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17 de junho de 2020

Noiva Cativa


Um castelo sombrio, um Lorde lindo e um fantasma malvado...

Sensível, a prática Beatrice Sinclaire tem duas paixões secretas: romances góticos e o senhor Peter Cheriot, o homem que sua bela irmã deixou com o coração partido anos atrás.
Quando o irmão gêmeo de Bea Sinclaire pede ajuda para resgatar uma donzela de um castelo assombrado, ela aproveita a chance de uma verdadeira aventura. Se Lorde Peter “Tip” Cheriot não insistisse em ir junto e protegê-la! Como ela poderia manter uma cabeça clara diante do perigo quando Tip é completamente delicioso, e a está distraindo e tudo o que ela quer é estar em seus braços? Então um fantasma sedutor faz a Bea uma oferta chocante, e ele não aceita um não como resposta. Lorde Tip Cheriot ama Bea desde sempre, e ele está determinado a tê-la, não importa quão escandaloso seja seu passado. Ele não contava com um fantasma intrometido, cuja reivindicação por uma noiva virgem ameaça Bea da maneira mais séria. Mas o espectro tem um prazo, e Tip deve salvá-la da escuridão eterna de All Hallows Eve. Na corrida para capturar o coração de uma dama ousada, é cada homem — e fantasma — por si mesmo.

Capítulo Um

— Não, Lorde Cheriot, não vou me casar com você. O olhar de esmeralda do cavalheiro, fixado na tosquia de rosas com pelas mãos firmes de Beatrice Sinclaire, não estava arregalado de surpresa. Tampouco estava inundado de dor, sombreado pelo desespero ou tenso de desejo. Nem os olhos que seguiam seus movimentos eram ceticamente afiados, calculadamente estreitos ou enigmaticamente encapuzados. Em vez disso, o cavalheiro parecia perfeitamente à vontade. Antecipar essa resposta odiosamente medida, é claro, moldara a resposta de Bea em primeiro lugar. As fitas de seu chapéu de palha tremulavam com a brisa do fim do outono. Ela inclinou o queixo em direção ao seu pretendente.
— Mas agradeço a oferta. Seu sorriso se estendeu por um rosto bonito, ainda mais atraente pela expressão. — Você diz isso toda vez. Exatamente as mesmas palavras. O céu sabe que eu inventei pelo menos meia dúzia... não, eu vou corrigir, uma dúzia de maneiras diferentes de pedir sua mão. Mas você não se incomodou nem um pouco para apimentar sua resposta com variedade. — O alegre olhar do barão mudou para um ramo de flores mortas próximas a seu cotovelo.
— Você perdeu algumas aqui, Bea.
— Por favor, meu lorde, eu prefiro que você se dirija a mim como exige o decoro.
— Oh, se você insiste. — Seus olhos brilhavam.
— Senhorita Sinclaire, é isso. — Obrigada, Lorde Cheriot. — As tesouras abriram e fecharam com eficiência entre os dedos de Bea. Bordas e pétalas marrons, rosas mortas caíam no tapete verde a seus pés. — Obrigada, Lorde Cheriot, — imitou o cavalheiro alto e impossível de ombros largos cujos passos ecoou enquanto vagava para um banco de ferro forjado, em meio a arbustos desbastados de seus tesouros em ouro, rosa e branco.


29 de outubro de 2019

O Príncipe

Série The Devill’s Duke
















Capítulo Um

Setembro de 1825
Corredor dos Cirurgiões Edimburgo, Escócia
Lenços de pescoço eram muito mais apertados do que ela tinha imaginado. E as calças comprimiam uma pessoa bem no centro de onde ela menos queria ser beliscada. Mas ninguém a havia notado. Até mesmo os estudantes nos bancos de ambos os lados, murmurando para seus companheiros sobre a dissecação no centro do teatro cirúrgico em forma de U, não olhavam duas vezes para ela.
Obviamente, as costeletas tinham sido um golpe de gênio. No entanto, Libby Shaw manteve os ombros curvados e a cabeça inclinada, espiando a demonstração, oculta sob a aba de seu chapéu. Quando o cirurgião afastou o músculo para expor os ossos, um arrepio de prazer a percorreu.
Havia sentado neste teatro antes para assistir a dissecações e cirurgias públicas. Agora, disfarçada de homem, tudo parecia diferente: os médicos com suas sábias sobrancelhas e mãos que faziam milagres; o arranhar dos lápis dos alunos nos blocos de notas; o público curioso atraído pela palestra, se encolhia; e o fedor da carne na mesa, em sua deterioração natural, diminuído pelo porão fresco em que o assistente cirúrgico a guardava todas as tardes para preservá-la para a palestra do dia seguinte.
Durante uma semana, os cirurgiões mais célebres de Edimburgo vinham realizando dissecções, sistema por sistema, mas Libby não se preocupara em participar até hoje, o dia reservado para sua parte favorita: o Sistema Ósseo. O esqueleto humano era robusto, estável, um prazer imenso de se estudar.
― Essa é a fíbula ― o jovem à sua esquerda sussurrou para seu companheiro.
― É? ― O outro sussurrou incerto. Não. Libby mordeu os lábios. As suíças disfarçavam seu rosto, não sua voz. ― Claro, imbecil! ― o primeiro disse. Ela reconheceu aquele tom arrogante. Havia conhecido muitos desse tipo quando seu pai convidava seus alunos para jantar. Pensavam que sua arrogância a impressionaria. ― Já estive em dezenas dessas dissecações ― ele acrescentou. No entanto, ele não diferenciava uma fíbula de uma tíbia.
― O que é isso? ― O outro sussurrou, apontando. O sóleo.
― A tíbia anterior ― disse o altivo.
― Claramente não leu o “Sistema de Dissecações” de Charles Bell. Aparentemente, ele também não tinha. Seus sussurros se tornaram mais altos. Libby avançou no banco e virou a orelha para o andar de baixo. ― Veja, o tensor ― disse o altivo.








Série The Devill’s Duke

01- O Espadachim
02- O Conde
02,5 - O Pirata e Eu
03 - O Duque
04 - O Príncipe

25 de junho de 2019

Série Patifes do Mar

03- Nos Braços de um Marquês

Eles são titulados. Ricos. Poderosos. E bonitos como o pecado...

Um misterioso lorde arrisca tudo para salvar a única mulher que
ele amou.
Ela nunca se esqueceu dele...
A senhorita Octavia Pierce é espirituosa, bem-recebida e espantosamente solteira. Ainda assim, ela é muito bem sucedida na sociedade para permanecer na prateleira para sempre, e sua família espera que Octavia finalmente faça o casamento perfeito. O que eles não sabem é que anos antes Octavia foi escandalosamente tentada pelo único homem capaz de devastá-la — o homem agora conhecido como o Marquês de Doreé. Ele fará qualquer coisa para salvá-la. Um terceiro filho, que nunca teve a intenção de herdar o título, Lorde Ben Doreé abandonou seu passado e se acostumou a sua nova e ilustre posição de riqueza e poder. Mas ele nunca se esqueceu de Octavia, e agora ela precisa desesperadamente de sua ajuda em um assunto perigoso e clandestino. Embora ela alegue que colocou as lembranças da paixão que compartilharam atrás de si, Ben está determinado a tê-la novamente em seus braços — e em sua cama.


02- Capturada por Um Lorde ladino


Mova-se, Robin Hood...Ela não se casaria com ninguém...

Serena Carlyle sonha com um feliz para sempre. Firme na
condição de solteira aos vinte e cinco anos, entretanto, ela está
determinada a encontrar o par perfeito para sua linda irmã
mais nova. Que melhor perspectiva do que o vizinho, o rico, descontraído e belo Conde de Savege? Agora Serena pode pedir sua ajuda para deter um bando local de contrabandistas. Então, uma noite, fugindo de mais um baile decepcionante, Serena se encontra presa e sozinha com um estranho... Até que ele a capturou - corpo e alma.
Seu beijo foi irresistível, sua carícia inesquecível, mas ele
esconde um segredo devastador. O Robin Hood do mar, Alex Savege é o descarado pirata Redstone, confiscando os navios de nobres mimados para pagar uma dívida antiga.
Serena precisa de um herói, mas seu coração está no mais grave perigo - pois logo será capturada por um homem tão habilidoso em sedução quanto ele é na pilhagem.








Série Patifes do Mar

1- Arrebatado por um Beijo
1.5- Desejos de uma Lady
02- Capturada por Um Lorde ladino
03- Nos Braços de um Marquês
Série concluída

12 de junho de 2019

O Duque

Série The Devill’s Duke

Quando Amarantha e Gabriel se conheceram, as suas vidas eram muito diferentes. 

Ela era apenas uma jovem a caminho da América para se casar com um pregador protestante. Ele era marinheiro, e não podia acreditar na beldade perante si. Numa noite de tempestade, com a pequena cidade em risco, encontraram um no outro a segurança que o mundo nunca lhes poderia dar. Mas a sorte nem sempre protege os apaixonados. 
Pouco tempo depois, prestes a cancelar o casamento com o pregador, Amarantha recebeu a notícia de que Gabriel tinha morrido no mar, numa última missão antes de voltar para tomá-la como esposa. De coração partido, decidiu avançar com o casamento. Agora, Amarantha é viúva. Dirige-se à Escócia em busca da sua cunhada desaparecida, Penny, e espanta-se com as histórias surpreendentes do Duque do Diabo, e laird daquelas terras. Um duque satânico, capaz das piores violências, dedicado a uma vida de prazeres profanos e maldades. Enorme é a surpresa de Amarantha quando descobre a sua identidade. É Gabriel. E está vivo. Amarantha não é capaz de conciliar essas duas imagens no seu coração. O Gabriel que conhecera era carinhoso e respeitara a sua inocência. Este Gabriel é odiado e temido por todos. Amarantha precisa saber. Precisa descobrir a verdade sobre o Duque do Diabo. 

Capítulo Um


Agosto de 1817 Willows Hall, Shropshire Querida Filha Emily Uma acompanhante foi contratada!

O navio partiu! Sua irmã foi embora!! Estou fora de mim e disse as suas outras irmãs que, se alguma vez olharem para um pregador, o pai renegará todas elas. Que pena que o homem se pareça tanto com o homem em que ela formou seu plano de infância!
Se ao menos ele tivesse cabelos negros e um semblante sombrio, nossa querida Amarantha nunca teria olhado duas vezes para aquele inadequado senhor com a sua missão miserável! Eu amaldiçoaria inteiramente cachos dourados se não fosse pela deliciosa lavagem de limão, que Sally prepara para minha toilette, que tem efeitos soberbos sobre os meus cabelos.
Os pretendentes de Amarantha estão profundamente aborrecidos. Ao ouvirem a notícia, o pobre Eustace, filho de Lady Witherspoon, chorou e sentiu um distúrbio tão forte de temperamento que não deixou seu quarto por dois dias inteiros. Sir Roger anunciou sua intenção de navegar atrás dela imediatamente. (Seu pai sentiu a necessidade de lembrá-lo de como, no verão passado, na festa do barco, ele ficou doente com o balanço, e Sir Roger explicou que foi devido ter comido quatro tortas de limão naquele dia, em vez de suas três habituais.) O poema de Lord Brill
— Desamparo Perante a Perda de uma Flor de Morangueiro, — que eu anexo aqui, fala por si. No entanto, receio que nenhuma das suas lágrimas viris a traga para casa! Também junto uma mensagem do teu pai. Está devastado não só por tê-la perdido para Londres, mas também à nossa querida Amarantha para as miseráveis colónias!!
Eu vou chorar até adormecer esta noite e passar a semana inteira na cama com as cortinas fechadas, consolando-me, apenas, no conhecimento de que Manchester é agora o governador daquela ilha miserável, e sua duquesa é extremamente elegante, apesar de agora ser uma colonialista. Nossa querida Amarantha simplesmente deve se agarrar a ela para orientação. Venha até Hall em breve. Estamos perdidos e uma visita nos animaria.









Série The Devill’s Duke

01- O Espadachim
02- O Conde
02,5 - O Pirata e Eu
03 - O Duque
04- O Príncipe

21 de maio de 2019

O Pirata e Eu

Série The Devill’s Duke
Anos atrás, a Srta. Esme Astell apaixonou-se perdidamente por Charles Brittle, um simples e respeitável ditor de uma impressora em Londres.

Então ele desapareceu sem uma palavra. A última coisa que Esme sonhou foi encontrar Charlie
novamente. Em um beco escuro... Em uma chuva torrencial... Em uma perseguição com a polícia...
Na Escócia... Ela pode resistir em cair novamente, mas desta vez para o bandido perigoso que ele se tornou?

Capítulo Um

Março de 1823 Edimburgo, 
Escócia Apesar da chuva e da pouca frequência dos lampiões na rua, Esme Astell saltava em poças e sombras e ela se sentia notavelmente bem. Seu primeiro dia na reunião da Society of Perfumers, para a qual ela gastara metade das economias de sua vida para viajar a Londres, não fora muito mal, afinal de contas. 
Apenas modesta. Três garrafas quebradas de Eau d'Aurore não eram um preço tão alto a pagar para se apresentar acidentalmente e abruptamente ao seu ídolo, Monsieur Pierre Poe, mestre perfumista e convidado de honra na reunião. Amanhã pela manhã, depois de pagar pelas garrafas desperdiçadas, ela ainda teria um quarto das economias de sua vida sobrando para viajar com ele para Paris.
Se ele a convidasse. Por favor, querido Senhor, deixe-o convidar-me. Por gentileza, o Sr. George, seu cliente mais ávido na loja de Londres, a trouxera tão longe.
 — Seu nariz, senhorita Astell, é o melhor instrumento que encontrei em anos. Você não deve desperdiçá-lo nesta pequena e miserável loja em Gracechurch Street. 
— Sua carta ao presidente da Sociedade insistia que, mesmo que fosse uma mulher, e uma mulher muito jovem — ela deveria ser bem recebida entre o grupo de elite de perfumistas reunindo-se em Edimburgo para este evento internacional de uma década. Ela deveria agora se concentrar no restante do caminho para chegar a Paris. E ela o faria, mesmo que não pudesse pagar pela passagem na carruagem do correio e tivesse que andar por todo o caminho. 
Exceto através do canal, ela supôs. Se necessário, ela iria nadar. A chuva penetrava nas rachaduras dos calcanhares de suas botas, saturando seu único par de meias sem manchas enquanto se apressava, sem fechar seu belo instrumento de inalação contra os aromas que se erguiam dos paralelepípedos molhados. 
As sombras do beco estavam cheias de lixo que ela não queria inalar, mas as ruas sem importância naquela parte da cidade estavam fadadas a serem escuras e cheirando mal. 








Série The Devill’s Duke

01- O Espadachim
02- O Conde
02,5 - O Pirata e Eu



2 de abril de 2019

Série O Clube do Falcão

4- O Epadachim

Saint Sterling é o melhor espadachim da Grã-Bretanha, amplamente respeitado pela alta sociedade. 

Contudo, esse respeito não foi suficiente para que pudesse ficar com a única mulher por quem se deixou enfeitiçar: Lady Constance Read. Seis anos depois do primeiro encontro fogoso, Saint e Constance voltam a cruzar-se, e não pelas melhores razões. Assustado com a morte e o desaparecimento de várias jovens em Edimburgo, o duque de Read, o influente pai de Constance, requisita os serviços de Saint: ele terá de ensinar Constance a defender-se. Mas existe uma ameaça: se recusar a missão, o duque fará de tudo para que a reputação do espadachim fique manchada. Sem alternativa, Saint aceita, e descobre que ainda deseja Lady Constance... ardentemente. Na intimidade das lições de esgrima, com o calor dos corpos e a sensualidade a fervilhar, os dois voltam a cair nos braços um do outro. Quebrando as suas próprias regras, Saint arrisca-se a perder tudo para proteger a mulher que ama de um assassino que procura a próxima vítima. 

5- O Conde

Emily Vale é uma escritora em ascensão abrigada sob o pseudônimo de Lady Justiça. 

E a sua escrita incendiária está deixando Colin Gray furioso. Além de ser o Conde de Egremoor, Colin é também Peregrino1, o secretário do secreto Falcon Club, que se dedica, entre outras atividades, a encontrar pessoas desaparecidas. As exigências constantes de Lady Justiça pelos mais pobres e as suas intromissões na política do reino, pondo em xeque tanto sua nobreza como do Clube, fazem com que Colin a considere sua Nêmesis. E ele está decidido a desmascará-la. O que Colin não sabe é que por detrás de Lady Justiça está uma amiga de infância, a quem salvou sua vida quando eram crianças. Emily, por sua vez, também desconhece o papel de Colin como Peregrino.








Série O Clube do Falcão

1 - Casei com um Duque
1.5- Beijos que Ela escreveu
2 - Me Apaixonei por um Lorde
2.5- O Pirata e Eu
3 - Me Rendi a um Canalha
4- O Epadachim
4.5- O Canalha e Eu 
5- O Conde

18 de fevereiro de 2019

O Canalha e Eu

Série Procura-se um Príncipe
Uma balconista que se preze pode confiar em um canalha?

assistente Gabrielle Flood da gráfica Brittle ; Sons, responsável pela produção dos panfletos de Lady Justice, apenas cometeu o pior erro de sua vida, perdeu 52 tipos da prensa onde trabalha. Então, o lindo e arrojado Capitão da Marinha Real, Anthony Masinter apareceu… E tornou tudo ainda pior. E ele é a última pessoa na terra que pode ajudá-la a resolver isso. Às vezes, um desastre é exatamente o que duas pessoas precisam para se apaixonarem. Anthony Masinter, é lindo, calmo, honrado, respeitador e capitão da Marinha Real, mas possui um grave problema: ele é disléxico2 e somente sua família sabe. Fato que os levam a desprezá-lo e desejarem sua morte. Cansado dos maus tratos foge ainda garoto e assina contrato com a marinha, chegando a ter uma alta patente. Se seu segredo for descoberto ele perderá tudo. Estará ele disposto a perder o que conquistou em nome do amor?

Capítulo Um

 Verão de 1821
Brittle & Sons, Impressoras de Londres
Às vezes, uma moça honesta e carinhosa nasce no infortúnio, mas, pela graça de Deus, da sorte ou do destino, acaba encontrando o caminho para sair dessas tristes circunstâncias para viver feliz para sempre. Gabrielle Flood não era, infelizmente, uma dessas moças. Do qual era a razão que com a idade de vinte e seis, apesar de um coração inclinado ao otimismo e um caráter voltado ao trabalho duro, Elle decidiu de uma vez por todas que não havia Deus no céu, e nem sorte, mas sim uma má sorte. 
Quanto ao Destino, se existisse, era apenas do tipo com um globo ocular grotesco compartilhado por três velhas caducas e um par de tesouras cortantes e afiadas, como ela havia lido em um livro de mitologia antiga: do tipo impiedoso. E assim, à medida que as sombras do verão se estendiam pela sala de imprensa da Brittle & Sons, Impressoras, Elle cometeu seu primeiro crime de todos os tempos. 
Não um crime, na verdade. Não precisamente. Pelo contrário, era uma má ação. Ela estava apenas tomando emprestado um certo tipo de impressão, não roubando. 
É claro que se o desprezível e vingativo Jo Junior descobrisse, ele alegaria que ela havia roubado, mesmo que o Sr. Brittle Sênior e Charlie acreditassem em sua história. Mas ela e Charlie estavam caindo fora desde que pedira a seu pai que aumentasse seu salário semanal, sem sucesso. Pobre Charlie, ele era tão tímido quanto um rato da igreja. Josiah Brittle Junior era outro tipo de homem. Ele a mandaria para a prisão por isso. Mas ele nunca descobriria isso. 
A família Brittle tinha ido para Bristol de férias por uma quinzena. Declarando feriado para a balconista e para os funcionários da imprensa, o Sr. Brittle havia deixado Elle para trabalhar sozinha. A loja estava essencialmente fechada, afinal, eles nunca permitiram que ela realizasse negócios na ausência deles. 
“As moças não têm cabeça para isso, Gabby,” Jo Junior sempre dizia com um sorriso. Ela não teria outra chance como esta até o Natal. E o tempo tornou-se abruptamente essencial. 
Desbloqueando o parafuso de ajuste vertical e às tipos3 que mantinham as centenas de peças firmemente juntas na placa quadrada, ela ergueu a alavanca da prensa. Não era um panfleto inteiro; ela não poderia levar os três placas de uma matriz daquele tamanho para a moradia dela.


Série Procura-se um Príncipe
1 - Casei com um Duque
1.5- Beijos que Ela escreveu
2 - Me Apaixonei por um Lorde
3 - Me Rendi a um Canalha
3.5- O Canalha e Eu - e ( Série O Clube do Falcão 4.5)


5 de fevereiro de 2019

Desejos de uma Lady

Série Patifes do Mar
Titulados. Ricos. Poderosos. E bonitos como o pecado... 

Ela nunca parou de sonhar com ele. Para o mundo, Lady Patrícia Morgan é uma dama apropriada. Mas em segredo, ela anseia por um romance abrasador com um certo cavalheiro de tirar o fôlego que ela nunca esqueceu. Eles passaram um dia perfeito juntos, mas ele desapareceu antes que ela pudesse descobrir seu nome. Ele nunca a esqueceu. Há mais de nove anos, o capitão Nikolas Acton juntou-se à marinha para poder esquecer a misteriosa jovem que, depois de lhe prometer o coração, simplesmente desapareceu. Agora, ele retornou à Inglaterra como um herói de guerra e está louco para ficar frente a frente com a mulher que ainda possui seu coração. 

Capítulo Um

― Um verdadeiro herói! ― A matrona agitou seu lenço rendado debaixo do nariz de Nik. Ou talvez debaixo dela mesma. Era um nariz muito grande, como o nariz de sua filha ao lado dela. 
― Minha querida Tansy e eu lemos muitos elogios sobre você no jornal, Capitão Acton, ― a boca escondida debaixo da falésia do nariz jorrava. 
― Eu disse a ela: minha cara Tansy, se um verdadeiro herói vai participar de um baile esta noite, e é tão bonito, devemos conhecê-lo se formos afortunadas. E agora somos realmente afortunadas! 
― É uma honra, milady. ― Nik fez uma reverência e voltou sua atenção para a filha da senhora. A garota tinha um sorriso doce e olhos brilhantes. A avaliação do nariz poderia ser ilustrativo. 
Mas aparentemente o persistente senso dentro dele, de que algo estava faltando na dama ― em todas as damas ―, não poderia ser ilustrativo. 
Apesar de seus esforços. Por quase uma década tinha sido o mesmo. De moças sorridentes a viúvas deslumbrantes, ele se viu procurando por algo que a lembrasse. Algo que ele havia perdido. 
― Oh, não, capitão. É nossa honra inteiramente! 
― A matrona empurrou sua querida Tansy para a frente. Nikolas deu um olhar gentil para a moça. 
― Você se importaria de dançar, senhorita Chapel? Ela assentiu com a cabeça. Eles dançaram e ele estudou o sorriso dela. Lustres brilhavam, violinos tocavam, flautas acompanhavam, os convidados riam de champanhe borbulhantes, e sua parceira era uma jovem muito amável. Sua mãe e irmãs estariam em alta. Em casa há quase um mês e já procurava uma esposa para ele. 
― Uma esposa, ― sua mãe insistiu, ― irá ajudá-lo a estabelecer-se na sociedade, ― como se Nik não desejasse outra coisa senão isso. 
― Uma esposa, ― suas irmãs riram ― vai gastar todo o ouro que você ganhou na guerra, ― como se de outra forma ele pudesse gastar tudo em carruagens e cartões. 
― Uma esposa, ― seu pai e irmãos mais velhos tinham franzido as sobrancelhas, ― finalmente acabará com o tolo que você é.








Série Patifes do Mar

01- Arrebatado por um Beijo
1.5- Desejos de uma Lady
02- Capturada por Um Lorde ladino
Série concluída


16 de janeiro de 2019

Arrebatado por um Beijo

Série Patifes do Mar
Eles são titulados. Ricos. Poderosos. E bonitos como o pecado... 

A socialite jade acha que já fez de tudo... até conhecer o próprio diabo vestido com roupas de padre. 
Uma identidade secreta Quando os piratas atacam o navio de Lorde Steven Ashford em alto mar, isso o aproxima mais do que nunca do criminoso nefasto que ele quer arruinar. Apenas um detalhe sedutor ameaça sua vitória: a escandalosa beleza aprisionada com ele, Lady Valerie Monroe. A tentação nunca foi tão inebriante nem tão proibida, pois Steven está disfarçado de padre francês. Se eles alcançarem sair do navio vivos, para protegê-la de seus inimigos, ele nunca mais deve vê-la novamente... Um amor inegável De volta à Inglaterra, e sob o escrutínio da cidadee sob controle por um passado imprudente que ela não escapou, Valerie sonha com o deslumbrante “homem de hábito” com quem ela compartilhou sua maior aventura. Então ele reaparece na sociedade sob sua verdadeira identidade, o Visconde Ashford, mas, apesar do perigo, sua paixão consumidora não pode ser negada. Agora, no caminho de seu desejo está o coração ferido de Valerie, o destino solitário de Steven, e um vilão que não se deterá em nada para esmagar os dois.

Capítulo Um

Boston, Massachusetts, maio de 1810 
O Direito e honesto. Conde de Alvesrton Derbyshire, GB Querido Valentine Eu fui infantil. Eu tenho sido egoísta. Eu tenho sido todo tipo de tola. Mas agora já tive o suficiente desse tipo de coisa e de exílio. Querido irmão, pelo menos, me perdoe. Eu estou voltando para casa. Sua irmã infiel, Valerie 
 — Respire — Lady Valerie Monroe sussurrou em meio à brisa que soprava pela escotilha. A escada de madeira brilhava com polimento fresco, convidativa. Além da escotilha aberta acima, o céu azul parecia infinito. Colocando o pé no degrau mais baixo, Valerie respirou hesitante. 
Como encorajando-a, uma corrente de ar salgado se precipitou pela escotilha, enroscando-se nas mechas negras que escapavam de seu chapéu, chamando-a pelo ar. Ela subiu os degraus do convés. Arriscando sua pele leitosa, ela inclinou o rosto para o sol do final da tarde e olhou através do enfeite rendado para o céu. Os aromas misturados de água salgada e alcatrão picante provocavam suas narinas. Vozes masculinas ásperas subiram pelo tumulto da atividade através do convés e no cais além. Valerie encheu os pulmões e um sorriso abriu seus lábios. 
— Eu posso respirar de novo. — Presa pelo vento, suas palavras soaram como uma oração. Ela se moveu para o trilho do convés. No cais, abaixo, marinheiros e comerciantes apressavam-se em torno de embarcações embaralhadas, gritando em tantas línguas quanto às cores subiam dos altos mastros. Um coro de trabalhadores musculosos jogavam caixas e barris em seu navio. 
Seu olhar seguiu a procissão de homens e mercadorias a bordo, viajando na popa, depois até a ponta do mastro principal, erguendo-se acima dos telhados dos prédios das docas. Um suspiro tremeu em sua garganta. Em instantes, ao apitar o cano do contramestre, o navio mercante holandês embarcava em Portsmouth. Para Inglaterra. Casa. Os primos americanos de Valerie, ricos com venda de amêndoas, se preocupavam com ela navegando sozinha através do Atlântico em um navio mercante. Mas Valerie não se importava com a travessia. Seus únicos pensamentos eram o destino dela. 
Dois longos anos intermináveis se passaram desde que ela provocara seu amado irmão, Valentine, ou abraçara sua querida amiga, Anna; sua última corrida descalça através de um prado de veludo em Derbyshire; as últimas cócegas do champanhe numa mansão de Mayfair; e finalmente a última vez que perdeu a respiração dançando nos braços de um cavalheiro. Dois anos de culpa lancinante. Dois anos de mágoa e tédio alternados. 
— Agora estou livre, — ela murmurou, absorvendo o ar do mar inebriante como um tônico. Livre da miséria entorpecente. Livre para fazer um novo começo. 
Seu olhar deslizou pelo convés e por cima do grupo heterogêneo de marinheiros preparando-se para zarpar, rapazes e anciões enrugados, holandeses e ex-escravos, todos magros e rijos com a força desgastada pelo mar. Instalando-se em sua cabine mais cedo, ela ouvira a prima Abigail instruir o capitão a limpar o convés de marinheiros ociosos quando Valerie subisse. Não queria, Abigail sussurrou, que um incidente infeliz ocorresse durante a travessia. Com um suspiro vertiginoso, Valerie riu da lembrança. Abigail era um ganso com ervilhas. Com o Conde morto, que uso Valerie tinha para os marinheiros comuns...

 






Série Patifes do Mar
01- Arrebatado por um Beijo
1.5- Desejos de uma Lady
02- Capturada por Um Lorde ladino
Série concluída

27 de dezembro de 2018

Beijos que Ela escreveu

Série Procura-se um Príncipe
Era uma vez um castelo digno de contos de fadas. 

Naquele castelo vivia um nobre príncipe, sua tímida irmã a princesa, um conde que logo se tornaria duque, uma educadora que logo se tornaria duquesa e um conde diabolicamente perverso que gostava de causar problemas para todos.
Esta é a história de como aquele conde diabólico perdeu o coração para a tímida princesa.

Capítulo Um


Bretanha, França 
Não era todo dia que um homem descobria ser o herói do diário secreto de uma virgem. Então, quando aconteceu a Charles Camlann Westfall, o Conde de Bedwyr, ele fez uma pausa não apenas para apreciar o momento, mas para saboreá-lo. Ele chegou ao diário por acaso. Procurar por um baralho de cartas nunca tinha sido tão proveitoso, mesmo em suas noites vencedoras. 
Longe agora dos infernos de jogos de Londres, morando no castelo de seu primo na Bretanha, ele passara o dia chuvoso vagando sem descanso, buscando diversão para aliviar o tédio de muitas semanas passadas em um único lugar. Ou talvez apenas o lugar errado. Paris estava acenando, especificamente Madame Venus Serif, a loira mais bonita e peituda com quem ele teve o prazer de se familiarizar, depois que seu bestial marido perdeu para ele nas cartas e exigiu que ela renunciasse a seu colar de rubi para pagar a dívida. 
O colar acabou por ser uma herança de família, e quando Cam visitou-a no dia seguinte para devolvêlo, Madame Serif confessou estar bastante cansada daquela família. Especificamente de Monsieur Serif. Com entusiasmo, ela recebeu o colar no seio e Cam entre suas coxas. 
A gratidão tendia a fazer das damas... gratas. Isso fora há seis meses e ele estava pensando que era hora de renovar o conhecimento, brevemente, em sua viagem de volta a Londres. Isso, e ele tinha outra visita para fazer em Paris, uma de importância ainda maior. Até momentos atrás estava avidamente antecipando a relocação. Escondido em um compartimento estreito de uma mesa lateral em um salão na ala superior, o diário mal estava visível. Desacostumado a resistir aos seus desejos, Cam puxou-o para fora. 
Uma coisa que não era digna de nota, encadernado em tecido simples — muito parecido com sua autora, suas páginas revelaram uma forte dicotomia entre a aparência externa e o conteúdo interno. 
O diário pertencia à princesa de Sensaire. Durante as três semanas em que ambos tinham sido convidados para o castelo do conde de Rallis, Cam supôs que talvez a tivesse visto escrever. 
Ele certamente a via lendo com bastante frequência, o nariz enterrado em um livro enquanto as damas na sala de estar fofocavam e flertavam. Mesmo que ele não reconhecesse sua caligrafia, as páginas diziam com eloquência a identidade de sua autora. Eu sou simples. A partir do fólio de abertura, a mão estava sem adornos, como o livro e a princesa. 








Série Procura-se um Príncipe

1 - Casei com um Duque
1.5- Beijos que Ela escreveu
2 - Me Apaixonei por um Lorde
3 - Me Rendi a um Canalha
3.5- O Canalha e Eu

2 de outubro de 2018

Como Casar com um Highlander

Série O Clube do Falcão
Com sete problemáticas meias-irmãs sob sua responsabilidade Duncan, o Conde de Eads, tem um problema: está falido. 

Com a perspectiva de ter que se casar com o pastor local, Lady Teresa Finch-Freeworth tem um sonho: casar-se com o bonito Highlander que viu no baile. 
Como faz uma dama desesperada para convencer um resistente latifundiário de que é a esposa perfeita para ele? Ela aposta que, se conseguir encontrar sete maridos para suas sete irmãs, o Conde terá que casar-se com ela. Duncan não tem intenções de casar-se com a intrometida dama, e lhe dá um tempo limite, que inclusive a mais audaz casamenteira não poderia conseguir… um mês. Mas Teresa impõe suas condições também: a cada noivo que consiga, o Conde deve premiá-la com atos cada vez mais íntimos.

Capítulo Um

Lady Teresa Finch-Freeworth vivia em circunstâncias invejáveis. Não sofria de pobreza ou sequer se aproximava dela. Não era a desventurada protegida de um cruel ou vingativo guardião e não fora reduzida pelas circunstâncias ao estado de servidão. 
Não era incrivelmente feia ou dolorosamente tímida. 
Não perdera sua fortuna para um caçador de fortunas, ou sua virtude com um homem promíscuo. 
Em vez disso, sua família ganhava mais de dois mil, por ano, graças às terras da Mansão Brennon, suficiente para manter quatro caçadores e um canil de não menos de dez perdigueiros, e tratamentos para a Sra. Finch… em doenças frequentemente inventadas, muitas visitas da parte de seus três filhos, e as dez semanas que Teresa esteve em Londres com a tia Hortênsia, no ano passado.
Os pais de Teresa eram negligentes com ela e antipáticos, mas não desagradáveis. Ela era razoavelmente bonita e possuía um sorriso genuíno. Possuia uma mente curiosa e, apesar de sua tendência de inventar histórias escandalosas com toda a aparência de serem verdadeiras (ou possivelmente devido a isso), era bastante querida em Harrows Court Crossing, onde viveu sua vida inteira, exceto por aquelas dez semanas em Londres. 
Seu pai guardara um dote para ela que era suficiente para recomendála para um pretendente respeitável. E finalmente, aos vinte e dois anos, conservava sua virtude. Nesta (a última parte) encontrava-se o problema. Teresa possuia um sonho de beijar um homem. 
Muitos sonhos. Sonhos vivos. E não eram somente a respeito de beijar. Estes sonhos eram animados por sua aventureira faxineira, Annie, que compartilhava com sua senhora, mais detalhes de suas aventuras dos que uma dama solteira deveria escutar. 
Em Londres, entretanto, os sonhos de Teresa aumentaram, mas com a substituição de um beijo anônimo, por um beijo com um homem de verdade: o Conde de Eads. Isto a havia deixado irremediavelmente frustrada e um pouco decepcionada. Por boas razões: Lorde Eads a vira uma vez, olhou-a fixamente através de um salão de baile, com grande intensidade, admiração e, possivelmente, desejo, deixando-a sem fôlego, então, abruptamente, ele deixou Londres sem procurar conhecê-la; agora ele vivia em sua propriedade nas terras escocesas; uma dama não conseguiria beijar um homem a duzentos quilômetros de distância; e ela estava começando a esquecer como ele se parecia.
Entretanto, os detalhes que recordava dele continuavam inspirando seus sonhos: muito alto, ombros largos, e muito masculino; com longo cabelo escuro, intensos olhos azuis, uma mandíbula quadrada, e pernas, cuja musculatura transformara seus joelhos em gelatina.








Série O Clube do Falcão
3 - Como Casar com um Canalha
3.5 - Como Casar com um Highlander
4 - O Canalha e Eu

13 de setembro de 2018

Como Casar com um Canalha

Série O Clube do Falcão
A bela Diantha Lucas entende as regras da alta sociedade: uma mulher solteira precisa encontrar um homem para se casar. 

Mas Diantha tem um objetivo mais ambicioso e não se importa de se atirar de cabeça em uma aventura para alcançálo, e está convencida de que Wyn Yale é o homem de que ela precisa. Acontece, no entanto, que Wyn é um agente do Falcon Club e tem seu próprio plano: roubar um cavalo de grande valor, matar um duque depravado, vingar uma garota inocente e impedir que enforquem... nessa ordem. O que menos precisa é da distração de um rostinho bonito, embora conte com covinhas e lábios sorridentes, que pedem para serem beijados.

Capítulo Um

Caros compatriotas britânicos:
Que escândalo!
Tenho passado as noites acordada com o coração desbocado, sem fôlego, e chorando pelo saque em que é
submetida a Grã-Bretanha. Minha alma chora e minha frágil constituição feminina se estremece ao saber que a Elite da Sociedade, admirada por todos, está roubando nosso reino para financiar suas destrezas.
Um roubo em toda regra!
Levo três anos indagando sobre a identidade dos membros do escorregadio Clube Falcon, uma instituição lúdica para cavalheiros que recebe regularmente recursos do erário público sem passar pelo Parlamento tal como estabelece a lei. Hoje anuncio o maior lucro de minha cruzada até esta data: descobri a identidade de um de seus membros. Contratei um assistente para que siga este homem e descubra suas atividades. Quando tiver em meu poder relatórios confiáveis, mostrá-los-ei.
Até então, se estiver lendo esta missiva, senhor Peregrino, secretário do Clube Falcon, saiba que desejo que algum dia nos encontremos cara a cara para poder lhe dizer exatamente minha opinião que você me merece.
Lady Justice
****
À atenção de lady Justice
Brittle & Sons, editores
Londres
Minha querida senhora:
Deixou-me quase sem fôlego (como suponho que acontece às três quartas partes da população masculina londrina) ao imaginá-la deitada em seu leito, transbordante de emoção e com os lábios trêmulos. Sua devoção me comove. E, qual mastro que se eleva orgulhoso com as velas desdobradas, sinto-me cheio
pela emoção de saber que anseia me conhecer. Embora, talvez, não tenha descoberto a um simples membro do clube. Talvez tenha descoberto minha própria identidade. Talvez não me veja obrigado a esperar muito tempo para conhecê-la. Talvez minhas fantasias noturnas se convertam logo em realidade. Ou isso espero.
Seu cada vez mais fervente admirador,
Peregrino
Secretário do Clube Falcon
****
Peregrino:
Envie o Corvo em busca de Lady Priscilla.
O Diretor








Série O Clube do Falcão

Me Rendi a um Canalha

Série Procura-se um Príncipe
Eleanor, a mais velha das três irmãs Caulfield, deve cumprir a profecia e descobrir sua origem. 

Mas se Eleanor está destinada a casar-se com um príncipe, por que não pôde resistir ao canalha que a seduziu e a abandonou? 
O reverendo, pai adotivo das irmãs Caufield, vai casar-se. 
As bodas está em marcha e logo os convidados começam a chegar, entre eles, Taliesin Wolf, um moço cigano que também foi adotado pelo reverendo e rompeu o coração de Eleanor Caufield. Ela não tornou a apaixonar-se e certamente não tornou a acreditar no amor. 
Agora, onze anos depois, Taliesin reapareceu para as bodas. 
Quando Eleanor o vê na porta da igreja, não pode acreditar… Ele mudou, já não é o jovem intrépido que conheceu, agora é todo um senhor, mas com um brinco na orelha e juba de canalha. E o que é pior, segue afetando-a mais do que desejaria. 
Depois das bodas, Eleanor acredita que é o momento oportuno para partir e iniciar a busca de suas origens, mas suas irmãs não querem que viaje só e pedem a Taliesin que a acompanhe. E é óbvio, ele aceita. A viagem será tensa, as lembranças são muitos e os sentimentos parecem não serem esquecidos… Será capaz de aguentar toda uma viagem com um homem que lhe fez tanto dano? 

Capítulo Um 

O filho pródigo 
Comby Park, Residência do Duque e da Duquesa de Lycombe Fevereiro de 1819 
É um fantasma. Este comentário veio no ombro de Eleanor Caulfield, em voz baixa. Eleanor ignorou e tentou se concentrar na glória ecoante do órgão de tubos, cuja música enchia a capela.
 — Nenhum ser vivente pode ter as bochechas tão pálidas — insistiu sua irmã mais nova por debaixo do volume do hino. Não sussurrava. Ravenna não sabia sussurrar. — E parecem de giz — acrescentou. 
— Não é verdade. — Eleanor sim sussurrava, quase tinha aperfeiçoado essa arte. — Agora, silêncio. Mas levou uma mão ao rosto e tocou as bochechas. Seus dedos foram vestidos em pelica debruada de seda, com diminutos botões elaborados com concha de ostra, luvas tomadas emprestados de sua outra irmã, Arabella, a duquesa de Lycombe. Bochechas frias. Como a morte. A morte da vida qual ela tinha conhecido até esta data. 
— A verdade, Ellie, você parece uma princesa — disse Ravenna retirando o xale para jogá-lo sobre os ombros de sua irmã: — Mas vai pegar um resfriado neste sepulcro glacial. A capela ducal não era exatamente um sepulcro, mas um pequeno espaço encantador de calcária da cor de mel e janelas transparentes que permitiam que o sol invernal esquentasse com pálidos raios isolados aos convidados à bodas ali reunidas. Não obstante, ajustou o xale da Ravenna sobre o peito. 
A irmã mais jovem, com uma cascata de cabelo sobre os ombros, não necessitava, e todo mundo sempre achava que Eleanor sim, precisava. Treze anos não tinham apagado ainda da lembrança familiar aquela época em que qualquer mínima corrente de ar que penetrasse por uma porta aberta a deixava a beira da morte. A grave inflamação dos pulmões que a adoeceu aos quatorze anos se prolongou durante tanto tempo que ninguém acreditava em uma recuperação completa. 
Ninguém, à exceção de uma pessoa. Hoje suas bochechas sem vida nada tinham que ver com sua má saúde nem com o frio de fevereiro. Ao pé do coro e o presbitério, seu querido pai ria absolutamente feliz enquanto contraía matrimônio com uma mulher idealmente adequada para ele. Pulcra e contida, com um recatado vestido de algodão cinza, a noiva do reverendo Martin Caulfield elevou um rosto sereno para sua noiva. Inteligente, interessada pela teologia, comovida por seus sermões, e sinceramente pia, a viúva senhora Agnes Coyne era a esposa perfeita para o pároco de St. Petroc, viúvo há tempo. 
Desde o momento em que a mulher se instalou no povoado todos concordaram que era o casal ideal. Eleanor se alegrava imensamente de que seu pai encontrasse de novo a felicidade no matrimônio; sua primeira esposa havia falecido antes que ele descobrisse às três irmãs órfãs no orfanato. Mas a vontade do Agnes de lhe ajudar com o trabalho, somada a sua experiência em conduzir a casa de um cavalheiro, sugeria uma certeza indisputável: Ela era agora desnecessária. 
Seu coração pulsava a um ritmo tão rápido e com tal força que parecia ocultar o hino que surgia dos tubos. A felicidade recém-descoberta de seu pai não era a causa. Sim, que sua vida se encontrasse a ponto de mudar dramaticamente. Depois de anos de silêncio em torno do tema, o reverendo se pronunciou a seu respeito: sua filha mais velha devia casar-se. Gozo! Felicidade! 








Série Procura-se um Príncipe
1 - Casei com um Duque
2 - Me Apaixonei por um Lorde
3 - Me Rendi a um Canalha

19 de agosto de 2018

Me Apaixonei por um Lorde

Série Procura-se um Príncipe
A apaixonada Ravenna Caulfield só quer afastar-se das mesquinhas jovens da alta sociedade.
O atraente e heróico lorde Vítor Courtenay só quer viver uma perigosa aventura atrás da outra. Ravenna, apesar de suas desculpas para evitar os atos sociais, não pôde fugir de uma festa campestre que organiza um príncipe português procurando esposa. E quando pensava que não poderia ser pior, fica isolada pela neve no castelo cheio de virgens conspiradoras... O pior pesadelo da jovem se faz realidade! Mas de repente um beijo roubado em um estábulo, a aparição de um cadáver dentro de uma armadura e outro grande número de aventuras escandalosas, envolverão Ravenna e Vítor em um mistério que estarão dispostos a resolver.
Entretanto, Vitor deseja algo mais e não está disposto a deixar que Ravenna escape...O que pode acontecer quando se une um mistério com os enigmas do amor e a paixão?

Capítulo Um

A fugitiva 
A perdição de Ravenna Caulfield começou com um pássaro, prosseguiu com um garfo para remover o feno, e culminou com um cadáver na armadura. 
O pássaro apareceu antes, vários anos antes do incidente do garfo e do dia em que Ravenna descobriu aquela pobre alma vestida com uma armadura, embora possivelmente aquele descobrimento fosse muito oportuno, depende a opinião que tenha cada qual sobre assuntos de tanta importância como o destino e o amor. Ravenna ficou órfã desde menina e vivia em um orfanato com suas duas irmãs mais velhas. Ali foi onde adquiriu a coragem de sua irmã Eleanor e a resistência de sua irmã Arabella. 
Por desgraça, ela nunca chegou a dominar essas virtudes. E, por isso, no dia que roubou uma cenoura para o velho cavalo que puxava uma carruagem, o senhor Bones, a castigou deixando-a passar seis horas encerrada no sótão, onde encontrou o pássaro ferido metido em uma greta entre dois tijolos estilhaçados, perto da janela, e não pôde ignorá-lo. 
Nenhuma garota de bom coração poderia ter resistido aos tristes gorjeios do bichinho. Aproximou-se dele, descobriu que tinha a asa quebrada, olhou esses olhos negros que tanto se pareciam com os seus, e jurou que o salvaria. 
Passou quatro semanas esfregando o chão pegajoso da sala de jantar muito mais depressa que as outras garotas — e como consequência não deixava de cravar-se lascas nos dedos, — para conseguir dez minutos de liberdade. 
E durante essas quatro semanas, lhe acelerava o coração cada vez que penetrava no sótão onde mastigava os restos flexíveis do pão que lhe tinha dado de café da manhã, e os dava ao pássaro. 
Passou essas quatro semanas guardando a água de chuva do batente em uma folha, e observava como a pequena criatura bebia até que seus gorjeios deixaram de ser tristes e começaram a soar mais alegres. Passou quatro semanas animando-o a subir à palma de sua mão e esteve acariciando a asa ferida até que o bichinho conseguiu estirá-la tanto como a outra e dar uns saltos cuidadosos até a janela. 
E um dia, quando subiu ao sótão, ele já não estava. Mas ficou ali, rodeada de móveis quebrados e arcas velhos, e chorou. Então ouviu um gorjeio breve e alegre na janela. 
Abriu-a e se encontrou com os olhos do pássaro, que estava pousado sobre o ramo de uma árvore. Voou até sua palma aberta. Aquela primavera a jovem viu como se esforçou para construir seu ninho nesse ramo. Quando pôs ovos, Ravenna se ajoelhava sobre seus pequenos joelhos cheios de calos na capela cada manhã, e rezava pela saúde das crias. 
Para celebrar seu nascimento, levou a pequena mãe um verme que tinha encontrado na horta da cozinha, e observou como o utilizou para alimentar a suas crias. Aquele dia se sentiu tão feliz que chegou tarde às preces da noite. A diretora a repreendeu com as bochechas coradas diante das demais garotas, e depois as pôs para cortar nabos, até que lhes doeram os dedos e as mandou à cama sem jantar.








Série Procura-se um Príncipe

1 - Casei com um Duque
2 - Me Apaixonei por um Lorde
3 - Me Rendi a um Canalha

21 de junho de 2018

Convide-me para Dançar

Série O Clube do Falcão
O Conde do Vaucoeur nunca deveria ter comparecido ao baile, sabendo que Lady Fiona Blackwood estaria ali.

Lady Fiona nunca deveria ter enviado sinais para Lorde Vaucoeur depois de semanas a olhá-la fixamente.
E talvez, se ambos se comportassem como deveriam, nunca se encontrariam, escapando do desastre, encharcados, e um nos braços do outro.
Às vezes, um simples baile em Londres, pode se converter na maior aventura de todas…

Capítulo Um

Não era o Baile da Temporada. Nem sequer era o baile da semana. Nem daquela noite. Era uma mísera festa passada de moda em uma casa desmantelada, na qual compareciam duzentos futuros aspirantes ao “beau monde”, a maioria dos quais nunca vira o interior de uma mansão de Mayfair ou uma sala de estar de Grosvenor Square. 
A chuva golpeava contra as janelas cobertas com cortinas finas, o teto curvado com pintura descascada, era apenas dissimulado pela claridade das poucas velas, e a única razão pela qual Felix Vaucoeur, Conde de Vaucoeur, Cavaleiro da Ordem de São Martín e dono de Rowswith Castle, estava presente, era para ver Fiona Blackwood dançar. 
Novamente. Nas sombras. Sem se deixar notar. Como fizera antes, muitas vezes. Ficaria aborrecido consigo mesmo 
― ou com qualquer outro homem que praticasse semelhante covardia ― se não tivesse um motivo plausível para permanecer oculto. A tragédia era sempre uma boa justificativa para o comportamento grosseiro. Lady Fiona tampouco pertencia a este baile. 
Era deliciosa irmã de um conde escocês. Seu pescoço de marfim deveria estar coberto com diamantes no lugar da singela medalha de ouro que usava agora, e seu cabelo escuro deveria estar preso com pentes de prender cheios de jóias, não com simples faixas, que muito atraentes, cintilassem em branco e prata como seu modesto vestido. E deveria passear de braço dado com duques, não com filhos de comerciantes, por mais bem situados que estivessem. Mas há algumas semanas, Felix havia notado sua amizade com uma jovem senhora, nova em Londres, uma moça da baixa nobreza, com duas tias solteiras sem nenhuma posição para escoltá-la. 
A garota era formosa, embora não fosse uma beleza. Entretanto, quando os expressivos olhos de Lady Fiona se encontravam com os de sua amiga, os olhos de ambas se iluminavam pela diversão. Parecia que, nesta sociedade de segredos e máscaras, elas compartilhavam idênticos corações abertos. 
Ela fizera amizade com uma garota muito abaixo do seu status social, simplesmente pela alegria de fazê-lo. Por isso, estava aqui esta noite, no baile de estreia de sua amiga. E vêla fazia doer o coração de Felix. Ela era a única dama da Grã- Bretanha que não se devia permitir admirar; entretanto, não parecia conseguir se manter afastado dela.