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24 de novembro de 2013

Questão De Inocência

Série Irmãs Shelley
Ela fugiu de um bordel... e parou na cama de um libertino!

A tímida Celina Shelley pensava que sua vida estaria resolvida se abandonasse o lar de seu rigoroso pai e buscasse refúgio ria casa de uma tia distante.
Para sua surpresa, ela descobriu que sua salvadora era dona de um bordel de elite!
Ao buscar abrigo na casa de um dos protetores de sua tia, em vez de um senhor de idade encontrou Quinn Ashley, também conhecido como Lorde Dreycott, um homem de porte elegante e olhos faiscantes de desejo pela bela Celina...
Afinal, nada mais tentador do que uma mulher que se vestia como uma freira, falava como um anjo, porém flertava como uma tentadora cortesã!

Capítulo Um

Dreycott Park, litoral norte de Norfolk 24 de abril de 1815
— Ele está chegando!
Johnny, o menino que cuidava das botas e calçados de todos os moradores da mansão, entrou correndo pela porta da frente, a camisa meio fora da calça, o rosto vermelho pela corrida desde, seu posto de observação no gazebo no alto da Flagstaff Hill. Subia para lá todos os dias e ficava o dia inteiro, desde que havia chegado a mensagem de que o herdeiro do falecido lorde Dreycott saíra de Londres e estava á caminho de casa.
Lina desistiu de fingir que costurava na sala de estar e foi para o hall. Trimble, o mordomo, estalava os dedos e mandava os lacaios reunirem os demais empregados da casa no hall. 
Lina não conseguira fazer nada com tranqüilidade desde o funeral de lorde Dreycott, quatro dias antes. Quando fugira da casa de sir Humphrey Tolhurst, aterrorizada, desesperada e procurada pela polícia, a tia a mandara para a mansão rural de um velho amigo... e para a segurança, acreditara Clara. Mas agora seu idoso protetor estava morto.
Lina alisou as saias do vestido negro e tentou manter a compostura. Aquilo era o fim de seu santuário, depois de apenas sete semanas de tranqüilidade. 
Desde que fugira de Londres com uma recompensa por sua captura, acusada de um roubo que não praticara. O herdeiro estava a caminho para reclamar o que era dele e, sem dúvida, para expulsar hóspedes indesejáveis de sua casa... e, então, o que seria dela?
— Onde estão as carruagens? Quantas são? — perguntou o mordomo ao garoto.
— Nenhuma carruagem, sr. Trimble, senhor. Apenas dois cavaleiros e um cavalo de carga. Eu os vi passar pelo portão da estrada de Cromer em passo lento, os animais parecem cansados. Ainda devem demorar um pouco para chegar.
— Mesmo assim, apressem-se.
Depressa, faça as malas, pegue este dinheiro e fuja. O elegante hall quadrado de entrada da mansão desapareceu e se transformou num quarto de dormir. Tia Clara, os lábios brancos, o rosto devastado depois de uma semana de doença, ergueu-se com dificuldade sobre os travesseiros depois que Lina, soluçando, lhe contou sua história.
— Ele não a tocou? — sussurrara com urgência, e as duas olharam para a porta fechada. O brutamoijtes contratado por Makepeace poderia voltar a qualquer momento. — Juro que farei Makepeace pagar por isso.
— Não, Tolhurst não me tocou. — O alívio ainda era avassalador, o único fato positivo em todo aquele pesadelo. — Ele me mandou tirar a roupa enquanto olhava, então se despiu. — Precisou de um momento para afastar da mente a imagem repugnante do corpo gordo de meia-idade, a pele manchada, aquela coisa que se erguia, meio mole, sob o ventre avantajado de Tolhurst. — Então ele começou a estender a mão para mim... E arquejou, os olhos esbugalharam, o rosto ficou vermelho e ele caiu. Assim, toquei a campainha para pedir ajuda, vesti a roupa e...
— Ele estava morto? Tem certeza?
— Oh, sim. — Lina não conseguira se obrigar a tocá-lo, mas soube. Os olhos azuis protuberantes estavam fixos nela, ainda ávidos de luxúria até se tornarem opacos. Observara-o com horror enquanto se vestia rapidamente, atrapalhada com fitas e ligas. — Todos entraram então... o valete, o mordomo, o filho mais novo, Reginald Tolhurst. O sr. Tolhurst se ajoelhou ao lado do pai e tentou encontrar o pulso... depois mandou o valete buscar o médico e disse ao mordomo para me trancar na biblioteca. Disse que o anel de safira do pai havia desaparecido.
— A safira Tolhurst? Meu Deus! — A tia olhara atônita para ela.
— Ele não a estava usando quando você... ?
— Não sei!

Série Irmãs Shelley
1 - Questão de Prática
2 - Questão de Ternura
3 - Questão de Desejo
4 - Questão de Inocência
Série Concluída

30 de setembro de 2013

Questão De Desejo

Série Irmãs Shelley
De certinha e respeitada... a seduzida pelo Visconde! 

Seduzida, abandonada e grávida, Arabella Shelley está certa de que o pai de seu bebê irá ampará-los. 
Horrorizada ao descobrir que ele morreu, ela se choca ainda mais com a exigência do irmão dele, o belo e misterioso Visconde Hadleigh. 
Para que o filho que carrega na barriga seja reconhecido, ela deve se casar com ele! 
Bella sofre para aprender a lidar com seu novo e luxuoso estilo de vida, e com o alarmante desejo por seu marido desconhecido. 
Será que ela encontrará um amor tão intenso quanto a paixão que os une no leito matrimonial?

Capítulo Um

23 de maio de 1814
Bella percorreu o longo caminho para carruagens sob a chuva fina, o que deu a ela muito mais tempo para pensar no que precisava. 
Rafe tem de me ouvir, disse a si mesma com energia. Pode ignorar minhas cartas, mas não pode se recusar a me ajudar, não quando conversarmos pessoalmente.
Fazia três meses que se deitara com ele no celeiro, numa cama de feno, e que sentira o coração dele bater sobre o seu. 
Agora, estava apavorada, com náuseas, o corpo cansado, irritada e amargurada, tanto consigo mesma como com ele. 
Acreditara nele. Estivera tão desesperada para ser amada, tão segura do que queria que, quando o amor parecera surgir bem diante dela e lhe estendera a mão, ela se deixara levar completamente pela atração de um libertino experiente e sem consciência. 
E agora estava grávida. Uma mulher decaída. Arruinada.
Não, por favor, rezou enquanto caminhava. Não permita que ele seja totalmente sem consciência. 
Por favor, que tudo fique bem. Oh, bebê, me perdoe. Estou tão envergonhada. 
E, a menos que ele me ajude, não sei o que fazer, não sei como cuidarei de você. Mas cuidarei. De qualquer maneira.
E estava exausta, pela gravidez, a viagem, o medo. Não encontrara Rafe em Londres; sua linda casa em Mayfair estava trancada e escura, sem a aldraba na porta, mas agora estava ali, na enorme propriedade que ele descrevera para ela, tonta com as imagens de sua vida lá como esposa dele. Sua viscondessa.
Perguntara no chalé do portão e lhe disseram que milorde estava em residência. 
Evocou sua imagem enquanto caminhava. Por alguns dias abençoados, ele a fizera brilhar de felicidade. 
Rafe Calne, o visconde de Hadleigh. Alto, bonito, cabelos castanhos, elegante, olhos azuis que haviam encontrado o caminho para seu coração e sua alma. Rafe Calne, seu amor e seu sedutor. 
Deixara-se envolver pelo amor e por seus braços com tanta facilidade, cada princípio de virtude e modéstia esquecido no turbilhão de emoções. 
Sonhara um conto de fadas, estivera desesperada por um conto de fadas e, quando ,se vira dentro de um, acreditara implicitamente nele. E agora era punida por ter sonhado.
Mulheres arruinadas como Bella deveriam se atirar no rio, levadas pela profundeza de sua vergonha. 
Andara até as margens do Tâmisa quando encontrara vazia a casa de Rafe em Londres. Observara a água escura, a correnteza forte. Mas não podia, não iria se desesperar.
Era a irmã sensata, lembrou a si mesma com amargura. Pensaria em alguma solução. 
Estava carregando um bebê, e nada, se pudesse evitar, poderia machucar aquele bebê. Não importava o que acontecesse a ela, não importava quanta crítica e desprezo receberia, o bebê precisava ser defendido, abrigado, cuidado.
Seus pés estavam molhados e frios. Rafe não mantinha seu caminho para carruagens em bom estado. 
Bella puxou o capuz um pouco mais sobre o rosto e balançou o pé que havia acabado de mergulhar num buraco cheio de água. Mas era um homem ocupado, havia lhe contado.
Sem dúvida os empregados da propriedade não receberam boa orientação e supervisão, como precisavam. Sem dúvida, Rafe estivera ocupado seduzindo outra inocente tola ou flertando com alguma grande dama.

Série Irmãs Shelley
1 - Questão de Prática
2 - Questão de Ternura
3 - Questão de Desejo
4 - Questão de Inocência
Série Concluída

30 de junho de 2013

Questão De Prática

Série Irmãs Shelley 
Da: Ala dos empregados. 
Para: O quarto do patrão. 

Meg fugiu para casar, e assim se livrou das regras rígidas de seu pai, um reverendo. 
Ao enviuvar, tudo o que ela mais desejava era voltar a viver com as irmãs. 
Porém, não dispunha de recursos para pagar uma passagem de navio. 
Ao encontrar o major Brandon inconsciente no porto de Bordeaux, aproveitou a chance para fingir ser sua esposa e embarcar com ele para a Inglaterra. 
Meg havia conseguido o que queria; porém precisava ser tão mandona? E irresistível também? 
O tempo passado em guerras pesava na alma de Brandon, de modo que ele não teria serventia como marido. 
Mas poderia aproveitar Meg como sua empregada! 
E, é claro, dar-lhe total acesso ao seu quarto de patrão... 

Capítulo Um 

20 de abril de 1814, Bordeaux
A brisa afunilada pelo estuário do rio Gironde, vinda do mar, era gelada, e Meg se encolheu no xale em tomo dos ombros. 

Havia muito tempo que não comia, e sua mala, onde guardara a pelissa, estava perdida em algum lugar no campo de batalha de Toulouse, numa carroça abandonada. 
Era por isto que tremia, não de medo.
Um grupo de pessoas se aproximava pelo cais, em direção ao navio, ancorado um pouco mais adiante e que iria para a Inglaterra. 
Ela endireitou os ombros e ergueu o queixo. 
Era importante que parecesse respeitável, competente e de modo algum necessitada.
Uma daquelas pessoas, certamente, gostaria de ter um par de mãos disposto a ajudar na viagem de volta em troca de uma passagem. 

Não parecia um plano muito bom, mas era o único que tinha agora.
Um cavalheiro alto de braços dados com uma dama, acompanhados por um valete, uma criada e uma enorme pilha de bagagem... certamente não teriam necessidade dela. 

Um homem de meia-idade, vestido mais modestamente, com uma valise na mão e um secretário ao lado. Um homem de negócios, sem dúvida.
Então mais bagagem. Os porteiros afastaram para o lado uma carroça carregada de bagagem, deixando à vista outro passageiro que se chocou com ela e a fez dar um passo para trás, com um medo supersticioso.
A Morte estava caminhando... não, mancando... pelo cais à luz brilhante do sol de primavera.
Pelo amor de Deus! Meg controlou os nervos. Era um ser humano de carne e osso, claro que era. 
Apenas um homem. Mas um homem muito másculo. Parecia dominar o cais até que ela não conseguiu olhar para mais nada a não ser ele.
Alto e com uma constituição forte, vestido com o uniforme verde-escuro da Rifle Brigade, tinha a cabeça descoberta, a espada no cinto. 
A faixa vermelha de oficial estava manchada e escura e, o que era incomum para um oficial, um rifle pendia de um dos ombros.
A perna esquerda da calça tinha sido cortada para dar espaço ao volumoso curativo bem acima do joelho e batia em tomo da bota preta e alta a cada passo que dava.
Os cabelos eram negros como as penas de um corvo, uma barba nascente escurecia sua mandíbula, e os olhos escuros, sob sobrancelhas pesadas, estavam entrecerrados para se proteger do sol enquanto ele observava o cais com a intensidade de um homem que esperava o fogo inimigo de um franco-atirador.
Seu escrutínio envolveu Meg. Ela se obrigou a devolver o olhar com indiferença e o deixou passar por ela. A experiência lhe ensinara a avaliar rapidamente os homens, um hábito, que não era mais um caso de vida ou morte e o qual talvez devesse abandonar. 
Não que jamais tivesse tido a necessidade de avaliar um homem que parecia tão perigoso.

Série Irmãs Shelley
1 - Questão de Prática
2 - Questão de Ternura
3 - Questão de Desejo
4 - Questão de Inocência
Série Concluída

Questão De Ternura

Série Irmãs Shelley 
A inocente Laurel Vernon passou a viver um terrível pesadelo ao ser seqüestrada e leiloada em um nos bordéis mais famosos de Londres. 

Apenas a lembrança do investigador Patrick Jago lhe dá forças pára suportar tamanha provação. 
Apesar de tê-lo conhecido por poucos dias, ele a fez se sentir protegida e apaixonada. 
Porém, quando Laurel vê Patrick entre os clientes do prostíbulo, fica sem saber se ele viera salvá-la ou apenas satisfazer desejos luxuriosos. 
Somente há uma certeza: Patrick irá arrrematá-la! 

Capítulo Um 

Templo de Vênus, King’s Place, St James’s, Londres, maio de 1814.
O relógio badalou, marcando a hora cheia. Onze horas. Laurel torceu as mãos unidas, sentindo as unhas se enterrarem em suas palmas. Iria acontecer agora.

 Era inevitável, mas ela não se renderia facilmente. Lutaria, e feriria qualquer homem nojento a quem fosse vendida, embora soubesse que aquilo não fosse ajudar em nada.
Desejou ter unhas mais longas. Desejou ter uma faca. E rezou para não chorar.
Laurel se forçou a ficar ereta, não iria se encolher como se fosse uma coisinha estúpida e medrosa. Estava aterrorizada, e admitia isso, mas não ia dar a eles a satisfação de demonstrar. 
Suas mãos tremiam e seu coração estava disparado, mas ela não era uma vítima sem vontade própria, ainda que sua concentração estivesse aos pedaços e que sua imaginação construísse um cenário apavorante atrás do outro. Ficou parada na antecâmara sombria, descalça em sua longa túnica de linho branco, os cabelos soltos e espalhados pelos ombros. 
Patrick, pensou ela, enquanto as duas jovens que a acompanhavam, maquiadas e vestidas em seda escarlate em contraste com o branco virginal, levavam-na pelos braços.
Como era possível que o nome de um homem que conhecera havia apenas alguns dias lhe desse forças? E ainda não conseguira tirá-lo da cabeça.
Patrick, repetia ela incansavelmente, enquanto atravessava uma porta e era levada até uma explosão súbita de barulho e calor, e sentia o cheiro de álcool e fumaça, perfume e comida.
Sua respiração estava entrecortada e seus joelhos tremiam, mas Laurel manteve a cabeça erguida. Patrick. Ele fora um sonho impossível desde o momento em que Laurel o vira pela primeira vez, no quarto da estalagem em Martinsdene. 
Tão alto, sério, um investigador particular, que viera da Cornualha com a missão de encontrar duas mulheres desaparecidas que haviam sido amigas dela um dia. 
Um homem que, sem perceber, a enfraquecera fazendo com que fosse invadida por um desejo que não compreendia.
Laurel passara três dias tentando ajudá-lo em sua busca por Lina e Bella Shelley, mas ele lhe dera a chave para o futuro com notícias sobre sua velha amiga, a irmã delas, Meg, que o contratara.
Enquanto se forçava a manter o queixo erguido e tentava convencer as pernas trêmulas a caminhar, ela se lembrou das ondas repletas de sentimentos que a percorreram ao encarar os olhos dele, naquela terceira tarde, quando ele se preparava para partir. 
Algo no olhar de Patrick falara ao âmago de seu ser, em uma linguagem da qual Laurel não estivera consciente antes. E então, ela percebeu que algo nele a atraíra desde o primeiro momento.
Patrick Jago era calmo, inteligente, e, por alguma alquimia incompreensível, fazia com que ela se sentisse ao mesmo tempo protegida e vulnerável. 
Quando os olhos dele se fixaram nos dela, aquele olhar lhe dissera que ele era um homem, ela era uma mulher, e aquilo era tudo que precisavam saber. 
Ele vai me beijar agora, pensara Laurel quando ele se aproximara. E nada acontecera. 
Talvez estivesse errada e ele não sentisse coisa alguma por ela. 
Talvez ele fosse cavalheiro de mais para se aproveitar de uma jovem inocente que compartilhava uma aventura com ele.
E então Laurel tivera o bom-senso de partir, de fugir, não dele, mas de sua própria fantasia tola de que ali estava o homem por quem esperara a vida inteira.
Porque só poderia tre sido isso... Uma fantasia.

Série Irmãs Shelley
1 - Questão de Prática
2 - Questão de Ternura
3 - Questão de Desejo
4 - Questão de Inocência
Série Concluída