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15 de outubro de 2019

A Esposa Fugitiva do Guerreiro

 Série Lobos Guerreiros
O notório Lorde de Roul...

...deve tomá-la como sua noiva!
Lady Avelyn foge de um noivado indesejado com um Senhor da Guerra velho apenas para ser caçada e devolvida à corte do rei David por Elrik, Lorde de Roul, um lendário guerreiro com um coração de gelo e um beijo de fogo. E agora Avelyn é obrigada a compartilhar sua cama quando é ordenado a Elrik se casar com ela!



Capítulo Um

Sul de Derbyshire, Inglaterra uma semana depois
— Abra — A porta de madeira do quarto sacudiu. — Eu tenho uma necessidade imediata de uma prostituta disposta.
Avelyn se encolheu com o pedido do homem e segurou com firmeza o punhal que ela tinha diante de si enquanto se afastava da porta trancada do quarto. A necessidade de se proteger era um hábito, pois sabia que só precisava ficar quieta e, por fim, ele se moveria ao longo do corredor indo embora.
Assim como nas últimas sete noites, homens que procuravam por uma mulher disposta haviam parado para testar a porta inúmeras vezes antes de ir em busca de uma que se abrisse sob seu toque. Até agora, ela tinha tido sorte e a barra de metal fina tinha segurado.
Parecia haver um código de honra, mesmo para esse bordel. Aparentemente, uma porta trancada significava que o quarto já estava ocupado ou que a mulher não desejava nenhuma companhia naquele momento. Para sua surpresa, os homens pareciam obedecer a esse desejo.
Quando o silêncio mais uma vez caiu no corredor, ela baixou a arma e respirou. Ela sufocou uma risada estrangulada com o volume de sua respiração. Nem mesmo a chuva incessante batendo no telhado havia abafado o que parecia ser um quase suspiro pela vida.
Avelyn se sentou em um banquinho perto da janela, olhando para o céu nublado. Tudo estava cinza. O céu, a estrada fora do bordel, até os prédios se misturavam ao nada contra o cinza interminável.
Ansiava por sair dali, mas deixara sua recente amiga, Hannah, convencê-la a esperar mais um dia, na esperança de que o céu clareasse um pouco. Agora, depois de quase oito dias de chuva, os riachos estariam tão sobrecarregados que as travessias não seriam transitáveis, o que só aumentaria a probabilidade de serem pegas.
Ela não arriscara sua vida fugindo de seu pai e das próximas núpcias apenas para ser capturada e devolvida.
Todos em casa haviam dito que ela tivera sorte e como teria se sentido privilegiada por se encontrar prometida a uma das famílias do rei Óláfr o senhor da guerra. Especialmente considerando que o rei não estava obrigado a se preocupar com seu bem-estar. Óláfr era o avô de seu pai seu bisavô, mas ela não era nada mais do que um deslize de um flerte que seu pai tivera com uma criada comum. O rei Óláfr não estava obrigado a zelar por seu futuro. Então, por que ele tinha ido tão longe com ela?









Série Lobos Guerreiros

01- À Disposição do Guerreiro 
02 – A Esposa Fugitiva do Guerreiro




21 de agosto de 2019

À Disposição do Guerreiro

Série Warehaven

Enganada e sozinha, Beatrice de Warehaven é forçada a fugir diretamente para os poderosos braços do temido guerreiro Gregor de Roul.

Ele a acompanha para casa, embora não antes de um beijo inflamar a verdadeira paixão entre eles.
Se Gregor quiser ganhar sua liberdade, ele deve obedecer a uma última ordem real e invadir Warehaven e se casar com Beatrice. 
Sua traição ganhará o ódio de Beatrice, mas Gregor está preparado para entrar em batalha com essa beleza teimosa e terminar o que começou com sua noiva inocente!

Capítulo Um

Sul de Derbyshire, Julho 1145
— Você não deve lutar comigo sobre isso. Você não vai ganhar.
Beatrice de Warehaven olhava chocada para o homem que a confrontava tão ousadamente na privacidade de sua tenda.
Charles de Wardham tinha sido o amor de sua vida. Com seus membros magros, rosto imaculado sem cicatrizes de feridas de guerra, cabelos loiros e modos enganosamente gentis e cuidadosos, ele facilmente conquistaria seu coração.
Como era possível que esse fosse o mesmo homem por quem ela se apaixonara tão desesperadamente há quase três anos?
Ela encarou com mais força seus pálidos olhos azuis, tentando ver através da névoa de desânimo que nublava sua visão. Ela uma vez se perguntou se era possível se afogar em seu olhar. Agora ela ficaria espantada se não se congelasse até a morte sob seu olhar gelado e inabalável.
Seu coração doeu fisicamente machucado como se tivesse sido estilhaçado por um aríete, quando se deu conta de que seus pais estavam certos em sua avaliação sobre esse homem. Eles não confiaram nele e estavam certos de que algo sombriamente sinistro estava sob seu exterior ameno. Ela fora tão insensata em não ver a verdade no julgamento deles. Achava-se certa o suficiente para que não lhes desse atenção, permitindo que ele a acompanhasse de volta a Warehaven sem o conhecimento de sua família.
— Venha, Beatrice.
Nem seu tom de voz calmo e firme, nem o sorriso que nunca atingiu seus olhos, a enganaram. Nunca mais ela seria enganada por um homem, qualquer homem, mas especialmente não por este. Ela sabia que não haveria nada de gentil em seu toque. Mesmo se houvesse algum indício de delicadeza, ela não se entregaria a ele antes de se casarem e, desde então, estava certa de que nunca se casariam, dividir sua cama não era uma opção.
Um frio amargo de traição correu por sua espinha. Ela se afastou de seu braço estendido e gritou:
— Edythe!



Série Warehaven
0.5 -Casamento Warehaven
1 - O Homem dos Meus Sonhos/Aliança com o Passado
2 - Cativa do Guerreiro
3- À Disposição do Guerreiro - (tb 01- Série Lobos Guerreiros)
Série concluída





18 de junho de 2019

Casamento Warehaven

Série Warehaven

Quando Brigit de Warehaven lança um feitiço simples para revelar a verdadeira identidade de seu amor, ela nunca esperava se casar com ele naquela mesma noite! 

Mas até que as traquinagens das vésperas dos dias dos mortos se acabem, Randall FitzHenry não pode verdadeiramente reivindicar o coração de sua noiva.


Capítulo Um

27 de outubro de 1117 – Warehaven mantém a ilha de Wict.
Nuvens flutuavam firmemente na direção da lua quase cheia, como dedos fantasmagóricos alcançando o céu. Sir Randall FitzHenry, filho bastardo do rei, esperava em silêncio sob os carvalhos imponentes.
Logo o brilho pálido escureceria. Então, sob o manto da escuridão, ele e seus homens invadiriam Warehaven Keep.
Como ele havia feito muitas vezes na última hora, ele olhou para o estreito campo que separava a floresta pesada da fortaleza. Através dos portões abertos, Randall podia ver a chama ainda rugindo da fogueira no pátio.
Por três noites consecutivas, os gritos e risos dos que dançavam em volta da fogueira haviam se espalhado pelo campo. Atrás das vozes batia o pulso rítmico da bateria de tambor.
A primeira parte de sua missão seria fácil. Não havia batalhas na ilha desde o dia de seu avô, de modo que a fortaleza era pouco protegida, como evidenciado pelos portões abertos. Warehaven seria conquistada antes que os habitantes soubessem que estavam sob ataque.
Seus espiões tinham feito seus trabalhos. Eles lhe trouxeram o mapa da fortaleza, os nomes e as descrições dos responsáveis e os planos para as festividades de cada noite.
Ele olhou para o céu. Esta tarefa tinha sido abençoada, a prova estava nas nuvens esforçando-se para apagar a luz da lua. Randall sabia que seus homens estavam em seus lugares. Assim que a escuridão chegasse ao céu, eles renderiam os homens que guardavam os portões.
Ele acenou com a cabeça para os gritos alegres dos celebrantes de Warehaven. Deixá-los-ia serem feliz agora. Pois esta seria a última noite em que eles praticavam seus ritos pagãos.
Eles não mais, vergonhosamente, deixariam de lado suas inibições para dançarem e se misturarem tão descaradamente em público diante de fogueiras.
E não mais fariam alguma caça selvagem. Um arrepio percorreu sua espinha com a lembrança de contemplar a mulher que haviam sacrificado. Machucada, rasgada e quebrada, ela morrera em agonia, seus olhos cegos estavam arregalados, um grito congelado para sempre em seus lábios.
Sim, ele encontraria esse veado da floresta — esse suposto deus.


Série Warehaven
0.5 -Casamento Warehaven
1 - O Homem dos Meus Sonhos/Aliança com o Passado
2 - Cativa do Guerreiro
3 - At the Warrior's Mercy

3 de julho de 2016

Cativa do Guerreiro

Série Warehaven
Um casamento forjado na vingança e no desejo!

Isabella de Warehaven é perfeita para a vingança que Richard de Dunstan planeja.
E agora que ele a tem sob seu domínio, nada poderá impedi-lo de realizar seu ardil.
Usando Isabella como isca, ele pretende atrair o prometido dela, o assassino Glenforde, de volta à cena do crime.
Quando o rigoroso inverno aprisiona Isabella na fortaleza de Richard, ela não tem escolha a não ser aceitar se tornar a esposa dele. Incapaz de negar a perigosa atração que sente por Richard, Isabella conseguirá salvar a alma atormentada de um guerreiro implacável?

Capítulo Um

Castelo de Warehaven Outono de 1145
Os homens não passavam de sapos, pulando para cá e para lá, sem aviso e sem se importar com coisa alguma nem com ninguém. Se antes ela tinha dúvidas, agora tinha certeza.
O ar frio da noite pouco ajudou a acalmar sua ira crescente. Isabella de Warehaven abriu caminho em meio às pessoas reunidas ao ar livre na área externa do castelo de seu pai. Precisava ficar algum tempo sozinha antes de voltar para a festa que estava prestes a começar.
Seu noivado, e em breve seu casamento, com Wade de Glenforde tinha sido meticulosamente planejado durante meses. Cada detalhe fora visto e revisto com o máximo cuidado. Cada linha do acordo fora examinada tendo em vista o futuro... o futuro dela.
E em questão de poucos minutos ela jogaria todo o planejamento de seu pai para os ares. Seus pais ficariam muito aborrecidos, e ela não gostava nem um pouco da ideia de decepcioná-los, mas simplesmente não podia se casar — não se casaria — com Glenforde. Ele que se casasse com a rameira que dava risadinhas irritantes e que ela o vira beijando e levando para uma alcova privativa.
Felizmente, sua mãe e seu pai haviam dado a ela e à irmã mais nova, Beatrice, a rara bênção da escolha. E da mesma forma que seu pai, cansado de vê-la entediada e lamentando por não ter um príncipe encantado em sua vida, tratara de arrumar-lhe um pretendente, Isabella tinha certeza de que ele não a forçaria a levar aquele noivado adiante. Especialmente quando ficasse sabendo do comportamento indecoroso de Glenforde.
Isabella apressou o passo conforme a recente lembrança renovava sua fúria. Uma coisa era ele ter uma rameira, mas outra bem diferente era ele alardear ostensivamente esse relacionamento, e dentro da morada do pai dela! E fazer isso na noite da comemoração do noivado deles ultrapassava todos os limites do aceitável.
E a essa indiscrição somava-se a atitude agressiva dele naquela tarde, quando a empurrara para o chão durante uma discussão em que ele fizera insinuações sobre Beatrice.
Se ele agia dessa forma agora, como seria depois que estivessem casados?
Ela não pretendia encontrar uma resposta para essa pergunta. Tinha certeza de que, quando explicasse tudo a seus pais, eles entenderiam seus receios com relação àquele noivado, e ela nem precisaria se preocupar mais em como seria depois do casamento.
Era provável que eles ficassem muito decepcionados por terem sido enganados e induzidos pela tia dela a acreditar que Wade era um bom rapaz. A meia-irmã de seu pai, a imperatriz Matilda, insistira que Wade de Glenforde não só era um excelente partido, como também o pretendente perfeito: era jovem, rico, solteiro e, mais importante que tudo, apoiava a reivindicação dela ao trono do rei Stephen. Para piorar a situação, a imperatriz tinha prometido oferecer a Wade um castelo, propriedades e um título digno e apropriado ao marido de Isabella. Como poderiam seus pais recusar tal oferta?
Cerrando os punhos, ela alargou as passadas num esforço para se afastar dos convidados que aos poucos se aproximavam da entrada do salão nobre. Teve de conter o impulso de gritar.Mas o som forte de borrifo d’água e a umidade fria infiltrando-se em suas sapatilhas bordadas tornou impossível segurar o grito.
— Deus meu, o que mais falta me acontecer neste dia maldito?!

Série Warehaven
0.5 - Wedding at Warehaven
1 - O Homem dos Meus Sonhos/Aliança com o Passado
2 - Cativa do Guerreiro
3 - At the Warrior's Mercy

14 de agosto de 2011

O Homem dos Meus Sonhos

Série Warehaven

Ela precisava ter um filho… 

Lea de Montreau tinha uma escolha difícil: casar-se, ter um herdeiro ou renunciar a seu castelo.
Era uma mulher orgulhosa e estava disposta a fazer o que fosse preciso para proteger a sua gente.
E parecia que o destino se mostrava favorável com ela quando a rainha enviou um homem…
O guerreiro Jared de Warehaven tinha estado prometido com Lea fazia muito tempo.
E agora que o futuro dela estava em perigo, era seu momento de vingar-se por sua antiga traição.
Os dois se necessitavam para seus planos, mas nenhum queria comprometer seu coração…

Leitura revisora final Cleria Janice: Um livro agradável de ler, no entanto previsível... uma mocinha que teme a guerra e um mocinho que é um guerreiro... um amor que vence a magoa e os desenganos... não é hot, mas tem cenas bem caliente.
Uma história coerente com a época e divertida, pois a mocinha não se dobra as exigências do guerreiro.

Capítulo Um

Castelo de Montreau, primavera de 1142

Os três navios deslizaram sobre a praia arenosa da Baía Montreau, silenciosos como cavaleiros do Mar do Norte.
Lorde Jared de Warehaven saltou do navio central e suas botas chapinharam na água superficial. Levantou a espada e se lançou a diante, guiando os seus homens para o amparo do mato.
Olhou para trás, para a praia, que tão familiar tinha sido em outro tempo, mas uma nuvem espessa cobria a lua e ocultava seus navios à vista.
Só em sua mente podia ver as grandes cabeças de dragões que guardavam as proas, todas idênticas exceto pela cor dos olhos.
Jared voltou sua atenção para a tarefa que devia executar. Sorriu e se dirigiu para o topo do escarpado.
A propriedade de Montreau estava situada entre a do conde de York, que apoiava o rei Esteban, e a do rei David da Escócia, tio materno da imperatriz Matilde, e isso a convertia em algo precioso, especialmente agora que seu senhor tinha morrido e só havia uma mulher no cargo.
«A mesma mulher que em outro tempo tinha prometido ser sua esposa». Jared afastou aquele pensamento de sua mente.
Não havia tempo para lembranças.
A tarefa que tinha nas mãos necessitava de toda sua atenção.
Depois de sete longos anos de uma guerra aparentemente interminável pela coroa, a imperatriz Matilde, meio-irmã do pai de Jared, tinha mudado de ideia, algo pouco comum nela. Sua primeira ordem tinha sido que se apoderassem de Montreau pela força e o retivesse como sua base do norte.
Mas por alguma razão que Jared não podia adivinhar, tinha mudado de ideia.
Embora continuassem tendo que apoderar-se de Montreau, pela força se necessário, deviam manter sua neutralidade na guerra e procurar a segurança de sua senhora e seus habitantes.
Na realidade, a única diferença entre as distintas ordens, era que agora não se perderiam vidas se as pessoas não resistissem.


Série Warehaven
0.5 - Wedding at Warehaven
1 - O Homem dos Meus Sonhos/Aliança com o Passado
2 - Cativa do Guerreiro
3 - At the Warrior's Mercy

22 de fevereiro de 2010

Série Gladiadores

1 - NOITE DE NÚPCIAS



Unidos pelo casamento, movidos pelo desejo.
Ele foi tirado de Adrienna em sua noite de núpcias, e vendido como escravo.

Agora, novamente livre, Hugh de Ryebourne quer vingança... e sua esposa de volta.
No entanto, ele não a forçará a nada.
Será um prazer seduzi-la e fazê-la se entregar.
Adrienna fica chocada com o reaparecimento de seu marido, mas não consegue negar o desejo que Hugh lhe desperta.
Ele não é mais o jovem que conheceu, mas um homem de verdade, soturno e perigoso... Terá chegado o momento de se deliciarem com a noite de núpcias que lhes foi negada?


Capítulo Um

Corte da Rainha Eleanor em Poitiers, Maio de 1171

Durante os três meses em que ela estava na corte da rainha Eleanor, os homens a haviam chamado de muitas coisas — a menos desagradável, e a mais familiar, tinha algo a ver com sua extrema frieza.
Ouvira tal reclamação com muita freqüência.
Entretanto agora, cada peça de roupa sua parecia evaporar como a névoa da manhã.
Seu vestido caiu do corpo, deixando o ar noturno livre para sussurrar contra sua pele arrepiada. Com nada mais do que um olhar ardente, ele a despiu devagar, uma camada agonizante de cada vez.
Adrienna de Hallison tremeu em antecipação, de medo e por um desejo tão intenso que teve certeza de que morreria.
Queria mais do que apenas o olhar dele.
Queria a respiração quente em seu pescoço, os lábios sensuais contra seus próprios lábios. Os seios estavam retesados contra o corpete do vestido, suplicando por carícias, ansiando pelo toque das mãos dele.
Sob as camadas finas de linho e seda que escondiam seu corpo, a pele formigava.
Fogo e gelo lhe percorriam as veias.
Ela rezou para que não enrubescesse e revelasse seu desejo.
Para seu total desgosto, sentiu as faces esquentarem.
Estudou a mesa ricamente posta à sua frente, esperando esconder o rosto vermelho dele. Os homens eram iguais em qualquer lugar.
Não importava se em uma fortaleza ou em um palácio exuberante.Eles tinham lutado pelo direito de derreter a compostura de Adrienna. Todos haviam fracassado. A atenção falsa e quase afetada dos homens não a atraía.Às vezes, quando isso não era totalmente enfadonho, beirava o ridículo.
Se pudessem perceber seus pensamentos naquele instante, ficariam chocados.
Nenhum homem já conseguira fazer seu sangue ferver daquela maneira.
Nunca ninguém tinha sido capaz de lhe despertar um desejo espontâneo.
Ficariam apavorados pelo calor que percorria seu corpo com o mero olhar de um estranho. Um estranho perigoso, de pele bronzeada e vestido no tom de azul mais profundo que Adrienna já vira.
O traje quase preto o fazia ainda mais notável do que os pavões adornados que circulavam na corte de Eleanor.
Todavia, aqueles pavões estavam certos.
Seu corpo, assim como seu coração, tinha sido congelado pelo que parecia uma vida inteira. Até agora.
O olhar do estranho a penetrou, forçando sua atenção de volta para ele.Os olhos intensos a despiram e deixaram seu corpo nu.
Com a respiração ofegante, Adrienna ansiava pelos toques.
Os dedos dele seriam ásperos contra sua pele suave? As mãos carregariam a mesma chama que queimava naqueles olhos?
Adrienna desviou o olhar e fitou a tapeçaria ornada pendurada nas paredes.
Tudo que a atenção indesejada dele faria era desmentir a reputação que ela construíra tão cuidadosamente.
Ele rasgaria a capa que Adrienna envolvera ao seu redor com tanta cautela, numa tentativa de proteger seu coração da dor.
Não. Independentemente de quão extrema fosse a tentação, ela não deixaria que nenhum homem, especialmente aquele desconhecido, penetrasse sua proteção.
Adrienna tinha gostado de um homem e ele a abandonara, deixando-a sozinha e ainda virgem na fortaleza de seu pai.



2 - RENASCER DO DESEJO



Seu marido... um estranho...

Prisioneiro por sete anos, lorde Guy de Hartford sobreviveu motivado pelo momento em que veria novamente sua adorada esposa.
No entanto, ao entrar em sua fortaleza, seus próprios homens não o reconhecem e a culpa de Elizabeth está à vista de todos.
Poderia ela tê-lo traído?
Ele voltou para reivindicar sua esposa!
Elizabeth mal reconhece o marido no estranho cheio de cicatrizes.
Ainda assim, não é possível negar o apaixonado desejo entre eles.
Poderá ela encontrar segurança novamente em seus braços... e no amor que um dia compartilharam?

Capítulo Um

Março de 1171
Fortaleza de Hartford, costa noroeste da Inglaterra
Seu lar.
Guy de Hartford apegara-se a essa visão com toda a força de seu coração e de sua mente, como um moribundo agarra-se à vida, por mais tempo do que conseguia se lembrar.
Após uma ausência de quase sete anos, ele fitou a vastidão de terra da fortaleza de Hartford e deu um suspiro de alívio.
Por mais de um ano, ele e seus antigos companheiros de masmorra haviam viajado por desertos estéreis e por densas florestas nas montanhas até que ele chegasse onde estava agora.
Embora eles tenham dependido um do outro para garantir a própria sobrevivência ao longo do caminho, não foi difícil se separarem quando pisaram em solo inglês.
Cada um tinha a própria vida a ser descoberta, ou redescoberta.
Hugh de Ryebourne e William de Bronwyn haviam se encaminhado para a corte da rainha Eleanor para encontrar a esposa de Hugh.
Stefan de Arnyll saíra atrás de sua sorte e de seu futuro.
Enquanto ele, o conde de Hartford, finalmente voltara para casa.
Por muitas vezes, Guy pensou que não veria Hartford novamente.
Eram dias em que tinha medo de nunca mais pôr os pés naquele solo fértil. E noites passadas na agonia do luto por tudo o que perdera.
Ele fora privado de sua liberdade, arrancado da companhia da esposa e do calor dos seus braços.Perdera o direito de escolher suas batalhas, sua comida, suas roupas e até mesmo quando iria dormir.
Esteve muito perto de perder a vontade de viver.
Escravizado como um animal, tratado como se valesse menos que uma besta de carga, forçado a suportar meses sem fim, que acabaram por se transformar rapidamente em anos, de abuso, fome e dor.
Autorizado a viver apenas para derramar o sangue de outros com suas mãos e com sua espada.Guy estremeceu diante dos muitos pecados terríveis que cometera.
No entanto, permitiu que as lembranças fluíssem através dele.
Tentar deter a visão dos pesadelos, ou trancá-los dentro de si, serviria apenas para torná-los mais fortes.
E isso ele não permitiria mais.
Seu futuro não seria mais controlado por seu passado.
Não deixar que as lembranças de seu tempo de escravidão vissem à luz do dia diminuiria o mal que elas lhe causavam.
Guy estava tão certo disso, quanto da boa acolhida que o aguardava por trás das muralhas de Hartford.
Ele visualizava seu retorno ao lar em tal nível de detalhes que quase podia sentir os braços da esposa ao redor do seu pescoço, o sabor dos lábios dela nos dele. Sonhava em sentir o coração de Elizabeth batendo forte contra o seu peito quando a tomasse nos braços e se perdesse nas curvas sedutoras do seu corpo.
Ansioso por experimentar a acolhida com a qual vinha sonhando e por abrigar-se do frio que lhe gelava os ossos, ele esporeou o palafrém que montava, instigando o cavalo a apressar o passo.
O rei Henrique oferecera a ele uma boa montaria, mas Guy não desejava tirar proveito de nenhum despojo de guerra — nem mesmo um cavalo de batalha.
A bainha vazia pendurada em sua cintura fora a única coisa que guardara e, assim mesmo, apenas para que não se esquecesse no que o haviam obrigado a se tornar.
Haviam se passado 18 meses desde que deixara o palácio onde fora escravizado, encontrara o rei e conseguira voltar para casa, e durante este tempo ele não tirara nenhuma vida.
E com a graça de Deus jamais seria forçado a fazer isso de novo.
A escuridão que tomara conta de sua alma por tanto tempo começava a se dissipar conforme Guy atravessava o campo aberto.
Cada passo na direção de Hartford afastava mais e mais a tristeza e o desespero, permitindo que a alegria começasse a brilhar em seu coração.
Quando chegou próximo ao muro da propriedade, ele precisou se controlar para não gritar "Elizabeth, estou de volta!".
Ao invés disso, puxou a rédea do cavalo diante da ponte levadiça abaixada e olhou confuso para os homens que o encaravam furiosamente das torres de vigia.
Por que o grande portão de ferro fundido estava fechado?
Ele não vira nenhuma evidência de batalha ao longo do caminho, nem nas terras ao redor da propriedade.
Será que Hartford não acolhia mais os visitantes dentro de seus muros?
— Diga a que veio!
Guy estudou o homem inclinado por sobre o muro. Everard. Na última vez em que o vira ele era pouco mais do que um rapaz magricela, com apenas uma sugestão de masculinidade. A maturidade o encorpara, como Guy imaginara que aconteceria.
— Você está perguntando ao Lorde de Hartford o que está fazendo em seu próprio portão?
As sobrancelhas de Everard levantaram-se em descrença. Ele se virou e gritou:
— Sir, este homem alega ser o Lorde de Hartford.
O guarda olhou novamente para Guy e disse mais uma vez:
— Diga a que veio!
O fato de não ter sido reconhecido mostrou a Guy o quanto sua aparência se modificara nos últimos anos.
— Everard, eu quero ver a minha esposa.
— Sua esposa? — O homem piscou, claramente confuso. — Sir, não há nenhuma mulher na casa à exceção da Lady de Hartford.
Recostando-se em sua sela, Guy concordou:
— Sim, Elizabeth.



3 - CORAÇÕES DOMADOS


Marcada como a prostituta da rainha,
Sarah de Remy devia se casar com William de Bronwyn.

Um guerreiro poderoso e notoriamente perigoso, ele faz seu corpo tremer de medo e desejo com sentimentos que nunca experimentou.
William sempre viveu na brutalidade. 

Ele não tem tempo para emoções.
Mas é um choque, quando seu desejo e paixão são despertados pela bela Sarah.
Muito pior foi descobrir que a dama em questão era inocente.
Seu casamento é conveniente para William, embora ele logo descubra que não é nada fácil ter Sarah como esposa.
Voluntariosa e desafiante, ele está disposto a domesticá-la começando as lições em sua cama!
Com coragem, Sarah olhou para ele.
Ele sorriu, com uma expressão que não tinha nenhum traço de humor. Ao invés, Sarah viu uma promessa que gelou seu sangue e a aturdiu.
_ Deixe-me ir, William.
_ Não. Eu não sou um de seus admiradores, que seguem todos os seus caprichos. Você se casou com um guerreiro, Sarah. Talvez seja a hora de perceber o que isso quer dizer...

Capítulo Um

Tribunal da rainha Eleanor em Poitiers—maio de 1171
_ Você devia ser grata por sua liberdade. A dura advertência contida nas palavras da rainha Eleanor era inconfundível.
Sarah de Remy sentiu o olhar da Rainha em suas costas, quando caminhou em direção a porta da câmara, sentindo calafrios na espinha, diante da dura ameaça contida.
Uma voz em sua cabeça lhe dizia para deixar aquela câmara, abandonar tudo.
Sarah se voltou e enfrentou a Rainha, que a observava com aquele olhar fixo e implacável.
_ O casamento com esse bruto não vale a minha liberdade?
_ Eu a conheço bem, Sarah. Um casamento temporário com Bronwyn será pior que apodrecer em uma prisão.
Sarah tremeu a simples menção de seu nome.
William de Bronwyn era enorme e assustador, seus ombros muito largos, seus modos muito bruscos.
Ela fechou os olhos, vindo a sua mente a lembrança de terem sido flagrados nus, em sua cama.
A tarefa atribuída para ela parecia tão simples.
E, como em um pesadelo, tudo saiu errado, lembrou-se com amargura.
Bronwyn e seu amigo, o Conde Hugh de Wynnedom estavam de alguma forma, envolvidos com o Rei Henry. Desde a morte do então Arcebispo Becket, no ano passado, a Rainha se tornou suspeita de qualquer coisa que acontecesse. Mesmo de coisas de que nem tinha conhecimento.
Ainda mais que seus segredos eram muito suspeitos.
O rei Henry tinha sido visto com Bronwyn e Wynnedom próximo ao castelo. Os três homens haviam se encontrado com um estrangeiro desconhecido e a Rainha queria saber o motivo.
Infelizmente, as perguntas que fez ao Conde não produziram respostas apropriadas. De fato, a arrogância do homem era tão grande quanto sua resistência a fornecer as informações que Sarah procurava.
Determinada a fazê-lo provar um bocado de sua própria arrogância, a Rainha armou um plano que o colocaria sob seu absoluto controle.
O Conde seria flagrado, na cama, com uma de suas damas favoritas—Sarah. Eleanor sabia que a honra do Conde o faria desposar Sarah, fazendo dele um de seus aliados. A Rainha estava certa de que assim ele comparilharia seus segredos com ela. O Conde de Wynnedom seria um excelente informante, uma vez que se curvasse à vontade de Eleanor.
Algo que Sarah sabia fazer muito bem.


Série Gladiadores
1 - Noite de Núpcias
2 - Renascer do Desejo
3 - Corações Domados
Série Concluída

13 de fevereiro de 2009

Série Falcon

1 - DOIS AMORES, UMA ESCOLHA


Tudo o que ela queria era vingança… e tudo o que conseguiu foi se apaixonar perdidamente!

Movida pela dor da perda de seu noivo, Lyonesse fazia tudo o que estava a seu alcance para ludibriar o infame Rhys de Falcon, vilão que arrasara com todos os seus sonhos.
Para se vingar, ela prendeu Rhys na torre do seu castelo.
O problema era que dentro do castelo o poderoso Falcon representava uma ameaça ainda maior, pois qualquer toque seu fazia o coração de Lyonesse criar asas e flutuar direto para os braços dele!
Ele era chamado de Falcão Endiabrado, mas Rhys gostava, porque o apelido mantinha seus inimigos à distância.
Apesar do desejo que pairava entre ambos, Rhys não tinha como esquecer que Lyonesse era também sua inimiga. Porém, a tensa trégua seria destruída assim que ela descobrisse a nova aliança que a ligava a ele: ser sua futura noiva!

Capítulo Um

Norte da Inglaterra, 1142
Um murmúrio rouco interrompeu a quietude da manhã na floresta.
— Ele não está vindo.
— Quieto! — Se Edmund não fosse seu melhor arqueiro, Lyonesse de Ryonne o teria deixado no castelo.
Ela esperava que lorde Falcon passasse por ali antes de o sol nascer por completo. Os primeiros raios já penetravam na densa folhagem, iluminando as folhas cobertas de sereno.
A luz matinal não serviria para esconder os homens ocultos nas árvores e arbustos.Um farfalhar de galhos anunciou outro sussurro:
— Até ele chegar, estarei dormente demais para me mexer.
— Ele logo estará aqui. — Lyonesse temia que seus homens abandonassem os postos, caso a presa não chegasse logo.
Não. Era uma preocupação sem sentido. Aqueles eram os soldados de Guillaume.
Eles levaram o corpo do patrão a Taniere e lá ficaram.
E cada um jurara lealdade não ao pai dela, lorde de Ryonne, mas a ela, senhora de Taniere por direito.Com seu noivado com Guillaume Du Pree, tudo ficara acertado para que Lyonesse assumisse as responsabilidades como lady de Taniere.
Até Falcon aparecer e jogar todas as esperanças e sonhos por água abaixo.
Rhys pagaria por tudo o que tirara dela. Lyonesse estudou os homens que a rodeavam. Todos a ajudariam na vingança.
O líder, John, elaborara aquele plano para capturar Falcon.
Ao espalhar a notícia sobre a morte de Guillaume e ao contar a todos sobre a covardia de Falcon, John estava certo de que o assassino o procuraria. E, quando ele aparecesse, todos estariam prontos.
Lyonesse engoliu as lágrimas que ameaçavam transbordar. Apesar de saber que a tristeza não passaria com a captura do Falcão Endiabrado, ficaria com o coração mais leve por ter vingado Guillaume.
Se Deus a ajudasse em seu intuito, teria o cadáver de Falcon a seus pés ainda naquele dia. E quando tivesse terminado com ele, todos saberiam que não era a ave de rapina que imaginavam. Seria um prazer provar que as histórias eram falsas.



2 - A ESCOLHA HONRADA


Rhian de Gervaise deveria desprezar o cavaleiro que a escoltava rumo a seu tenebroso futuro. 

Porém, quanto mais perigosa ficava a jornada, maior ficava seu desejo por Gareth de Faucon, cujo compromisso assumido o obrigava a entregá-la a seu algoz.
Mas os sentimentos o impeliam a desejá-la como a noiva escolhida por seu coração!
Poderes sombrios tramavam para que Lady de Gervaise fosse eliminada.E os motivos eram tão misteriosos quanto sua beleza enigmática e o amuleto que trazia junto ao peito. 
Gareth estava disposto a enfrentar os maiores desafios para protegê-la, pois a paixão não lhe daria outra escolha!

Capítulo Um

Rhian deu um pulo. A ordem parecia vir do próprio ar. Ela quase derramou os jarros que levava para o salão principal.
Escolher o quê?
Estava em Browan Keep há poucos dias e não tinha a intenção de permanecer ali para descobrir o motivo de sua inquietação.
O lugar era um refúgio temporário — refúgio que se tornava mais desagradável a cada dia.
E agora uma voz invisível insistia para que fizesse uma escolha.
Mas escolher o quê?
— Mulher! — O grito veio de um dos homens no salão. — Mais rápido com essa cerveja. — Uma ordem repetida inúmeras vezes naquela noite.
Servir aquele grupo de bêbados a irritava um pouco, pois os grosseirões sempre tentavam lhe apalpar. Browan não tinha um mestre. Ouvira dizer que o senhor daquela fortaleza havia morrido em uma caçada e que o rei Stephen ainda não enviara um substituto. O homem que estava temporariamente no comando não tinha controle sobre os outros; por isso, a licenciosidade reinava.
Quanto mais bebiam, mais tentavam acariciá-la quando passava.
Embora outras garotas apreciassem essa atitude, ela não queria se comprometer dessa maneira. Já tinha sido bastante comprometedor aparecer ali sozinha; não queria piorar as coisas. ,
Ela colocou o jarro com estrondo sobre a mesa, esquivando-se de um par de mãos.
Um sorriso satisfeito surgia em seus lábios quando se deparou com outro daqueles fedorentos.
— Ah, benzinho, você tem bom gosto. — O homem cingia sua cintura, prendendo-a com força.
Rhian murmurou uma imprecação:
Quando ele quis um beijo, o mau hálito fez com que a necessidade de escapar aumentasse e ela acertasse um dos jarros de cerveja na cabeça dele.
O jarro se partiu, apenas a alça ficou em sua mão. Mas ele nem se moveu do lugar.
Ou a cabeça era feita de rocha, ou estava bêbado demais para notar o ataque.
Então ele sacudiu a cabeça, sorriu e caiu no chão. A reação do homem parecia ser mais demorada que o normal.
Sem parar para verificar se ele ainda respirava, Rhian correu para a entrada. Estrondosas gargalhadas irromperam no salão.
Rezava para que a pequena passarela que ligava a fortaleza à muralha interna, ainda inacabada, estivesse no lugar. Sua prece foi atendida, e ela atravessou as tábuas.
O vento frio açoitava seu rosto enquanto corria às cegas pelo passadiço iluminado por tochas, procurando uma maneira de alcançar o pátio. Já era noite e a muralha não era lugar para uma criada.
Ouviu um tropel de cavalos mais abaixo.
— Você, garota!
O grito não soava ameaçador. Ela respirou fundo antes de olhar para o homem no pátio.
Rhian protegeu os olhos por causa da claridade da tocha que ele carregava. A voz não entregava sua idade. O homem era pouco mais que um garoto. Seria um escudeiro? Era óbvio que não era um dos homens de Browan.
— Ah, ela é obediente!
Quando os homens que o acompanhavam riram, Rhian se afastou da beirada.
Ele não parecia ameaçador, mas os homens ao redor dele tinham bem mais idade e aspecto detestável.
— Não pretendo lhe fazer mal. Só quero fazer uma pergunta.
O tom de súplica a incitou a responder.
— Não tenho tempo para conversas, seja rápido.
— Seu mestre está em casa?
— Não, Browan não tem mestre.
— Mas deve haver algum responsável.
— Sir Hector está cuidando da fortaleza enquanto o novo mestre não chega. — Por que ele conversava com ela? Poderia ter feito perguntas nos portões.
— Meu mestre ficará feliz em ouvir isso.



Ah!!! o primeiro amor...quem esquece? Este romance é imperdível!!!
3 - A ESCOLHA DO AMOR




Falcongate, Normandia

Final da primavera, 1142

Um pequeno braseiro iluminava a cabana de caça.
Eles mesmos forneceriam o próprio calor ao diminuto cômodo.
Ele se acomodou entre as cobertas dá cama estreita, então a puxou para perto.
Ela não ofereceu resistência, pressionando o próprio corpo contra o dele.
A cabeça dela encontrou apoio em seu ombro, a respiração trêmula resvalando quente em seu peito.
Alguns cachos de cabelo, tão brilhantes quanto o sol de verão, faziam cócegas em seu pescoço.A pele dela era suave e macia.
Ele acariciou os braços desnudos, deleitando-se por saber que ela lhe pertencia.
Ela estremecia a seu toque, e aquele nervosismo afazia sentir-se audaz e protetor ao mesmo tempo.Censurou-se, prometendo a si mesmo que cuidaria dela, Não tinha acabado de jurar protegê-la, honrá-la e amá-la para sempre?
Nesta noite, aprenderiam juntos sobre a paixão e o desejo.
Através do amor, iriam se unir pelos votos que haviam feito.

Capítulo Um

— Um Faucon deveria saber que é perigoso baixar a guarda.
Darius de Faucon acordou do sonho. Tinha dormido enquanto pescava, por isso não ouvira o homem se aproximando. Sua primeira reação foi pegar a arma ao seu lado.
Mas a ponta de uma espada em sua garganta fez com que continuasse quieto contra a árvore na qual estava encostado.
Piscando os olhos contra o sol forte, contou oito lâminas apontadas para seu peito. Olhou para a árvore ao lado e viu Sir Osbert na mesma situação.
Darius sentiu certo alívio por saber que o velho capitão de sua guarda não estava ferido.Mas pelo arquear das sobrancelhas quase brancas, Darius duvidava que Sir Osbert compartilhasse da mesma sensação.
Uma coisa era certa: se esses homens os quisessem mortos, já estariam no além.Darius olhou para o homem agachado a seu lado.
Quem são? O que querem?
O homem se levantou, guardando a espada na bainha.
— Sim, e seu outro irmão está ocupado com outros deveres. É por isso que a rainha nos enviou diretamente a você. Ela imaginou que estivesse aqui, não na fortaleza.
— E imaginou certo. — Darius se levantou, amaldiçoando a rainha por se lembrar daquela propriedade. — O que Uma permuta.
O divertimento na voz do homem fez Darius parar.
— Que tipo de permuta?
— Um favor em troca de sua vida.
— O quê?
O homem deu de ombros.
Parece que existem provas de sua ligação com a imperatriz Matilda.A possível repercussão daquela afirmação fez o coração de Darius quase parar de bater.
— Quem fez uma acusação dessas?
O sorriso do homem se alargou.
— A rainha Maud.
Darius cerrou os dentes para não gritar.
Aquela falsa acusação não passava de um jogo. Um jogo criado pelo rei e pela rainha para garantir sua imediata cooperação.
Um jogo que não lhe oferecia escolha senão participar.




4 - A ESCOLHA DO CORAÇÃO


Sequestrada por bandidos e resgatada por um estranho sedutor e autoritário, Marianne de Faucon vive os momentos de emoção e aventura com os quais sempre sonhou. 

Ela esperava até mesmo encontrar o amor, como acontecera com seus irmãos, mas é perigoso se render ao desejo.
Afinal, Bryce de Ashforde deseja a destruição dos Faucon, e a inocente, teimosa e tentadora Marianne será seu instrumento de vingança.

Capítulo Um

Faucon Keep, Normandia 15 de outubro de 1143
Todo outono, desde que Marianne de Faucon podia lembrar, o conde de Faucon promovia um grande torneio e uma feira. 
Primeiro seu avô cuidara do evento, depois o próprio pai.
A tarefa agora cabia ao atual conde de Faucon, seu irmão Rhys. Já acontecia há tanto tempo que era uma celebração muito esperada.
Um impressionante número de trovadores, malabaristas, dançarinos e músicos vinha entreter a massa reunida e forrar suas bolsas com moedas.
Cavaleiros e guerreiros, procurando encher os cofres vazios com o ouro daqueles menos afortunados no combate, vinham testar sua perícia no torneio.
Mercadores, desesperados para vender suas mercadorias antes do inverno, afluíam para a fortaleza.Tendas coloridas salpicavam a clareira entre a floresta e a fortaleza. Galhardetes brilhantes e multicoloridos tremulavam sob a morna brisa de outono.
Cercada por inúmeras pessoas, Marianne não conseguia se livrar da inquietação que contraía seu estômago.
Nem o ressoar de espada contra espada nem os gritos animados e as gargalhadas dos espectadores nas tribunas quebravam a perturbadora melancolia que a envolvia feito uma sufocante mortalha.
O passeio entre os mercadores não servira para melhorar seu humor.
Nem as brilhosas fitas de cabelo, as exóticas essências do Oriente e as belas jóias despertaram sua atenção. Era realmente triste não encontrar nada que melhorasse seu ânimo.Marianne suspirou antes de se afastar da multidão que assistia os eventos do dia. A festividade anual costumava lhe provocar um arrepio de ansiedade no corpo. Esperava por toda aquela agitação por meses a fio.
Mas, nos dois últimos anos, a sensação começara a enfraquecer.
— Está indo tão cedo?
Um braço apoiado sobre seu ombro a deteve.
Soube pelo simples gesto qual dos irmãos tentava impedir sua partida.Seu irmão mais velho, Rhys, não perderia tempo se aproximando dela.
Com tantos homens armados presentes, estava muito ocupado tendo de refreá-los.
Darius, o irmão mais novo, nunca tomaria tal familiaridade.
Vivera longe de Faucon por muitos anos.O relacionamento deles era mais formal do que com o irmão do meio.Marianne baixou o ombro e se livrou do braço de Gareth.
— Sim, estou. O dia foi muito longo.
Minha cabeça dói e o barulho não me favorece. — Era uma pequena mentira, certamente uma que não lhe valeria toda a eternidade no inferno.


Série Falcon
1 - Dois Amores Uma Escolha  
2 - A Escolha Honrada
3 - A Escolha do Amor
4 - A Escolha do Coração
Série Concluída