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11 de maio de 2011

Encontro com o Destino

Série Saga das Profetisas
Segredos que mudariam uma vida...
Uma paixão que mudaria o destino!

Criada num convento, Claire de Foix foi secretamente treinada na arte da feitiçaria por um cavaleiro templário, em fuga da perseguição deflagrada pelo rei da França. 

Escolhida para fomentar uma rebelião contra o novo senhor da fortaleza francesa, Claire acreditava que seria fácil fazer Aimery di Segni render-se a seus encantos, mas sua inexperiência no amor a deixava despreparada para enfrentar o poder de sedução e a magia dos beijos de lorde Aimery...
Atraído pela bela noviça, Aimery levou-a para o castelo, pronto para uma fácil conquista. Foi ele, contudo, que se viu seduzido pela pureza e inteligência da jovem. E quando a verdadeira identidade de Claire foi revelada, enquanto um acirrado motim se formava aos portões do castelo, Aimery defrontou-se com a difícil escolha entre o dever e o desejo... entre um legado de vida e um amor que só podia ser seu destino!

Prólogo

Montsegur, 1314
A névoa se dissipou e Pedro de Bolonha avistou, enfim, seu objetivo, tão perto agora que se estendesse a mão e se esforçasse, teria a sensação de que poderia tocá-lo. Porém Montsegur sempre estivera assim, fora de seu alcance.
Mesmo àquela hora, a mais negra da noite, quando todos os bons e justos dormiam protegidos pelas muralhas da fortaleza, a grande cidade ainda parecia emanar energia e vigor, arrastando-o, impelindo-o para frente como se atraído por uma força superior.
Muro de pedras, igrejas de granito e o castelo no alto da colina, pairando sobre tudo, flutuando no ar.
Na calada da noite, Pedro, cavaleiro templário, monge guerreiro, sacerdote e, portanto, pouco inclinado a fantasias, por um momento perguntou-se se algum demônio não haveria cuspido Montsegur do inferno, já pronta e acabada.
Mas isso não tinha importância; o que importava era que a cidade estava ali, a poucos metros de distância.
A luz de Montsegur o guiara através de horrores inimagináveis.
Entretanto, bastara erguer os olhos e se deparar com as torres magníficas para esquecer o cansaço extremo, a grossa camada de sujeira que o cobria e até mesmo a criança que carregava no colo, embora ela não fosse o tipo que se permitisse ser esquecida facilmente.
Montsegur. Estava quase lá. Quase em casa.
A cidade-fortaleza brilhava como um diamante sob o luar.
Porém não como um diamante extraído da terra e lapidado pela mão do homem.
Não como os que vira adornando a cabeça da rainha e da princesa Isabel, a feiticeira, quando ele e seus pobres companheiros templários haviam sido levados diante do trono de Felipe, o Belo.
Não, o brilho de Montsegur era diferente. Puro e...
— Perfeito — ele murmurou, completando: — Logo esse brilho pertencerá a mim.
Porque a fortaleza lhe fora roubada e pretendia retomá-la.
Ansioso para cumprir seu destino, Pedro estremeceu. Assim como estremecera tantos anos atrás nos campos de batalha da Cidade Santa, quando ainda era jovem e puro como a terra em que pisara.
Uma coruja piou de repente, a névoa tornou a ficar espessa e Montsegur desapareceu dentro da escuridão.
O encanto se quebrou e Pedro de Bolonha, sentindo novamente o peso da idade, olhou ao redor, constatando que para chegar ao fim da viagem teria que enfrentar mais uma hora de subida íngreme e perigosa.
— Montsegur foi construída bem antes do tempo do conde Raymond Roger de Foix — disse o guia, um camponês de sotaque carregado a quem Pedro, italiano de nascimento, encontrava dificuldade para entender — embora o conde Raymond seja sempre lembrado como o mais notável defensor da cidade.
Então os diabólicos pagãos, os canalhas francos, se esgueiraram por esse mesmo caminho numa madrugada chuvosa e...


Série Saga das Profetisas
1 - Batalha de Corações
2 - Sob o Céu da Toscana
3 - Paixão e Intriga
4 - Encontro com o Destino
Série Concluída

Paixão e Intriga

Série Saga das Profetisas
Uma batalha entre a honra e o desejo!

Para provar seu mérito à aristocrática família do pai, Severin Hamoncourt alia forças ao duque de Borgonha no cerco ao Forte Mercier, um importante baluarte na batalha do duque para reivindicar o trono da França em nome de Henrique V da Inglaterra.
Severin, porém, logo se defronta com um poderoso desafio, na figura da bela viúva do conde de Mercier...
Alix Mercier está disposta a tudo para preservar o legado do marido, e seu próprio coração, tentando convencer-se de que sua atração por Severin é passageira.
Porém, encurralada entre uma rede de intrigas e as tropas de combate cada vez mais próximas do castelo, ela é obrigada a esmiuçar os perigosos segredos de sua herança. E a verdade que Alix descobre ameaçará não apenas o amor que conheceu nos braços de Severin... mas também a vida de ambos!

Capítulo Um


França e Itália, 1415

Alix sabia que o sonho representava uma realidade.
Não havia como negar que se tratava de um casal apaixonado.
Dentro da distância hipotética e pequena de sua quimera, era possível observar a beleza morena de ambos.
Era como se eles se houvessem amado desde o nascimento e aquele amor continuaria até o final de seus dias.
O homem passou com carinho o braço da mulher pelo seu e encarou-a com um sorriso suave, presenteando-a com uma bela flor do campo.
O amor transparecia, brilhante e eterno, no olhar deles.
Na verdade, Alix ouvira dizer que ele amara aquela mulher desde a infância.
Robert de Mercier, um dos mais poderosos nobres franceses, só pensava em dar a Solange tudo o que lhe pertencia.
Alix sentia a cintilação da paixão e o gosto da bílis.
Aquele amor não era um sonho e não desapareceria quando acordasse.
Depois de tantos anos, a paixão de Robert por Solange crescera ainda mais depois do nascimento do filho deles.
Qualquer mulher detectaria sinais daquele desvario, ainda mais uma que o amasse como Alix o amava.
Que precisasse tanto dele como Alix precisava.
E que sofresse demais ao ver Solange afastar uma pequena folha do casaco dele e acariciar-lhe uma madeixa de cabelos negros com gestos ternos de uma esposa.
Havia um detalhe importante.
Alix era a verdadeira esposa daquele homem.
O conde de Mercier só tivera um amor. E a ele entregara seu coração.
Solange, o amor de sua infância, a aventura de sua vida.


Série Saga das Profetisas
1 - Batalha de Corações
2 - Sob o Céu da Toscana
3 - Paixão e Intriga
4 - Encontro com o Destino
Série Concluída

19 de agosto de 2010

Sob o Céu da Toscana

Série Saga das Profetisas
Tua vida e teu amor... Para sempre!

Ao fugir de uma prisão no Oriente, Olivier Ducci Montaldo atende ao pedido da mulher que o ajudou a escapar, de levar a filha dela, Julia, de volta à Europa.
Seis anos mais tarde, Julia, que sempre foi apaixonada por Olivier, deixa a Inglaterra e segue para a Itália para encontrar-se com ele no castelo dos Ducci Montaldo, na Toscana, a fim de lhe cobrar a promessa feita por ocasião da fuga: levá-la de volta à cidade de 

Nicopolis para resgatar sua mãe.
Os poderes mágicos herdados da mãe, que era tida como feiticeira, são assustadores para Julia, porém nãò mais do que a paixão que a une a Olivier...
Uma paixão condenada por seus próprios segredos e pelo noivado dele com uma rica viúva de Veneza
No entanto, com a cidade em polvorosa rumo à Cruzada, e a frota de Olivier pronta para a viagem a Nicopolis, Julia toma uma decisão desesperada, que poderá mudar seu destino, e o de Olivier, para sempre...

Capítulo Um


Itália, 1395
Destinado a ser o último dos grandes lordes guerreiros dos Ducci Montaldo, Olivier franziu a testa ao romper o lacre dourado da carta.
— Veio da Inglaterra — explicou, erguendo rapidamente o olhar. — De minha irmã, Francesca.
Reunidas num grupo, as damas Venier agradeceram-lhe a amabilidade da informação com um educado aceno de cabeça, depois voltaram a atenção a seus bordados.
Porém, a simples menção de uma carta que vinha dos ilustres parentes ingleses do conde Olivier foi suficiente para atiçar a imaginação de todas elas.
Estava claro que se tratava de uma mensagem urgente; caso contrário; o criado do conde não se apressaria em levá-la do castelo dos Ducci Montaldo, na Toscana, ao encontro de seu amo no palácio em que as damas moravam no Grande Canal, em Veneza.
Ninguém ignorava que, naquele ano do Senhor de 1395, as estradas que ligavam a região do Vêneto ao restante da Itália, apesar de todo o zelo com que a Companhia Dourada do conde as patrulhava, estavam repletas de malfeitores e animais selvagens; se um criado se aventurara sozinho numa viagem como aquela, então a mensagem devia ser realmente importante.
Importante a ponto de fazer com que Ginevra, a caçula das irmãs Venier, fixasse os olhos no bem-criado gigante sentado ao lado do pai dela, para depois concluir como sempre que Olivier Ducci Montaldo, com seus cabelos dourados e um par de olhos verdes como o mar, era o homem mais bonito que já vira na vida.
Ginevra suspirou. Olivier era um cavaleiro tão famoso e tivera uma vida tão fabulosa que a ela não parecia justo ser sua irmã Domiziana, que já não era virgem, aquela que acabaria por apanhá-lo no laço.
Como se presumisse o que ia pelos pensamentos da irmã caçula, Domiziana dirigiu-lhe um olhar de censura antes de retirar uma meada de sua cesta.
No mesmo instante, Ginevra baixou a cabeça e retomou os delicados contornos do unicórnio branco que bordava.
Por um bom tempo, tudo o que se ouviu pelo grande salão do palácio eram o crepitar do fogo na lareira e o leve ciciar dos fios de seda com que as damas Venier executavam seus bordados nas telas presas aos bastidores.
Coube a Luciano Venier, o chefe da família, romper o silêncio:
— Espero que as notícias não sejam más.
— Não sei... — respondeu Olivier, os olhos verdes meio nebulosos. — A bem da verdade, talvez eu nem devesse me incomodar com o assunto.
— Nada que diga respeito à sua mãe, espero — observou a condessa Claudia, esquecendo-se momentaneamente do trabalho manual.
A última coisa de que os Venier precisavam àquela altura dos fatos era que algo de mal acontecesse à condessa Blanche de Montfort Ducci Montaldo.
Por outro lado, era prudente não esquecer que a dama, francesa de nascimento, parecia ter o dom de estragar tudo com que se metia.
— Não, minha mãe encontra-se bem — retrucou Olivier, antes de tornar a enrolar o pergaminho. — Foi minha protegida, a dama Julia, que deixou Hamoncourt Hall para ir ao meu encontro em Belvedere.
Lady Claudia, fazendo o que podia para manter-se impassível ante o fato de ele usar a palavra "dama" para referir-se a Julia Madrigal, comentou:
— Suponho que ela venha para a Itália numa visita de cortesia. Afinal, sua generosidade para com aquela menina é reconhecida pela Europa inteira.
— Uma generosidade que tem seu motivo de ser — respondeu Olivier —, visto que a mãe dela salvou minha vida.


Série Saga das Profetisas
1 - Batalha de Corações
2 - Sob o Céu da Toscana
3 - Paixão e Intriga
4 - Encontro com o Destino
Série Concluída

Batalha de Corações

Série Saga das Profetisas

Um Homem para amar, outro para odiar!

Fazia cinco anos que Guy de Harnoncourt abandonara Francesca por outra.
Mas nada fez diminuir a paixão que ela sentia por aquele homem ou o ódio que sentia por Belden, irmão de Guy e responsável pelo rompimento de seu noivado.
Para Francesca, era questão de honra se vingar de Belden.
Mas um acaso do destino trouxe Belden de volta ao castelo em que Francesca vivia... e junto com ele estava Guy, gravemente ferido e precisando de ajuda.
Contratado pelos nobres da Toscana para protegê-los dos invasores franceses, Belden sabia que iria enfrentar muitos perigos na vida, mas nenhum inimigo lhe causava tanto temor quanto Francesca, cuja beleza selvagem a cada dia o fascinava mais e mais.
Belden sabia que o sentimento daquela mulher por ele era puro ódio.
Mas ele descobriu-se disposto a ganhar mais uma batalha: a batalha do amor!

Capítulo Um

Toscana, Itália, 1352
Quatro homens a cavalo subiram a colina e logo à frente avistaram as muralhas de Belvedere. O líder, Belden de Harnoncourt, fitou o horizonte.
O sol de outubro suavizava o entardecer, mas, ainda assim, o ar gélido penetrava a armadura.
Parte de sua mente de soldado sabia que para chegar ao duvidoso refúgio teriam de se apressar. Mas a visão do imponente castelo de pedra o enfeitiçava.
Ele ainda lembrava-se do solo fértil daquela região italiana, o canto dos pássaros ao anoitecer e o farfalhar tranquilo dos estandartes que exibiam o brasão dos Ducci-Montaldo acima da fortaleza.
Belden d'Harnoncourt, conhecido por inúmeras façanhas, percebeu, não pela primeira vez, que diante de si achava-se a inspiração de muitos poetas.
Um lugar encantado. Mesmo a aldeia de Sant'Urbano, protegida pela sombra do castelo, parecia estender-lhe a mão num gesto inocente.
Belden também sabia que admirava somente uma ilusão; a realidade testemunhara a decadência de muitos anos, somada a outras adversidades. Adversidades que ele próprio ajudara a causar.
Lentamente, tornou-se consciente dos aromas do outono. Como odiava tão bela estação. Sempre odiara. Sempre odiaria.
— Senhor?
Belden evitou o olhar preocupado de Cristiano.
Preferiu observar o irmão. Guy d'Harnoncourt, felizmente, desmaiara. Guy estava bem preso à sela, mas devido à perda excessiva de sangue, o rosto estava tão branco quanto cera.
Treinado desde a infância para encarar a morte firmemente, Belden não se permitiu olhar a mancha de sangue que se espalhava pela túnica do irmão.
— Temos de prosseguir — disse praticamente a si mesmo. Ao esporear seu cavalo, Belden, por um instante, pensou ter visto movimento numa das janelas da torre do castelo.
Um rosto pareceu fitá-lo nos olhos, transmitindo reconhecimento e acolhida. Sabia ser impossível tão calorosa recepção.
Permanecera muito tempo longe de Belvedere. E havia anos que partira.
O senhor de Harnoncourt acenou para seus homens, ordenando-lhes que prosseguissem. Então, mais uma vez, atravessaram o conhecido vale que os separava do castelo.
— Será possível?
A condessa Francesca Ducci-Montaldo encostou o nariz no vidro da janela e fitou os quatro homens que galopavam em direção a Belvedere.
Durante o breve momento em que o sol os iluminou, ela reconheceu as armaduras de cavaleiros. Contudo, pareciam desesperados já que se aproximavam em alta velocidade, tal qual flechas certeiras.
Os franceses, Francesca pensou. O medo a dominou, fazendo o coração disparar.
Quando um grito formou-se em sua garganta, a luminosidade do dia refletiu nas armaduras e ofuscou-lhe os olhos.
Quando novamente voltou a enxergar direito, não havia mais nenhuma ameaça, apenas o rosto de Francesca refletido no vidro.
Cabelos enegrecidos, olhos negros e a tez pálida que, apesar do susto, começava a relaxar.
Logo abaixo, as colinas amareladas da Toscana estendiam-se até Florença e para além de Roma e Nápoles.
Oliveiras, ciprestes, pinheiros e vinhas fartavam a região. A almejada serenidade agora estabelecia-se naquela terra onde, outrora, cavaleiros haviam empreendido terríveis jornadas.
— Paz — Francesca orou, enquanto esquadrinhava os arredores. — Amém.
— Ai!
O grito chamou-a de volta à realidade do laboratório. Virou-se, assustando-se com a penumbra. Lembrou-se, de súbito, das chamas incandescentes que a tudo devoravam.
Marco... Lucca... Piero II... Papai.


Série Saga das Profetisas
1 - Batalha de Corações
2 - Sob o Céu da Toscana
3 - Paixão e Intriga
4 - Encontro com o Destino
Série Concluída