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9 de julho de 2019

A Tentação do Príncipe


Inveja, inveja, falsas aparências, amor... 

Pode Moritz superar a tentação de ignorar a única mulher que ele quer? Annika teve azar. Ela é a filha bastarda de um aristocrata e está trancada num orfanato sombrio em Praga. Ela é uma mulher esperta e inteligente. Ela prometeu nunca se casar. Ela nunca permitirá que um homem a governe. Mas então ela conhece-o. O príncipe Moritz Nikolai Petrov. Um homem atraente e sedutor. Demasiado fascinante apesar dos seus segredos. Moritz se encarrega da tutela da filha bastarda de seu amigo. Não é algo que o agrade porque é considerado por todos como irresponsável e egocêntrico. Nem ele quer desistir de sua vida de mulheres e festas. Mas ela é linda e atraente, jovem e inocente. E com sua chegada a sua vida toma um rumo inesperado. Ambos devem aprender a se conhecer. Ambos devem viver juntos com promessas ou sem elas. E, ao mesmo tempo, eles terão que lutar contra um inimigo que ameaça manchar sua possível felicidade.

Capítulo Um

A cidade de Praga era um manto coberto de neve apesar de estar no mês de fevereiro. Parecia que esse ano a primavera não tinha nenhum desejo de fazer sua presença e ao príncipe Moritz Nikolai Petrov não incomodava absolutamente. 
Pelo contrário, adorava os dias frios nos quais podia refugiar-se em sua casa ao calor de um bom fogo, com um copo de grüner veltliner1 na mão. E se a companhia era feminina, não podia pedir mais. Naquele momento nem estava em sua casa nem estava acompanhado por nenhuma mulher. 
Por alguma estranha razão seu tio Cameron precisava falar com ele e o tinha chamado no vestíbulo do restaurante onde se reuniram várias vezes. Nikolai era um homem muito bonito. Tinha querido a natureza o dotar de um rosto forte e varonil que fazia tremer as pernas das mulheres mais confiantes. 
Seu cabelo, cacheado e comprido sobre seus ombros, era ouro com finas mechas prateadas. Os fios brancos, muito adiantados para seus trinta e quatro anos, longe de aparentar mais idade lhe conferiam uma beleza incomum, deixavam-no mais atraente. 
Seus traços eram poderosos, maçãs do rosto firmes, elegantes sobrancelhas de um ligeiro tom mais escuro que o cabelo, um rosto bronzeado onde seus olhos, de um tom verde-esmeralda, contrastavam como um farol na escuridão da noite.
 — Príncipe Petrov, deseja que o acompanhe até a mesa? — O maître do restaurante perguntou, recebendo-o com uma firme reverência. 
— Estou esperando alguém, — respondeu tirando o relógio do bolso de seu casaco. Abriu a tampa de madrepérola — deve estar a ponto de chegar. O maître limpou a garganta. 
— Se desejar pode ocupar aquelas poltronas — assinalou um par de poltronas situadas em frente a uma lareira junto à janela. 
Dali via-se a rua e a margem do rio Moldava. Suas águas prateadas sob o céu plúmbeo pareciam um espelho embaçado. Nikolai assentiu. Dirigia-se para onde o maître tinha indicado quando Cameron ingressou no vestíbulo sacudindo o casaco. 
— Nikolai! Já está aqui!

15 de novembro de 2018

Um Trapaceiro Encantador

Uma maravilhosa história de amor cheia de intrigas, dificuldades, paixão e, sobretudo, amor. 

Um desafortunado acidente une os destinos de Colbert e Alana. Ele, um aventureiro que faz o que tem vontade sempre que quer, debate-se entre a responsabilidade, a honra e uma irresistível paixão que o acerca em segredo. Ela, valente e um pouco ingênua, está passando por um mau momento. A recente morte de seu cunhado, o professor Jhon Wakefield, deixou sua família desamparada e só seu humilde trabalho em uma taberna lhes permite sair adiante, embora de maneira precária... Uma noite os Wakefield recebem a visita de um bonito benfeitor: Colbert, mais conhecido por Lorde Iron, pelo qual se sente imediatamente atraída. Entretanto, as circunstâncias e uma série de acontecimentos porão à prova a força de seus sentimentos e ameaçarão arruinar seu futuro e sua felicidade.

Capítulo Um

Alana Sanders escutou o pároco com atenção. Nunca tinha sido uma crente devota, entretanto, jamais tinha perdido alguém a quem amasse como Jhon Wakefield. Para ela, seu cunhado era mais que isso, mais que um pai ou um amigo, mais que um irmão.
Não estava apaixonada por ele, claro. Jhon era o marido de sua irmã e ela jamais se teria fixado em Jhon dessa maneira, mas seu afeto ia mais à frente. Jhon tinha sido… seu salvador.
― Sente-se com força para falar com o reverendo ou me deixa fazê-lo, Alana? ― Perguntou-lhe o sargento Nicolas Breint lhe roçando apenas a manga com sua mão grande. Ela olhou para Nicolas com um sorriso triste. O senhor Breint era vizinho deles e desde o momento que se inteirou que Jhon havia falecido, ofereceu-se a ajudar a família em tudo o que pudesse.
― Muita vontade não tenho, mas devo fazê-lo. Minha irmã agora não está em condições de aguentar as rabugices do padre Miller, e não posso deixar que você se responsabilize também disto.
― Não me importa fazê-lo. Alana negou. Respirou fundo. ― Quanto mais cedo acabar com isto, melhor. ― Só quero que tanto Hellen como você saibam que podem contar comigo para o que for.
― Sei. ― Olhou-o com gratidão e voltou a centrar-se no funeral. A multidão se congregava em torno do pároco e da família do defunto.
Os gêmeos se sentaram em umas cadeiras dobradiças e observavam atentamente a cena que se desenvolvia ante eles. Estavam aborrecidos e cansados de estar ali, sobretudo fartos de serem o centro das atenções e que todas as pessoas os olhassem. Alana se encontrava junto a Hellen, segurando a pose ante um caixão escuro e brilhante.
Hellen levava o olhar oculto sob o véu de renda; Alana, em troca, tinha eleito um pequeno chapéu de pele escuro com uma gaze muito curta e, ao contrário de sua irmã, e apesar de sofrer a dor pela perda de Jhon, olhava os assistentes reconhecendo entre eles muitas das amizades da família. As irmãs Dobson, lady Judith, o casal Matthews, as empregadas da casa, que também tinham acudido e ficaram um pouco retiradas junto ao Richard, o cocheiro, sua eterna rival Claudia Baxter…

10 de março de 2018

Desde Sempre

Marina é uma jovem estudante de arqueologia do século XXI que se vê, de repente, em plena ilha Tortuga, a famosa ilha do Caribe, no ano de 1633.

Inicialmente avessa à ideia que acabou de viajar no tempo e no espaço, acaba por aceitar quando encontra Jeremy Snow, um atraente trapaceiro que foge por sua vida.
Juntos tentam descobrir o objeto que a transportou, uma réplica da grande pirâmide de Gizé, juntamente com o seu professor para aquele tempo e espaço. Durante a busca por esse tesouro, vêm a conhecer a história nunca contada de Naunet e Asim, à qual estão ligados em uma paixão avassaladora, um amor trágico e a um estranho vínculo que os separa uma e outra vez.
Conseguirão eles encontrar-se mais uma e derradeira vez ou terão de continuara a viver as mil vidas das quais os papiros egípcios falam? Entre um mundo e o outro há apenas um suspiro?


Capítulo Um

A lenda nunca contada.
Palácio de Mênfis, Egito. Século 26 a.C.
A pequena Naunet nasceu durante uma noite de furiosa tormenta. As águas que emanavam de escuras nuvens assentavam o pó do deserto formando pantanosas lagoas. Os relâmpagos rasgavam o firmamento iluminando as terras do Egito, até alcançar a luz do dia para logo sumirem nas mais escuras e profundas das escuridões.
Naunet rompeu a chorar no mesmo momento em que apareceu a sua branca carinha por entre as pernas de Henutsen. Entretanto, ficou em um repentino silêncio quando os seus olhos, negros como o azeviche, caíram sobre o pequeno Asim, filho de tyaty que espiava por trás da gigantesca coluna de granito.
O Egito despertou com as novas notícias.
Khufu, o faraó de Quéops, tinha tido outra filha.
*Marina observava absorta, sem ver nem ouvir nada, a mesa de pés de ferro que presidia à sala de audiovisuais. Outra vez o decano se pôs a desvairar sobre assuntos que não tinham absolutamente nada a ver com a aula daquele dia, e ela deixou de prestar atenção a suas palavras para pensar na pequena pirâmide dourada que reluzia sobre o tabuleiro da mesa.
Tinha muitas perguntas para fazer sobre a peça. Estudava arqueologia e sentia uma atração transbordante por tudo o que tivesse a ver com o tema.
O doutor Eduardo Ibarrúri era um dos melhores em seu campo, por isso Marina o tinha escolhido, no entanto, levava umas semanas que começara a arrepender-se. O doutor era uma pessoa mais velha e muito tagarela, e em seguida perdia a noção do tempo. De repente começava a relatar-lhes coisas de sua vida ou aprofundava temas banais e absurdos que não interessavam a ninguém, exceto aos quatro tolos da primeira fila que riam por meras besteiras.
― Não vai dar tempo para acabar a aula ― murmurou Clara, com fingido interesse, enquanto olhava para o relógio. ― O que você vai fazer depois de sair? Fica?
Marina cruzou os braços sobre a mesa e olhou para a sua companheira curvando os lábios para cima em uma careta frouxa. Estava segura que Clara podia ver em seus enormes e arredondados olhos verdes, rodeados de largas e frisadas pestanas cor de fumaça, a sua decepção.
― Queria passar pela biblioteca, estou há imenso tempo à espera da aula de hoje e me deixou bastante desconcertada. Ou é a minha imaginação ou este tipo não nos disse nada sobre a pirâmide.
― Tem razão, a verdade é que não disse nada do outro mundo. ― Clara tocou, pensativa, no lóbulo da orelha, fazendo rodar o seu brinco em forma de coração. ― Mas, eu hoje não posso ficar com você. Abriu um lugar novo onde dizem que fazem umas costoletas no churrasco que são de morrer. Você topa?
Marina passou distraidamente os dedos por entre o cabelo e lançou outro olhar dissimulado à pirâmide.
― Não, hoje não, talvez outro dia.
― Dizia alguma coisa, senhorita Miranda? ― Perguntou o decano elevando o tom de sua voz.
De repente, a classe ficou em completo silêncio, tal que o zumbido de uma mosca teria sido capaz de perturbar a sala-de-aula.
Marina voltou a sua atenção para o doutor, tal como os poucos que se tinham distraído. O decano olhava por cima dos grossos óculos, com interesse, em sua direção. Ambos sustentaram o olhar um do outro durante longos segundos, até que ela se deu conta de que lhe tinha perguntado algo. Sentou-se direita, consciente de todos os olhos postas nela.
― Sinto muito, senhor, não estava prestando atenção, poderia repetir o que disse?
O professor franziu o cenho e, com lentidão, tirou os óculos para olhá-la melhor. Balançou a cabeça brandamente.
― Perguntei se tinha algum problema sobre a aula de hoje, senhorita Miranda. Pareceu-me ver que murmurava algo.
Ela sentiu a boca seca.
― Não… Não me chamo Miranda, doutor Ibarrúri, meu nome é Marina.
― Ah, Marina, é certo!