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11 de setembro de 2019

Cativo do Destino

Trilogia Destino
Noah Yates acredita plenamente nas alegrias de uma família feliz e de uma boa esposa. 

Mas essa não é a vida para ele. Não, ele prefere navegar pelos mares selvagens em busca de aventura, sem amarras.
Mas então o impensável acontece. . . ele se encontra literalmente amarrado. Em uma cama. Por uma mulher. E Pilar não é apenas uma mulher comum. Ela é descendente de piratas. E depois de dar-lhe uma das piores noites de sua vida, ela rouba seu navio! 
Agora Noah está à caça e não vai parar por nada até encontrar essa mulher extraordinária. . . e torná-la sua.

Capítulo Um

Verão de 1887, Havana, Cuba
Pilar Banderas examinou a enorme quantidade de navios ancorados no porto lotado de Havana. Ela precisava roubar um navio. Disfarçada de velha e usando um lenço de cabeça gasto, uma blusa disforme e uma saia empoeirada, ela se inclinou sobre uma bengala e continuou sua caminhada lenta pelas docas.
Dois navios de dois mastros pertencentes à odiada marinha espanhola, foram rapidamente descartados como candidatos devido ao seu tamanho e à garantia de punição caso ela fosse pega a bordo. Havia outros navios em volta, ambos com design e tonelagem menores, mas estes exigiam mais membros da tripulação do que ela tinha acesso, então ela rapidamente os eliminou também. 
O candidato mais provável era uma escuna de dois mastros chamada Alanza. Tendo navegado em navios semelhantes no passado, ela sabia que seria fácil fazer a viagem para Santo Domingo para encontrar com o traficante de armas, e não precisaria de uma grande tripulação. Ela estava de olho nesse desde o início de sua vigilância no dia anterior, e quanto mais ela observava, mais ela se convencia. 
Pela informação reunida de amigos dentro da cidade, ela sabia que o dono do Alanza era um americano rico chamado Noah Yates, e que ele ancorava em Havana anualmente para vender sedas orientais, especiarias e outros produtos exóticos, àqueles que tinham dinheiro para desperdiçar com extravagâncias. 
Ontem à noite, ele fora visto escoltando uma das belezas da cidade para o teatro e depois de levá-la para casa, passara algumas horas em um salão de apostas popular, onde ganhou uma quantia considerável de ouro. Se ele perdesse seu navio, ele era, sem dúvida, suficientemente rico para encomendar outro, então ela não sentiria nenhum remorso.
Pilar era uma araña, uma “aranha”, uma das muitas que reunia informações em nome dos rebeldes cubanos determinados a livrar sua amada ilha do domínio espanhol. 
A última tentativa de independência, conhecida como a Guerra dos Dez Anos, terminou em 1878 com uma rendição negociada pelos rebeldes, mas ela e seus compatriotas estavam convencidos de que a próxima campanha seria um sucesso, principalmente devido à proeza do líder rebelde General José Antonio Maceo, carinhosamente chamado de Titã de Bronze por seus seguidores devido a cor de sua pele e seu destemor no campo de batalha.
Se decidindo pelo Alanza, ela abriu caminho através da multidão e voltou para o banquinho de três pernas que marcava seu lugar na doca movimentada, onde cubanos de todos os matizes, idades e tamanhos vendiam tudo; de comida e bebida a medalhas religiosas, em um esforço para complementar sua renda insignificante, tudo sob os olhos atentos do crescente número de soldados espanhóis em patrulha. 
Nos últimos meses, centenas de novas tropas foram trazidas para ajudar a manter a bota da coroa no pescoço do povo. Em um esforço descarado para reprimir a crescente tensão, milhares de pessoas ligadas aos rebeldes foram cercadas e forçadas a campos miseráveis, cheios de desespero, doenças e pouca comida. Mas em vez de quebrar o espírito do movimento, os apelos à liberdade estavam se intensificando com o amanhecer de cada novo dia.
Apesar da tensão subjacente da ilha, o ar perto das docas estava vivo com o cheiro de alimento cozinhando em pequenos braseiros, os sons de vendedores ambulantes e músicos e o cheiro picante do mar.
─ Onde está seu distintivo, velha?
Pilar lentamente ergueu o olhar para o homem que falara com um tom zombeteiro, e o olhou por um momento. Ele tinha um rosto fino e claro, estava vestido com um terno apertado de corte espanhol e seu cabelo estava liso de pomada.
─ Que distintivo? ─ ela perguntou enquanto arrumava o peixe que estava vendendo como parte de sua artimanha.
─ O emblema que lhe dá o direito de estar nas docas.
A corrupção em Havana era tão difundida que até os mendigos eram obrigados a pagar um suborno para mendigar.
─ Eu não preciso de um.








Trilogia Destino
1 - Abraço do Destino
2- Rendida ao Destino
3- Cativo do Destino
Concluída

3 de setembro de 2019

Rendida ao Destino

Trilogia Destino
A criança que ele não sabia que tinha...

Andrew Yates chegara a uma decisão: era hora de parar com a vida imprudente e começar uma família. Mas procurar uma noiva não é tão simples quanto ele esperava, e muitas das respeitáveis mulheres que ele conhecera... faltava algo. 
Então a bela e resoluta Wilhelmina "Billie" Wells chega ao rancho da família com uma criança nos braços, alegando que Drew é o pai!
A mulher que ele não sabia que amava...Billie não teve escolha senão aparecer em Destiny em busca do Drew. Pelo bem do filho deles, ela está disposta a deixá-lo com o pai para que o menino possa ter uma vida melhor, mas então, antes que ela possa piscar, está dizendo "eu aceito" diante de um padre em um casamento de conveniência. Tudo o que Billie e Drew têm em comum é o ardor que os uniu, mas sua paixão ardente pode levar a um amor eterno?

Capítulo Um

Julho 1885, São Francisco
O orgasmo de Billie a atravessou como um relâmpago. À medida que se expandiu e ganhou velocidade, seu corpo sacudiu com um trovão ecoante e sua garganta se abriu em um grito rouco. O homem indolente abaixo dela sorriu com uma suave satisfação e com as mãos guiando os quadris dela manteve seus golpes poderosos.
Este era apenas um dos muitos orgasmos com que ele a presenteou nas ultimas horas, e enquanto a ressonância continuou a banhá-la como ondas em um mar tempestuoso, ela sentiu-o à beira de seu próprio fim, mas sabia que ele não se renderia até que não sobrasse nada de ambos. Como se estivesse lendo sua mente, ele aliviou a um ritmo mais lento para dar-lhe um momento de descanso, mas continuou a envolvê-la com lânguidas e tentadoras estocadas.
O corpo longo e magro dele era perfeito para isso e ela amava cada delicioso centímetro, especialmente aquele que a estava empalando e a fazendo cavalgar. Mãos fascinantes percorreram de sua cintura para cima, para circular sobre os pontos duros de seus seios, parando um momento para provocar e se demorar antes de recapturar sua cintura e aumentar o ritmo, até que a grande cama começou a balançar e gemer novamente. 
Nenhum homem lhe correspondia em vigor ou na alegria que ele tinha na crua e quente luxúria, e ela adorava isso nele também. Justamente quando ela pensou que poderia desmaiar de glória, ele grunhiu em espanhol e rapidamente virou-a de costas. 
O assalto erótico continuou. O calor no quarto combinava com o calor que emanava de seus corpos. Ela estava coberta de suor. Ele também estava. Ele levantou as pernas dela, puxou-a para mais perto com um aperto em seus tornozelos e mergulhou dentro e fora de sua carne como um beija-flor escandaloso buscando o mais devasso dos néctares. Segundos depois, o seu próprio orgasmo explodiu e seu corpo se partiu estremecendo em uma resposta carnal.
Mais tarde, deitada desossada em seus braços, ela estava muito saciada para se mover. Ao contrário dos outros homens que ela entretinha, ele sempre a mantinha por perto depois de tudo finalizado. Ela sentiu o beijo suave que ele colocou contra sua testa úmida.
—Obrigado, — ele sussurrou.
—O prazer é meu.
Humor retumbou no peito dele.
—Você é o prazer, Mina.
O nome dela era Wilhelmina. A maioria a chamava de Billie, mas este homem notável lhe dera um nome único só dele: Mina. Ser tratada como tal sempre abria um espaço dentro de seu coração,que não tinha motivo de existir, porque o relacionamento deles era baseado unicamente em dinheiro, nada mais.
Deixando de lado o pensamento melancólico, ela se esgueirou para fora da cama e foi para trás do biombo para tirar sua esponja e lavar-se. Ver buracos na esponja fez seus olhos se arregalarem, e ela rapidamente olhou por cima do ombro como se ele pudesse estar observando.Fazendo uma nota mental para gastar mais em sua proteção futuramente, porque a última coisa que ela precisava em sua linha de trabalho era uma criança, ela descartou a esponja, limpou-se e retornou para ficar ao lado da cama.
—Você deveria me deixar trocar os lençóis.
Ele levantou-se sobre um cotovelo. Andrew Antonio Yates era o homem mais bonito na terra, e seu sorriso sedutor também residia em um lugar secreto no coração dela.
—Nós simplesmente vamos suja-los novamente.
—Você tem um ponto, — ela respondeu, sentando-se na beira do colchão de pelúcia. —Com você por aqui nenhuma quantidade de roupa de cama limpa é suficiente, eu aprendi.
—Isso tem muito a ver com a minha companhia.— Suas mãos encontraram sua cintura e gentilmente a puxaram de volta para que ela pudesse se deitar ao lado dele novamente. —Que tal uma refeição? Estou faminto.
Eles estavam em uma das suítes mais caras em um dos hotéis mais caros de São Francisco. Sem o patrocínio dele, nunca teriam permitido que uma garota como ela entrasse em um lugar como aquele.
—Isso seria bom já que eu estou faminta também.








Trilogia Destino
1 - Abraço do Destino
2- Rendida ao Destino
3- Cativo do Destino

20 de novembro de 2018

Abraço do Destino

Trilogia Destino
Mariah Cooper de Filadélfia, cresceu numa casa sem amor, criada por revoltada mãe solteira. 

Logan Yates teve a experiência oposta: ele é o filho de um fazendeiro negro, criado pela sua madrasta da alta sociedade espanhola, junto com os seus dois meios-irmãos, rodeado por amor. Quando Mariah vai até á Califórnia para se tornar a sua governanta, Logan está certo, que a garota da cidade vai fugir com o rabo entre as pernas. 
Em vez disso, Mariah encontra o seu temperamento e coragem, e as faíscas que voam entre eles, mudam de uma batalha de vontades, para um arroubo de paixão.

Capítulo Um

Rancho Destino, Condado de Yolo, California, Abril 1885
Alanza Yates estava na varanda de seu rancho, sentido o ar fresco da manhã e olhando a vasta paisagem verde. Ao longe, perto da linha de árvores que ladeavam as montanhas, cavalos e potros destinados à venda galopavam vagarosamente sob os olhos vigilantes dos que cuidavam do rancho. A oeste, movendo- se lentamente, o gado, também destinado à venda, engordava nas pastagens abertas e bebia no riacho claro que serpenteava dos morros. 
Seus pomares, com limoeiros e laranjeiras, dividiam espaço com fileiras de videiras que estavam carregadas de frutas. O rancho, originalmente estabelecido por seu avô, e passado para o pai após a sua morte foi o local de nascimento dela. Quando era jovem e a área era conhecida como a Alta Califórnia do México, passara de uma ponta a outro da propriedade sem nenhuma preocupação com o mundo. Desde então, muitas coisas mudaram e, o mais importante, ela também.
Nasceu Alanza Maria Vallejo, filha única e mimada do rico e bem relacionado Don Francisco Vallejo, que traçou sua linhagem durante os dias de glória da Espanha. Alanza foi educada pelos frades e freiras.
Quando tinha quinze anos viajou muito pelo México e pela Europa e foi prometida em casamento a Don José Ignácio, um homem trinta e cinco anos mais velho do que ela. Ela o odiava. Ele e suas mãos suadas estavam sempre tentando tocá-la, quando a encontrava sozinha, nos corredores de sua casa, sem seus pais ou sua governanta.
Seus olhos maliciosos parecidos com os de um porco, e o jeito que ele lambia os lábios como se ela fosse algo que ele planejava comer, fazia com que o odiasse ainda mais, então ela se recusou a honrar o acordo de casamento. Seu pai se enfureceu, sua mãe chorou, e as famílias espanholas vizinhas balançaram a cabeça com sua insolência escandalosa, enquanto sussurravam atrás de seus admiradores sobre sua reputação. 
Para piorar a situação, ela estava secretamente apaixonada por um homem que não era descendente de espanhóis. Seu nome era Abraham Yates. Seus pais não teriam se importado com sua herança africana, afinal, havia muitas famílias no México e na Califórnia, com o mesmo sangue, incluindo mais da metade dos colonos originais da cidade de Los Angeles.
O que importaria a eles era que Abraham era um americano. Aos seus olhos, seus laços com a Festa da Bandeira do Urso, um grupo cujas maquinações abriram o caminho para o governo americano conquistar a Califórnia do México através de subterfúgios, e depois da guerra, teriam feito com que eles enviassem sua única filha para um convento e nunca ver ou falar com ela novamente. Exigiram que se casasse com Dom Ignácio, mas porque ela era teimosa e mimada, fugiu para o seu amor secreto com a esperança de que ele a levasse junto.
Sendo um homem honesto, Abraham imediatamente a trouxe de volta para seus pais. Mas o dano já estava feito, agora, nenhum espanhol de boa família iria querê-la, então um padre foi imediatamente convocado, e depois de suportar o único espancamento já dado pela mão de seu pai, Alanza rapidamente se casou com o viúvo Abraham Yates e tornou-se sua esposa e madrasta de Logan, seu filho de seis anos.
Alanza suspirou com a lembrança. Tinha sido tão arrogante e cheia de si mesma naquela época. Se soubesse então, o que a vida tinha lhe reservado, teria se atirado aos pés de seu pai e implorado por perdão e misericórdia. Depois da cerimônia, ela e Abraham voltaram para sua pequena cabana. Sua admissão de não estar apaixonado por ela destruiu seu mundo.
Ele não tinha ideia de que ela tinha sentimentos tão fortes por ele, e disse a ela que, se soubesse, teria gentilmente lhe apontado à verdade. Não tendo nenhuma experiência com homens, ela entendera os sorrisos suaves que ele lhe dava quando vinha ao rancho para cuidar dos cavalos de seu pai. 
Cada vez que ele chegava, ela achava algum motivo absurdo para falar com o pai sempre que os dois conversavam, apenas para se aquecer no sorriso de Abraham. Mas na noite de seu casamento, percebeu que não era nada mais do que uma criança vaidosa e mimada que havia envergonhado a si mesma e sua família, e que havia forçado um homem austero, mas compassivo a ser ligado a ela até que a morte os separasse. Sua humilhação, a culpa e a vergonha não conheciam limites.
— Senora? — com o seu devaneio quebrado, Alanza se virou para a governanta irlandesa.
— Sim, Bonnie?
— O Sr. Logan e seus homens retornaram. Você deseja que o almoço seja servido antes ou depois de recebê-lo em casa?
— Depois, Bonnie. Gracias. E traga minha carruagem, por favor.
Bonnie partiu, deixando Alanza sozinha com seus pensamentos novamente. Fez uma prece silenciosa de agradecimento por Logan ter retornado em segurança. Oito anos depois de seu casamento, Abraham perdeu a vida em um deslizamento de rocha. Para não sobrecarregar Logan com seus medos de que ele sofreria um destino semelhante, sempre que estava longe, ela dormia sem sossego e acendia velas extras para a Virgem Mãe em seu nome.
Muitas segundas esposas escolheram se distanciar das crianças trazidas para o casamento pelos maridos, mas ela amara Logan desde o momento em que o conhecera. Os anos que se seguiram à morte de Abraham estavam cheios de desespero e de uma pobreza extrema que ela nunca poderia ter imaginado enquanto crescia na casa de seus pais, sendo esperada por um pequeno exército de criados e dormindo sob lençois de seda. Logan se tornou sua pedra de toque e sua luz durante esse tempo. 
Conversava com ela, ouvia suas esperanças e sonhos e trabalhava incansavelmente ao lado dela. De muitas maneiras, ainda fazia esse papel. Embora ela não o tivesse dado à luz, era seu filho, e amava-o tão ferozmente quanto se o tivesse carregado.








Trilogia Destino
1 - Abraço do Destino