Solicita-se o favor da sua companhia em Warbury Park. Quatro encantadoras damas virão… Mas apenas uma delas poderá tornar-se uma duquesa.
James, o escandaloso e incivilizado Duque de Harland, necessita de uma noiva com uma reputação imaculada para um acordo estritamente de negócios. A luxúria está proibida e o amor está fora de questão.
Quatro damas. Três dias. O que poderia correr mal?
Ela não é como as outras…
Charlene Beckett, a não reconhecida filha de um conde e uma cortesã, recebeu uma proposta que irá mudar a sua vida, fazer-se passar pela sua meia-irmã, lady Dorothea, e ganhar a proposta do duque. Tudo o que tem de fazer é:
* Ser uma perfeita Rosa Inglesa (Ah!)
* Respirar, sorrir, e fazer reverências em vestidos terrivelmente apertados (amaldiçoado seja o corpo de sílfide de lady Dorothea)
* Encantar e seduzir um duque selvagem (sem que ele perceba)
* Manter o triste duque, muito longe do seu coração (não importa quanto a ideia seja tentadora)
Quando os segredos forem revelados e a paixão suplantar tudo, James terá de decidir se a última mulher que deve desejar é aquela de quem ele precisa. E Charlene tem de decidir se a promessa de uma nova vida vale o risco de perder tudo… Incluindo o seu coração. Para o meu cavaleiro vestido com Carhartts.
Capítulo Um
Surrey, 1817
Ela serve perfeitamente.
James fez pontaria aos seus cachos dourados e sorriso sereno e lançou o seu punhal. Mesmo no alvo. Mesmo no meio entre os seus plácidos olhos azuis.
― Uma excelente escolha, Vossa Graça. ― Cumberford puxou os óculos para a ponta do nariz e consultou um livro. ― Lady Dorothea Beaumont, a filha mais velha do Conde de Desmond.
Lady Dorothea. Uma égua puro sangue para produzir campeões.
― O que pensas dela, Dalton?
A única resposta foi um inebriado ronco. O amigo de James, Garrett, Marquês de Dalton, estava totalmente esticado no sofá, um braço balaçando na extremidade, ainda segurando um copo de brandy vazio.
James escolheu outra adaga da caixa de couro e remirou os esboços a pastel que ele encomendara anonimamente a um ilustrador de gazetas.
Plop! A sua lâmina perfurou um delicado pescoço de cisne. Plop! Perfurou um nariz aristocrático.
Cumberford recitou linhagens, afastando-se o mais possível das facas.
James serviu-se de mais brandy.
Como é que chegara a este ponto? Ele era a desgraça da família, o demônio exilado, o candidato suplente. Ele devia estar abrindo um caminho na selva das Índias Ocidentais, não estar escolhendo candidatas a duquesas.
O casamento nunca tinha estado nos seus planos.
O seu próximo lançamento desviou-se para oeste, falhando por pouco o nariz de Cumberford, e ficou preso na capa de pele de cor vermelha da obra “ The Life and Times” do seu venerável antepassado, o primeiro Duque de Harland.
Se Cumberford desaprovou que James destruísse as paredes da livraria forradas a painéis de mogno, não o demonstrou. Já era o procurador de Harland há demasiado tempo para demonstrar emoções.
― Droga! ― Disse James.
― Que se passa? ― Dalton finalmente levantou a cabeça das almofadas do sofá.
― Quase acertei no Cumberford.
― Está tudo bem, Vossa Graça ― disse Cumberford.
― Quase o quê? Porque é que tens uma faca na mão? ― Dalton gemeu e levantou o cotovelo acima dos olhos. ― Onde é que eu estou?
James inclinou a cabeça e um lacaio serviu outra bebida a Dalton.
Dalton fechou os seus olhos azuis injectados de sangue.
― Vou ficar doente.
― Nada disso. ― James arrancou o amigo do sofá e enrolou os dedos de Dalton á volta do cabo da faca. ― Torna-te útil.
Dalton ficou olhando para a adaga.
– Tens razão. Uma vez que sejas apanhado na armadilha do matrimônio, eu serei a tua última e final esperança. Vai ser odioso. Eu devia acabar com tudo agora.
― Tu não, idiota. ― James virou-o até ele ficar de frente para as beldades em papel colocadas em fila. ― Uma delas.
Três esfaqueadas damas fitaram-no de volta. Não pareciam gostar de terem sido transformadas em almofada de alfinetes. James juraria que os olhos bem abertos de lady Dorothea tinham encolhido.
― Tu não pensaste bem nisto ― disse Dalton. ― Vão cair-te em cima como uma matilha de lobos. Warbury Park vai ficar inundado de fêmeas coniventes. Tenho de partir. Agora. ― Ele deu um passo vacilante.
James segurou-o com firmeza.
–Uma vez que chegaste sem avisar, podias pelo menos ficar para ajudar a avaliar as candidatas.
― Se tens de entrevistar uma esposa, porque não esperas pela Temporada, como uma pessoa civilizada? ― Dalton deu uma palmada na testa com a mão livre. ― Oh, espera. Esqueci-me. Tu nunca foste civilizado. Sabes como te chamam em Londres? “Vossa Desgraça.”
― Já me chamaram coisas piores.
― Ao menos pensa em aparar essa barba selvagem. Faz-te parecer um pirata.
― Limita-te a atirar a faca.
Dalton fitou a fila de desenhos afixados na parede da biblioteca.
― São todas iguais ― disse com voz arrastada. ― Lábios macios e pestanas trêmulas. Até te caçarem. Aí são só línguas de harpia e olhares de Medusa. Transformam um homem em pedra só por olhar, de relance, outra mulher. Não tem graça, digo-to eu. Nenhuma.
James encolheu os ombros.
― São os pais que eu realmente adoro. Cumberford garantiu-me que estes são os homens mais influentes com filhas elegantes e refinadas.
― Ah ha!
Série Os Duques Desgraçados
1 - Como o Duque foi Conquistado
2- Se eu tivesse um Duque
03- A Culpa é do Duque
Série concluída
1 - Como o Duque foi Conquistado
2- Se eu tivesse um Duque
03- A Culpa é do Duque
Série concluída