15 de novembro de 2022

O Lobo das Highlands

Série Noivas das Highlands

O Lobo das Highlands é o décimo livro da série Noivas das Highlands, e acompanha Claray MacFarlane ao ser resgatada, antes de um casamento indesejado, por um mercenário temido chamado O Lobo. 

Enquanto viaja com o Lobo, também conhecido como Conall, Claray fica sabendo que ele foi enviado por seu pai e que é o seu noivo. Claray e Conall têm uma química maravilhosa, e os seus sentimentos crescentes um pelo outro são encantadores. Conall é um homem paciente, e ele trata bem a Claray e aos seus seguidores. A sua ligação é mais profunda do que Claray conhecia originalmente, o que contribui para a natureza romântica da sua história. Ameaças do seu presente e do passado de Conall acrescentam intriga, perigo e aventura à história, e há várias revelações chocantes em relação a Conall e ao assassinato da sua família. 

Este é o décimo livro da série, mas não é preciso ler os outros livros para seguir este. No entanto, a leitura dos livros anteriores fornece definitivamente um contexto e explora as relações e histórias de amor de várias personagens deste livro.
A ligação com as histórias dos livros sobre os Buchanan, provem do fato de que a mãe de Claray é irmã do pai dos Buchanan. As terras do clã de sua família fazem fronteira com as terras dos Buchanan.

Capítulo Um

Claray estava de pé na janela, debatendo os méritos de pular para a morte em vez de se casar com Maldouen MacNaughton, quando uma batida na porta a fez enrijecer. O barulho alto soou como uma sentença de morte. Isso significava que seu tempo havia acabado. Eles vinham para levá-la para a capela. 
Os dedos de Claray se apertaram brevemente na borda de pedra da janela, seu corpo se retesando na preparação para subir e se jogar. Mas ela não podia fazê-lo. O padre Cameron dissera que se matar era um pecado que certamente levaria você ao inferno, e ela tinha certeza de que dez ou vinte anos de inferno na terra, como esposa de MacNaughton, eram melhores do que uma eternidade no verdadeiro inferno como uma das servas de Satanás. Ombros caídos, Claray pressionou seu rosto na pedra fria e fechou os olhos, silenciosamente enviando uma última oração. —Por favor, Deus, se você não pode ver um caminho claro para me salvar disso. . . pelo menos me faça morrer rápido.
Outra batida soou, essa muito mais alta, mais insistente. Claray se obrigou a endireitar-se e caminhar até a porta, alisando a saia do lindo vestido azul-claro que usava, enquanto saía. Ela não ficou surpresa quando a abriu e viu seu tio Gilchrist, emoldurado pelos dois homens que ele mantinha guardando sua porta nos últimos três dias, desde sua chegada. Ela estava um pouco surpresa com a culpa que brilhou brevemente em seu rosto, entretanto. Isso lhe deu um momento de esperança, mas enquanto ela abriu a boca para implorar que não fizesse isso, Gilchrist Kerr ergueu a mão para silenciá-la.
— Sinto muito, sobrinha. Mas estou cansado de ser menosprezado como um homem das terras baixas e MacNaughton prometeu MacFarlane para mim se eu conseguir isso. Você vai se casar com ele e pronto. Claray fechou a boca e fez um aceno resignado, mas não resistiu a dizer: 
 — Esperemos, então, que você viva muito tempo para aproveitar, tio. Pois temo que sua decisão certamente o colocará no inferno por toda a eternidade, depois. O medo cruzou seu rosto com suas palavras. Foi seguido de perto pela raiva, e a mão dele agarrou o braço dela em um aperto contundente. Arrastando-a para o corredor, ele retrucou: — Você vai querer ficar de olho nessa língua com o MacNaughton, garota. Caso contrário, você estará no inferno antes de mim.
Claray ergueu o queixo, olhando para frente enquanto ele a empurrava pelo corredor em direção às escadas. —Não eu. Minha consciência está limpa. Eu posso morrer primeiro, mas é no céu onde vou chegar. Diferente de você. Ela sabia que suas palavras iriam enfurecê-lo ainda mais, e não ficou surpresa quando os dedos dele apertaram seu braço ao ponto de temer que seu osso fosse quebrar. Mas as palavras eram sua única arma agora, e se o que ela disse deu a ele mais do que uma ou duas noites sem dormir, entre agora e quando ele encontraria seu Criador, foi algo pelo menos. Claray tentou se concentrar nisso, em vez das provações à frente, enquanto seu tio a forçava a descer as escadas e sair do castelo. O homem era mais alto do que ela, suas pernas mais longas, mas seu tio não fez concessões quando a puxou pelo pátio. Ele estava se movendo em um ritmo rápido, o que a fazia correr para acompanhá-lo. Claray estava tão concentrada em fazê-lo que, quando ele parou de repente no meio do caminho para a igreja, ela tropeçou e teria caído se não fosse por aquele aperto punitivo em seu braço. Por um momento, a esperança cresceu dentro dela de que sua consciência o havia atormentado e ele mudara de ideia. Mas quando ela olhou para seu rosto, viu que ele estava franzindo a testa em direção ao portão, onde um barulho e comoção aparentemente chamaram sua atenção.
Com a esperança morrendo em seu peito, Claray voltou seu olhar desinteressado para ver três homens a cavalo cruzando a ponte levadiça. Convidados chegando atrasados ao casamento, supôs ela infeliz, e voltou sua atenção para a capela onde uma grande multidão de pessoas os esperava. As testemunhas de sua condenação eram compostas principalmente de soldados MacNaughton e alguns poucos membros do clã Kerr. Parecia que a maioria não desejava fazer parte da traição de seu laird à sua própria sobrinha.
—O Lobo, — seu tio murmurou com o que parecia confusão.
Claray olhou bruscamente para seu tio, para ver a expressão perplexa em seu rosto e então examinou os três homens, novamente. Eles estavam no pátio agora e cavalgando direto para eles, a meio galope ao invés de uma marcha, ela notou, um pouco de seu desinteresse desaparecendo. Eram todos guerreiros grandes e musculosos com cabelos compridos. Mas enquanto o homem à frente tinha cabelo preto, o que estava atrás dele tinha castanho escuro, e o último era louro. Todos os três eram bonitos, ou melhor, muito bonitos, ela decidiu quando eles se aproximaram.
Claray não precisou perguntar quem era o Lobo, ou mesmo qual dos três homens ele poderia ser. O guerreiro que atendia pelo apelido de “o Lobo” era o assunto favorito dos trovadores ultimamente. Todas as músicas que eles cantavam eram sobre ele, elogiando sua coragem e proezas na batalha, bem como seu belo rosto e cabelo que era “preto como o pecado”. De acordo com essas canções, o Lobo era um guerreiro considerado tão inteligente e terrível quanto o lobo que lhe deu o nome. Mas ele era realmente um lobo solitário nessas músicas, porque falava pouco e não se alinhava com nenhum clã em particular, oferecendo seu braço armado por um preço. Ele era um mercenário, mas honrado. Dizia-se que ele servia apenas àqueles com uma causa justa.
—Que diabos o Lobo está fazendo aqui?

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