21 de janeiro de 2020

Diabo das Terras Altas

Saga das Terras Altas/ Família Murray

Quando uma mulher ruiva tenta roubar o cavalo de Sir Gybbon Murray em sua jornada de volta à fortaleza dos Murray, ele agradece as suas estrelas da sorte, por seu cavalo ser um brutamonte rude e mal criado — e que a bela ladra não está tão ferida a ponto de não conseguir contar sua história. 

Ele não é uma babá para moças delicadas, mas Mora Ogilvy está fugindo de seus primos cruéis, temendo pela própria vida. Então, quando ela conta sobre a casa que eles tomaram dela e sobre o homem que eles dizem que ela matou, Gybbon toma uma decisão. Ele não deixará que tamanha injustiça continue.
O orgulho de Mora exige que ela volte para suas terras, mas não arriscará a vida do belo e perverso cavalheiro e a família dele. Ainda, ela precisa se recuperar de suas lesões, e ficar próxima à Gybbon, na fortaleza do irmão dele, é uma solução tentadora. Poucas semanas ao seu lado servirão como uma amável lembrança para quando retornar, para lutar suas próprias batalhas. Exceto a profunda traição de seus primos — e a ferocidade do amor de Gybbon — pode fazer com que seu coração contrarie seus planos.

Capítulo Um

A maneira com que seus primos irromperam na casa sobressaltou e assustou Mora. Ela pausou em colocar sua capa.
— O que vocês querem? — ela exigiu enquanto empurrava Andrew para trás de si.
— Nós queremos que você vá embora — respondeu Robert, o mais velho.
— Por quê? Eu tenho o direito de ficar aqui e manter a casa para o retorno dos meus irmãos — Ela sentiu um arrepio com o olhar que cruzou a face de Robert.
— Nós podemos manter a casa para eles. Agora que seus pais estão mortos, não é certo que você fique aqui sozinha. Como você se sairá sem ninguém trazendo dinheiro?
— As cabras me dão leite e eu tenho queijo para fazer e vender. Não é uma vida abundante, mas servirá.
Robert olhou para seus irmãos e acenou para a porta dos fundos. Todos os três foram naquela direção. Mora tentou detê-los, mas Robert parou o suficiente para lhe dar um tapa no rosto e ela caiu no chão. Ela estava apenas se levantando quando ouviu o primeiro grito da cabra. De olho em Murdoch, que saiu correndo pela porta e tentou impedir o que seus irmãos estavam fazendo, ela agarrou a mochila que havia preparado, entregou para o jovem Andrew e apressadamente o passou pela janela para que ele fugisse.
— Corra com as cabras se alguma conseguir escapar. Vá para a tia Maggie.
— Mas você deveria vir também, — Andrew disse. — Nós deveríamos ficar juntos.
— Vá. Eu irei assim que puder. Vá!
Ela observou ele correr para a floresta e um momento depois viu várias de suas cabras fugindo também. Felizmente seus primos não haviam matado todos os animais, ela se virou e viu Murdoch gravemente ferido, apoiado no batente da porta, observando-a.
Os três irmãos mais velhos reapareceram e ela ficou tensa.
— Vocês não deveriam ter matado meus animais. Fico feliz que alguns deles tenham sentido o perigo e escaparam.
— De toda forma você não será capaz de reunir todas de volta — ridicularizou Robert enquanto andava em sua direção. — Agora nós cuidamos de seus pais e de suas cabras malditas.
Choque tornou seu sangue frio e ela falou em uma voz suavizada pelo terror — Não foram os ladrões. Foram vocês que mataram meus pais. Vocês provavelmente pegaram aquilo que eles ganharam com as vendas das mercadorias também.
Robert gargalhou. — É claro que fizemos isso. E isso mostrou que eles tiveram um bom dia no mercado. Eles não precisavam disso e também não queriam. E, maldição, onde está o pirralho do Andrew?
— Você espera que eu diga onde ele está quando você acabou de admitir que matou nossos pais?
— Claro, e se você negar, nós podemos facilmente fazer com que você nos conte qualquer coisa.
— Eu acho que as pessoas desaprovarão você torturar sua própria prima, especialmente se essa garota acabou de se tornar órfã.
— Não quando eu disser que você é a ladra e a assassina.
— Que besteira é essa? Eu não roubei nada e não matei ninguém.
— Você roubou dinheiro do nosso pai e matou o homem que estava cuidando dele.
— William morreu? Como isso aconteceu? 








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