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19 de janeiro de 2011

A Princesa Raptada

Trilogia Princesas Perdidas

Era uma vez uma princesa, que desapareceu sem deixar rastros... Até o dia em que um príncipe a encontrou e a trouxe de volta...

Prometidos um ao outro desde o nascimento, Sorcha e Rainger estava destinados a governar seus países juntos.
Mas a revolução mandou Sorcha para um longínquo convento escocês... e Rainger para um calabouço tão profundo que corriam boatos de que ele estava morto.
Agora, com a ameaça de perigo, Sorcha precisa viajar para casa acompanhada de um simples pescador... o príncipe Rainger disfarçada.
Transformado pelo cárcere de rapaz despreocupado em homem perigoso, ele está decidido a reconquistar seu reino... e a mulher a quem deseja mais que a própria vida.
Mas como proteger uma mulher que confia em todo mundo, que acha que cada taverna é uma oportunidade para cantar músicas despudoradas, e que cada curva na estrada lhe reserva uma nova aventura? Para manter sua princesa a salvo, Rainger precisa recorrer à sua arma mais traiçoeira: a sedução.

Capítulo Um

Numa ilha ao largo da costa noroeste da Escócia 1810
Sorcha não sabia realmente o que estava observando; olhara para aquela mesma paisagem o verão inteiro. Vira a lua cheia no fim de outubro e depois, quinze dias mais tarde, observara a chegada do Sr. MacLaren ao porto onde, duas vezes por ano, ele acostava, vindo de terra firme para descarregar os suprimentos de carne, vinho e tecidos. Também avistara as nuvens da primeira tempestade de inverno como um gigante faminto, avançando do mar, tor­nando as águas verdes e bravias.
Tudo aquilo nada mais era que o ciclo normal de vida na ilha.
Agora, ela caminhava ao longo da praia rochosa, sal­picada de madeira flutuante lançada pela tempestade. As ondas ainda quebravam na praia, e as nuvens corriam contra o azul do céu. O vento assobiava em seus ouvidos e enroscava-se em suas roupas. Seus cabelos ruivos escapa­ram do lenço, voando em torno da face, e ela os soprou da boca, desgostosa. Deveria voltar, mas o convento precisava de lenha e, além disso, ela se sentia tão agitada e inquieta como o ar.
Percorreu a extensão da praia e recolheu alguns ga­lhos num pedaço de pano rasgado. Então parou imóvel.
Se olhasse numa direção, via apenas a linha fina do hori­zonte, onde o oceano encontrava o céu, mas se olhasse na outra direção, via terra firme, a Escócia, um calombo marrom-esverdeado. Fazia sete anos que não punha os pés no continente e, no entanto, não conseguia afastar a sensação de que algo precisava ser feito.
Seu pai estava morto. Morrera em batalha, reconquis­tando seu reino dos revolucionários.
De acordo com o jornal que o Sr. MacLaren trouxe­ra, sua avó assumira a responsabilidade pelo governo de Beaumontagne, e exercia a função com sabedoria.
Conseqüentemente, os súditos de confiança da avó deve­riam ter aparecido para exigir o retorno da princesa herdei­ra. Então, onde estava Godfrey? Por que o enorme mensa­geiro careca e musculoso ainda não chegara?
Nos dez anos de seu exílio na Inglaterra, Sorcha vira Godfrey apenas uma vez, quando ele chegara no meio da noite para retirá-la da casa dos súditos leais de Beaumontagne ali exilados que tinham lhe dado abrigo. Em sua apressada e aflitiva jornada para o Norte, ele a avisara de que a guerra ia mal e que assassinos a procura­vam para liquidá-la. Insistira para que ela ficasse na aba­dia até que ele viesse lhe dizer que era seguro voltar.
Godfrey estava morto? Era essa a razão pela qual não viera à sua procura? Ela deveria assumir o problema com as próprias mãos e retornar a Beaumontagne?
Conforme olhava para o mar encapelado, Sorcha estre­meceu de medo.
Sua avó lhe dera a melhor educação, porém nunca fora capaz de lhe ensinar coragem.


Trilogia Princesas Perdidas
1 - Uma Noite Encantada
2 - A Princesa Descalça
3 - A Princesa Raptada
Trilogia Concluída