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29 de outubro de 2014

Coração Highland

Série Irmãs McAlpin

Jamie MacDonald tinha uma tarefa solitária e perigosa, unir os clãs rivais das montanhas contra a conspiração de um traidor. 

Sua busca desesperada por aliados o levou ao Clã Gordon e, contra o bom senso, para os braços de Lindsey Gordon, filha orgulhosa e obstinada.
De temível reputação o gigante de barba ruiva que chamavam de Heartless MacDonald, a ela pouco importava com sua rudeza.
No entanto, mesmo quando debateu-se em seu abraço indesejado, ansiava o coração nobre deste guerreiro.

Capítulo Um

Terras Altas da Escócia, 1566
No exterior de Kinloch House os soldados das montanhas ficaram lado a lado, guardando a fortaleza, ignorando o frio de março, assistindo a morte.
Eles não sairiam enquanto restasse fôlego em seu líder.
No interior, Brice Campbell, conhecido em todo o país como o Highland Bárbaro, jazia mal apegando-se à vida.
Mensageiros viajavam até os extremos confins da terra para chamar os amados de seu líder, Correndo contra o tempo, deixando-o com sua amada esposa, Meredith.
Da Inglaterra tinham vindo Brenna MacAlpin e seu marido, Morgan Grey, e seus dois jovens filhos. Da Irlanda, a filha Megan MacAlpin e seu marido, Kieran O'Mara, e seu primeiro filho, Sean.
Chefes das montanhas com os seus soldados ocupavam os arredores da fortaleza antiga. Alguns, como Angus Gordon, amigos de infância, cujo coração estava pesado. Outros, que tinham tido o privilégio de lutar ao lado deste nobre rebelde, esperavam e observavam em silêncio chocado.
O vento varreu descendo pela chaminé, espalhando cinzas e faíscas. Uma chama. Explodiu e quase morreu, então serpenteava ao longo da casca de um tronco até saltar em uma chama de luz.
Os homens e mulheres se abraçavam, todos buscando ou dando conforto.
Crianças, rapidamente superavam sua timidez, falando em muitos dialetos estranhos, se familiarizando. Mas até mesmo suas vozes eram estranhamente constritas, pois sentiam a melancolia da ocasião.
Os servos moviam-se ao redor como se estivessem em transe. Um aglomerado de cães cercava a lareira, olhando nervosamente para cada par de pés.
O silêncio foi quebrado pelo som das enormes portas da frente sendo abertas. Um momento depois, um gigante de barba ruiva parou no limiar.
Seu olhar passou pela sala, em seguida, levantou o olhar à mulher que descia as escadas. Sua figura era magra como de uma donzela. Seu vestido de cetim vermelho, parcialmente coberto pela manta Campbell. Cabelo castanho grosso alastrado sobre o ombro. Carregava uma criança nos braços. Entregando a criança a um servo, correu para a frente.
— Oh, Jamie. Louvores aos céus, você veio. A bela lady Meredith agarrou-o em um abraço caloroso.
— Eu temia que você não chegasse a tempo.
— Eu vim assim que seu mensageiro chegou. Ele estudou-a: Olhos vermelhos e linhas finas ao redor da boca. Vendo o cansaço gravado nas belas características de Meredith, ele puxou-a em seus braços e apertou os lábios em seu cabelo. Ela era a coisa mais próxima de uma mãe que conhecia. Ele tinha sido muito feliz quando, anos antes, seu pai adotivo havia caído de amores por ela e concordara em deixá-lo em casa com ela em Kinloch House.
— Brice ...ele não podia dizer as palavras sobre Brice Campbell viver ou morrer. A pergunta não formulada pairando sobre eles.
— Ele está gravemente ferido. Mas ele vive. Ela viu o alívio no rosto de Jamie.
— Você o curou de ferimentos graves antes, Meredith. Ele vai melhorar; você vai ver. Você é sua razão de viver.
— Sim. Rezo que assim seja. Mas seu destino está nas mãos de Deus. Ela piscou para conter as lágrimas que ameaçavam.
— Brice insiste em vê-lo assim que chegar.
— Sim. Gostaria de vê-lo agora. Ela levantou a saia e mostrou o caminho. Seguindo- a até as escadas disse com firmeza: — Fale-me deste estranho ataque. Seu mensageiro disse ser na própria casa da rainha. É certo isso
— Sim. Meredith parou no topo da escada.
— Nós fomos convidados para jantar com Mary em Holyrood. Ela está confinada estes dias, uma vez que está grávida. Com um leve sorriso, ela acrescentou, Mary sempre teve a companhia de Brice. E agora que seu casamento com o senhor Darnley é tão infeliz, velhos amigos a rodeiam torcendo por ela.
À menção de Darnley, o franzir da testa de Jamie se aprofundou. Ele tinha ouvido os rumores sobre o marido da rainha. Bebedeira, jogos de azar, mulheres.
Se a metade fosse verdade, o casamento estava quebrando o coração terno da pobre jovem rainha.
— Durante o jantar, lord Ruthven cambaleou. Primeiramente temíamos que ele tivesse bebido cerveja demais. Mas depois, vendo o punhal na mão, Brice empurrou a mesa para barrar seu caminho. Mas no mesmo momento senhor Darnley apareceu com vários outros nobres. Ao vê-los, Brice apressou-se em defesa de Mary, percebendo que significava um ataque.
Jamie sentiu seu coração parar.
— Será que a nossa rainha foi ferida?
— Não, graças a Deus. Graças apenas a Brice. Mas pobre Riccio.
— É verdade, então, que o secretário de Mary morreu?
— Sim, Meredith sussurrou, suprimindo um arrepio.
— George Douglas utilizou a própria adaga de lord Darnley para o ato sangrento. Ele e lord Ruthven devem ter esfaqueado o jovem Riccio mais de cinquenta vezes antes de arremessar seu corpo escada abaixo. A rainha estava perto da histeria.
— E Brice? Os olhos de Jamie se estreitaram.
— Qual deles segurava a faca que causou as feridas?
— No meio da confusão, eu não podia ver. Havia servos chorando, e a própria rainha estava ajoelhado sobre o corpo de Brice, gritando por ele.O amado bárbaro highlander. Meredith tremeu.
— Eu não vi quem infligiu os ferimentos. Mas o estrago é grande.
Quando chegaram à porta da câmara, Meredith virou.
— Você não deve exigir demais de sua força. Ele perdeu muito sangue.
Não era a natureza de Jamie sentir medo. Nos últimos anos, combatera na fronteira entre a Inglaterra e a Escócia, tornara- se conhecido como um guerreiro destemido. Ele sabia o que os outros o chamavam quando pensavam que ele não podia ouvir.
O MacDonald Heartless. Sim, ele era sem coração no meio da batalha.
Mas ao ver que o esperava, sentiu seu coração parar.
Era como se suas veias, de repente se tivessem transformado em gelo. Ele estudou o rosto do homem que era o único pai que ele nunca tinha conhecido, agora deitado indefeso como um bebê pequenino.
A cabeça de Brice estava envolta em ataduras.
Sangue infiltrava através das camadas de bandagens recentes. Uma tala foi colocada rigidamente ao seu lado, coberto com lençóis espessos. Seu peito subia e descia em cada respiração ofegante.
Jamie parou por um momento, lutando contra os sentimentos que rasgavam através dele.
Medo, raiva, impotência. Deixando de lado suas emoções, se ajoelhou até que seu rosto estava perto de Brice.
— Eu estou aqui, ele sussurrou.
Ele viu quando as pálpebras do homem mais velho piscaram, depois abriram. Havia uma palidez mortal em sua pele.
— Eu sabia que você viria.
A voz de Jamie tremeu com fúria.
— Eu preciso de apenas um nome e eu vou vingá-lo desse crime terrível. Diz-me quem empunhou a adaga. Ao cair da noite o seu inimigo vai morrer em seu próprio sangue.
— Não. É mais do que vingança você deve procurar. A mão que agarrou a manga de Jamie foi surpreendentemente fraca. O homem, que tinha resistido ao ataque de exércitos, que havia ampliado sua fortaleza nas montanhas e a defendido contra todos os ataques, agora estava fraco demais para cerrar o punho.
Os olhos de Brice, embora vidrados de dor, fitaram Jamie com o velho aspecto familiar de comando.
— Escute bem. Sua primeira preocupação deve ser a nossa rainha, que era o verdadeiro alvo do ataque.
— Ruthven mataria nossa rainha?
— Não apenas Ruthven. Brice se esforçou para falar apesar a dor que o assolava com cada palavra.
— Eu não confio em Darnley. Não confio em ninguém para manter a Rainha em segurança, somente você.
— Darnley!

Série Irmãs McAlpin
1 - A Prisioneira do Castelo
2 - Uma Rebelde na Corte
3 - Prisioneira do Esquecimento
4 - Coração Highland
5 - Guerreiro Amante
6 - O Inimigo
Série Concluída



13 de agosto de 2010

O Inimigo

Série Irmãs McAlpin

Eles não tinham o direito de se amar! 

Para salvar a vida de seu irmão gêmeo, Shaw Campbell arrombaria as portas do inferno. Mas ele não caiu nas garras do demônio e sim nas mãos de Moira Lamont — mulher fascinante e intrépida que defenderia a honra de sua família até a morte… levando Shaw consigo!
Nessa época de guerras e vinganças entre clãs, Moira não podia confiar em ninguém. 

 Contudo, nos olhos de Shaw Campbell havia algo que lhe dizia ser ele um homem de paz. Um homem que poderia facilmente conquistar e prender para sempre seu atormentado coração!

Capítulo Um

Escócia, 1315
Com licença, milorde. Um mensagei­ro acabou de chegar de Edimburgo. A sra. MacCallum, a gorda governanta de Kinloch House, a fortaleza dos Campbell, entrou na sala de jantar dizendo. Ela vinha seguida de um rapaz com as roupas úmidas e sujas, o que provava a árdua viagem que fizera pelas florestas da região. O mensageiro colocou uma carta sobre a mesa. Distraído, Dillon apanhou-a e disse à governanta:
— Dê comida e cama ao rapaz, sra. MacCallum.
— Pois não, milorde.
Dillon leu o documento e disse à esposa, sentada à outra extremidade da mesa:
— Rob insiste na minha presença em Edimburgo.
— Oh, Dillon — Leonora protestou. — Você já não fez o bastante? Lutou com valentia ao lado de Rob, deu seu sangue em Bannockburn. Mas agora as batalhas termina­ram e Robert the Bruce conseguiu tudo o que queria. Você merece um pouco de paz.
Dillon olhou para o primo Clive, e comentou:
— Sempre minha leal protetora, não acha?
Clive sorriu com sarcasmo e perguntou a Leonora:
— Você teria coragem de dizer a Rob o que acabou de falar?
— Teria, se Rob estivesse presente. Mas, uma vez que não está, como posso fazer isso?
— Diga quando o vir em Edimburgo — Dillon retrucou com um sorriso. — Porque Rob ordenou que você me acompanhasse.
— Ordenou?
Dillon levantou-se e pegou a mão da esposa.
— Foi um pedido — explicou. — Mas, como Rob agora é rei, ordenar soa melhor que pedir. Ele deseja nossa com­panhia nas festividades comemorativas da independência da nação.
— Uma ordem real. Tudo bem. — Leonora relaxou. Tendo crescido no meio da realeza inglesa, ela não estava nada encantada pela perspectiva de passar algum tempo na companhia dos homens mais influentes da Escócia. Ca­sada com um proprietário de terras escocês, acostumara-se ao ritmo de vida lento dos montanheses. Sentia-se tão à von­tade nas terras altas da Escócia como se tivesse nascido lá. Porém, com a irmã mais nova de Dillon, Flame, a situação era bem diferente. Tendo passado toda sua vida nas mon­tanhas, uma visita à movimentada Edimburgo significaria uma grande aventura.
— E eu? — Flame perguntou. — Fui incluída?
— Acho que não… Leonora interrompeu-o:
— Penso que seria boa idéia expor Flame a uma vida diferente desta nossa por aqui.
— E o que há de errado na nossa vida aqui? — Dillon estendeu as mãos e apontou para a tapeçaria das paredes, os candelabros, os elegantes arranjos que a esposa inglesa trouxera à Escócia montanhosa.
Dillon olhou também para as fileiras de mesas onde se sentaram um dia dúzias de montanheses,-usufruindo a re­feição do meio-dia, com empregados servindo iguarias fumegantes. Depois da derrota dos ingleses em Bannockburn, a vida ficou muito calma na região montanhosa da Escócia. Ou tão calma como se poderia esperar numa terra primitiva onde os clãs ainda combatiam entre si.
— Não há nada de errado em nossa vida aqui — Leonora respondeu — se você acha que a melhor coisa que uma moça deva aprender é montar a cavalo sem sela e manejar uma espada como um homem.
— Ensinar Flame coisas de mulher cabe a você, não a mim — Dillon comentou para dar um fim à conversa. Mas, vendo o olhar suplicante de sua irmã, abrandou-se e acres­centou: — Muito bem. Ela pode nos acompanhar.
— E Clive? — Flame perguntou virando-se para o primo que fora morar com eles em Kinloch Home depois da morte do pai, Thurman. — Ele não foi convidado? Afinal, Dillon, você disse que Clive lutou corajosamente a seu lado.
— E lutou. — Dillon encarou o primo. — Você gostaria de ir às festividades em Edimburgo, Clive?
O rapaz sacudiu a cabeça, dizendo:
— Não. Como meu pai, prefiro a vida simples das montanhas.
— Está louco?! 


Série Irmãs McAlpin
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2 - Uma Rebelde na Corte
3 - Prisioneira do Esquecimento
4 - Coração Highland
5 - Guerreiro Amante
6 - O Inimigo
Série Concluída

20 de agosto de 2009

A Prisioneira do Castelo

Série Irmãs McAlpin

Morte e decepção...

Meredith MacAlpin, nobre escocesa, é raptada no altar pelo infame Bárbaro das Terras Altas, Brice Campbell, e levada para sua fortaleza nas Terras Altas. Há rumores de que é ele que matou o povo dela em uma série de ataques.
Brice Campbell está desesperado para provar sua inocência e trazer paz ao seu povo, mas quando ele mata o homem errado, seu inimigo promete vingança.

Podem os inimigos se tornar amantes? O amor é forte o suficiente para desafiar até mesmo a morte?


Capítulo Um

Escócia 1561

A fila de pessoas se estendia até onde alcançava a vista.
Os homens, mulheres e crianças do clã MacAlpin esperaram pacientemente para oferecer seus respeitos a seu latifundiário morto,
Alastair MacAlpin.

Vestidos com roupas e objetos singelos de camponês de lã áspera, suas calosa mãos de uma vida de dura de trabalho que tinham, deixaram seus campos, rebanhos e andaram com passo pesado as milhas para a casa de seu chefe.
Meredith de dezessete anos de idade, a filha mais velha,estava sentada ao lado de seu corpo para saudar as pessoas.
Seu cabelo escuro grosso, cor de mogno, tinha sido escovado em ondas sedosas que caiam sob sua cintura. Seus olhos verdes que ocasionalmente nublavam de lágrimas que eram rapidamente piscadas e banidas.
Ao lado dela sentados, os menores Brenna, de dezesseis anos de idade, com cabelo a cor da asa de um corvo e olhos que rivalizaram com o urze que florescia na colina e Megan de quatorze anos de idade, de cabelo cor de cobre e os olhos salpicados em ouro que deram a ela um brilho aceso que envergonhava até o sol.
Embora fosse a natureza de Brenna ser serena no olho da tempestade, era a primeira vez que Meredith tinha a visto tão comprenetrada.
Um por uma as pessoas paravam para lhes prestar condolências e empenhar sua lealdade a Meredith, a nova chefe do clã.
"Você teve a um bom professor, moça- O velho mal-humorado, Duncan MacAlpin, passou um pano sobre uma lágrima do canto de seu olho e colocou uma mão ossuda no ombro da garota.
- Você aprendeu suas lições adequadamente. Você deixará MacAlpin orgulhoso
- Obrigado, Duncan - Meredith se fortaleceu contra a dor.
Não haveria desmonstração pública de debilidade.
O que as pessoas, e especialmente suas irmãs menores, precisavam ver agora era força, dignidade, esperança. Mais tarde, quando ela estivesse sozinha com sua dor, ela cederia à vontade entristecedora de chorar.
O som de cascos de cavalos espantaram as galinhas .
A porta da casa foi aberta para dar entrada a Gareth MacKenzie e uma dúzia de seus homens. A terra MacKenzie era vizinha à terra MacAlpin ao norte, então se estendia as milhas até que encontrasse ao rio Tweed .
- Minhas condolências. Lady Meredith - Gareth MacKenzie dobrou ponto baixo sobre sua mão, logo começou a estudar a forma quieta de MacAlpin.
- Você sabe, claro, quem assassinou a seu pai?
- Sim. Os covardes. Os salteadores que se escodiam na escuridão e atrás de máscaras. Duncan aqui disse que haviam mais de uma dúzia.
-Você os viu? - Gareth cravou um olhar penetrante no velho cabisbaixo.
-Trazia Mary de volta de um parto na fazenda de nosso sobrinho. Quando percebi o que ocorria, eles fugiram. E MacAlpin estava empapado em seu sangue. - O velho conteve um soluço antes de acrescentar- Mary e eu lhe trouxemos aqui em nossa carroça.
Mas até os medicamentos de Mary não lhe puderam salvar.
- Conseguiu dar uma boa olhada no cavalo deles"? - Gareth dê polegadas sobrevoadas por cima de sua espada, e Meredith foi meio doido pela veemência em seu tom.
Embora suas terras tinham estado ligadas por gerações, ela nunca antes tinha sido testemunha da preocupação de Gareth com o bem estar de seu pai.
- Não - A voz do velho se interrompeu.-Estava muito escuro, e meus olhos ficam escuros. Mas minhas mãos são ainda fortes o suficiente para esgrimir um sabre com o melhor deles. Alguns poucos minutos mais e MacAlpin ainda estaria vivo - ele tocou uma mão no ombro de Meredith e adicionou brandamente
- Eu teria morrido ao lado dele onde sempre estive.
- Não insista nisso, Duncan - Meredith se levantou e abraçou o homem que tinha sido o braço direito de seu pai desde que eram jovens.
- Você e Mary fizeram tudo o que podiam


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Série Concluída

Uma Rebelde na Corte

Série Irmãs McAlpin
Sem deixar transparecer seu desespero, Brenna MacAlpin via as campinas verdejantes de sua terra irem ficando para trás.

Por ordem de Elizabeth, rainha dos ingleses, havia sido arrancada de seu castelo na Escócia para que se cumprisse uma "missão de paz".
E casando-a à força com um nobre inglês achavam possível aplacar os conflitos entre os dois países?
Seguramente não conheciam seu povo, nem a ela!
As lendas que Brenna ouvira sobre Morgan Grey, o Bárbaro da Corte, não a intimidavam. Ela era uma MacAlpin, chefe de um clã, e não seria subjugada pela violência. Morgan logo conheceria a força de sua "convidada" escocesa, capaz de afrontar a ele e a própria rainha!

Capítulo Um

Escócia, 1562


Uma nuvem acinzentada cobria o céu.
O silêncio súbito, inusual para uma tarde tranqüila de verão, alertou Brenna para o perigo iminente.
Os pássaros desapareceram entre as árvores, silenciando seu canto, e até os insetos se imobilizaram, interrompendo o zumbido e o murmúrio monótono das asas enquanto revoavam em torno das flores.
Brenna MacAlpin, a bela jovem de dezessete anos, tirou a adaga da faixa na cintura, cochichando para sua irmã:
— Volte para o castelo. Agora.
Embora Megan sempre se rebelasse quando lhe impunham ordens, dessa vez reconheceu o perigo na inflexão de voz da irmã. Não havia tempo para discutir e, sem fazer perguntas, obedeceu.
Em poucos minutos, uma multidão de soldados a cavalo fervilhava sobre o topo da colina, a luz do sol refletindo brilhos metálicos de prata polida e adereços de ouro. O estandarte desfraldado ao vento ostentava o escudo do temível soldado inglês conhecido como o Bárbaro da Corte, Morgan Grey.
O cavaleiro montado no corcel negro como o ébano vestia traje preto da cabeça aos pés. Os ombros largos esticavam as costuras da túnica reluzente de pele de zibelina, realçando o corpo magro enrijecido pelos anos de batalha.
Os cabelos castanhos caíam sobre a testa, emoldurando os olhos escuros, impenetráveis.
Num relance, ela percebeu todos os detalhes, porém sua atenção se concentrava na ponta da espada ameaçadora, apoiada na altura do seu coração.
— Deus do céu, Brenna, corra, depressa! Estamos cercadas!
— gritava Megan por sobre o ombro. Brenna MacAlpin tinha consciência da carreira desenfreada de sua irmã em direção ao abrigo do castelo, porém ela não conseguia se mover, paralisada.
Não sentia medo por si mesma, já que passara toda sua vida entre a guerra e a morte. Preocupava-a a segurança de Megan, preferia morrer antes de permitir que fizessem algum mal à menina de quinze anos.
Fechando os olhos por um instante, desejou que a pequena e valente irmã conseguisse se refugiar por trás dos muros da fortaleza.
A voz do recém-chegado, baixa e ameaçadora, ressoou na paisagem.
— Não tenho intenção de machucá-la, porém, se não soltar a adaga, me verei forçado a tirá-la de sua mão. — Sim, eu sei — respondeu Brenna, de forma quase inaudível, enquanto a faca deslizava por entre os dedos, caindo no chão.
— É a maneira típica dos ingleses.
A fúria contida na resposta deixou o intruso perplexo.
Ao ver a silhueta da irmã esgueirando-se entre as sombrias paredes de pedra, Brenna suspirou aliviada. Podia enfrentar a morte agora. Sua irmã estava a salvo.Levantando a cabeça para encontrar o olhar do forasteiro, disse com altivez:
— Pode completar sua façanha. Não tenho medo do senhor, nem da morte e da destruição que carrega consigo.
O cavaleiro olhava do alto de sua cavalgadura, o rosto encantador, a mais fascinante entre todas as mulheres que conhecia. A testa lisa, sem marcas de expressão, os traços perfeitos, destacando-se o pequeno nariz arrebitado e os lábios apertados numa reação de raiva.Grandes ondas de cabelos caíam pelas costas ultrapassando a linha da cintura fina, os seios arfando com o ritmo da respiração entrecortada.
No entanto, foram os olhos que lhe chamaram a atenção, olhos cor de violeta que brilhavam, não de medo, mas de orgulho, de arrogante desafio.



Série Irmãs McAlpin
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Prisioneira Do Esquecimento

Série Irmãs McAlpin
A heróica saga dos MacAlpin continua com esta enternecedora história de amor.

Quem seria Megan, afinal? 

Teria cometido algo odioso ou sofrido uma dor tão profunda para que a mente entorpecesse e se recusasse a abrir uma luz sobre o passado?
Prisioneira do esquecimento, ela sabia apenas que era escocesa e amava Kieran O’Mara,o guerreiro irlandês que a havia salvado da morte.
E agora ela o acompanhava em sua fuga alucinante da prisão Fleet, para longe da Escócia e de qualquer pista que a fizesse recobrar a memória.
O desespero de ver-se sem nome ou passado foi substituído por medo de se assaltada por lembranças indesejadas. Ela poderia possuir uma personalidade diferente daquela que conquistara corajoso e destemido Kieran O’Mara.
Talvez fosse sua inimiga ou até mesmo uma mulher casada!

Prólogo

Inglaterra Prisão Fleet, 1566


Os prisioneiros olharam apreensivos para as portas gradeadas das celas, quando o som de passos pesados ecoou pelo corredor. 
Sabiam o que significavam aqueles passeios noturnos dos carcereiros: espancamentos. Sempre havia menos testemunhas nas horas solitárias da noite.
Os passos pararam diante da cela dos irmãos O’Mara, que se entreolharam antes de enfrentar a ira do carcereiro.
Dois guardas ficaram no corredor, enquanto o terceiro homem, empunhando um chicote, destrancou a porta de ferro e entrou na cela. Os ratos, companheiros inevitáveis dos presos, correram assustados, fugindo da luz que se derramou no ambiente escuro.
O carcereiro parou, fincando as mãos nos quadris e encarando os irmãos com um sorriso cruel, antecipando o prazer sádico.
À claridade da tocha presa na parede do corredor, o rosto maldoso assumiu a aparência de máscara diabólica.
— Quem será o primeiro? — perguntou em tom falsamente manso.
O mais alto dos prisioneiros colocou-se diante do irmão ainda muito jovem.
— Não, Kieran — protestou o rapaz, empurrando o corpo que o protegia. — Ele vai dilacerá-lo outra vez.
— Se for homem para isso — desafiou Kieran O'Mara, inconscientemente apalpando os vergões do peito e rezando para que o algoz gastasse bastante energia espancando-o, antes de torturar seu irmão. — O que duvido.
— Afasta-se do fedelho! — berrou o carcereiro.
— Conheço seus truques! Já apanhou no lugar dele quatro noites seguidas. Agora é a vez dele!
O homem ergueu o chicote e arregalou os olhos, atônito, quando Kieran segurou-o pelo pulso com força insuspeitada num homem que deveria estar enfraquecido pela má alimentação e constantes espancamentos.
— Tem a audácia de me enfrentar? — gritou.
— Guardas! Segurem o maldito!
No mesmo instante os soldados entraram na cela e atiraram-se sobre Kieran, jogando-o no chão. O carcereiro deu uma risada escarnecedora.
— Vou fazer uma revelação, Kieran O'Mara. Recebemos ordens de não deixar que você e seu irmão saiam vivos de Fleet. — Tornou a rir. — O melhor de tudo, porém, é que você foi traído por alguém que diz ser seu amigo. Quem tem amigos assim, não precisa de inimigos.
O homem parou de falar, cerrando os lábios num trejeito de desprezo.
— E não precisa se preocupar com sua adorável mãe — continuou.
— Cuidaremos bem dela, desde que meu senhor fique satisfeito com seus serviços. Espero que você entenda o que quero dizer.
Com uma gargalhada odiosa, virou-se para o preso mais jovem e espancou-o duramente, fazendo o chicote estalar a cada golpe.
Kieran foi dominado por tamanha fúria que os dois guardas robustos não conseguiram segurá-lo. Livrou-se das mãos grosseiras e, pegando os dois homens pelo pescoço, bateu uma cabeça contra a outra, com tanta força que ambos se estatelaram no chão, desacordados. Então, com um grito de ódio, enlaçou o pescoço do carcereiro com o braço musculoso.
— Diga quem me traiu! — sibilou no ouvido do homem.
O carcereiro, mesmo estrebuchando, quase sufocado, ainda sorriu de modo zombeteiro, mas manteve-se calado.
— Diga o nome do traidor! — exigiu Kieran. — Diga, ou juro que o mato!
O homem resmungou, mas recusou-se a falar. A raiva já embotava o raciocínio de Kieran e ele apertou ainda mais o pescoço do carcereiro.
— Então leve seu segredo nojento para o túmulo! Ele clamou, quebrando o pescoço do homem.


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1 de fevereiro de 2009

Guerreiro Amante

Série Irmãs McAlpin
Raptada! 

Escócia, 1292

Arrancada à força de seu castelo, Leonora Waltham precisava de muita determinação para resistir ao fascínio de seu raptor. Porque embora o julgasse um selvagem escocês, inimigo dos ingleses.

Dillon Campbell era um homem destemido e diabolicamente atraente...

Lady Leonora era a garantia de que os irmãos de Dillon seriam libertados da prisão na Inglaterra. 
Mas a belíssima refém provou ser uma mulher com um encanto capaz de vencer as defesas do mais valente guerreiro.  E de derrubar as muralhas que protegiam o coração de seu captor!

Prólogo 

Terras Altas Escocesas, 1281

Ingleses! 
Guerreiros ingleses estão nos atacando! 
O grito de alerta veio romper a tranqüilidade daquela tarde de verão no verdejante prado escocês. 
Rapidamente, os homens do clã trataram de pegar suas armas. 
As mulheres, até então entretidas em animada tagarelice, correram para proteger as crianças que brincavam descuidadas no meio do capinzal. 
Soltando seu brado de guerra, o líder do clã pulou para o cavalo e investiu de espada em riste contra o inimigo. De repente, atingida por um punhal certeiro, sua montaria desabou por terra. 
Antes que o cavaleiro conseguisse se levantar, dois dos ingleses o cercaram, esmigalhando-lhe o crânio com golpes de macete.
Uma mulher gritou, desesperada e correu para o lado dele, mas teve sua voz silenciada para sempre. 
A jovem que fora em seu auxílio viu-se cercada por vários homens com expressões entre lascivas e sanguinárias. 
Por um bom tempo, o prado até então pacifico e sonolento foi palco de um combate desigual e feroz. 
No ar, ressoavam o fragor das espadas ao atingirem os escudos e armaduras, bem como gritos de pânico e gemidos de agonia. 
Quando o sol começou a tingir-se de escarlate, a relva do prado já se colorira do vermelho do sangue daquela gente. 
Homens, mulheres, crianças, até mesmo bebês tinham sido eliminados sem piedade. 
Embriagados pelo sucesso do ataque traiçoeiro e covarde, os ingleses haviam finalmente se retirado, de volta para suas terras. 
Um silêncio profundo descera sobre o cenário da carnificina quando um velho frade saiu do bosque vizinho. Caminhando devagar por entre os mortos, começou a ministrar-lhes a extrema-unção. 
De repente, teve a impressão de ver alguma coisa movendo-se a seu lado. 
Voltando-se, deparou com o corpo sem vida de um garoto de cerca de doze anos e sacudiu a cabeça, penalizado. 
De certo, o movimento fora provocado pela brisa soprando as vestes do menino. 
Ninguém poderia ter sobrevivido a tão terrível massacre. Para sua surpresa, um gemido de dor escapou naquele instante dos lábios do rapazinho. 
 Sem hesitar, o frade avançou e, ajoelhando-se, colocou a mão no ombro dele. 
Erguendo com esforço a cabeça, o garoto encarou-o com olhos enevoados pela dor. 
O rosto, coberto de sangue, fora cortado da têmpora ao queixo por um golpe de espada. 
Deus seja louvado! — exclamou o monge. — Você está vivo! Calma, calma — continuou, pressionando um grande lenço de linho contra o ferimento. — Isto vai estancar o sangue, meu filho.

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