conseguiu foi... -disse Allegra. Quase não podia falar pelas risadas-... foi farinha.
As duas moças seguiram rindo Gwenellen, deixou-se cair sobre a grama e apoiou o queixo sobre os punhos, tratando de reprimir as lágrimas.
Quando os outros partiram, Wilona se sentou ao lado de sua neta. Nola, por sua vez, estava de pé com as mãos sobre os quadris, as observando muito atentamente.
-Estes feitiços parecem tão fáceis a vocês, vovó... Por que para mim são tão difíceis?
A anciã estreitou sua neta entre seus braços e lhe deu um beijo no alto da cabeça.
-Só necessita de tempo para descobrir seus dons, Gwenellen.
-Sim. Isso foi o que meu pai me disse.
-Seu pai? -perguntou surpreendida Wilona. Rapidamente olhou a Nola. -Quando ele te falou?
-Está segura de que se tratava de seu pai, minha querida ?
-Sim -afirmou Gwenellen. -Parecia tão alto e tão bonito, com o seu manto sobre um ombro e o brilho de uma adaga adornada com pedras preciosas que trazia na cintura.
Nola caiu de joelhos e tocou suavemente o braço de sua filha com uma mão. Falou com uma forte urgência refletida na voz.
Gwenellen acabava de descrever perfeitamente a seu pai, apesar de que nunca o tinha visto. Ele tinha morrido antes de que a menina nascesse. Era um mortal que tinha desafiado a seu clã para casar-se com Nola, mesmo sabendo que ela possuía poderes que eram desprezados pelos seus. A união de Nola e seu marido tinha sido puramente por amor e, até o dia em que ele morreu havia conseguido que sua esposa fosse incrivelmente feliz.
-O que te disse seu pai, garota?
O sorriso voltou a refletir-se no rosto do Gwenellen.
-Me disse que eu tinha um dom, um dom muito especial e que ninguém no Reino Místico o possuía. Disse-me que não podia utilizá-lo aqui, embora não me explicou o por que. Entretanto, o que ele me contou foi que, quando eu deixar nosso reino para ir ao mundo dos mortais, me protegerá -disse. -O que aconteceu,vovó? -acrescentou, ao ver o modo que Wilona a observava. -O que se passa?
A anciã acariciou suavemente o cabelo de sua neta menor.
-Não aconteceu nada, querida menina. Seu pai tem razão. Seu dom é efetivamente muito especial. Um dia, no mundo dos mortais, descobrirá o quanto é importante. Quando Gwenellen partiu, Wilona ficou de pé.
-Sabe o que isto significa, de verdade, minha filha?
Nola não parecia muito disposta a admiti-lo.
-Não é de se estranhar que seu dom não seja aparente aqui, no Reino Místico. Aqui não há túmulos.
-É um dom excepcional e muito valioso.
 


Série Irmãs Drumond
1 - A Espada e o Poder
2 - O Céu em Seus Braços
3 - A Feiticeira e o Cavaleiro
Série Concluída