Mostrando postagens com marcador Série Os Duques Desgraçados. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Série Os Duques Desgraçados. Mostrar todas as postagens

27 de março de 2019

A Culpa é do Duque

Série Os Duques Desgraçados
Nicolas, Lorde Hatherly, nunca pensara em se casar – nem queria aumentar a “loucura” da linhagem Hatherly. 

Mas agora deveria honrar a dívida de seu pai para um comerciante alpinista social, ou perder a casa da família.
Um notório marquês libertino, aquisição de seu pai em um jogo de cartas, era a última coisa que a Senhorita Alice Tombs queria. Ela passara as últimas três temporadas repelindo pretendentes com métodos espetaculares, para que tivesse a liberdade de explorar o mundo. Teria de mandar esse pretendente para longe, também. Até que Nick propõe um arranjo totalmente tentador: um verão junto para provar a legitimidade de sua união, e então Alice estava livre para viajar enquanto Nick volta para os dias de orgias que faltavam antes que a loucura dos Hatherly tomasse conta dele.
Seria fácil partir depois de uns poucos meses de falsa alegria conjugal, não seria? Alice e Nick estão prestes a descobrir… uma noite sensual de cada vez. Isso deve ser divertido…

Capítulo Um

Londres, 1820
Salão de Bailes da casa do Duque de Barrington.
Vênus surgiu das ondas verdes e ondulantes, nua, exceto por seu longo cabelo vermelho-dourado e um sorriso sereno.
A melodia etérea da harpa percorreu o ar.
A pequena plateia de senhores intitulados explodiu em aplausos.
— Quem é ela, Hatherly? – Capitão Lear perguntou.
— Ela é minha. – Nick contemplou as linhas clássicas e ricamente curvilíneas daquela que seria sua amante.
Lear sorriu maliciosamente.
— Ela tem uma irmã gêmea?
— Que tal a criada? – Nick olhou para a bonita atriz com longos e fluídos cabelos castanhos, enrolados em flores brancas, que estava a espera para envolver Vênus em um manto de seda rosa.
— Você foge com a deusa e eu fico com uma mera criada?
— O que posso dizer, velho amigo? – Nick serviu Lear com mais French Armagnac de um decantador de vidro sobre a mesa redonda em frente a eles. – É a minha festa.
Nick era conhecido como infame na sociedade por seus entretenimentos hedonistas. Para as festividades desta noite recriou a requintada pintura de Botticelli, O nascimento de Vênus, procurara pelas casas de ópera de Londres, pela musa perfeita.
Não importava que seu nome era Sally e que veio de Liverpool.
Nesta noite era ela a Vênus de Botticelli. Arte transformada em carne.
Tentação encarnada. E amanhã seria transformada na deusa reinante do submundo.
Lear riu, seu olhar varrendo os senhores sentados em volta do palco que Nick mandara construir no salão de baile de Sunderland House, a palaciana mansão de seu pai em Londres.
— Apenas olhe para eles. Arrebatados como bebês dos seios de suas mães. Você vai ter problemas em superar esses, Hatherly.
Nick assentiu pesarosamente.
— Está ficando mais difícil fornecer novas diversões. Eu vi tudo. Fiz de tudo.
— Do que você necessita é de uma mudança de cenário. Céus abertos. O ar estimulante do mar… – Lear piscou um olho. – Garçonetes alegres por todos os lados. Dançarinas flexíveis de flamenco.
Em linguagem educada Lear era conhecido como um aventureiro, um navio para alugar. Outros o chamavam de pirata. Certamente não era um verdadeiro capitão na Marinha Real com sua pele bronzeada, longo cabelo preto e uma pequena argola de ouro perfurando uma de suas orelhas, mas mantinha Nick suprido com aquele conhaque de carvalho envelhecido da França e um condimentado vinho português, então Nick não fazia muitas perguntas.
Lear bateu a mão no ombro de Nick.
— Venha comigo em minha próxima viagem. Não, eu estou falando sério – disse quando Nick começou a protestar. – Quando foi a última vez que você deixou Londres? Você está sufocando aqui nesta cidade coberta de fuligem, quando há todo um mundo para se explorar.
As palavras do amigo conjuraram uma memória enterrada. A maresia encrustada em seu rosto. Olhando para um sombrio oceano cinza. Na cabine abaixo, seu pai, o Duque de Barrington e famoso colecionador de orquídeas, febrilmente escrevia em seu diário, parando apenas para encher seu tinteiro. Linhas intermináveis de rabiscos, sua mente estava lúgubre e tão impenetrável quanto o oceano que eles cruzavam.
Nick suprimiu um estremecimento e engoliu o resto do conhaque em sua taça, saboreando os sabores ácidos, maçã doce e caramelo.
— Eu nunca pisarei em um navio novamente. – Disse, sua voz baixa e uniforme, mas as palavras foram arrancadas de sua alma. – Odeio o oceano. Odeio o tédio. Andar pelo convés durantes meses a fio. Eu enlouqueceria. Apenas o fiz pelo meu pai.
Lear analisou sua face com uma expressão perplexa.
Com esforço, Nick retomou sua habitual expressão de descuidada diversão.
— Os únicos navios que desejo ver são as imitações teatrais, velho amigo. – Falou calorosamente, gesticulando para o palco, onde a proa de um navio fantasmagórico, austero contra um pano de fundo azul, deslizava para ser visto, sinalizando que estava quase na hora da Vênus começar a cantar.
Seus talentos tinham sido completamente desperdiçados em um coro de uma ópera barata. Havia uma espécie de torvelinho em sua voz, que acelerava o pulso de um homem.
Este era o lugar ao qual Nick pertencia. Aqui, no coração depravado do reino decadente que ele construiu para si. Se o futuro reservava a loucura, com toda a certeza iria drenar até a última gota de prazer que cada momento gerava.
Ele enlouqueceria em grande estilo, o homem mais invejado de Londres, com uma deusa voluptuosa em sua cama, e uma adega cheia de conhaques caros.
— Além disso – Nick disse – você sabe que não posso deixar o duque aqui sozinho. Seu desarranjo mental aumenta e diminui. Hoje ele está bem. Amanhã pode se tornar maníaco como o pobre velho George. Que sua alma descanse. – O Rei Louco George tinha ido para seu túmulo conturbado no final de janeiro, apenas quatro meses antes.
— Onde está Barrington? – Lear esticou o pescoço, realizando uma busca no quarto. – Eu não lhe prestei meus respeitos.
— Deixei-o adormecido em seus aposentos com seu assistente, Stubbs, de vigia do lado de fora. Sem dúvidas o velho está sonhando com a busca de indescritíveis sombras de orquídeas nos climas tropicais.
— Eu trouxe para ele alguns bulbos raros da Espanha desta vez. – Lear disse. Todas as vezes que retornava a Londres, trazia orquídeas para o duque. – Embalei-os na casca e os mantive quentes e acolhidos para que sobrevivessem. Há dinheiro em colecionar orquídeas nestes dias. Posso ter de achar um rico investidor e caçar algumas eu mesmo em minha próxima…
Uma voz profunda soou do palco, afogando suas palavras.
— Oie! Graciosa Vênus! Você viu meu filho?




Série Os Duques Desgraçados
1 - Como o Duque foi Conquistado
2- Se eu tivesse um Duque
03- A Culpa é do Duque 
Série concluída


6 de março de 2019

Se eu tivesse um Duque

Série Os Duques Desgraçados
Depois de três temporadas fracassadas e uma desastrosa rejeição, Lady Dorothea Beaumont estava mais do que farta com as intrigas da família. 

Ela não domaria um Duque nem enredaria um Conde nem mesmo disputaria um Visconde. Ela sairá discretamente para casa da sua tia, na Irlanda, em direção a uma vida de liberdade e felicidade. Até que um duque arrogante e pecaminosamente atraente a arrastou para uma valsa, tornando Thea a beldade mais popular da temporada.
O Duque arruinou os seus planos e agora ele terá que ajudá–la a consertá-los. Dalton, Duque de Osborne, não suporta debutantes ou casamento, ele usa galanteios e escândalos para esconder o seu verdadeiro objetivo: encontrar o homem que destruiu a sua família. Quando a sua busca o conduz para a Irlanda, a última coisa de que ele precisa é da determinada e dolorosamente inocente Thea, que chega pela calada da noite, exigindo que ele a acompanhe até à casa da tia. Seu tolo acordo poderá ser a sua ruína. 
O caminho para a Ilha Esmeralda está cheio de perigos imprevistos, mas o maior perigo de todos talvez seja ele descobrir que tem um coração…e que está perdendo este coração para Thea.

Capítulo Um

Londres, Primavera de 1819
Thea tinha cometido um erro de dimensões épicas. Um erro alto, de ombros largos, do tamanho de um Duque. Sua coragem era indômita desde que na distância segura do seu tinteiro e do seu papel de carta. Ela planejava se aproximar do Duque de Osborne no primeiro baile da temporada, espalhar a sua comitiva de mulheres deslumbrantes com um olhar severo e dizer algo brilhantemente persuasivo e profissional.
Alguma coisa do tipo: Vossa Graça, esconder as pinturas perdidas de Artemísia no seu sótão é como se o General Hutchinson abandonasse a Pedra de Rosetta às forças de Napoleão no Egito.
Bem, talvez isso fosse um pouco dramático, mas serviria para demonstrar seu ponto de vista. Derrubar esta primeira peça de marfim do dominó e o resto da formação iria atrás. E antes que ela percebesse estaria de volta à Irlanda, livre para ser finalmente imperfeita.
Mas esta primeira peça... Claro que ela observou Osborne durante as suas duas primeiras temporadas, quando ele ainda era o Marquês de Dalton. Mas esta noite era diferente. Esta noite ela precisava de algo dele. E ele era tão grande. Tão poderoso e másculo.
Uma dama podia sentir toda aquela masculinidade do outro lado de um salão de baile sombrio. Ele não andava, marchava. Ele não corria, galopava. E quando ele queria alguma coisa, ela estava à mão para ser pega.  Ele não seria facilmente convencido. Até a sua gravata tinha um ar desafiador de displicência que fazia com que os outros cavalheiros parecessem estar presos por suas gravatas enquanto ele vagueava livre.
Os candelabros sibilavam lá em cima. O perfume açucarado de licor de amêndoa desencadeou uma onda do velho pânico familiar na sua barriga e o peso das pérolas que sua criada tinha trançado em seus cachos encheu-se com a promessa duma dor de cabeça.
— Lady Dorothea, por favor — Lady Desmond abriu o leque com um estalo em frente do nariz de Thea. Thea pestanejou.
— Sim, mãe?
— Este constante vaguear simplesmente não vai dar resultados. Tem de pelo menos tentar parecer suficientemente transformada. Tenho de lembrá-la que esta é a sua última oportunidade de causar uma boa impressão?
Não havia nenhuma possibilidade que isso acontecesse. Ela estava gravada na mente dos membros da sociedade como a Desastrada Dorothea. O que era bastante conveniente quando se desejava permanecer como uma assustadiça donzela e entrar no grupo das solteironas.
— Está me ouvindo? — Perguntou Lady Desmond, estreitando os olhos azuis claros.
— Sim, mãe.
— Agora vou deixá-la sozinha um pouco para que os cavalheiros não se sintam…. Dissuadidos para convidá-la para dançar.
Deveriam estar aterrorizados e longe de tal ideia, isso era o mais provável. Thea tinha uma má reputação, mas a da mãe dela era atroz, uma vez que metade da sociedade suspeitava do embuste que ela tentara utilizar na sua infeliz tentativa de garantir um Duque como genro. Embora isso nunca tivesse sido provado.
— Tente sorrir quando um cavalheiro se aproximar. — Pediu Lady Desmond. — Parece que está num funeral.
De certo modo, ela estava. O último suspiro dos sonhos da mãe... E das perspectivas de casamento de Thea.
Para apressar a partida da mãe, Thea colou um sorriso brilhante no rosto. Se ela sorrisse mais um pouco, sua cabeça se partiria ao meio.
— E nem um pingo daquele risinho esta noite, ouviu? Nem um pio.
— Sim, mãe. — Ela estava fervilhando de frustração, mas absteve-se de uma réplica incisiva. Ela precisava que a mãe saísse para poder arranjar uma maneira de encurralar o Duque.
— Claro que a ouvi. Está bem do meu lado.
— Mesmo? — Respondeu Lady Desmond. — E pare de olhar para o Duque de Osborne. É extremamente inapropriado.
Thea sobressaltou-se com ar culpado.
— Não estou olhando para ele.
— Está praticamente babando, menina. — Lady Desmond bateu com o leque na palma da mão dela. — Admito que é agradável à vista, mas não é o nosso alvo. Foxford servirá perfeitamente, — disse. Lançou um olhar através do salão. — Ainda não chegou.
Thea suprimiu um calafrio. Foxford não iria servir.
Nem em um milhão de anos.
Ela tinha sido dócil e obediente a vida inteira. Exceto daquela vez. Na igreja. Mas ela não tinha nenhuma intenção de casar com um cavalheiro escolhido pela mãe.
O Duque de Osborne agora era o centro das atenções do salão de baile de Lady Thistlethwaite, com suas longas pernas ancorados no chão de mármore, como se fosse o mastro dum navio.
Viúvas usando vestidos de cetim com decotes arrojados, redopiavam à volta dele como ondas de espuma e as debutantes brilhando com juventude e otimismo lançavam olhares tímidos, enquanto as suas mães conspiravam para afastar o Duque da sua aversão ao casamento.
Em que é que ela estava pensando? Ela não podia encaminhar-se para um famigerado libertino. Cada olhar na sala estava cravado nele.
Ela só tinha de lhe escrever outra carta. Sim, era exatamente o que faria. Uma bela e segura carta na sua escrivaninha.
Vamos ver...








Série Os Duques Desgraçados
1 - Como o Duque foi Conquistado
2- Se eu tivesse um Duque
03- A Culpa é do Duque
Série concluída

15 de maio de 2018

Como o Duque foi Conquistado

Série Os Duques Desgraçados
Solicita-se o favor da sua companhia em Warbury Park. Quatro encantadoras damas virão… Mas apenas uma delas poderá tornar-se uma duquesa.

James, o escandaloso e incivilizado Duque de Harland, necessita de uma noiva com uma reputação imaculada para um acordo estritamente de negócios. A luxúria está proibida e o amor está fora de questão.
Quatro damas. Três dias. O que poderia correr mal?
Ela não é como as outras…
Charlene Beckett, a não reconhecida filha de um conde e uma cortesã, recebeu uma proposta que irá mudar a sua vida, fazer-se passar pela sua meia-irmã, lady Dorothea, e ganhar a proposta do duque. Tudo o que tem de fazer é:
* Ser uma perfeita Rosa Inglesa (Ah!)
* Respirar, sorrir, e fazer reverências em vestidos terrivelmente apertados (amaldiçoado seja o corpo de sílfide de lady Dorothea)
* Encantar e seduzir um duque selvagem (sem que ele perceba)
* Manter o triste duque, muito longe do seu coração (não importa quanto a ideia seja tentadora)
Quando os segredos forem revelados e a paixão suplantar tudo, James terá de decidir se a última mulher que deve desejar é aquela de quem ele precisa. E Charlene tem de decidir se a promessa de uma nova vida vale o risco de perder tudo… Incluindo o seu coração.  Para o meu cavaleiro vestido com Carhartts.

Capítulo Um

Surrey, 1817
Ela serve perfeitamente.
James fez pontaria aos seus cachos dourados e sorriso sereno e lançou o seu punhal. Mesmo no alvo. Mesmo no meio entre os seus plácidos olhos azuis.
― Uma excelente escolha, Vossa Graça. ― Cumberford puxou os óculos para a ponta do nariz e consultou um livro. ― Lady Dorothea Beaumont, a filha mais velha do Conde de Desmond.
Lady Dorothea. Uma égua puro sangue para produzir campeões.
― O que pensas dela, Dalton?
A única resposta foi um inebriado ronco. O amigo de James, Garrett, Marquês de Dalton, estava totalmente esticado no sofá, um braço balaçando na extremidade, ainda segurando um copo de brandy vazio.
James escolheu outra adaga da caixa de couro e remirou os esboços a pastel que ele encomendara anonimamente a um ilustrador de gazetas.
Plop! A sua lâmina perfurou um delicado pescoço de cisne. Plop! Perfurou um nariz aristocrático.
Cumberford recitou linhagens, afastando-se o mais possível das facas.
James serviu-se de mais brandy.
Como é que chegara a este ponto? Ele era a desgraça da família, o demônio exilado, o candidato suplente. Ele devia estar abrindo um caminho na selva das Índias Ocidentais, não estar escolhendo candidatas a duquesas.
O casamento nunca tinha estado nos seus planos.
O seu próximo lançamento desviou-se para oeste, falhando por pouco o nariz de Cumberford, e ficou preso na capa de pele de cor vermelha da obra “ The Life and Times” do seu venerável antepassado, o primeiro Duque de Harland.
Se Cumberford desaprovou que James destruísse as paredes da livraria forradas a painéis de mogno, não o demonstrou. Já era o procurador de Harland há demasiado tempo para demonstrar emoções.
― Droga! ― Disse James.
― Que se passa? ― Dalton finalmente levantou a cabeça das almofadas do sofá.
― Quase acertei no Cumberford.
― Está tudo bem, Vossa Graça ― disse Cumberford.
― Quase o quê? Porque é que tens uma faca na mão? ― Dalton gemeu e levantou o cotovelo acima dos olhos. ― Onde é que eu estou?
James inclinou a cabeça e um lacaio serviu outra bebida a Dalton.
Dalton fechou os seus olhos azuis injectados de sangue.
― Vou ficar doente.
― Nada disso. ― James arrancou o amigo do sofá e enrolou os dedos de Dalton á volta do cabo da faca. ― Torna-te útil.
Dalton ficou olhando para a adaga.
– Tens razão. Uma vez que sejas apanhado na armadilha do matrimônio, eu serei a tua última e final esperança. Vai ser odioso. Eu devia acabar com tudo agora.
― Tu não, idiota. ― James virou-o até ele ficar de frente para as beldades em papel colocadas em fila. ― Uma delas.
Três esfaqueadas damas fitaram-no de volta. Não pareciam gostar de terem sido transformadas em almofada de alfinetes. James juraria que os olhos bem abertos de lady Dorothea tinham encolhido.
― Tu não pensaste bem nisto ― disse Dalton. ― Vão cair-te em cima como uma matilha de lobos. Warbury Park vai ficar inundado de fêmeas coniventes. Tenho de partir. Agora. ― Ele deu um passo vacilante.
James segurou-o com firmeza.
–Uma vez que chegaste sem avisar, podias pelo menos ficar para ajudar a avaliar as candidatas.
― Se tens de entrevistar uma esposa, porque não esperas pela Temporada, como uma pessoa civilizada? ― Dalton deu uma palmada na testa com a mão livre. ― Oh, espera. Esqueci-me. Tu nunca foste civilizado. Sabes como te chamam em Londres? “Vossa Desgraça.”
― Já me chamaram coisas piores.
― Ao menos pensa em aparar essa barba selvagem. Faz-te parecer um pirata.
― Limita-te a atirar a faca.
Dalton fitou a fila de desenhos afixados na parede da biblioteca.
― São todas iguais ― disse com voz arrastada. ― Lábios macios e pestanas trêmulas. Até te caçarem. Aí são só línguas de harpia e olhares de Medusa. Transformam um homem em pedra só por olhar, de relance, outra mulher. Não tem graça, digo-to eu. Nenhuma.
James encolheu os ombros.
― São os pais que eu realmente adoro. Cumberford garantiu-me que estes são os homens mais influentes com filhas elegantes e refinadas.
― Ah ha!




Série Os Duques Desgraçados
1 - Como o Duque foi Conquistado
2- Se eu tivesse um Duque
03- A Culpa é do Duque
Série concluída