Trilogia Solteiros e Desavergonhados
Foi um erro inconfessável, uma noite de paixão que decidiram esquecer, até que um diário que deveria ter permanecido escondido volta a uni-los.
Luke, visconde de Altea, retornou da guerra da Espanha disposto a divertir-se como só fazem os cavalheiros solteiros.
Madeleine é uma jovem viúva e mãe exemplar que despreza profundamente a vida que o visconde leva.
Despreza sua frivolidade e sobretudo não perdoa a distância que impôs entre ambos depois de uma inesquecível noite de paixão.
Mas agora Madeleine precisa de alguém como Luke, acostumado a mover-se entre as pessoas de classe baixa, porque está convencida de ter matado um homem cujo cadáver jaz em sua saleta.
Sabe que só ele pode salvá-la.
O que impulsionou à bela Madeleine a atacar o nobre que foi visitá-la? Um diário.
Um diário que ela nem sequer escreveu e que jamais deveria ter saído do quarto conjugal e em cujas páginas seu falecido marido descrevia com detalhes a arte do erotismo que compartilhou com sua esposa durante o pouco tempo que desfrutou do casamento.
Um diário que arrastará Luke e Madeleine para um território familiar e ao mesmo tempo inesperado, infestado de perigos imprevistos e sensações inesquecíveis...
Comentário revisora Joelma: Raramente gosto de um luvinha, dos mocinhos para ser mais exata.
Esse livro, no entanto, me surpreendeu. Gostei especialmente da mocinha, viúva, bem resolvida, que sabe o que quer e não tem medo de enfrentar as consequências para ter o que quer e mesmo tendo sofrido ao perder o marido não tem medo de entregar seu coração novamente e lutar por esse amor.
Ah, tem uma história paralela que acontece com a irmã do mocinho e um primo que tem momentos muito bons.
Capítulo Um
Londres, 1816
Morada de Satã
O assunto se resolveu com um duelo à antiga, sem pistolas nem espadas.
“É culpa minha e só minha”, dizia-se Luke Daudet, visconde de Altea, que ultimamente se mostrava mais inquieto e temerário que nunca tanto com as mulheres quanto nas cartas.
Pelo visto, sua reputação o precedia. Chegou o momento de pagar por seus erros.
—Sete mil é uma soma de meninos, não de homens. O desafio foi proferido discretamente, mas todos os presentes pareciam ter ouvido.
O homem que tinha na sua frente sorriu.
—Quer dar mais emoção, milord? Restam duas cartas para fechar a mão… por que não subimos um pouco a aposta? Se tiver você coragem, claro. O que lhe parece se fizermos uma aposta à parte você e eu, Altea? O fogo da esplêndida lareira de mármore estava muito forte, a julgar pelo calor sufocante naquela sala mal ventilada.
As grossas cortinas de veludo cheiravam a colônia, tabaco e brandy derramado.
O silêncio se propagava como a névoa em um cemitério; ouvia-se apenas o intenso crepitar da madeira de fundo.
Até os criados uniformizados deixaram de passear com suas bandejas de taças para ficar imóveis na penumbra, contemplando o desenrolar da cena.
“Maldição. Em que grande confusão eu me meti.” Haveria uma forma diplomática de escapar daquela situação insustentável? Ele duvidava, uma vez que, pensando bem, tudo aquilo era fruto irremediável de sua recente entrega ao mais absoluto desenfreio.
Procurando não demonstrar o menor entusiasmo, Luke se limitou a sorrir condescendente.
—De quanta emoção estamos falando? —perguntou cordialmente.
—De muita mais. O que me diz milord? Estefan, o crupier, esperava com suas longas mãos imóveis e as cartas suspensas sobre a castigada toalha de mesa.
Os olhos frios e escuros daquele observador mudo, sempre vestido de preto, impávido e quase tão animado quanto um cadáver, pareciam mostrar uma faísca de interesse, e suas finas sobrancelhas pretas se elevavam curiosas.
Na Morada de Satã não havia limites.
Era célebre por acolher apostas que faziam vacilar até aos mais ricos, um lugar no qual aristocratas e comerciantes se misturavam sem dramas.
Para entrar, bastava ter dinheiro. Luke era rico, embora não fosse o único de seu status naquela sala cheia de fumaça.
—Gostaria de saber o que você considera “uma soma de homens”, senhor. —Luke elevou os ombros com indolência.
Em algum lugar, alguém soltou uma gargalhada nervosa.
Albert Cayne, de meia-idade e bem vestido, assentiu com um aceno brusco. Era um homem corpulento, de olhos vivos e escuros, e o rosto cheio.
Exceto pelo rubor de seu já corado semblante, parecia um cara tranquilo e seguro.
—Por mais visconde que você seja, milord, tentar esgueirar-se assim não está certo. Tudo o que tenho eu mesmo ganhei e, se tiver vontade de investir uma boa soma em uma aposta, eu o farei. O que lhe parece vinte mil ao mais afortunado? “Vinte mil?” Por uma carta? Admirava a coragem daquele homem insensato. A mesa que havia a suas costas, onde se jogava trinta e quarenta, parou de fingir interesse por seu próprio jogo e a sala inteira se viu inundada de repente por um forte murmúrio.
“Abandone.” “Não. Fique. Não seja covarde.” Com uma levíssima inclinação de cabeça, ele aceitou a aposta.
Quando o boato se espalhasse pelas altas esferas londrinas, ele pensou com tristeza enquanto erguia a mão em um gesto deliberadamente lânguido para pedir uma carta, a metade das mães preocupadas em encontrar um bom marido para suas jovens filhas o poria em sua lista negra.
Bom, dava no mesmo. Não tinha interesse em casar.
Escandaloso, nobre e rico era uma boa combinação, embora ao suprimir “rico” se transformasse imediatamente em pouco mais que um cavaleiro e um preguiçoso.
Qualquer homem disposto a dilapidar tão alegremente uma soma semelhante de seus bens terrenos em um jogo de azar não era um bom partido.
Podia permitir-se perder, mas devia admitir que a extravagância o assustasse, assim como seus motivos para realizá-la.
Não o perturbava que algumas senhoritas a menos se abanassem ao vê-lo.
O que realmente o preocupava era o que poderiam pensar sua mãe e suas irmãs.
Isso, ele pensou com certa amargura enquanto levantava a carta, a olhava e voltava a deixá-la sobre a mesa, não era algo que alguém pudesse confessar quando se achava na pior casa de jogo clandestino de toda a Inglaterra.
Cayne também pegou uma carta, e o silvo do suspiro coletivo no momento em que a guardou soou como um balde de água jogado sobre as brasas.
Seu sorriso era enigmático, seu olhar firme.
Mais uma carta.
Trilogia Solteiros e Desavergonhados
1 - Meu Lorde Escândalo
2 - Um Erro Inconfessável
3 - Seu Segredo Pecaminoso
Trilogia Concluída
Oi!!! Gosto dos livros dessa autora das histórias paralelas e tudo mais, lendo Um erro inconfessável fiquei muito curiosa para ler o resto da trilogia, os outros dois livros serão postados??? muito obrigada esse blog é tudo de bom, há anos eu viajo nele, só gostaria de ter mais tempo para ler esses livrinhos como antes !!! Jenna e Seriam vcs são um amor continuem assim gatinhas, bjos
ResponderExcluirOi Leysle, seja sempre bem-vinda, por enquanto o grupo não está em atividade, qdo voltar presumo que continue a revisar a trilogia. bjs
ResponderExcluir