Reunidos em circunstâncias mortais...
Encarregado de investigar secretamente uma série de mortes suspeitas, Charles Hunter encontra-se novamente com Georgiana Huffington, querida da sociedade, que partiu seu coração muitos anos antes. Ela é uma mulher com um passado misterioso – poucos dias depois de fazer seus votos, os dois maridos de Georgiana morreram em circunstâncias duvidosas.
Conforme Charles trabalha com Georgiana para provar sua inocência, ela se vê cativada pelo homem que ele se tornou. Ainda diabolicamente bonito, agora está mais cauteloso, mais... perigoso. Georgiana teme que esteja perdendo o coração para ele, mas será que seu amor fará de Charles a próxima vítima do assassino?
A criatura sedutora fez uma reverência educada, com os olhos baixos. Ela se lembraria do extraordinário e único beijo que eles haviam roubado em um jardim sete anos atrás?
Ele pegou a mão dela e se curvou.
— Encantado novamente, Sra. Huffington. Há quanto tempo
você está na cidade?
— Não muito tempo, senhor – disse ela, erguendo os olhos das mãos unidas. — Acabei de voltar de Kent.
Ele levou um momento para absorver seus notáveis olhos verdes. Não eram esmeralda. Não eram cinza-esverdeado ou verdemar.
Os dela eram mais... verde-oliva. E tão cativante quanto haviam sido anos atrás. Sua memória não lhe falhara. Nem a dela – a julgar pelo sutil rubor em suas bochechas. Sim, ela se lembrava daquele
surpreendente único beijo também. Ah, mas ela não era mais uma recatada menina. Não, esta Georgiana era uma mulher de considerável experiência. Uma que ele não teria escrúpulos em seduzir.
Capítulo Um
Londres, abril de 1822.
Charles Hunter sempre se sentava de costas para a parede para evitar surpresas desagradáveis – uma tática que ele aprendera com seu superior no Ministério do Interior, Lorde Wycliffe – e a Taverna do Cachorro Negro não era um lugar onde alguém iria querer ser surpreendido. Charles observou Wycliffe aproximar-se dele, imaginando por que ele organizara esta reunião fora do escritório. A expressão sombria em seu rosto não era reconfortante. Problemas, então. Problemas, sérios e altamente confidenciais já que não puderam falar sobre eles no Ministério do Interior. Ele bebeu um profundo gole de sua caneca e gesticulou para a caneca de cerveja que estava à espera, a qual Wycliffe levantou prontamente.
— Hunter — ele disse enquanto se sentava. Charles assentiu.
— Do que se trata? — É sigiloso, Hunter. Eu não posso fazê-lo aceitar o empreendimento, mas seria bom para sua carreira se fizesse isto. Provavelmente conseguirá a designação para o Ministério das Relações Exteriores que você me solicitou. Foi por isso que pensei em dar a você uma primeira chance.
O Ministério das Relações Exteriores? Esta era uma gorda cenourinha a balançar na frente dele. Ele queria dar o fora da maldita Inglaterra há meses. Talvez uma transferência limpasse a sua cabeça. Desde que fora ferido no outono passado, ele estava inquieto, com raiva e um pouco imprudente. Ficar ao lado do seu melhor amigo quando este havia sido baleado na cabeça poderia fazer isto com um homem, ele fora informado.
— Do que se trata? Wycliffe suspirou e olhou para sua cerveja.
— Longa história. Primeiro, você conheceu a antiga protegida da falecida Lady Caroline Betman, Georgiana Carson, atualmente conhecida como a Sra. Gower Huffington? Charles escondeu sua surpresa e amaldiçoou a rápida reviravolta que suas entranhas deram ao ouvir este nome. Se ele a conhecia? Inferno, ele estava prestes a propor casamento a ela quando sua guardiã lhe informara que seus sentimentos não eram retribuídos. Mas isso fora antes dela se casar pela primeira vez. Ela era tão nova. Tão bonita. Tão desonesta.
— Nós nos conhecemos – ele admitiu. — O que você pensa sobre ela ? — Eu sempre achei que ela é cativante. Inteligente e segura, embora protegida e... Wycliffe assentiu novamente, como se confirmando a opinião de Charles.
— Inescrutável? Charles encolheu os ombros. Ele estava prestes a dizer traiçoeira, mas talvez tenha sido apenas sua experiência. — Indiferente, eu diria. E não dada a emoções.
— Estranho para uma mulher que foi casada por duas vezes.
— E viúva duas vezes. E que agora se esconde no campo, pelo que ouvi.
— Então você não está sabendo? — Wycliffe estreitou os olhos quando se recostou na cadeira. — A Sra. Huffington voltou para a cidade. A conexão se perdera para ele.
O que Georgiana Huffington, nascida Carson, tinha a ver com a atribuição de Wycliffe? Ele massageou o ombro, ainda dolorido pela bala que ele levara quando seu amigo fora morto em outubro passado.
— Sim, ela voltou para a cidade e....?
— Bom Deus, Hunter! Onde você esteve? Permita-me atualizá-lo — Wycliffe se inclinou para frente novamente e baixou a voz como se temesse que pudessem ouvi-lo. — Há rumores de que ela matou seus maridos. Charles olhou fixamente para sua cerveja, lembrando sua obsessão pela mulher há sete anos. Ele havia sido levado por aqueles olhos verde-oliva e a promessa de curvas exuberantes sob seus vestidos recatados de menina. Ela era tímida, doce e possuidora de um humor gentil que ele achara cativante, mas sempre haveria uma pitada de escuridão e mistério sobre ela.
— Ela não se parece com o tipo. — Você, melhor que a maioria, sabe que as aparências enganam. Ora, você testemunhou coisas que chocariam a sociedade, deixando-a sem palavras, com a possível exceção de mim. Sim, a mentira e a duplicidade que ele havia visto sob a aparência inofensiva não mais o surpreendiam. Ele era um homem cansado. — Mas estou feliz que você a ache atraente. Isso facilitará seu trabalho. Um trabalho envolvendo a Sra. Huffington?
Série Irmãs O’Rourke/Série Irmãos Hunter1 - Indiscrições
2 - Beijos de Fel
3 - Despindo Lilly
4 - Um Libertino à Meia-Noite
5 - Uma Ligação Audaciosa
Série Concluída
Encarregado de investigar secretamente uma série de mortes suspeitas, Charles Hunter encontra-se novamente com Georgiana Huffington, querida da sociedade, que partiu seu coração muitos anos antes. Ela é uma mulher com um passado misterioso – poucos dias depois de fazer seus votos, os dois maridos de Georgiana morreram em circunstâncias duvidosas.
Conforme Charles trabalha com Georgiana para provar sua inocência, ela se vê cativada pelo homem que ele se tornou. Ainda diabolicamente bonito, agora está mais cauteloso, mais... perigoso. Georgiana teme que esteja perdendo o coração para ele, mas será que seu amor fará de Charles a próxima vítima do assassino?
A criatura sedutora fez uma reverência educada, com os olhos baixos. Ela se lembraria do extraordinário e único beijo que eles haviam roubado em um jardim sete anos atrás?
Ele pegou a mão dela e se curvou.
— Encantado novamente, Sra. Huffington. Há quanto tempo
você está na cidade?
— Não muito tempo, senhor – disse ela, erguendo os olhos das mãos unidas. — Acabei de voltar de Kent.
Ele levou um momento para absorver seus notáveis olhos verdes. Não eram esmeralda. Não eram cinza-esverdeado ou verdemar.
Os dela eram mais... verde-oliva. E tão cativante quanto haviam sido anos atrás. Sua memória não lhe falhara. Nem a dela – a julgar pelo sutil rubor em suas bochechas. Sim, ela se lembrava daquele
surpreendente único beijo também. Ah, mas ela não era mais uma recatada menina. Não, esta Georgiana era uma mulher de considerável experiência. Uma que ele não teria escrúpulos em seduzir.
Capítulo Um
Londres, abril de 1822.
Charles Hunter sempre se sentava de costas para a parede para evitar surpresas desagradáveis – uma tática que ele aprendera com seu superior no Ministério do Interior, Lorde Wycliffe – e a Taverna do Cachorro Negro não era um lugar onde alguém iria querer ser surpreendido. Charles observou Wycliffe aproximar-se dele, imaginando por que ele organizara esta reunião fora do escritório. A expressão sombria em seu rosto não era reconfortante. Problemas, então. Problemas, sérios e altamente confidenciais já que não puderam falar sobre eles no Ministério do Interior. Ele bebeu um profundo gole de sua caneca e gesticulou para a caneca de cerveja que estava à espera, a qual Wycliffe levantou prontamente.
— Hunter — ele disse enquanto se sentava. Charles assentiu.
— Do que se trata? — É sigiloso, Hunter. Eu não posso fazê-lo aceitar o empreendimento, mas seria bom para sua carreira se fizesse isto. Provavelmente conseguirá a designação para o Ministério das Relações Exteriores que você me solicitou. Foi por isso que pensei em dar a você uma primeira chance.
O Ministério das Relações Exteriores? Esta era uma gorda cenourinha a balançar na frente dele. Ele queria dar o fora da maldita Inglaterra há meses. Talvez uma transferência limpasse a sua cabeça. Desde que fora ferido no outono passado, ele estava inquieto, com raiva e um pouco imprudente. Ficar ao lado do seu melhor amigo quando este havia sido baleado na cabeça poderia fazer isto com um homem, ele fora informado.
— Do que se trata? Wycliffe suspirou e olhou para sua cerveja.
— Longa história. Primeiro, você conheceu a antiga protegida da falecida Lady Caroline Betman, Georgiana Carson, atualmente conhecida como a Sra. Gower Huffington? Charles escondeu sua surpresa e amaldiçoou a rápida reviravolta que suas entranhas deram ao ouvir este nome. Se ele a conhecia? Inferno, ele estava prestes a propor casamento a ela quando sua guardiã lhe informara que seus sentimentos não eram retribuídos. Mas isso fora antes dela se casar pela primeira vez. Ela era tão nova. Tão bonita. Tão desonesta.
— Nós nos conhecemos – ele admitiu. — O que você pensa sobre ela ? — Eu sempre achei que ela é cativante. Inteligente e segura, embora protegida e... Wycliffe assentiu novamente, como se confirmando a opinião de Charles.
— Inescrutável? Charles encolheu os ombros. Ele estava prestes a dizer traiçoeira, mas talvez tenha sido apenas sua experiência. — Indiferente, eu diria. E não dada a emoções.
— Estranho para uma mulher que foi casada por duas vezes.
— E viúva duas vezes. E que agora se esconde no campo, pelo que ouvi.
— Então você não está sabendo? — Wycliffe estreitou os olhos quando se recostou na cadeira. — A Sra. Huffington voltou para a cidade. A conexão se perdera para ele.
O que Georgiana Huffington, nascida Carson, tinha a ver com a atribuição de Wycliffe? Ele massageou o ombro, ainda dolorido pela bala que ele levara quando seu amigo fora morto em outubro passado.
— Sim, ela voltou para a cidade e....?
— Bom Deus, Hunter! Onde você esteve? Permita-me atualizá-lo — Wycliffe se inclinou para frente novamente e baixou a voz como se temesse que pudessem ouvi-lo. — Há rumores de que ela matou seus maridos. Charles olhou fixamente para sua cerveja, lembrando sua obsessão pela mulher há sete anos. Ele havia sido levado por aqueles olhos verde-oliva e a promessa de curvas exuberantes sob seus vestidos recatados de menina. Ela era tímida, doce e possuidora de um humor gentil que ele achara cativante, mas sempre haveria uma pitada de escuridão e mistério sobre ela.
— Ela não se parece com o tipo. — Você, melhor que a maioria, sabe que as aparências enganam. Ora, você testemunhou coisas que chocariam a sociedade, deixando-a sem palavras, com a possível exceção de mim. Sim, a mentira e a duplicidade que ele havia visto sob a aparência inofensiva não mais o surpreendiam. Ele era um homem cansado. — Mas estou feliz que você a ache atraente. Isso facilitará seu trabalho. Um trabalho envolvendo a Sra. Huffington?
2 - Beijos de Fel
3 - Despindo Lilly
4 - Um Libertino à Meia-Noite
5 - Uma Ligação Audaciosa
Série Concluída
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!