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6 de setembro de 2015

Muito Mais que uma Princesa

Série Sedução
Lucia sempre tinha sido uma ótima mentirosa.

Se isso era bom ou ruim, dependia do ponto de vista de cada pessoa.
Ela achava ótimo enfrentar um guarda palaciano à meia-noite, com cigarro e dinheiro no bolso e planos de dar uma escapada na cabeça.
Nessa noite, era exatamente isso que tentava fazer.
Lucia aprendera havia muito tempo, quando estava nas escolas para moças de bom trato da França, que um livro sempre era uma explicação conveniente para suas perambulações noturnas. E o pai dela, o príncipe Cesare de Bolgheri, tinha uma das maiores bibliotecas de toda a Europa.

Capítulo Um

 – Estava voltando para os meus aposentos. – Os seus aposentos ficam daquele lado – explicou o guarda, apontando na direção oposta àquela para a qual ela se dirigia.
Ela deu uma olhada para trás, por cima do ombro, e voltou a olhar inocentemente para o guarda. - Le muito mai que uma princesa
– É mesmo? – perguntou, fingindo espanto. – Eu poderia jurar que ficavam do outro lado. – Fez um gesto abrangendo o longo corredor em que eles estavam, um corredor de mármore de Siena com adornos folheados a ouro, espelhos resplandecentes e dezenas de saídas. – É tão fácil se perder aqui, eu sempre me confundo. Tantos corredores... – explicou, baixando o tom de voz, o próprio retrato do desamparo, e então sorriu.
Ela tinha um sorriso de derreter um homem de pedra; sabia disso e usava esse recurso sempre que necessário.
O guarda, que não era feito de pedra, amoleceu imediatamente.
– Muito compreensível – disse ele, correspondendo ao sorriso dela. – Mas a senhora sabe que temos ordens de Sua Alteza, o príncipeCesare, de que não pode perambular pelo palácio à noite.
O pai de Lucia lhe era um estranho, e a Piazza di Bolgheri era uma prisão, mas ela não tinha a menor intenção de permanecer esquecida, trancada em algum canto remoto do palácio. Era uma mulher adulta e faria o que bem entendesse.

Série Sedução
1 - Prazeres Proibidos
2 - Todos os Teus Beijos
3 - A Cama da Paixão
4 - Muito Mais que uma Princesa
Série Concluída

1 de março de 2014

A Cama da Paixão

Série Sedução
Todos na sociedade sabem que o casamento de Lorde e Lady Hammond é infeliz. Todo mundo sabe que eles mal falam um com o outro há mais de nove anos. Mas o que ninguém na sociedade sabe são as razões para isso...

Lady Viola Courtland era uma jovem romântica e impulsiva quando se apaixonou instantaneamente pelo belo e atraente Visconde Hammond. Sem o conhecimento de Viola, John Hammond já havia dado seu coração à única mulher que ele iria amar - a esposa de seu primo -, mas ele estava em dificuldades financeiras e precisava desesperadamente se casar com uma herdeira rica. Em Viola, ele achava que havia encontrado a mulher perfeita - bonita e rica com uma natureza doce. Mas Viola não era prática nem sensata quando se tratava de casamento, pois esperava que o marido a amasse e estava determinada a não se conformar com nada menos. Logo, porém, o segredo de John foi involuntariamente revelado, mas entretanto eles se casaram e já era tarde demais. Até que um dia John finalmente caiu em si e rezou para não ser tarde demais para reconquistar o amor de sua própria esposa.

Capítulo Um

Londres, 1833

Sempre que os membros da alta sociedade londrina comentavam sobre lorde e lady Hammond, o senso comum era: o visconde e sua esposa não se suportavam. Mesmo a mais inexperiente das anfitriãs sabia que eles não podiam ser convidados para o mesmo jantar.
Ninguém conseguia entender as razões que separaram o casal apenas seis meses após o casamento, e por que, passados oito anos, lady Hammond ainda não dera a seu marido um herdeiro, como era usual.
Apesar de não haver nenhum herdeiro direto ao título do visconde, o contrato matrimonial de lorde e lady Hammond não dava sinais de que seria quebrado por nenhuma das partes. Pelo menos não até 15 de março de 1833. Esse foi o dia em que a chegada de uma carta mudou tudo, pelo menos para o visconde.
A mensagem era urgente e foi entregue na residência dele em Londres por volta das onze horas da noite. Lorde Hammond, porém, não se encontrava. No meio da alta temporada londrina, John Hammond, assim como todos de sua posição social, se ocupava com a nada sagrada trindade masculina: bebida, jogo e mulheres.
Seus amigos, lorde Damon Hewit e sir Robert Jamison o assistiam alegremente nessas atividades. Depois de várias horas de seu jogo predileto, chegaram ao Brook's pouco antes da meia-noite. Após a sexta garrafa de vinho, começaram a discutir onde deveriam pernoitar.
— Eu creio, Hammond, que deveríamos ir ao baile da Sra. Kettering pelo menos por uma hora ou duas — disse Robert. — Damon e eu prometemos a ela que iríamos. Você sabe como a dama fica quando não aparecemos.
— Nesse caso, serei forçado a deixá-los. — John despejou mais um pouco de vinho em seu copo. — Viola foi convidada para o baile e aceitou o convite. Portanto, sou forçado a declinar. Sabe muito bem que eu e minha mulher nunca comparecemos aos mesmos eventos.
— Nenhum cavalheiro comparece aos mesmos eventos que sua esposa, Robert — esclareceu Damon. — Por isso seria melhor que Hammond explicasse que a verdadeira razão é a seguinte: Emma Rawlins estará lá, e isso é sinal de confusão certa.
John quase teve vontade de rir. Sua mais recente amante não provocaria emoção alguma em Viola, a não ser o mesmo desprezo que demonstrava por ele havia vários anos. Um final melancólico, visto que John se casara com uma linda e adorável jovem. Mas casamentos raramente davam certo, e ele já desistira do seu.
— A Srta. Rawlins é uma criatura adorável — acrescentou Robert. — Pena que o romance tenha terminado.
John lembrou-se de como Emma se tornara possessiva, exigindo coisas que não cabiam a uma amante exigir. Por isso, havia terminado com ela dois meses atrás, não sem antes pagar uma boa quantia pelo rompimento do contrato.
— Veremos o quanto Emma é adorável, pois o fim do romance não foi nada amigável. Não hei de querer saber de mulheres tão cedo. — John tomou mais um gole.
— É o que sempre diz, meu amigo! — Damon deu risada. — Mas essa resolução só dura até aparecer a próxima beldade. Você precisaria ter um harém.
— Uma mulher de cada vez já basta. Minhas duas últimas amantes me deram motivos de sobra para eu nunca mais pensar em romance.
A amante anterior a Emma, a cantora de ópera Maria Allen, fez John se envolver num duelo em que acabou ferido no ombro pelo marido traído. O casal se separou, e Maria se tornou amante de lorde Dewhurst.
Emma Rawlins, entretanto, não parecia disposta a encontrar um novo protetor. Continuava a escrever toda semana, implorando que John voltasse para ela. As respostas com recusas formais não a satisfizeram, e Emma decidiu deixar a propriedade que ele lhe dera em Sussex para segui-lo até a capital. O visconde, porém, não tinha a menor intenção de revê-la.
— Não, não, meus amigos, mulheres são criaturas maravilhosas, mas cobram muito e de muitas maneiras. Pretendo passar este ano inteiro sem nenhuma amante.
— O ano inteiro, John? — Damon meneou a cabeça, incrédulo. — Estamos apenas em março. Você ama demais o sexo frágil para ficar tanto tempo longe.
John se recostou no espaldar e ergueu seu copo.
— Só porque um homem não tem uma amante não quer dizer que não goste mais de mulheres.
Seus amigos deram boas risadas e decidiram que aquele era um bom pretexto para brindar. Voltaram a encher os copos e brindaram várias vezes às damas de todas as categorias. Em menos de cinco minutos, outra garrafa foi esvaziada.

Série Sedução
1 - Prazeres Proibidos
2 - Todos os Teus Beijos
3 - A Cama da Paixão
4 - Muito Mais que uma Princesa
Série Concluída

Todos os Teus Beijos

Série Sedução
Todo mundo conhece Dylan Moore - seu talento brilhante e a sua procura constante de prazere - mas ninguém conhece o tormento que está por baixo de seu aspecto imprudente. Apenas uma mulher tem um vislumbre das forças que dirigem a alma de Dylan, uma mulher que assombra seus sonhos e evoca suas paixões como nenhuma outra mulher jamais o fez antes.
Caída em desgraça e indigente, Grace Cheval não quer nada com o homem sedutor que a deseja. Quando Dylan oferece a ela uma posição de governanta para sua filha recém descoberta, ela sabe que suas verdadeiras intenções são desonrosas. No entanto, acha difícil resistir a esse homem carismático, e retorna seus beijos apaixonados com um fogo que combina com o dele. Pode Dylan ousar esperar que a bela dama, orgulhosa e espirituosa, derreta o gelo ao redor de seu coração?

Capítulo Um

Londres
1827

Sentia-se enlouquecer. Maldito ruído, maldito ruído angustiante. Parecia um gemido alto que lhe queimava o cérebro como fogo, um som incessante, constante que lentamente o enlouquecia. Se ao menos conseguisse calá-lo. Mas era impossível.
Dylan Moore afastou bruscamente o lençol soltando uma imprecação e levantou-se da cama. Nu, atravessou o quarto e abriu os pesados reposteiros de brocado para olhar para fora. O céu estava negro como breu, naquela hora entre a meia-noite e a madrugada, e apenas um candeeiro à esquina iluminava lá em baixo a rua vazia. Tudo estava em silêncio, exceto no seu espírito. Ficou a olhar pela janela, sentindo ódio por todos os seres humanos de Londres que podiam desfrutar do silêncio que a ele lhe era negado.
Os seus movimentos acordaram Phelps e o criado entrou, vindo do quarto de vestir, com uma vela acesa na mão.
– Também não consegue dormir esta noite, senhor?
– Assim é. – Dylan soltou um suspiro. Havia já três meses. Por quantas mais noites poderia continuar assim, dormindo apenas uns minutos de cada vez? A cabeça latejava-lhe num doloroso protesto pelo ruído infindável e pela falta de sono; inclinou a cabeça e encostou-a à janela, controlando o impulso de partir com ela o vidro e pôr fim àquele tormento.
– O láudano que o doutor Forbes receitou… – O criado hesitou, vendo a expressão zangada com que o amo se voltou para ele, mas a preocupação levou-o a insistir. – Talvez o senhor deseje que prepare outra dose?
– Não. – Deitar-se na cama a aguardar o efeito do opiáceo seria uma ideia intolerável. Dylan voltou as costas à janela e dirigiu-se a passos largos para o quarto de vestir, passando pelo criado. – Vou sair.
– Vou acordar Roberts para que traga a carruagem para a frente da casa.
– Não quero a carruagem. Vou dar um passeio a pé.
– Sozinho, senhor?
– Sozinho.
Na opinião de Phelps, passear sozinho, a meio da noite, pelas ruas de Londres, não seria uma boa ideia, mas a sua expressão não demonstrou qualquer parecer sobre o assunto. Dylan fazia o que lhe apetecia e não seria apropriado o criado pôr em causa a sensatez da decisão.
– Sim, senhor – disse Phelps e ajudou-o a vestir-se.
Dez minutos depois, Phelps voltou para a cama e Dylan desceu as escadas, empunhando a vela acesa que lhe iluminava o caminho através da casa escura. Entrou no escritório, dirigiu-se à secretária e abriu uma gaveta. Ficou por momentos a olhar para a pistola e depois pegou-lhe. Um homem envergando roupas caras e percorrendo sozinho a cidade, durante a noite, estava a pedir complicações e o mais sensato seria tomar precauções. Carregou a arma, meteu-a no bolso da longa capa negra e saiu do escritório. Passou pela sala de música a caminho da porta da rua, mas alguma coisa o fez parar. Talvez que um passeio não fosse realmente a distração de que necessitava. Hesitou, depois voltou-se e entrou na sala de música.
Passara ali muitas horas até ao acidente. Um momento de descuido, uma queda do cavalo, a pancada da cabeça contra uma pedra e tudo mudara. Só dois dias depois o ouvido deixara de sangrar e levara duas semanas a recuperar do traumatismo. Durante esse tempo esperara que o zumbido dos ouvidos desaparecesse, mas afinal parecera piorar. Durante o mês seguinte à sua recuperação, entrara todas as manhãs naquela sala para trabalhar. Sentara-se ao piano de cauda, fingindo que nada se passava, repetindo para consigo que o seu estado seria temporário, que não perdera o dom, que, se tentasse, seria capaz de voltar a escrever música. Por fim, desesperado, desistira e desde aí não voltara a entrar na sala.
Dirigiu-se lentamente para o enorme piano de cauda Broadwood, olhando fixamente para o reflexo do brilho da vela na tampa de nogueira envernizada. Talvez nos últimos três meses uma qualquer transformação tivesse acontecido por magia e, quando pousasse as mãos nas teclas, a música surgisse de novo. Pelo menos podia tentar. Depois de colocar a vela no castiçal trabalhado de madeira de castanheiro do piano, ergueu a tampa e sentou-se no banco.

Série Sedução
1 - Prazeres Proibidos
2 - Todos os Teus Beijos
3 - A Cama da Paixão
4 - Muito Mais que uma Princesa
Série Concluída

Prazeres Proibidos

Série Sedução
Para a recatada e tímida Daphne Wade, seu prazer proibido mais doce é observar as escondidas seu patrão, Anthony Courtland, duque de Tremore, enquanto ele trabalha na escavação arqueológica de suas propriedades na Inglaterra.

Anthony contratou Daphne para que restaurasse os preciosos tesouros que ele ia desenterrando.
No entanto era duro para uma mulher se concentrar no trabalho quando tinha em sua frente um homem como Anthony, cuja beleza era esmagadora.
Ele nem sequer tinha reparado nela como mulher, mas quem poderia culpá-la de ter se apaixonado perdidamente?
Escondida atrás de uns óculos enormes, Daphne era a restauradora melhor preparada para realizar este trabalho e Anthony sabia disso.
Quando uma nova e encantadora Daphne sai de sua concha, as regras do jogo mudam. Anthony conseguirá convencê-la de que é a mulher de seus sonhos?

Capítulo Um

Hampshire, 1830
Ninguém que olhava Daphne Wade imaginaria que ela pudesse ter algum prazer proibido, secreto. Seu aspecto era normal, os óculos não ajudavam muito, tinha o cabelo castanho claro e o usava preso na cabeça. Todos os seus vestidos eram de diferentes tons de bege, marrom ou cinza. Sua altura era normal e sua figura ficava escondida debaixo dos grandes e cômodos aventais que utilizava para trabalhar. Tinha uma voz suave e agradável de escutar, sem sons estridentes que chamassem a atenção.
Ninguém que a julgasse só pela sua aparência poderia imaginar que a senhorita Daphne Wade tinha o escandaloso costume de observar o torso nu de seu patrão sempre que tinha a oportunidade, embora a maioria das mulheres estivesse de acordo que Anthony Courtland, duque de Tremore, tinha um torso que valia a pena observar. 
Daphne apoiou os cotovelos no peitoral da janela e levantou a luneta de bronze. Utilizar esse aparelho com lentes era difícil, assim que o deixou na prateleira. Voltou a colocar os óculos e a distância, olhou toda a escavação, procurando Anthony entre os trabalhadores. Sempre que pensava nele pensava usando seu nome. 
Quando falava com ele, o chamava de «senhor», como todo mundo, mas em sua cabeça e em seu coração, ele sempre era Anthony.
Ele estava falando com o senhor Bennington, o arquiteto da escavação e com sir Edward Fitzhugh, o vizinho mais próximo do duque e antiquário amador como ele. 
Os três homens estavam no meio de uns campos da escavação, rodeados de muros, colunas quebradas e restos do que havia sido uma vila romana. 
Nesse momento, discutiam sobre o mosaico que estava debaixo dos seus pés e que havia sido descobertos pelos trabalhadores nessa mesma manhã.
Quando Daphne localizou a forte figura de Anthony, sentiu uma familiar chateação em seu coração, uma mescla viciante de prazer e incômodo. 
Era uma combinação que quando estava em sua presença a calava e lhe fazia querer se misturar com seu ambiente, passar despercebida; em troca quando o contemplava como agora, desejava se transformar no centro de toda sua atenção. 
O amor pensava, deveria ser algo agradável, cálido, doce, não algo que prejudicasse o coração com sua intensidade.
Daphne sentia essa intensidade agora, enquanto o observava. Quando estava em Tremore Hall, ele passava sempre dois ou três horas ao dia
trabalhando junto com o senhor Bennington e o resto dos homens na escavação. Algumas vezes ela não estava nas ruínas e às tardes de agosto eram excepcionalmente quentes, e Anthony sempre tirava a camisa. O dia era muito caloroso.
Para Daphne, ele quase formava parte da escavação romana que o rodeava. Era como uma escultura. 
Com sua pouco freqüente altura de mais de um metro e oitenta e seus grandes ombros e desenvolvidos músculos, apesar de seu cabelo escuro e sua pele bronzeada parecia um deus romano esculpido em mármore.
Ela o observava enquanto os três homens continuavam discutindo sobre o mosaico e teve a estranha sensação que experimentava cada vez que o via e que fazia lhe custar a respirar e que seu coração se acelerava como se estivesse estado correndo.

Série Sedução
1 - Prazeres Proibidos
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3 - A Cama da Paixão
4 - Muito Mais que uma Princesa
Série Concluída