Trilogia Medieval Guerreiros
Inglaterra, 1075
A luta por um amor...
Tristan D'Argent retorna da batalha para reivindicar a fortaleza que lhe foi concedida pelo rei, apenas para encontrar suas terras sob o controle implacável de um rival traiçoeiro. Um homem que o prenderá a um noivado com sua enteada. Resoluto a tomar posse do que é seu por direito, Tristan se prepara para recorrer a todos os meios necessários para não ter de se casar com uma mulher a quem não ama. Porém, o destino o confronta com o belo rosto da jovem que povoa seus sonhos: Haith, a meia-irmã da noiva que lhe foi impingida.Haith nunca imaginou ver em carne e osso o homem de suas visões, muito menos que ele seria seu maior tormento. Encurralada na traição dos sórdidos inimigos, nem a determinação de Tristan, nem as ternas promessas podem mitigar seu temor de que o destino de ambos não tem como cumprir seu papel... Numa época em que o poder dos homens é regido pela vingança o guerreiro que luta por amor corre o maior de todos os riscos...
PRÓLOGO
Outubro de 1066,
Mansão de Seacrest, Inglaterra— O lorde está morto, milady. A Inglaterra caiu.
O soldado ajoelhou-se diante de Ellora, senhora de Seacrest, exausto. Os elos da cota de malha estavam emplastrados de lama seca, e ele recendia horrivelmente a sujeira e suor.
— Lorde James está morto? — ela indagou, incrédula.
O soldado assentiu, ainda de joelhos.
— Como sabe disso? Olhe para mim!
Ele ergueu a cabeça, e Ellora viu o motivo que o levara a evitar seu olhar: um ferimento cortava-lhe o lado esquerdo do rosto. O olho havia sumido, e um pedaço rasgado da pálpebra cobria a órbita vazia. Os lábios lívidos se retorceram, em agonia, quando o soldado continuou:
— Fui o primeiro a estar ao lado do lorde quando ele caiu. Seu corpo está sendo trazido para a fortaleza.
Ellora olhou para o portal de madeira, ainda entreaberto. Já se ouvia um burburinho crescente no pátio, gritos e lamentos dos servos da vila. Um ruído de passos ecoou por trás dela, quando os criados da fortaleza deixavam correndo os outros aposentos. Muitos tinham visto a aproximação do soldado a anunciar o retorno dos homens do Seacrest e estavam ansiosos por notícias dos seres amados.
Ellora passou pelo soldado e rumou para o portal. Parecia em transe. Além da paliçada, os aldeões se aglomeravam pela colina, em direção ao grupo de cerca de quinze homens que se aproximava. Quinze, de quase duas centenas que haviam partido ao lado do rei Harold. Quinze homens, a maioria manca e tropeçando outeiro acima. Os camponeses e servos mais rápidos logo os alcançaram, e Ellora viu mulheres aflitas correrem de homem a homem, a agarrar-lhes os braços, a fitar-lhes os rostos, em busca dos entes queridos.
A senhora saiu ao encontro dos recém-chegados.
Sou uma viúva, meu marido está morto. Com os olhos secos e a postura ereta, seus passos lentos seguiam o refrão mortal que ecoava em sua mente: morto, morto, morto.
Os soldados que conduziam a padiola arrastaram a maça até que descansasse aos pés da senhora da fortaleza. Aqueles que podiam se ajoelharam.
— Milady — o mais forte deles murmurou. Era Barrett, bem conhecido em Seacrest e de lady Ellora como amigo e braço direito do marido. — Ele lutou muito bem até o final. Foi uma flecha que achou o alvo entre as costelas. Ele não sofreu.
Ela ficou ali, paralisada, com os olhos fixos no volume embrulhado num pano marrom a preencher todos os seus sentidos. Só o contorno do corpo de lorde James podia ser adivinhado, a não ser pela mão estriada de sujeira que escapara da padiola e jazia de palma para cima na terra barrenta.
Os soldados recuaram até uma distância respeitosa. Menos Barrett. Avesso à idéia de sair do lado de seu senhor mesmo na morte, desviou o olhar até um ponto distante, para permitir à senhora um momento de privacidade. Era como se ainda estivesse em guarda contra o inimigo.
Ellora ajoelhou-se ao lado da maça e, num gesto hesitante, pegou a mão pendente do marido. Estava fria e pesada, os dedos rígidos, e ela a acariciou, embalando-a. O pátio caiu num silêncio incomum, quebrado apenas pelos sons abafados de gemidos e soluços. Uma brisa repentina varreu o outeiro, erguendo-lhe o véu dos cabelos; nesse momento Ellora levou a mão de lorde James até o peito e ergueu o rosto ao vento. Uma única lágrima escorreu por sua face, a trilha quente foi logo apagada pelo ar gelado.
Barrett aproximou-se.
— Minha senhora?
Ela cravou os olhos no braço pendente do marido, onde se via uma tira em torno da manga da camisa.
— Minha senhora — Barrett indagou outra vez — , podemos levá-lo para o salão? Uma fita, Ellora pensou, e tocou, hesitante, a faixa de um azul celeste. Correu um dedo pela borda e desatou-a, revelando uma tira de seda manchada de lama, bordada com a letra C numa linha da mesma tonalidade.
Trilogia Medieval Guerreiros
1 - Guerreiro Amante
2 - Não Conte a Ninguém
3 - A Maldição de Conall
Trilogia Concluída
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17 de abril de 2009
1 de fevereiro de 2009
Guerreiro Amante
Série Irmãs McAlpin
Escócia, 1292
Arrancada à força de seu castelo, Leonora Waltham precisava de muita determinação para resistir ao fascínio de seu raptor. Porque embora o julgasse um selvagem escocês, inimigo dos ingleses.
Dillon Campbell era um homem destemido e diabolicamente atraente...
Lady Leonora era a garantia de que os irmãos de Dillon seriam libertados da prisão na Inglaterra.
Mas a belíssima refém provou ser uma mulher com um encanto capaz de vencer as defesas do mais valente guerreiro. E de derrubar as muralhas que protegiam o coração de seu captor!
Prólogo
Terras Altas Escocesas, 1281
Ingleses!
Guerreiros ingleses estão nos atacando!
O grito de alerta veio romper a tranqüilidade daquela tarde de verão no verdejante prado escocês.
Rapidamente, os homens do clã trataram de pegar suas armas.
As mulheres, até então entretidas em animada tagarelice, correram para proteger as crianças que brincavam descuidadas no meio do capinzal.
Soltando seu brado de guerra, o líder do clã pulou para o cavalo e investiu de espada em riste contra o inimigo. De repente, atingida por um punhal certeiro, sua montaria desabou por terra.
Antes que o cavaleiro conseguisse se levantar, dois dos ingleses o cercaram, esmigalhando-lhe o crânio com golpes de macete.
Uma mulher gritou, desesperada e correu para o lado dele, mas teve sua voz silenciada para sempre.
A jovem que fora em seu auxílio viu-se cercada por vários homens com expressões entre lascivas e sanguinárias.
Por um bom tempo, o prado até então pacifico e sonolento foi palco de um combate desigual e feroz.
No ar, ressoavam o fragor das espadas ao atingirem os escudos e armaduras, bem como gritos de pânico e gemidos de agonia.
Quando o sol começou a tingir-se de escarlate, a relva do prado já se colorira do vermelho do sangue daquela gente.
Homens, mulheres, crianças, até mesmo bebês tinham sido eliminados sem piedade.
Embriagados pelo sucesso do ataque traiçoeiro e covarde, os ingleses haviam finalmente se retirado, de volta para suas terras.
Um silêncio profundo descera sobre o cenário da carnificina quando um velho frade saiu do bosque vizinho. Caminhando devagar por entre os mortos, começou a ministrar-lhes a extrema-unção.
De repente, teve a impressão de ver alguma coisa movendo-se a seu lado.
Voltando-se, deparou com o corpo sem vida de um garoto de cerca de doze anos e sacudiu a cabeça, penalizado.
De certo, o movimento fora provocado pela brisa soprando as vestes do menino.
Ninguém poderia ter sobrevivido a tão terrível massacre. Para sua surpresa, um gemido de dor escapou naquele instante dos lábios do rapazinho.
Sem hesitar, o frade avançou e, ajoelhando-se, colocou a mão no ombro dele.
Erguendo com esforço a cabeça, o garoto encarou-o com olhos enevoados pela dor.
O rosto, coberto de sangue, fora cortado da têmpora ao queixo por um golpe de espada.
Deus seja louvado! — exclamou o monge. — Você está vivo! Calma, calma — continuou, pressionando um grande lenço de linho contra o ferimento. — Isto vai estancar o sangue, meu filho.
Série Irmãs McAlpin
1 - A Prisioneira do Castelo
2 - Uma Rebelde na Corte
3 - Prisioneira do Esquecimento
4 - Coração Highland
5 - Guerreiro Amante - O Higlander
6 - O Inimigo
Série Concluída
Escócia, 1292
Arrancada à força de seu castelo, Leonora Waltham precisava de muita determinação para resistir ao fascínio de seu raptor. Porque embora o julgasse um selvagem escocês, inimigo dos ingleses.
Dillon Campbell era um homem destemido e diabolicamente atraente...
Lady Leonora era a garantia de que os irmãos de Dillon seriam libertados da prisão na Inglaterra.
Mas a belíssima refém provou ser uma mulher com um encanto capaz de vencer as defesas do mais valente guerreiro. E de derrubar as muralhas que protegiam o coração de seu captor!
Prólogo
Terras Altas Escocesas, 1281
Ingleses!
Guerreiros ingleses estão nos atacando!
O grito de alerta veio romper a tranqüilidade daquela tarde de verão no verdejante prado escocês.
Rapidamente, os homens do clã trataram de pegar suas armas.
As mulheres, até então entretidas em animada tagarelice, correram para proteger as crianças que brincavam descuidadas no meio do capinzal.
Soltando seu brado de guerra, o líder do clã pulou para o cavalo e investiu de espada em riste contra o inimigo. De repente, atingida por um punhal certeiro, sua montaria desabou por terra.
Antes que o cavaleiro conseguisse se levantar, dois dos ingleses o cercaram, esmigalhando-lhe o crânio com golpes de macete.
Uma mulher gritou, desesperada e correu para o lado dele, mas teve sua voz silenciada para sempre.
A jovem que fora em seu auxílio viu-se cercada por vários homens com expressões entre lascivas e sanguinárias.
Por um bom tempo, o prado até então pacifico e sonolento foi palco de um combate desigual e feroz.
No ar, ressoavam o fragor das espadas ao atingirem os escudos e armaduras, bem como gritos de pânico e gemidos de agonia.
Quando o sol começou a tingir-se de escarlate, a relva do prado já se colorira do vermelho do sangue daquela gente.
Homens, mulheres, crianças, até mesmo bebês tinham sido eliminados sem piedade.
Embriagados pelo sucesso do ataque traiçoeiro e covarde, os ingleses haviam finalmente se retirado, de volta para suas terras.
Um silêncio profundo descera sobre o cenário da carnificina quando um velho frade saiu do bosque vizinho. Caminhando devagar por entre os mortos, começou a ministrar-lhes a extrema-unção.
De repente, teve a impressão de ver alguma coisa movendo-se a seu lado.
Voltando-se, deparou com o corpo sem vida de um garoto de cerca de doze anos e sacudiu a cabeça, penalizado.
De certo, o movimento fora provocado pela brisa soprando as vestes do menino.
Ninguém poderia ter sobrevivido a tão terrível massacre. Para sua surpresa, um gemido de dor escapou naquele instante dos lábios do rapazinho.
Sem hesitar, o frade avançou e, ajoelhando-se, colocou a mão no ombro dele.
Erguendo com esforço a cabeça, o garoto encarou-o com olhos enevoados pela dor.
O rosto, coberto de sangue, fora cortado da têmpora ao queixo por um golpe de espada.
Deus seja louvado! — exclamou o monge. — Você está vivo! Calma, calma — continuou, pressionando um grande lenço de linho contra o ferimento. — Isto vai estancar o sangue, meu filho.
Série Irmãs McAlpin
1 - A Prisioneira do Castelo
2 - Uma Rebelde na Corte
3 - Prisioneira do Esquecimento
4 - Coração Highland
5 - Guerreiro Amante - O Higlander
6 - O Inimigo
Série Concluída
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