2 de dezembro de 2020

Por Posse

Série Medieval

Uma dama comum...

Durante anos ela pensou que ele estava morto. Porém, quando Addis de Valence entrou na cabana de Moira Falkner, não havia como confundir os planos acentuados de seu rosto e a cicatriz que ela mesma ajudara a curar. O jovem escudeiro que outrora fora seu herói era agora seu senhor, um homem endurecido que voltou para reclamar o filho que ela criara como seu. Mas Moira não podia negar que Addis despertou uma paixão que ela nunca pensou em sentir, e uma perigosa esperança para um futuro que nunca poderia ser… Um amor incomumAddis retornou das Cruzadas para encontrar suas terras usurpadas pelo seu meio-irmão e seu país à beira da rebelião. Determinado a reivindicar o seu direito de nascença, Addis não podia se dar ao luxo de ser distraído por uma mulher, mesmo uma tão tentadora quanto Moira. No entanto, a única parte viva de seu passado feliz estava em Moira, e seu desejo por ela era mais perigoso do que suas 
batalhas mortais com os homens do rei. Por lei, Moira pertencia a ele..., mas possuir seu coração poderia ser muito mais difícil. Uma rendição à paixão Moira virou a cabeça para encontrar Addis olhando para ela.
Apesar do luar sombrio, ela leu, ou melhor, ela sentiu, sua expressão e seu coração reviraram com um sobressalto alarmante. Seus lábios tomaram os dela antes que ela pudesse organizar qualquer resistência. Suave, mas firme, aquele primeiro beijo falava uma determinação que dizia que nada menos que uma luta pesada o deteria. Objeções fracas brevemente flutuaram por sua mente antes que ela sucumbisse a doce beleza disso. Aquele manto invisível envolveu a ambos agora, tão reconfortantes em seu calor e proteção. A deliciosa ligação a esmagou, e as explicações cuidadosas recém-articuladas desapareceram juntamente com todos os seus pensamentos, carregados pela brisa da noite. Ele terminou o beijo e acariciou seu rosto, seus dedos passando por trás de suas orelhas até os alfinetes segurando sua touca. Ele deslizou o pano e pressionou a boca no pescoço dela antes de cuidadosamente ir trabalhar em seu véu. — Você perguntou o que eu quero com você, Moira — ele disse enquanto beijava e mordia e lambia sua orelha de um jeito que a fazia tremer. — Eu quero tudo. 

 Capítulo Um

Wiltshire, Inglaterra 1326
Moira sentiu o perigo antes de ouvir. Ele retumbou do chão por suas pernas e pelas suas costas enquanto ela se debruçava sobre o fogão, colocando um pouco de água para aquecer. Ela congelou quando um trovão distante começou a sacudir o ar frio da madrugada entrando pela porta aberta. Ela disparou para a soleira quando o som ficou mais forte. Pisando do lado de fora, ela viu os homens se aproximarem através da neblina da manhã. Eles desceram a colina da casa senhorial de Darwendon, mirando a aldeia, quatro formas escuras voando em corcéis velozes com mantos curtos acenando atrás deles. Eles pareciam falcões de pernas voando pela névoa prateada. Correndo para um catre no canto, ela se agachou e sacudiu o pequeno corpo ali deitado. — Brian levanta agora! Rapidamente.Braços e pernas bronzeados pelo Sol se sacudiram e se esticaram e ela puxou um pulso enquanto se levantava.
— Agora, de uma vez criança! E em silêncio, como eu te disse. Olhos azuis piscaram alerta com alarme e ele correu atrás dela para uma janela de trás. Ela podia ouvir os cavaleiros galopando em direção às casas agora. Brian parou no parapeito, com a cabeça loira para fora e a traseira ainda para dentro, torcendo-se com
apreensão em direção a ela. Onde eu te mostrei e se proteja bem. Não saia, não importa o que você ouvir — ela ordenou, dando-lhe um empurrão firme. Mesmo se você ouvir meus gritos. Ela observou até que ele desapareceu atrás do barracão em que ela guardava suas cestas, depois fechou as venezianas e sentou na cama estreita. Com movimentos rápidos, ela amarrou o cabelo despenteado atrás do pescoço com um lenço, alisou o vestido caseiro manchado e se esticou para mover a cesta de cerzir perto dos seus pés. Levantando um véu rasgado, ela fingiu costurar.Ela tentou manter a calma enquanto os cavalos clamavam em direção a ela com um ruído violento. Eles não estavam parando na aldeia. Eles estavam vindo para cá, para esta casa. A bile ácida de medo subiu para sua boca e ela sugou nas suas bochechas e forçou-a para baixo. Dois cavalos pararam do lado de fora em uma mistura de cascos e pernas e voltas giratórias. Dois homens se afastaram e se dirigiram a ela. Eles entraram e espiaram ao redor do aposento escuro.
— Onde está o menino? — perguntou um deles. — Que menino? Não há nenhum menino aqui. O homem caminhou a passos largos até o grande baú defronte a parede, abriu-o e começou a vasculhar as vestimentas internas. Ela não protestou. As coisas de Brian não estavam lá, ou em qualquer lugar em que poderiam encontra-las facilmente. Ela havia se preparado para este dia, embora os anos que passaram a tenham levado a acreditar que ele estava seguro e esquecido. O outro homem agarrou seu braço e puxou-a da cama. — Diga-nos onde ele está ou vai ser pior para você.
— Eu não tenho menino. Nenhum filho. Eu não sei de quem você está falando.
— Claro que você sabe — uma nova voz disse.


Série Medieval
1- Por Posse 
2 - Por Desígnio
3 - próximo lançamento
 4 - O Acordo
5 - O Protetor
6 - O Lord das Mil Noites
6.5 - A Interrupted Tapestry

  

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