Era uma vez um castelo digno de contos de fadas.
Naquele castelo vivia um nobre príncipe, sua tímida irmã a princesa, um conde que logo se tornaria duque, uma educadora que logo se tornaria duquesa e um conde diabolicamente perverso que gostava de causar problemas para todos.
Esta é a história de como aquele conde diabólico perdeu o coração para a tímida princesa.
Capítulo Um
Bretanha, França
Não era todo dia que um homem descobria ser o herói do diário secreto de uma virgem. Então, quando aconteceu a Charles Camlann Westfall, o Conde de Bedwyr, ele fez uma pausa não apenas para apreciar o momento, mas para saboreá-lo. Ele chegou ao diário por acaso. Procurar por um baralho de cartas nunca tinha sido tão proveitoso, mesmo em suas noites vencedoras.
Longe agora dos infernos de jogos de Londres, morando no castelo de seu primo na Bretanha, ele passara o dia chuvoso vagando sem descanso, buscando diversão para aliviar o tédio de muitas semanas passadas em um único lugar. Ou talvez apenas o lugar errado. Paris estava acenando, especificamente Madame Venus Serif, a loira mais bonita e peituda com quem ele teve o prazer de se familiarizar, depois que seu bestial marido perdeu para ele nas cartas e exigiu que ela renunciasse a seu colar de rubi para pagar a dívida.
O colar acabou por ser uma herança de família, e quando Cam visitou-a no dia seguinte para devolvêlo, Madame Serif confessou estar bastante cansada daquela família. Especificamente de Monsieur Serif. Com entusiasmo, ela recebeu o colar no seio e Cam entre suas coxas.
A gratidão tendia a fazer das damas... gratas. Isso fora há seis meses e ele estava pensando que era hora de renovar o conhecimento, brevemente, em sua viagem de volta a Londres. Isso, e ele tinha outra visita para fazer em Paris, uma de importância ainda maior. Até momentos atrás estava avidamente antecipando a relocação. Escondido em um compartimento estreito de uma mesa lateral em um salão na ala superior, o diário mal estava visível. Desacostumado a resistir aos seus desejos, Cam puxou-o para fora.
Uma coisa que não era digna de nota, encadernado em tecido simples — muito parecido com sua autora, suas páginas revelaram uma forte dicotomia entre a aparência externa e o conteúdo interno.
O diário pertencia à princesa de Sensaire. Durante as três semanas em que ambos tinham sido convidados para o castelo do conde de Rallis, Cam supôs que talvez a tivesse visto escrever.
Ele certamente a via lendo com bastante frequência, o nariz enterrado em um livro enquanto as damas na sala de estar fofocavam e flertavam. Mesmo que ele não reconhecesse sua caligrafia, as páginas diziam com eloquência a identidade de sua autora. Eu sou simples. A partir do fólio de abertura, a mão estava sem adornos, como o livro e a princesa.
1 - Casei com um Duque
1.5- Beijos que Ela escreveu
2 - Me Apaixonei por um Lorde
3 - Me Rendi a um Canalha
3.5- O Canalha e Eu